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Método Frenkel para Tratamento de Ataxia

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Exercicíos de Frenkel
Simone Romangnoli 
RA: 7627711036
CAMPINAS
Introdução:
Heinrich Sebastian Frenkel (1869-1931) foi um neurologista suíço. Em 1887, avaliando seus pacientes, observou que um deles, com ataxia sensitiva, não conseguia realizar o teste de index-nariz.
O paciente perguntou o que significava aquele exame, então foi informado que ele não havia passado no teste.
Alguns meses depois, em um novo exame, o paciente mostrou muita habilidade na coordenação dos movimentos. O Dr. Frenkel ficou impressionado com a evolução, que contradizia o que se pensava sobre o tratamento da ataxia na época. Perguntou então ao paciente o que havia ocorrido, e este disse que queria passar no teste, e que por isso havia treinado bastante o referido movimento.
A partir de então, o Dr. Frenkel passou a estudar a prática de exercícios na ataxia sensitiva e publicou seus trabalhos e um livro. Nesta obra, ele descreveu que “a visão é um grande aliado no tratamento”, além da atenção, precisão e repetição dos exercícios. Afirmava, pois, que a melhor maneira de realizar os exercícios é fazê-los por três minutos.
Em seguida, o paciente deveria fazer algo totalmente diferente e não relacionado com os exercícios em questão (como, por exemplo, ler um livro ou conversar sobre assunto diverso), por um período de aproximadamente quinze minutos. Em seguida, o paciente retornaria aos exercícios por mais três minutos, quando então, ele terá percebido melhora em sua habilidade comparando-se com a prática anterior.
Este modelo era defendido por Frenkel pois ele acreditava que o intervalo de 15 minutos era suficiente para a formação de novas pontes neurais (engramas). Orientava que as sessões fossem realizadas diariamente, por pelo menos seis semanas.
Frenkel observou ainda que os pacientes deveriam estar livres de opiáceos e de álcool para alcançar o foco de atenção necessária.
.
Atualmente o método de Frenkel é recomendado para tratar qualquer tipo de ataxia, tendo como objetivo inicial estabelecer o controle voluntário do movimento por meio do uso de qualquer parte do mecanismo sensorial que tenha permanecido intacto, paralelamente a visão, audição e tato, para compensar a perda da sensação cinestésica e com o objetivo final de estabelecer o controle do movimento, de tal modo que o paciente seja capaz e confie em sua habilidade de praticar atividades essenciais para independência na vida diária.
PRÍNCIPIOS DO MÉTODO
. Concentração e atenção;
. Precisão;
. Repetição.
DESENVOLVIMENTO 
•         Paciente com vestimenta adequada que possibilite a visualização do movimento;
•         Ensinar ao paciente a execução correta dos exercícios;
•         Velocidade determinada pelo Fisioterapeuta por meio da marcação de ritmo, marcação do movimento com a mão ou música;
•         ADM é indicada com marcação do local onde o pé/mão devem ser colocados;
•         Exercícios