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Relações Negociais
06/Ago/12
Prof.º Carlyle Popp
E-mail: carlyle@poppmalin.adv.br
Datas das Avaliações:
	- 1ª Avaliação: 24/09/12
	- 2ª Avaliação: 26/11/12
	- 2ª Chamada: 10/12/12
	- Exame Final: 17/12/12
1. Princípios Const. Privado
1.1 Dignidade da Pessoa Humana – art. 1º, III e 170, CF.
- Defendiam os estudiosos o Dto Civil Constitucional – todo o ordenamento infraconstitucional deveria ser reanalisado a luz da constituição vigente. Significa dizer que a ideologia constitucional, parâmetros fundamentais, deveriam iluminar o interprete ao realizar as suas escolhas hermenêuticas ao aplicar o direito.
- Entre os ditames constitucionais, discutiam a repersonalização da pessoa de direito, com base no princ. dignidade da pessoa humana. Chegou a conclusão, que o constituinte colocou o ser humano num patamar que a sua proteção era superior ao do patrimônio, Chamando assim de despatrimoniolização do direito civil. Direito então, que o dto civil do ter para o ser.
	- L. 8009/90 – Lei de Família – sacrifica o interesse do credor para proteger o único bem do devedor.
- O sustentáculo da República Federativa do Brasil se fundamental no art. 1º, CF. A dignidade da pessoa humana foi motivado pelos acontecimentos oriundos da 2ª Guerra Mundial, até então, acreditava-se que o Estado de Direito (Soberano, mas limitado pela lei) protegeria o ser humano. Este princípio coloca o ser humano como protagonista do direito. É chamado de pessoa humana, pois traz a ideia de que o princípio atende cada pessoa, individualizada, e não apenas coletivizado. Sendo que este princípio é indisponível e fundamental para todas as relações negociais.
- Este princípio justifica a função social das negociações jurídicas (nj).
- As pessoas jurídicas são o principal instrumento para atingir a vida digna.
1.2 Livre Iniciativa - art. 1º, IV, CF.
- A livre iniciativa é a justificativa constitucional para algumas liberdade, como, a liberdade de empresa, contratual, escolha da profissão.
- Sendo ligado a autonomia privada.
- Tão importante quanto a livre iniciativa, é a proteção dos valores do trabalho.
- Proteção da escolha da profissão e da relação entre empregador e empregado.
1.3 Liberdade
- É direito de todos. Regula desde antes do nascimento e até após a morte
- Está ligado a igualdade e solidariedade.
- Liberdade é um conceito da direita.
1.4 Igualdade
- No Brasil Ruy Barbosa foi o primeiro em falar de Igualdade Substancial.
- para ele, igualdade é igualar os iguais e desigualar os desiguais, na proporção das suas desigualdades.
 - Ex.: Estatuto do Adolescente e do Idoso.
1.5 Solidariedade
- Não é a Fraternidade, pois este esta ligado a um conceito negativo, ligado a omissão. Não posso impedir que outros exerçam o direito dos outros. É uma ideia que incentiva a inação. É uma coexistência pacífica.
- Solidariedade, porém, é uma idéia que comando uma ação, é comissiva. Ser solidário significa um comando para agir. 
- O art. 3º, I, CF, ao falar dos objetivos, diz claramente que é uma dos objetivos da República é construir uma sociedade livre, justa e solidária.
- Solidariedade justifica a função social da empresa, da posse, do contrato, a boa-fé objetiva e uma interpretação mais humanitária do direito.
- Solidariedade engloba a fraternidade.
2. Princípio Código Civil
2.1 Eticidade
- Preconiza o resgate da ética. Mais especificadamente, uma aproximação necessária entre direito e moral.
- Tanto quanto possível, o direito deve se compatibilizar a uma ética comum. Um Standard de Comportamento.
- art. 442, CC – Ao falar da boa-fé, diz que as partes devem ser probos. 
- É um dos pilares ideológicos.
2.2 Socialidade
- Os exercícios dos direito devem ter uma conotação de interesse para toda sociedade.
- Isso não significa dizer que o interesse coletiva predomina sobre o individual, pois existem regras e princípios a serem seguidos, e.g. dignidade da pessoa humana.
- Todas as rj têm que ter uma função social.
2.3 Operacionalidade
- A operacionalidade está ligada a vivência do código. 
- O CC nasce para ter uma longa vivência. 
- São comandos que serão integrados no caso concreto pelo juiz.
- Portanto, aquilo que é agir com maneira proba, pode ter um concepção diversa daqui 10 ou 15 anos. Por aquilo que se entende como um comportamento aceito numa capital, pode não ser em outra cidade.
- Quando se fala em operacionalidade acaba indiretamente valorizando os princípios, pois são mandados de otimização. Pois através deles, vou construindo, implementando a sociedade.
3. Princípios Contratuais
- Autonomia Privada
- Boa-fé
- Função Social
- Justiça Contratual / Equilíbrio Contratual
- Este princípios devem ser analisados a luz do princípios constitucionais de natureza privada e o código civil.
13/Ago/12
1. Elementos da Relação Jurídica
- Sujeito
- Objeto
- Fato Jurídico
- Garantia
1.1 Sujeito
- Pode ser PF ou PJ.
- Toda relação jurídica é realizada entre pessoas – não pode pessoa – coisa; coisa – coisa. Sempre haverá 2 sujeitos, mesmo e determinável.
	- Pessoas: 
		- Naturais
		- Concebido 
		- Jurídica – desde que registrada.
1.2 Objeto
- Toda relação jurídica terá um dos 3 objetos
	- Obrigação ( Direito Relativo
		- Pode levar um ilícito relativo ( Resp. Contratuais ( 10 Anos.
		- Relação jurídica de direito relativo, eficácia limitada que seda só entre os participes da relação jurídica – (eficácia entre partes). Exceção: o contrato pode valer contra 3º.
	- Coisa – relação de direito absoluto. Ex.: Direito Reais, Dto Reais Negociais.
		- há sujeição passiva universal. Todas as pessoas tem que respeitar o dto real ou dto real negocial (alienação fiduciária).
	- Direito da Personalidade – relação de direito absoluto. Direito de não lesar, proteção a personalidade.
		- relação a vida, integridade, a honra, também é de direito absoluto. 
		- ilícito absoluto ( Responsabilidade extracontratual ( 3 anos.
- O descumprimento do Dto Relativo ( gera ilícito relativo (ocorrência do direito que inicia pretensão, começa a ocorrer a prescrição). (a responsabilidade é contratual). Prescrição 10 Anos.
- O descumprimento do Dto Absoluto ( gera ilícito absoluto (responsabilidade aquiliana – exntracontratual), que a prescrição seria de 3 anos. O Dto Absoluto nasce de um ilícito (contrariedade do direito + imputabilidade)
- Em sentido estrito, esse conjunto compreende os bens objeto dos direitos reais e também as ações humanas denominadas prestações. Em sentido amplo, esse objeto pode consistir:
	- em coisas (nas relações reais);
	- em ações humanas (prestações, nas relações obrigacionais);
	- em certos atributos da personalidade, como o direito à imagem; e
	- em determinados direitos, como o usufruto de crédito, a cessão de crédito, o poder familiar, a tutela etc.
- A modificação dos direitos pode ser:
- Objetiva: quando diz respeito ao seu objeto. Pode ser:
a) qualitativa — o conteúdo do direito se converte em outra espécie, sem que aumentem ou diminuam as faculdades do sujeito. É o caso, por exemplo, do credor por dívida em dinheiro que anui em receber determinado objeto, do mesmo valor, a título de dação em pagamento; e
b) quantitativa — o objeto aumenta ou diminui no volume ou extensão, sem também alterar a qualidade do direito. Sucede tal fato, verbi gratia, quando o proprietário de um terreno ribeirinho constata o acréscimo nele havido em decorrência do fenômeno da aluvião.
Subjetiva: quando concerne à pessoa do titular, permanecendo inalterada a relação jurídica primitiva. A alteração do sujeito pode dar-se Inter vivos ou causa mortis. A cessão de crédito, a desapropriação e a alienação são exemplos da primeira hipótese. Na sucessão causa mortis, desaparece o titular do direito, que se transmite incontinenti aos herdeiros com a morte do de cujus.
1.3 Fato Jurídico 
– fato social + interesse para o Direito
- Fato jurídico: dto objetivo e dto subjeito
- Dto Subjetivo:Dto Subjetivo Propriamente Dito e Dto Potestativo
- Direito Potestativo: é o poder conferido ao respectivo titularidade mediante uma declaração de vontade, com ou sem formalidade ou integridade por ulterior decisão judicial, adquirir modificar ou extinguir, uma relação jurídica pré-existente.
	- é o poder que a pessoa tem de influir na esfera jurídica de outrem, sem que este possa fazer algo que não se sujeitar. Consiste em um poder de produzir efeitos jurídicos mediante a declaração unilateral de vontade do titular, gerando em outra pessoa um estado de sujeição, como o do vizinho de prédio encravado, sujeito a permitir passagem sobre seu terreno quando lhe exigir o confinante.
1.4 Garantia
- Garantia Genérica e Específica
- o seu reconhecimento não é unanime na Doutrina.
- Genérica: em toda e qualquer relação jurídica; 2 possibilidade
	- Responsabilidade Patrimonial: garantia genérica responderá por eventuais ilícitos praticados.
	- Acesso à Justiça: Decorrente do Princ. da Inafastabilidade do Controle Jurisdicional. Todo o indivíduo com ameaça ou lesão do seu Estado de Direito.
- Específica: pode ou não estar presente na relação jurídica
	- Fidejussória: ex.: aval, fianças (baseia-se da fidúcia – confiança no patrimônio de um 3º).
	- Real: ex.: hipoteca, penhor
2. Relação Jurídica Obrigacional
- Objeto: a obrigação;
- A rj obrigacional pode ser, segunda doutrina clássica:
	- Simples: a rj que tem o Suj. Ativo (direitos) e tem o Suj. Passivo (deveres). As rj obrigacional se dá pelo cumprimento do deveres. Esta rj é vista atomisticamente, ou seja, veja de maneira fracionada (ato-por-ato). 
		- A melhor doutrina não existe mais a simples.
		- A melhor doutrina diz que não é atomística, mas uma relação totalitária. Onde ambas as partes tem direitos e deveres, não só decorrentes da lei, mas também os deveres laterais (de conduta, conexos) 
	- Complexo: ela é composta de deveres principais da obrigação principal, dos deveres secundários (acessórios) e deveres laterais. É vista como uma totalidade, pois, uma descumprimento de um dever lateral pode gerar efeitos jurídicos sobre o secundário ou principal.
		- Principal: advém da própria essência da rj. Ex.: Ctto Locação – Obrig. Principal é do Locador ceder o imóvel e do locatário de pagar pelo imóvel.
		- Secundários: Ex.: Ctto Locação – Vícios Redibitórios, Evicção, Permitir que ao locador fiscalize o imóvel
		- Laterais: são deveres decorrentes da boa-fé objetiva. Todos os comportamentos das partes tem uma valoração (conduta), pois ainda que seja uma rj unilateral com seus efeitos (ex.: doação) ainda há obrigações laterais ao donatário (ex.: dever de gratidão). É fundamental que ele não seja um dever principal ou secundário. 
			- Este deveres são devidos desta fase pré-contratual até pós-contratual.
			- São compostas por:
			- Dever de Informação, recomendação e conselho – é essencial em toda e qualquer rj. Seu descumprimento pode gerar uma invalidade contratual. Compõem por um conteúdo conhecido ou que deve ser conhecido por uma das partes, da outra parte desconhece este conteúdo e esta informação é necessário para a formação do consentimento. Significa dizer que se a informação fosse conhecida a parte não teria celebrado o negócio ou teria sido celebrado de maneira diversa.
			- Dever de guarda e restituição – as partes, seja durante uma rj ou perante negociações preliminares, elas podem receber os documentos de outro e além de guardar, restituir. Ex.: advogado e contador – que recebem documentos e estes são devolvidos posteriormente.
			- Dever de segredo ou sigilo – este dever decorre de informações recebidas em face negociações, contratos, tratativas que presume-se sempre sigilosas e implica em pode usá-la em benefício próprio. É um dever decorrente do dever da boa-fé. Mas pode ser que este dever seja parte do ctto principal de uma obrigação ou ainda uma obrigação secundária (ex.: dever de sigilo ex legis do advogado, médico, padre). 
			- Dever de clareza – está ligado a um dever comportamental. As rj devem ser claras, que não gerem uma interpretação equivocada, pois se não for clara, pode implicar numa expressão equivocada da realidade (levar ao erro da outra parte).
			- Dever de Lealdade – própria da essencial da boa-fé (art. 422, CC). É um dever comportamental, da pessoa ser leal. Não comportamentos com vistas de enganar.
			- Dever de proteção ou conservação – está ligado a integração física, patrimônio moral. Cabe a uma das partes em informar os danos que ela pode sofrer. Ex. : Tabuletas de “Piso Escorregadio”; Responsabilidades dos shoppings por furtos de veículos dentro do shopping.
		
20/Ago/12
1. Direito Contratual
- Boa-fé Objetiva: 
	- Orlando Gomes fala sobre a importância da boa-fé na esfera contratual e relações negociais. 
	- É o dever de conduta, ligado ao comportamento.
	- Não se presume, pois depende de demonstração.
	- São deveres que a parte deve demonstrar que realizou.
	- Não há a má-fé objetiva e sim violação da boa-fé objetiva.
- Boa-fé Subjetiva ou Crença: aquele que age com boa-fé subjetiva, age com a premissa de estar agindo corretamente.
	- Muito utilizado nos conflitos possessórios.
	- A boa-fé subjetiva se presume. E a má-fé se prova.
- É possível uma pessoa ter a boa-fé subjetiva mas violando a boa-fé objetiva.
1.2 Boa-fé Objetiva
1.2.1 Funções da Boa-fé Objetiva
- Hermenêutica: os negócios jurídicos devem ser interpretados de acordo com a boa-fé (de comportamento). – art. 
- Dever de Conduta: art. 422, CC – dever de lealdade. As partes devem se adequar nos termos da boa-fé, logo, cumprir os deveres laterais (anexos), independentemente a fase do contrato.
- Limitação do Direito Subjetivo: Art. 187, CC – quem excede manifestamente a boa-fé. Ou seja, quem exercita um direito contrariamente a boa-fé, age de abuso de direito. Este abuso é objetivo, ou seja, não há necessidade de comprovar a intenção de prejudicar, basta que o prejuízo ocorra, além dos limites da boa-fé.
	- Ex.: art. 720 – Contrato de Distribuição – Exige-se um investimento do distribuidor e este faz este investimento. E num prazo insuficiente para recuperar o investimento a outra parte pede a extinção do contrato. 
	- Ex.: Performance contratual, quando há uma substancial performance. Quando umas das partes cumpre de maneira substancial sua obrigação, a parte credora não pode pedir a fim do contrato mas tão somente o cumprimento da obrigação. Tribunais vem entendendo desta maneira. Pois seria contrária a boa-fé, a credora pedir fim do contrato.
2. Iternerário Contratual
2.1 Momento Pré-Negocial ou Pré-Contratual 
- Começa com o Contato Social: é um momento antes da formação do contrato.
	- Ex.: Quando a pessoa entra no shopping, ela começa com o Contato Social com o shopping. 
	- Esta relação de boa-fé vai até após a extinção do contrato.
- Se a violação da boa-fé objetiva ocorre na fase Responsabilidade Pré-Negocial, chama-se Culpa in Contrahendo
- Princ. Confiança – proteção que se dá as legitimas expectativas negociais.
- Pode se ter em razão dos que as partes esperavam das tratativas negociais.
- A Resp. Pré-Negocial pode ocorrer em 3 hipóteses:
	- O Ctto não se formou por ter havido o rompimento das tratativas.
	- O Ctto se formou, mas em piores condições do que poderia. Ex.: Falta do dever de informar, que tornou menos vantajosa o ctto, pois se a parte soubesse desta informação poderia ter realizado o ctto sobre outras premissas.
	- O Ctto se forma, mas com vício de invalidade ou ineficácia imputável a outra parte. Ex.: O ctto é anulável ou nulo e esta anulação ou nulidade decorre da outra parte. O negócio com dolo substancial gera a anulação + perdas e danos. Ou ainda, negócio realizado por meio de coação moral ou física, gera nulidade do ctto.
2.1.1 Rompimento Abusivo das Tratativas
- É uma questão polêmica, mas aceito em todos os ordenamentos ocidentais.
- Está ligado ao princ. liberdade contratual
	- A liberdade contratualse traduz no direito de se celebrar ou não um determinar ctto. OU seja, não contratar e tão importante quanto o dto de contratar. Então, as partes são livres para romper as tratativas. A princípio a rompimento das tratativas é o exercício regular do direito e não gera nenhuma responsabilidade. Mas as vezes, este rompimento se torna abusivo, logo, pode comportar o dever de indenizar, quer pelo interesse negativo (regra) ou interesse positivo (exceção).
		- Resp. Interesse Negativo = Resp. pela confiança. 
			- Quando as partes estão em tratativas, cada uma das partes tem o direito subjetivo a ter preservado a sua confiança (ex.: não ser levado a erro).
			- É tudo que a parte perdeu ou deixou de ganhar em decorrências das tratativas e não em decorrência do ctto.
			- Estas perdas se dizem respeito as despesas com as negociações (danos emergentes) e negócios perdidos (danos cessantes).
			- Não é possível a tutela específica para se obter o ctto, pois o dto que a parte tem é indenizatório
		- Resp. Interesse Positivo = Resp. pelo ctto.
			- É a que se diz respeito ao ctto.
			- A parte pode ter a indenização ou pode perseguir o bem de vida pretendido.
- A violação da confiança estará mais presente, dependendo do estágio as negociações que são 3 fases:
	- 1ª Fase: As partes estão se conhecendo e verificando o objeto. Nesta fase, em geral o grau de confiança é muito pequeno. Muito difícil gerar um dever indenizatório.
- Obs.: As tratativas são antes da proposta. As despesas comuns são rateadas e as despesas individuais são individualizadas. 
	- 2ª Fase: Durantes este período as partes podem fazer minutas ou chamadas pontuações. São pontos que já chegaram a um acordo e não vão voltar a discutir.
		- Memorando de entendimentos é onde se coloca as pontuações.
		- Nesta fase da desistência é mais ou menos livre, pois dependendo da circunstancia pode ocorrer da parte se desinteressar motivadamente com o negócio. Mas nesta fase o grau de confiança é maior.
		- O rompimento tem que ser motivado, por não concordar com algum ponto em negociação. E não simplesmente pelo desinteresse imotivados.
	- 3ª Fase: Fase final das tratativas.
- Requisitos para que haja responsabilidade pré-contratual:
	- Que haja tratativas ou o contato social (início de tratativa presumida).
	- Consentimento das tratativas.
	- Rompimento Abusivo
	- Dano: emergente ou cessantes; de interesse negativo ou positivo.
	- Nexo Causal: que que haver uma relação de causa e efeito, entre a ação e o dano sofrido. 
		- O fato de ser motivado, não quer dizer que só uma das partes vai arcar com as despesas.
- Pode ser negócios existenciais: que é o casamento. Ex.: Responsabilidade pelo Rompimento do Noivado. Em geral, a responsabilidade pré-contratual, atingem períodos anteriores ao noivado.
2.2 Formação – Contrato Preliminar
- Se for durante a fase contratual, temos Violação Positiva do Contrato.
- Não é incomum ouvir que o contrato preliminar é um contrato pre-contratual.
	- Isto é um equívoco, pois o rompimento do contrato preliminar é uma responsabilidade contratual e não pre-contratual.
2.3 Extinção
- Se a violação for pós-fase negocial, temos culpa pos pactum finitum
- A permanência do dever de lealdade, fruto de um contrato que não mais existe.
27/Ago/12
1. Responsabilidade Pré-contratual, Responsabilidade Pós-contratual e violação positiva dos contratos
- Para a formação do contrato, é necessário que se passe por várias fases.
1.1 Deveres Acessórios, Anexos ou Laterais
- Relação Contratual: relação de cooperação, significa dizer que uma parte necessita da outra para que seja atendida suas expectativas.
	- Vem de uma relação do princípio da confiança. 
- Informação: sobre tudo que for relevante ao objeto contratual. Dever de Conduta ligado a boa-fé (objetiva).
	- O dever de informação muda o sentido que se dá dando a relação.
- art. 46, CDC – coloca como elemento importante para existência do contrato. Nem sempre essa informação é favorável para a realização do negócio jurídico.
- Subespécies: Conselho e Recomendação
	- Conselho: é um pouco mais efetivo. Está ligado quase sempre aos profissionais.
	- Recomendação: é menos vinculante. O que varia entre eles é o grau de intensidade.
- Guarda e Restituição: Determinadas relações jurídicas implica na necessidade que uma das partes receba documentos ou objetos da outra parte. Deve cuidar e devolver após seu uso. Ex.: Advogado, Contador.
- Segredo: também chamado de dever de sigilo. As relações negociais implicam em troca de informações e o fazem em razão ou por causa delas. As partes não podem se beneficiar delas, quer divulgando para terceiros ou fazendo uso para obter vantagens.
	- Mas é evidente que durante a relação contratual, as partes vão usar estas informações.
- Acessório – obs.: algumas vezes o dever acessório é dito como anexo ou lateral, por ser um dever secundário:
	- Dever legal => Médico, Advogado, Padre;
	- Dever Funcional => Empregado que tem acesso a informações em razão do cargo que ocupa.
- Principal
	- As partes fazem um termo de confidencialidade cujo objeto principal é o segredo ou sigilo, aí ele será uma obrigação principal.
- Informação é importante: Sem a consciência não há conscientemente e não havendo conscientemente não há contrato.
- Clareza: está ligado a ideia de transparência, de clareza, Podendo as vezes estar embutido em outros. Por exemplo: dever de informar (escrita, verbal, comportamental).
- As partes devem ser claras nas suas manifestações volitivas, para que não haja interpretações equivocadas da outra parte.
- Declarações de vontade não vinculantes (personagem de teatro).
- Forma de recebimento da declaração volitiva não vinculante por parte da outra pessoa = problema. Porque por desconhece que não é seria, acaba se tornando vinculante.
- Código civil adota a teoria da confiança: a declaração de vontade, ainda que não verdadeira, é eficaz se o declaratório (aquele que recebe a manifestação volitiva), não sabia, nem poderia saber que não corresponde a verdade.
- Quem manifesta a vontade e gera dúvida em alguém, corre o risco de responder por isto, pois permitiu que a outra parte tenha uma representação falsa da realidade. 
- Lealdade: ligado a ideia de probidade, da correção de comportamento, integridade de caráter, honradez. Importância na Boa-fé objetiva.
- Proteção: integridade física, patrimonial da outra parte. A conduta daqueles que participam de uma relação jurídica, devem ter a cautela para não gerar qualquer tipo de dano a outra parte, quer seja físico, moral ou patrimonial.
- O dever de proteção existe mesmo quando a relação jurídica é meramente potencial.
	- Ex.: Shopping – Furto de carro; Banco – Integridade física; Hotel – placas de aviso piso molhado; Moral: não inscrição do devedor em órgãos protetivos de créditos antes de informa-lo.
1.2 Relação Contratual
- A relação contratual tem um percurso, que dependendo do caso sofrerá mudança.
- Contato social: Fase Pré-Contratual
- Formação: Contrato Formado
- Extinção: Fase Pós-Contratual 
1.2.1 Contato Social – Fase Pré-Contratual
- Momento em que as partes travam o primeiro contato.
- Acontece na fase das tratativas com intuito de realiza negociações visando formar o contrato.
- Contrato Preliminar: quando as partes forma um contrato prévio e o objeto é a realização do definitivo. Ex.: Compromisso de compra e venda.
- A partir do contrato preliminar, a formação ou com proposta aceita, têm-se o início da fase contratual.
- Ex.: Oferta pública, 01 par de sapatos a R$ X reais.
1.2.1.1 Responsabilidade Pré-Contratual
- Denominação Clássica: Culpa in contrahendo
- Alemanha (1861).
- Ocorre do descumprimento de um dever decorrente da boa-fé objetiva.
- Há responsabilidade por aquele que não contrata?
- R.: A princípio – não. Em geral as partes não tem o dever jurídico de contratar. – decorre da autonomia privada a idéia de liberdadecontratual, liberdade de contrata ou não contratar.
- Significa dizer que em geral quem decide por não contratar, não viola nenhum dever jurídico.
- Porém, isto não significa que sempre que a parte não resolver contratar ou quando ela não contrata, inexiste responsabilidade contratual.
- Requisitos:
	- Consentimento nas tratativas;
	- Rompimento ilegítimo ou ilícito das tratativas
	- Culpa, Dano e Nexo Causal
- Hipóteses de ocorrência da responsabilidade pré-contratual:
- 1ª Hipótese:
	- Quando o contrato não se formou, ou seja, houve o rompimento das tratativas, das negociações. Este rompimento pode gerar um dano a confiança.
- 2º Hipótese:
	- o contrato se formou com um vício de invalidade ou ineficácia. Ex.: Quando é formado com dolo substancial.
	- É todo artificio malicioso empregado por alguém (agentes, negociantes ) ou terceiro com intuito de prejudicar determinada parte quando da celebração do negócio jurídico. Pode ser anulado – perdas e danos.	
	- Art. 146, CC.
- 3ª Hipótese:
	- o contrato se formou em piores condições do que poderia ter se formado e os deveres da boa-fé tivesse sido cumpridos.
	- Ocorre o dolo acidental, o contrato se forma com um vício que não afastaria a parte de realizar o negócio.
	- Art. 146, CC
1.2.1 Fase Contratual
- Contrato preliminar inicia a fase contratual, pois via de regra ele dá direito ao contrato definitivo, salvo direito de arrependimento.
- A fase contratual é a fase de cumprimento. 
- Contratos de execução Diferida – são aqueles que devem ser cumpridos em um só ato, mas em momento futuro.
	- O direito subjetivo ao recebimento da prestação se forma em um momento único.
- Contratos de execução continuada- são os que se cumprem por meio de atos reiterados. Ex.: Contratos de Locação (art. 478, CC) – locação de temporada é uma exceção que pode exigir o valor da locação antes da prestação da locação (é um caso de antecipação do direito, trata-se de uma execução continuada, mas não é imediata porque não houve a extinção da obrigação).
	- O direito subjetivo ao recebimento da prestação se forma em tempo em tempos.
- Contratos de execução imediatos – são aqueles em que a solução se efetua de uma só vez e por prestação única, tendo por efeito a extinção cabal da obrigação. Ex.: Venda à vista.
- Com formação do contrato surgem os deveres contratuais
- Deveres principais e secundários: são aqueles que por si só, ou seja, na dependem de nenhuma obrigação para ter sua real eficácia.
- Deveres acessórios, anexos ou laterais: subordinam a sua existência a outra relação jurídica, sendo assim, dependem da obrigação principal.
1.2.1 Violação Positiva do Contrato
- Resilição: é o desfazimento de um contrato por simples manifestação de vontade, de uma ou de ambas as partes (art. 472 – distrato e 472 – denúncia)
- Resolução: Resolução é o meio de dissolução do contrato em caso de inadimplemento culposo ou fortuito.
- Ocorrera a violação positiva do contrato, quando houver um descumprimento de um dever lateral. Em regra o descumprimento de um dever lateral não geral resolução do contrato, pois não há equivalência entre as prestações, salvo se atingir a base do negócio.
- Caso aconteça um descumprimento de um dever principal ou secundário, haverá um incumprimento, inadimplemento ou descumprimento contratual.
- Só ha violação positiva do contrato na fase contratual, que é um descumprimento de um dever lateral, que não estará ligado a uma obrigação principal ou secundário, pois se estiver será um inadimplemento contratual. 
- A consequência da violação positiva do contrato é o direito que o credor desta prestação tem de fazer cessar esta violação ou pedir perdas ou danos.
- Exemplo: o Advogado que descumpre o dever de sigilo, não está violando um dever lateral. Porque, aquele sigilo é um dever secundário da obrigação principal de origem legal.
- Os elementos que compõe o negócios jurídicos (essências, acidentais e naturais), estão inserido nos deveres secundários da obrigação.
- O que estiver estipulado no contrato (dever principal/secundário) é inadimplemento. 
- Descumprimento dever lateral é violação positiva do contrato.
1.2.3 Fase Pós-Contratual
- Fase de Extinção Contratual.
- Regramento será com base no princípio da boa-fé objetiva.
- apesar de encerrado o contrato, ainda é possível exigir das pares a observância da boa-fé objetiva, no que diz respeito aos deveres anexo que ainda pode esta vigendo, a exemplo do segredo, informação...
1.2.3.1 Responsabilidade pós-contratual
- Culpa Post Pactum Finitum
- Art. 422, CC
- Distinção entre Responsabilidade Pós Contatual e Pós Eficácia Obrigacional
- Pós-eficácia aparente: quando uma das partes pode responsabilizar a outra em decorrência de previsão legal, mesmo após a extinção do contrato.
- Ex.: A renovação do mandato
- Pós-eficácia virtual: ocorre quando situações em que a exigibilidade de um dever contratual acontece após a extinção contrato.
- Pós-eficácia continuada: quando os deveres acessórios do dever principal, devem ser cumpridos apenas durante o adimplemento contratual.
- Culpa Post Pactum Finitum: a obrigação de cumprir os deveres acessórios não previsto em lei ou na tratativa persistem mesmo após a extinção do contrato.
	- Ex.: Compra de terreno com linda vista para o morro. Argumento importante para realização do negócio. Impossibilidade de construção na frente em razão do plano direto do município. Vendedor modifica plano direto, construindo edifício prejudicando a vista anterior.
	- É um dever próprio da boa-fé.
03/Set/12
1. Contratos Coligados
1.1 Conceito
- É a coordenação de contratos diferenciados estruturalmente, porém interligados por um articulado e estável nexo econômico, funcional e sistemático. (Xavier Leonardo).
- Também chamado de Contratos Conexos.
- São frutos de uma sociedade complexa, que exige uma maior gama de figuras contratuais para uma operação econômica.
- Contratos que seriam contratos fins, passam a ser contratos meio e assim interpretados.
- A maior parte dos contratos coligados existem uma divergência entre as partes. Normalmente o consumidor celebra vários contratos, tendo como base num negócio jurídico (um instrumento).
- Como haver a coligação no mercado imobiliária onde a construtora já obtém antecipadamente um financiamento. E o valor do financiamento já vai direto para o vendedor. O mútuo é realizado com uma finalidade específica.
- Para haver a coligação, tem que existir uma interdependência entre as empresas.
1.2 Hipóteses
a) Mercado imobiliário: o efeito da coligação estão nos financiamentos destinados a construção ou na compra do imóvel na planta. A instituição financeira tem sido responsabilizada pelos vícios construtivos, além da própria construtora, pois há entre as duas empresas uma coligação contratual.
b) Planos de Saúde: Ao contratar um plano de saúde, é como se tivesse feito um contrato com todos membros conveniados. Ex.: Você contrata a UNIMED, mas ela não presta a assistência de saúde, que presta são os médicos, os hospitais, laboratórios. Mesmo assim ela é responsabilizada por erros médicos, hospitalares, etc.
c) Cartões de crédito: De nada de adiante um cartão de crédito que só pode usar no banco, a função dele é substituir o dinheiro. Quando se tem o cartão de crédito, pode-se usar em todos os estabelecimentos conveniados. Ex.: Se você não tiver um serviço adequadamente prestado e depois quer cancelar, a operadora de cartão de crédito tem que cancelar.
d) Redes: redes de distribuição, redes contratuais em geral. Ex.: Você tem um automóvel Audi. Você tem uma rede Audi em que pode utilizar para manutenir o seu carro dentro da revisional. 
e) Shopping Centers: Nos contratos com shopping center, os shopping center faz vários termos contratuais que estão ligado entre si (lojistas, administração...). De tal sorte, que pode alegar e provar que há uma coligação contratual.
1.3 Interpretação
- A intepretação é levado em conta coma rede contratual e não individualmente. 
- O objetivo é que as partes querem buscar com os contratos.
1.4 Validade e Eficácia
- No campo da validade e da eficácia: se tiver um contrato com problema de validade ou de eficácia e há uma relação de dependência entre os contratos, haverá uma contaminação entre eles. 
	- As empresas que integram as coligações contratuais são atingidas pelos defeitos de um contrato coligado.
- O acessório e principal são vistos a luz de um sistema. Sempre se verificará a finalidade da relação negocial, para se saber há a contaminação na negociação.
- Acaba havendo uma comunicação entre os contratos, havendo uma interdependência entre eles.
- Ler mais sobre o tema nos textos enviados pelo professor.
2. Eficácia Externa dos Contratos ou Tutela Jurídica do Crédito
- Tutela jurídica do crédito é um tema novo.
- Art. 421, CC - Problema da Função Social dos Contratos.
- A liberdade de contratar será exercida em função e em razão dos limites do contrato.
- Função Social: Aspectos Internos e Externos.
- Aspecto Interno: está ligado entre a relação entre as partes, validade, eficácia e existência. Está discutido a importância do instituto a vontade das partes.
- Aspecto Externo: tutela externo do crédito, ou seja, o alcance do contrato a terceiros. Esta alcance gera uma questão polêmica. 
	- Relatividade dos efeitos: as regras do contrato fazem lei entre as partes, mas a eficácia obrigacional destas regras não atingem terceiros. Ou seja, aquilo que foi objeto do contrato pode ser exigido na relação entre as partes, mas aquele conteúdo não pode exigido de terceiros.
	- A doutrina classicamente no direito brasileiro fez a distinção de direitos pessoas (eficácia relativa – restrita as partes.) e direitos reais (eficácia erga omnes – absolutos). E ainda considerou uma decorrência dos efeitos a inoponibilidade (o contrato não é oponível a terceiros).
	- A doutrina da eficácia externa do crédito faz uma distinção entre relatividade dos efeitos e oponibilidade. 
		- a relatividade dos efeitos estava ligados aos efeitos internos e a oponobilidade estava ligado aos efeitos externos do contrato.
- Teoria Clássica da Relação Jurídica diz que a responsabilidade pelo descumprimento de uma relação jurídica é daquele que participa da relação jurídica. Então se tenho uma relação contratual, terceiros não poderiam responder pelo descumprimento do Contrato. Pois é uma dogma da relação obrigacional que a obrigação se dá entre aqueles que participam do contrato.
- Todavia, a questão está se é possível um terceiro se responsabilizar por um descumprimento obrigacional realizado entre duas partes.
- Caso: Zeca Pagodinho faz a propaganda para Nova Schin, com um contrato de exclusividade. Depois Zeca Pagodinho faz uma propagando para a Brahma. Poderia a Nova Schin exigir a responsabilização da Brahma pelo descumprimento do contrato de Zeca Pagodinho, uma vez que a Brahma sabia que o Zeca tinha um contrato de exclusividade com a Nova Schin.
 	- É uma situação que alguém interfere abusivamente de tal forma para que um dos contratantes descumpri o contrato realizado com uma outra pessoa.
	- Esta é situação em que o contrato, como uma relação contratual, teria sua eficácia externa oponível por terceiros. 
	- Logo, Nova Schin poderia comprar sim da Brahma pelo efeito da oponibilidade da eficácia externa do contrato.
10/Set/12
1. Eficácia Externa
- Eficácia ultra-parte: uma eficácia além do contrato.
- Não é o conteúdo do contrato que passa a atingir as partes, mas própria existência do contrato.
- A função social do contrato tem o pressuposto a valorização do instituto do contrato. Ou seja, as pessoas não podem agir como se o contrato não existissem.
1.1 Hipóteses
a) Indução direta ao inadimplemento: o 3º sabedor da existência do contrato, interfere em uma das partes para que o descumpra. 
	- Na indução direta é possível voltar a cumprir o primeiro contrato.
	- art. 608, CC – é o aliciamento de terceiro. É uma hipótese tradicional, mas de pouca aplicabilidade. A jurisprudência diz que o contrato não basta ser escrito, mas também determinado. Se fosse indeterminado, qualquer uma das partes poderia rescindir o contrato a qualquer momento. Ex.: Contrato comum dos jogadores de futebol.
Art. 608. Aquele que aliciar pessoas obrigadas em contrato escrito a prestar serviço a outrem pagará a este a importância que ao prestador de serviço, pelo ajuste desfeito, houvesse de caber durante dois anos.
b) Indução indireta ao inadimplemento – art. 27, L. 8245/91: quando alguém realiza contrato com terceiro e por quanto disso impede o primeiro contrato. 
	- Na indução indireta é impossível voltar a cumprir o primeiro contrato.
	- Situação do Zeca Pagodinho - A indução era indireta porque como o Zeca fez o contrato com a Brahma, ele não poderia mais fazer o contrato com Schin.
	- Art. 27, Lei Inquilinato – direito de preferência do locatário quando o locador pretender vender o imóvel.
		- Se o contrato estiver registrado no Registro de Imóveis, basta utilizar-se do direito de preferência.
		- Se o contrato não estivesse registrado no Registro de Imóveis, restaria ao locatário a Ação de Perdas e Danos.
			- A responsabilidade da indenização de perdas e danos seriam tanto do locador quanto do comprador do imóvel.
c) Morte ou incapacidade para trabalho: alguém que tem uma obrigação infungível não pode cumprir a obrigação, pois morre a parte que oferecia ou serviço infungível, por culpa de terceiro. 
	- Ex.: Jogadores de futebol do Corinthians viajam de avião TAM e morre todos os jogadores com a queda do avião. Responsabilidade da TAM em pagar o Corinthians pela morte dos jogadores.
d) Destruição ou danificação de casa: Ex.: Locador pode entrar com uma ação de perdas e danos contra o locatário e o amigo do locatário por o amigo do locatário ter tocado fogo no imóvel.
e) Credor putativo: é aquele que você acredita que é o credor, mas não é. É o credor aparente. O Devedor paga o credor putativo e este pagamento extingui a obrigação. Se o credor putativo sabe que não é credor, mas mesmo assim recebe. O Verdadeiro credor pode agir contra o credor putativo.
1.3 Direito Comparado
- 
- Tem se entendido que são hipóteses de interferência licita no contrato, pois o advogado está ajudando o cliente.
- No campo Europeu: a eficácia externa é reconhecida na França e Itália. Em Portugal, a doutrina está dividida. Na Alemanha não se admite, pela lógica do sistema jurídico da separação dos direito reais e direitos pessoais.
- Situação: Indústria tem suas empresas-clientes, mas para produzir, ele depende praticamente de um Fornecedor. Há casos em que as empresas-clientes podem entrar com ação diretamente ao Fornecedor da Indústria.
1.4 Pressupostos da Eficácia Externa.
a) Conhecimento do 3º da Existência do Contrato: o 3º tem que saber ou deveria saber da existência do contrato.
b) Culpa: Alguns autores dizem que é o Dolo. Mas não há a necessidade do dolo. Ele tem que saber da existência do contrato e mesmo assim influencia no contrato, seja para vantagem pessoal, seja para que a pessoa simplesmente desfaça do contrato.
c) Validade e eficácia: validade no campo objetivo (causas de nulidade ou anulabilidade no primeiro contrato não gerariam interferência lícita). A tendência é de não se conhecer a responsabilidade daquele que interfere na esfera das tratativas, mas o professor defende ao contrário.
d) ilicitude: A ideia de concorrência tem que ser protegido. Será analisado no caso concreto se a interferência é licita ou não.
e) dano: o prejuízo sofrido pela interferência ilícita. A cláusula penal só pode ser exigido da parte contratada e não de terceiros. 
f) nexo causal: nexo causal direto entre a ação e o dano.
- Quando a hipóteses indenizatório versam nas hipóteses morte ou incapacidade para o trabalho e destruição ou danificação da casa, deve ser analisado mais pela do dano e nexo causal. Pois 90% do casos, um ato de responsabilidadeextracontratual, a relação contratual vai nascer do caso concreto e que esta interferência fosse ilícita. Chamado de Dano em Ricochete.
1.3 Casos Específicos
- art. 608 – Aliciamento
- art. 1.147, CC – Pacto de Não-Concorrência. Na prática acontece de o alienante faz a concorrência com interposta de terceira pessoa (laranja). Nesta situação os terceiros poderiam responder pelo descumprimento do pacto de não-concorrência. 
Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subseqüentes à transferência.
Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a proibição prevista neste artigo persistirá durante o prazo do contrato.
- Interferência ilícita nas relações familiares – o marido aciona o amante do sua ex-mulher pedindo uma indenização por dano moral.
17/Set/12
1. Funções do Contrato
- Econômico
- Social
- Existencial
2. Questionário de Estudo para Prova
1. Disserte sobre os princípios constitucionais privados.
- Dignidade da Pessoa Humana: constituinte colocou o ser humano num patamar que a sua proteção era superior ao do patrimônio, Chamando assim de despatrimonialização do direito civil. Direito então, que o dto civil do ter para o ser. Este princípio coloca o ser humano como protagonista do direito. É chamado de dignidade da pessoa humana, pois traz a ideia de que o princípio atende cada pessoa, individualizada, e não apenas coletivizado. Sendo que este princípio é indisponível e fundamental para todas as relações negociais. Este princípio justifica a função social das negociações jurídicas. As pessoas jurídicas são o principal instrumento para atingir a vida digna.
- Livre Iniciativa: é a justificativa constitucional para algumas liberdade, como, a liberdade de empresa, contratual, escolha da profissão. Sendo ligado a autonomia privada.
- Liberdade: é um direito de todos ligado a igualdade e solidariedade.
- Igualdade: No Brasil Ruy Barbosa foi o primeiro em falar de Igualdade Substancial. Para ele, igualdade é igualar os iguais e desigualar os desiguais, na proporção das suas desigualdades.
- Solidariedade: é uma idéia que comando uma ação, é comissiva. Ser solidário significa um comando para agir. Solidariedade engloba a Fraternidade e justifica a função social da empresa, da posse, do contrato, a boa-fé objetiva e uma interpretação mais humanitária do direito.
2. Disserte sobre os elementos da relação jurídica.
3. Quais são os possíveis objetos de uma relação jurídica? Explique.
- obrigação, coisa, direito da personalidade.
4. Quais são as hipóteses (abrangência) da responsabilidade pré-contratual? Explique.
5. A ocorrência de violação positiva do contrato permite ao prejudicado requerer a resolução contratual? Explique.
6. O uso do direito de não contratar gera algum tipo de responsabilidade? Explique.
7. Diferencie pós-eficácia continuada de pós-eficácia aparente.
8. Disserte sobre responsabilidade pós-contratual.
9. Disserte sobre contratos coligados.
10. Quais são as hipóteses de eficácia externa do crédito? Explique.
11. Quais são os pressupostos para a ocorrência da eficácia externa na hipótese de indução ao inadimplemento? Explique.
12. Cite e explique 3 hipóteses diferentes que é possível a eficácia externa.
08/Abr/12
1. Autonomia Privada e Dignidade Humana
- Diz a doutrina que autonomia privada está ligado a livre iniciativa, liberdade negocial
- A dignidade da pessoa humana está ligado a existência, proteção a pessoa, proteção aos valores existenciais.
- A autonomia privada instrumentaliza, perfectibiliza a liberdade contratual. É o poder de autogestão dos interesses de cada uma, respeitado o que permite o ordenamento jurídico.
- relação direta entre a autonomia (querer de cada um) e o que o ordenamento permite 
- Normas dispositivos e espaço jurídico vazio.
- Logo, está diretamente ligado ao princípio da legalidade.
- Dignidade da pessoa humana é fundamental e estruturante previsto no art. 1º, CF e a autonomia privada, atv empresarial e liberdade negocial tem que conceder a condição digna. Isto significa que a autonomia privada deve estar adequada na proteção dos deveres existenciais.
- A doutrina clássica distingui:
	- Nj patrimoniais
	- Nj extrapatrimoniais ou existências
- Não há propriamente um ctto extrapatrimonial, pois tem que ter uma circulação de riqueza, um cunho econômico. Mas há nj que o acento econômico é indireto, pois tem nele uma prevalência existencial. Ex.: Casamento – que é um comunhão existencial de vida, mas tem efeitos patrimoniais. Ex.2: Atos de disposição de órgãos, parte do corpo.
- Há evidentemente relações cttatuais que estão diretamente ligado ao valor existencial. Ex.: Seguro de Saúde, Planos de Saúde, em que o objetivo primordial deste relação é a proteção da vida, da integridade física, daquele que adere ao plano.
- Portanto, pode haver uma relação direta entre ctto e dto da personalidade. Relação esta que pode ir além da mera função existencial que todo contrato tem.
- Todo ctto tem 3 funções:
	- Econômica
	- Social: ctto como instituto jurídico
- Existencial: ligado a dignidade da pessoa humana. Ctto como um meio de concretude do chamado livre desenvolvimento da dignidade da pessoa humana. 
- Todos nós temos a oportunidade de construir a vida, cada um de nós temos que ser protagonistas de nossa história. Esta possibilidade o ordenamento nos dá, o ctto muitas vezes é a escolha utilizada por cada para traçar o seu caminho.
- Relação entre o ctto e dto da personalidade é geral, mas também mais específica, mais concreta, relacionado as relações negocias especificas.
- Os dto personalidade tem características próprias, que temos um suj passivo universal, ou seja, todos somos responsáveis pela preservação dos dtos da personalidade (honra, privacidade...).
- Os dto personalidade são dtos que protegem aquilo que é mais caro a cada um de nós. Descritos também na maioria das situações, art. 5 e incs. CF, revelam a concretude da constituição pelo ser.
- Esta opção pelo ser, revela que quando a relação entre negocio jurídico (ctto) com os dto personalidade é mais intima, ou seja, vai além da mera relação existencial, mas está em questão um dto personalidade me si, esta relação comporta uma interpretação diferente, decorre da diferença desta relação, pois está em relevo o caráter existencial.
- A interpretação nos casos de defesas do dto personalidade tendem a ser protetivas.
1.1 Negócios Jurídicos Patrimoniais e Existenciais
1.2 Funções do Contrato
- Social
- Econômica
- Existencial
- Dependendo do objeto imediato, a função existência estará mais presente ou não. Ex.: Relação de Consumo – o caráter existencial é mais importante.
- Se objeto for saúde, tem maior relevância do que um ctto de carro de luxo.
- Se duas pessoas jurídica e não sendo um relação de consumo, será direta- art. 170, CC – busca a existência digna. O ctto a luz deste plano existencial e da função social se tem esta finalidade ou se é um instrumento de mera maximização dos lucros.
- Caberá ao interprete verificar qual o objetivo da relação contratual (destinação).
- Autonomia e Dignidade tem relação muito próxima do dto de personalidade, pois envolve no livre desenvolvimento da personalidade.
- Ctto com preponderância existencial – aquilo que tem relevância existencial (Ctto luz, água, saúde). Ctto que visam uma vida digna.
- Por isso tem regras mais protetivas.
- Consentimento Qualificação, Confiança, Gratuidade, Sanções, dano moral – quanto mais existencial mais se dá importância a estes.
1.3 Contrato e Direitos da Personalidade
1.4 Princípios da Autonomia Privada Existencial
- As relações existenciais tem princípios específicos, diante uma rj negocial não patrimonial.
- Gratuidade: presume-se a gratuidade. Ex.: Ctto entre médicos não é um relação gratuita. Ex.2: São mais atos ligadosdto personalidade – Casamento.
- Consentimento qualificado: isto vale para qualquer negocio juridco ainda que contratual. Isto quer dizer, que os critérios de consentimento no nj existencial implicam numa valoração da vontade interna sobre a confiança. Ex.: Medico vai fazer cirurgia no paciente, o consentimento tem que ser qualificado. Vai prevalecer a vontade interna sobre a confiança.
- Manifestação pessoal: em regra.
- Vontade Interna
- Revogabilidade: Consentimento Qualificado implica na revogabilidade. 
- Toda relação que envolve risco a saúde pode ser revogada.
- Ex.: O autor de um livro escreve e manda publicar. Mas antes de publicar, ele desiste de publicar. Ele pode fazer isso, mas não quer dizer que ele não irá indenizar a Editora.
- Confiança: Está ligado essencialmente a vedação do abuso de direto e ligado a responsabilidade indenizatória. Aquele que confiou no ato de disposição e teve despesas em relação a isso, se for revelado a perda confiança, este terá direito a indenização. Ex.: “A” está doente, e “B” realiza gastos com o hospital e pouco antes de se fazer o procedimento “A” muda de ideia. Aqui é possível B cobrar a indenização de A.
- Autoresponsabilidade: O médico diz ter que realizar um procedimento para melhorar, mas o paciente não aceita o procedimento. Neste caso o paciente é autoresponsável por não ter aceito o procedimento.
- Famosa história da transfusão de sangue: a doutrina entendia que o médico era obrigado a fazer a transfusão, senão seria responsável civil e penalmente. Mas a família não autorizava, então médico tinha que entrar com uma ação pedindo a liminar para realizar a transfusão. Hoje, tem entendido que se o paciente não autoriza, o médico não se responsabiliza.
- Lógico, tem que ser provado que houve o conhecimento efetivo, ou seja, o paciente tem que claramente optar em não receber a transfusão de sangue.
1.5 Interpretação
- Com relação dos elementos rj, temos dois critérios importantes para interpretar:
1.5.1 Partes
- Com relação as partes, podemos ter entre iguais e entre desiguais (regidos pelo CC).
- A vulnerabilidade (é um princípio que por si só não autoriza a inversão do ônus da prova) no CC tem que ser provada, diferente o CDC, que a vulnerabilidade do consumidor é presumida
- Ctto de distribuição é presumidamente um ctto entre iguais, mas na realidade há uma desigualdade entre o distribuidor e o comprador. Para comprovar a vulnerabilidade: 
- Dependência econômica
- Regras de proteção a boa-fé
- entre outros.
- não seria o certo aplicar o CDC.
- A vulnerabilidade presumido CDC pode ser econômica, jurídica ou técnica. O fato de consumidor ser vulnerável no mercado de consumo, não quer dizer que é hipossuficiente, pois este está ligado a impossibilidade ou dificuldade de provar os fato em juízo. Não é uma presunção absoluta.
1.5.2 Objeto
- Tereza Negreiro em sua tese de Doutoramento, fala que muito se falan na intepretação da desigualdade das partes, mas ela diz que tem também em relação ao objeto. Que seriam 3 tipos de objeto mediato (o que contempla a relação jurídica, no sentido mais específico):
- Caráter Existencial
- Caráter Útil
- Caráter Supérfluo
- A interpretação entre relação de consumo não pode ser igual se o consumidor vai comprar um remédio, comprar um automóvel, ou vai mandar fazer uma piscina. Pois a vulnerabilidade é maior, dependendo a necessidade de determinado objeto.
- Dto Civil trata disso que fala do Estado de Perigo ou Lesão.
- se estou falando de uma relação que envolve uma existência, ele normalmente está ligado ao caráter existencial.
- Numa relação entre iguais também pode haver um bem de vida essencial, útil ou supérfluo
5.1.3 Conteúdo
- Patrimonial
- Existencial
- Numa relação existencial, prevalece um conteúdo existencial sobre o patrimonial.
6. Aspectos Específicos
- Utilização Abusiva da Relação Contratual:
- Os tribunais tem afastado clausulas que violam a dto personalidade, quando reconhecem uma utilização abusiva de relação contratual. Ex.: Cláusula de limitação de tempo de internamento são abusivas.
- Mitigação da Sanções Contratuais:
- Está ligado a um efeito do inadimplemento e em razão deste critério existencial mitiga a sanção mais forte, prevalecendo/restando a sanção mais branda. Ex.: Corte de Luz e Água. Não seria possível o corte por falta de pagamento. Se fica pacífico que quem não pagar a luz, não vai ter corte, ocorrerá um inadimplemento enorme. Então o que tem se entendido, é limitado o tempo para cortar. Corte só quando houver interesse envolvido, pessoa física não corta, para pessoa jurídica corta. E também quando os débitos são recentes, débitos mais longos podem ser cortado.
- O cttante contratou 36 parcelas e pagou 32. Cttado não pode pedir o inadimplemento contratual, mas tão somente cobrar a dívida. Ex.: Proteção a Moradia.
- Dano Moral do Inadimplente:
- Rose Meireles diz que a responsabilização do inadimplente por dano moral visa a proteger os valores do contrato, sobretudo, quando o ctto envolve um objeto essencial ou entre desiguais. Então, estou reforçando a proteção que o ordenamento dá entre os atos desiguais ou essências. 
- Tribunais não tem entendido desta maneira. O mero descumprimento cttatual não gera dano moral. Meros descontentamentos do dia-a-dia não geram danos morais.
- Mas seria aspectos específicos de proteger a relação existencial.
- Rescisão Unilateral do Ctto –art. 473, §Ú, CC:
- A denúncia é a manifestação volitiva que visa gerar o efeito extintivo. 
- Porém tem casos que não é possível o pedido de rescisão, que são quando uma das parte fez grandes investimentos em decorrência do ctto. É caso que pode se suspender o efeitos da rescisão. Busca proteger o caráter existencial e interesse do patrimonial.
art. 473, Parágrafo único. Se, porém, dada a natureza do contrato, uma das partes houver feito investimentos consideráveis para a sua execução, a denúncia unilateral só produzirá efeito depois de transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto dos investimentos.
22/Out/12
1. Atos Unilaterais
- Promessa de Recompensa
- é um ato realizado a um grupo geral de pessoas com vistas de oferecer uma vantagem para um fato a ser praticado por estas pessoas.
- Não é promessa de recompensa individual (se for, é promessa de doação)
- Hipóteses excepcionais que autoriza a revogação da manifestação de vontade.
- Leva em conta de Teoria da Confiança, pois apesar da revogação deve se proteger também aqueles que confiaram na promessa.
- Não há necessidade aceitação. Limita-se a questões de validade, objeto licito... Ex.: Dto Trabalho – Situação do jogo do bicho – empregados do jogo do bicho que prestam sv e a justiça do trabalho entendem que os apostadores do jogo do bicho, não podem entrar com reclamação trabalhista contra o bicheiro, pois é uma atv ilícita.
- A ilicitude não deveria afastar da vulnerabilidade
- Gestão de Negócios
- Está inserida no art. 161 e ss. CC
- Pode ser um ato nj estrito sensu e uma vez ratificado o ato, está na função de mandar.
- Diferencia do Mandato, pois este tem um autorização prévia, já a gestão não.
- O gesto é aquele que age de acordo com a presumível vontade do dono do negócio, em situações tais que indicam urgência.
- Com Enriquecimento sem Causa – se o dono do negócio ratifica os atos do gestor, ele se torno responsável. Se não ratificou, a responsabilidade é do gestor. E em algumas circunstancias ainda pode responder (ex.: causo fortuito, força maior).
- Gestões ligadas aos alimentos e limites da herança – aquele que paga as despesas do funeral pode cobrar dos herdeiros, mesmo que não haja patrimônio suficiente no autor da herança. Pois presume-se que os herdeiros vão arcar com estes custos, se a herança não suprir as despesas.
- Hipótese de dois advogado, não sócios, que dividem um espaço físico - pode acontecer que um deles tenha que praticar um ato urgente em nome do outro. O Código dá a ideiaque é gestão de negócios.
- O ato do gestor está ligados a urgência, ou seja, se ele faz atos que não há necessidade, responde pelos atos. Ex.: Fazenda. Gado fugindo. Gestor faz uma cerca por causa da urgência, mas aproveita e pinta a cerca. A cerca pintada não era necessária.
- Gestão está ligado a urgência e agir em presumível vontade, sendo que não teria tempo de contatar o dono.
- Pgto Indevido
- Está ligado a uma prestação realizada.
- Prestação feita, achando que era devida. 
- O Pgto indevido está ligado a uma relação obrigacional que deixou de existir ou se imagina existente, mas não existia.
- Se tenho uma prestação indevidamente satisfeita, a Ação é de Repetição de Indébito.
- Ações de Ctto Bancário muitas vezes são ações de repetição.
- Erro: ligado a voluntariedade. Esse pagamento não pode ser voluntário. Não posso saber que não devo e mesmo assim pago.
- Realiza-se uma prestação na crença que deve, ou, excepcionalmente, quando não deve pagamento (ex.: pgto do imposto).
- Ex.: Notificação de Protesto – pago, mesmo sabendo que não devo.
- Não confundir o erro com a validade do ato.
- Discutia-se também a questão do prazo prescricional, 
- Enriquecimento Sem Causa
- É um princípio tratado no ordenamento.
- Mas somente no código atual está disciplinado as hipóteses de enriquecimento.
- Tens enriquecimento como princípio e instituto jurídico.
- Como princípio, para fixação do dano moral.
- No Código anterior, todas as hipóteses reduziam a ideia de pagamento indevido. Mas hoje não é mais assim.
- Aqui não há relação anterior (como no Pgto Indevido). 
- Os pressupostos são semelhantes aos do pgto indevido, o que distingue a ideia de subsidiariedade, ou seja, não tem outro remédio senão esse. Ex.: Gestão de Negócio.
- A reparação do dano não sob o mesmo critério que do Pgto Indevido.
- IMPORTANTE SABER A DIFERENÇA
PONTO 5 nem todos são meros atos, pois a promessa de recompensa se trata de um negócio jurídico, posto que tem características contratuais após sua celebração, igualmente a gestão de negócio, mas essa expressão é conhecida e é aqui utilizada
- ideia geral –
 A promessa de recompensa – é declaração de vontade feita mediante anuncio publico, pela qual alguém se obriga a gratificar quem se encontrar em certa situação ou praticar determinado ato independentemente do consentimento eventual do credor. A promessa de recompensa é um ato unilateral realizado em benefício de uma pessoa indeterminada no momento da manifestação de vontade é realizada de maneira publico, que via gratifica alguém por determinado serviço atividade de caráter meritório. O conceito fala inicialmente que é uma manifestação de vontade certa, clara, destinada a um determinado fim e deve ser realizada por uma pessoa capaz.
Mediante anuncio publico, é destinado a uma coletividade de pessoas, ainda que uma coletividade restrita, mas se é alguém em especifico não é promessa de recompensa mas sim promessa de doação.
A promessa de recompensa é uma dadiva dada a alguém em razão de um determinado serviço.
Essa pode ser em concursos públicos, em situações gerais (fulano perdeu carteira, animal). Estas situações estão elencadas na promessa de recompensa.
- Requisitos
a) capacidade: capacidade do declarante, somente dele, porque quem irá declarar a vontade é somente ele, o outro pode ser qualquer um, inclusive um incapaz.
b) licitude e possibilidade do objeto – excluído a possibilidade de recompensa de algo ilícito, ou de fazer algum ato ilícito.
c) publicidade – é um ato de conhecimento de uma gama geral de pessoas, não precisa ser de todo o país, de toda cidade, mas de uma certa gama geral de pessoas.
- Revogabilidade – art. 856 – tem uma peculiaridade que é o direito de arrependimento que é uma exceção – revogacio voc.
Este artigo estabelece as condições que essa promessa pode ser revogada. Uma vez ocorrida a situação, não há como voltar atrás. E há que ter publicidade, e poderá ter responsabilidade se a pessoa não tomou conhecimento da revogação.
O § único determina que aquele que teve de boa-fé, gastos, terá direito a ser ressarcido.
Essas promoções de concursos –
Concurso – prêmios ligados ao CDC são promessa de recompensa. Exemplo...xxx tampinhas de coca, vc ganha uma bola.
Quem recebe a promessa de recompensa não precisa ter nenhuma manifestação de vontade. Mas se efetivamente prestar o serviço e se enquadrar na situação.
O direito é daquele que primeiro que realiza o ato.
- Efeito – arts, 855, 857 e 858
Art. 858 – Sorteio – bingo é promessa de recompensa – indivisibilidade – pedra maior.
 
Gestão de Negócio – arts. 861 a 875 do CC
 - ideia geral – se encontrava antes na parte obrigacional. Mas na verdade a gestão de negócios não é um contrato. Pode seguir um regime de contrato, mas não é um contrato, é ato unilateral. O art. 861 fala da noção jurídica, conceitual do que vem a ser gestão de negócios.
Se trata de uma ação de alguém que age em favor de outrem sem autorização, age de acordo com o presumível interesse do dono do negócio e age de acordo com a necessidade. O ato é necessário. É algo que alguém precisa pratica.
A gestão de negócios e um instituto que pelo próprio conteúdo e pela responsabilidade d que gera ao gestor acaba sendo de menor utiliza, porem trata-se de instituto importante, fonte autônoma de obrigação.
- Pressuposto
a) ausência de convenção ou determinação legal. Não há convenção, pq se houver convenção prévia, acordos de vontades, trata-se de contrato, de mandato. Imagine o seguinte a pessoa vai viajar e pede para o vizinho dar uma olhada na casa, isso não é gestão de negócios, e mandato, pois há uma relação anterior, e se tiver uma relação mais formal será contrato. Na gestão de negócios é que há um ato do gestor de vontade próprio. Ele pratica o ato em razão do seu querer. Claro que isso está ligado a uma ação presumível do responsável, do dono do negócio. E se é um ato presumível do dono do negócio, é sinal de que não há uma proibição.
b) inexistência de proibição
c) ato de vontade
d) necessariedade – o ato praticado pelo gestor do negócio é ato necessário, urgente
e) licitude e fungibilidade – licitude como toda ação, tem de ser um ato lícito, dentro do ordenamento jurídico, se for ilícito não é ato de gestão de negócio. Fungibilidade  do ato do gestor – não é um ato que só o dono do negocio pode praticar, pois se assim o for não pode ser um ato de gestão. Imagine se o dono do negócio fosse pintor, e ele tivesse que fazer um quadro e ficou doente, ele não tem como pedir para outro pintar em seu lugar.
O gestor age em nome próprio. O dono do negócio tem de ratificar.
Infungibilidade – decorre de lei (exemplo, assinatura da escritura do imóvel, somente o dono do imóvel pode assinar), da vontade das partes, ou da própria natureza (exemplo do quadro, pintor). Ou seja não pode ser substituído.
f) atos patrimoniais – somente estão sujeitos a gestão de negócios os atos patrimoniais, excluídos assim os atos personalíssimos, afetivos, imateriais não estão sujeitos a gestão, somente os de natureza patrimonial.
Regras gerais – aspectos gerais  - art. 862
Fala do ato de vontade no presumível do dono do negócio.  Mesmo que haja um caso fortuito, ele irá responder. Veja-se que o gestor no assim agir, ele assume a responsabilidade excessiva se ele age contra a vontade manifesta ou presumida do dono. Não há problema algum. Evidentemente o ato dele foi contrario ao interesse do dono do negócio. Não pode haver abuso nesse ato, essa presunção é iuris tantum i, mas deve ser relativizada pq o principio da solidariedade deve ser preservado, pois se ele age em boa fé em benefício de outrem não pode ser responsabilizado por qualquer coisa.
Art. 863 – Se o ato é praticado contrariamente ao interesse do dono do negocio, mas mesmo assim deu vantagens parciais. Não terá responsabilidade. Mas se não obteve vantagens, você pode requerer que restitua ao estado anterior ou pedido de indenização.
Quando a pessoa não ratifica oato, mas não está agindo de má-fé, não se protege o simples querer abusivo do dono do negócio.
O ato da necessariedade indica sempre uma ação imediata, pois se a pessoa tiver a possibilidade de consultar o dono do negócio, ele não precisa realizar o ato.
Art. 866 – o gestor deverá arcar com o prejuízo por eventual culpa, por má administração. Podem ocorrer esses atos de gestão nos casos em que uma pessoa, por exemplo, esteja doente, não pode assinar, não pode falar, que é uma situação excepcional, pois é uma incapacidade momentânea, e alguém irá agir, gerir os atos urgentes.
Art. 871 – alimentos – possibilidade de reaver do devedor de alimentos, mesmo sem a ratificação deste.
Art. 872 – exceção – despesas do enterro – dependerá de prova de que o gestor fez isso com o bom intento de ajudar. Os gastos devem ser compatíveis com os usos e costumes, não pode exagerar na dose.
Esses dois últimos são importantes pq eles criam de certa forma uma exceção à regra geral.
Os artigos seguintes 873 e 874 falam das hipóteses de ratificação da gestão e toda a responsabilidade passa a ser do dono do negócio, há uma ideia de mandato. E retroagem ao momento do ato.
Se não ratificado aplica o art. 874 –
É sempre importante frisar que se o dono do negócio não ratifica de maneira maliciosa, ele será responsabilizado. A não ratificação deve ser motivada.
O instituto da gestão de negócio tem uma importância nos casos de impossibilidade, nos casos de funeral, alimentos, impossibilidade da pessoa por problema de saúde, está em moda o testamento vital, enquanto isso não acontece terá alguém para representar.
29/Out/12
1. Pagamento Indevido – art. 876 a 886
1.1 Idéia Geral
- É uma forma de enriquecimento sem causa. Como pode ser a gestão de um negócio, uma forma de enriquecimento sem causa.
Art. 876. Todo aquele que recebeu o que lhe não era devido fica obrigado a restituir; obrigação que incumbe àquele que recebe dívida condicional antes de cumprida a condição.
- Art. 876 – Define o Pagamento Indevido
- É uma rj entre o credor ou devedor
- Pode ser real ou putativa;
- Está relacionado a uma prestação entre as partes, indevida. Mesmo indevida, há o pagamento. 
- Ação cabível é de Repetição de Indébito – Repetição tem um significado jurídico próprio que designa a idéia de tomar de volta (recuperar).
- A prestação não era indevida porque a divida era inexistente ou era existente, mas já houve o pagamento anteriormente, ou um problema de titularidade (paga-se a alguém que se pensa ser o credor, o pagamento libera o devedor, mas este pagamento ser indevido e cair na repetição).
- Se o pagamento for voluntário, só é possível a repetição se houver a prova que se pagou por erro.
- Pagamento Coagido ou Obrigatório: Alguém que paga uma dívida bancaria, mas o valor foi cobrado em dobro, ou houve uma taxa indevida. Exemplo clássico é o pagamento decorrente uma ordem judicial, que ordena a cumprir a decisão.
- O erro está na percepção que se tinha na relação de crédito e débito.
- Aquele voluntariamente pagou indevido, incumbe prová-lo que fez por erro.
- Quem voluntariamente paga o que não deve, não pode repetir, salvo se provar que pagou por erro.
- O pagamento voluntário é um ato de disposição.
1.2 Espécies
1.2.1 Objetivas
- Dívida Inexistente 
- Já Existente
1.2.2 Subjetiva
- Titularidade: paga-se a alguém que se pensa ser o credor, o pagamento libera o devedor, mas este pagamento ser indevido e cair na repetição
1.3 Requisitos
( Fórmula do Pagamento Indevido
Pgto Indevido = Enriquecimento de A + Empobrecimento de B + Sem Justa Causa
- Enriquecimento: 
- Empobrecimento: 
- Nexo Causal: O pagamento indevido tem que enriquecer alguém e empobrecer outrem sem justa causa.
- Falta de Justa Causa
1.4 Regras Especiais
Art. 882. Não se pode repetir o que se pagou para solver dívida prescrita, ou cumprir obrigação judicialmente inexigível.
- Art. 882 – A dívida prescrita não tem pretensão e inexigível. Se alguém paga uma dívida prescrita (em que entendia não estar prescrita), presume-se que como é inexigível, faz-se o pagamento voluntariamente. E neste caso não deve repetir, pois de fato devida.
- Obrigações Naturais: Não são repetíveis. Ex.: Dívida do Jogo
- Não é repetível o pagamento de alimentos naturais (decorrente da lei, por relação de um parentesco). Agora alimentos civis (decorrente de uma sentença, como forma de dano material), são repetíveis.
- Porém, Alimentos Naturais pode gerar enriquecimento sem causa. Ex.: A imaginou que tivesse um filho com B. E começa a pagar alimentos, mas depois de um tempo descobre que B o enganou pois o filho era de C. Neste caso pode entrar com uma ação de repetição contra a mãe e não contra o filho.
- Lembrando que é diferente de uma ação que determinasse que A pagasse alimentos para o filho de B.
- É no campo da pretensão, pois quando se opera a decadência (perda do direito), pode se repetir. 
- Decadência = Cabe Repetição
- Prescrição = Não cabe repetição
Art. 883. Não terá direito à repetição aquele que deu alguma coisa para obter fim ilícito, imoral, ou proibido por lei.
Parágrafo único. No caso deste artigo, o que se deu reverterá em favor de estabelecimento local de beneficência, a critério do juiz.
- Art. 883 – Hipótese de grande inocorrência na prática. Pois quem deu algo para fim ilícito, imoral por lei, nem vai chegar na hipótese de reverter o valor em prol do estabelecimento, pois o juiz vai extinguir o feito antes da sentença.
- Claro que pode se imaginar uma situação que se paga uma valor, acreditando que este valor era lícito, neste caso cabe a repetição.
2. Enriquecimento Sem Causa
2.1 Idéia Geral
- É hipótese nova do CC, pois antes se pensava apenas como o instituto do Pagamento Indevido.
Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários.
Parágrafo único. Se o enriquecimento tiver por objeto coisa determinada, quem a recebeu é obrigado a restituí-la, e, se a coisa não mais subsistir, a restituição se fará pelo valor do bem na época em que foi exigido.
- Art. 884- Está ligado a uma vantagem que alguém se tem sobre outrem. 
- É uma vantagem de cunho patrimonial.
- Parte da doutrina entende que vantagem de cunho moral não é caso enriquecimento sem causa.
- Alguém tira vantagem de uma situação em que não teria justa causa.
- Ex.: Guia Turístico – Vai ao museu e vê um guia turístico dando explicação ao um grupo de turistas. Se aproveitando da situação, acompanha o grupo e se avantajei da situação do guia sem pagar pelo serviço.
Art. 886. Não caberá a restituição por enriquecimento, se a lei conferir ao lesado outros meios para se ressarcir do prejuízo sofrido.
2.2 Acepções – duas formas de ver o tema
- Princípio: Enriquecimento sem causa como princípio – o ordenamento jurídico veda o enriquecimento sem causa. E aplicam isso na prática, nos dois casos: 
- cláusula penal - permite ao juiz que diminua a cláusula penal, quando entenda que a obrigação foi cumprida ou valor excessiva – esta clausula penal fixa ressarcir perdas e danos. 
- fixação do dano moral (dano moral visa compensar o dano sofrido) – magistrado não raro diz que o dano moral não pode se caracterizar um enriquecimento sem causa, logo, ele fixa um valor em que ele ache justo.
- Instituto: tem-se que o enriquecimento sem causa é um instituto que se caracteriza pelos requisitos (embora não haja a necessidade da simulanedade de todos os requisitos):
- Enriquecimento 
- Empobrecimento
- Nexo Causal
- Falta de Justa Causa
- Subsidiária: utilizada a fixação quando não houver outra alternativa. O indevidamente auferido, não é aquilo que alguém ganhou a custa do outro, é o excesso.
2.3 Requisitos
- Enriquecimento 
- Empobrecimento
- Nexo Causal
- Falta de Justa Causa
- Subsidiária
2.4 Aspectos Gerais
Art. 885. A restituição é devida,não só quando não tenha havido causa que justifique o enriquecimento, mas também se esta deixou de existir.
- Art. 885 – Deixou de existir a causa. Então, se deixou de existir a causa que autorizava a determinada rj, logo, passa a haver o enriquecimento sem causa.
- Ex. Doutrina: Um hoteleiro levava seus hóspedes, que pagavam por isso, para visitar uma chácara próxima ao hotel. Mas fazia sem o pagamento do proprietário da chácara. Logo, há um enriquecimento sem causa, pois há um enriquecimento sem causa do hoteleiro sem o devido pagamento ao proprietário da chácara.
- Enriquecimento sem causa é fonte de obrigação, mas não é hipóteses de responsabilidade civil, por conta da subsidiariedade. 
- Ex.: Alex deixa a casa para Ana alugar para João. Mas ao em vez de alugar para João, Ana usufrui do imóvel, pois teria que alugar um outro imóvel de pior qualidade. Ana deve a Alex o aluguel.
- Ex.: Uso indevido da imagem – alguém usa indevidamente a imagem de outrem e aufere um valor expressivo com isso, muito superior do que ele ira repara de dano moral (a imagem). Por isso, tomaria por base o valor que este teve como vantagem e não o valor da imagem.
- Tribunal de Justiça do Paraná decidiu em caso: Ex.: As pessoas vão casar e faz uma construção no terreno da sogra. Mas o casamento não dá e a construção fica para a sogra. Neste caso, a construção com vista da constituição da família, em razão disto há a partilha. Ou seja, a sogra não pode ficar com a construção, sob pena de enriquecimento sem causa.
05/Nov/12
1. Contratos Eletrônicos
- O ctto eletrônico não é um ctto típico, pois não tem uma estrutura legal. Ctto eletrônico é um meio para contratar.
- Não existe um ctto do tipo contratual, por isso é um meio de manifestação de vontade.
- Quando posso usar? Todas as circunstancias em que exista não há uma norma específica (solenidade) que defina a forma de contratar.
- Fiança tem que ser por escrito. Pode-se por e-mail? Professor entende que não pois não corporifica o ctto.
- Manifestação entre presentes ou ausentes? Entre presentes é a manifestação online (compras online). Agora troca de e-mail é correio eletrônico, logo é manifestação entre ausentes.
- Nas compras de internet, vale o art. 49, CDC, que permite devolver o bem.
- B2B – evidentemente não se aplica o CDC, aplica-se o CC.
-B2C – aplica-se o CDC.
- Assinatura digital fortalece o negócio jurídico.
- A história mostra como eram feitos os registros ao longo do tempo:
- Os chineses utilizavam a seda;
- Os romanos, placas de madeira;
- O papel surge no ano 105 DC e passa a ser popular a partir do Sec. XV;
- Com o desenvolvimento dos meio eletrônicos de comunicação, surge a internet = dinâmica. 
- Esta forma de transação eletrônicas ocorrem a mais de 20 anos.
- Hoje a contratação via eletrônica é uma realidade. Ex: Envio de fax, transferências bancarias, cartões de crédito, compra viagens de turismo, etc.
- Falta de segurança: um dos maiores empecilhos para o seu desenvolvimento
- Principais causas:
- prova da sua existência;
- prova da manifestação de vontade;
- prova da segurança da informação.
1.1 Documento Eletrônico
- O comportamento virtual mudou a prática do uso do papel, as propostas, contratos, divulgação de obras ou serviços, expandiu os seus horizontes, por meio da rede mundial de computadores.
- Veja-se que as obrigações anteriormente era contraídas oralmente, sendo o papel apenas o meio físico para deixar clara a manifestação de vontade.
- Portanto, a substituição do papel pelo documento eletrônico é mais cultural que jurídico, mesmo porque o Código Civil prevê contratos oral (art. 656); e também determina que manifestação de vontade pode ser expressa por qualquer meio (art. 107 CC)
- Na busca dessa segurança a Receita Federal já vem regulamentando o CPF e o CNPJ digital.
- No brasil já existe a digitalização registrada, que corresponde ao processo de translação do documento original do suporte em papel para digital e seu registro para guarda permanente e consulta preservada como originais, com mesmo valor jurídico, através do cartório dos registros públicos, de acordo com a lei 6017/73
- Projeto novo Código Comercial – Capítulo V – do Comércio Eletrônico.
- O brasil não possui uma lei que trate especificamente sobre o tema.
 - Lei-Modelo para comércio eletrônico UNCITRAL, órgão da ONU.
- Orientação comercio internacional
- não se negara a validade do contrato pelo simples fato de ser eletrônico
- Quanto ao regime jurídico, o contrato eletrônico, sem dúvida alguma é atípico, eis que não há qualquer regulação quanto à sua forma no ordenamento civil! O que estamos tratando é um negócio jurídico bilateral, ou unilateral , conforme o regime de obrigações.
- CC e CDC
- A tipificação, além de simplificar a contratação, fornecendo as partes modelos dos contratos mais importantes ou mais frequentes, objetiva também equilibrar o conteúdo dos contratos integrando as estipulações das partes de acordo com os critérios de justiça do sistema.
A) Confidencialidade:
- de ser mantida
- A invasão/obtenção de dados residentes no disco rígido HD, de usuário de serviço de provimento de acesso a internet, realizado por terceiros ,gera responsabilidade da qual o provedor não pode se eximir, observadas as condições de segurança que se pode esperar do sistema. O provedor de acesso a internet, gratuito ou não, é fornecedor para os feitos do CDC e os sérvios prestado implicam rj de consumo.
B) Autenticidade:
- Significa pressuposto da autoria, ou seja, que tinha autoria identificável.
- Duas chaves – uma pública e outra privada
- Certificação Digital – tecnologia de criptografar – formato assimétrico. 128 Bits (200 comp. = 20 anos).
- Assinatura Digital – chave privada, código pessoal irreproduzível.
C) Integridade:
 - Veracidade, ou seja, que não possa ser alterado depois de pactuado e assinado (utilização das chaves)
D) Tempestividade:
- Está ligado ao momento de sua formação.
- Assegura a fidelidade da data de elaboração, envio e recebimento do documento.
E) Não repúdio:
- Admissão / Consentimento – deve haver aceitação por parte dos contratantes aceitando as condições nele disposto.
1.2 Contratos Eletrônicos – Conceitos
- “É o acordo de vontades, celebrado ou executado por via eletrônica, que visa constituir, modificar, conservar ou extinguir direitos ,obrigando os respectivos acordantes” – Eurípides Brito Cunha Junior
- “Contrato eletrônico é aquele celebrado por meio de programas de computador ou aparelhos com tais programas. Dispensam assinatura ou exigem assinaturas codificada ou senha”
- “Negócio jurídicos bilaterais, que se utilizam de computadores e outros tipos de aparelhos eletrônicos conectados a internet, por meio de um provedor de acesso, a fim de se instrumentalizar e firmar o vínculo contratual, gerando, assim, uma nova modalidade contratação, denominada contratação eletrônica. “(Vinício Roberto Prioli de Souza – Contratos Eletrônicos & Validade da Assinatura Digital)
1) Obedecendo os mesmo requisitos do contrato físico – art. 104, CC
-agente capaz
- objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
- forma prescrita ou não defesa em lei. 
- Presentes – art. 428, CC
- Forma-se no local que se encontram os contratantes, havendo a aceitação imediata da proposta.
- Também são considerados contratos entre presentes quando realizada por fone, ou meio de comunicação semelhante (art. 428-I, art. 49 – CDC)
- Quando realizado por fone, apesar da distância física entre os contratantes, existe a possibilidade de troca imediata de declaração de vontade.
- Ausentes
- Tornam-se perfeitos desde que a aceitação seja expedida, não basta apenas à intenção.
- Ex.: art. 434, caput; art. 435, CC;
- Ex.: Art. 9, caput, §2º da Lei de Introdução do Código Civil
- Competência:
- Foro de discussão, sobretudo com relação a Legislação aplicável – art. 100, IV, d, CPC
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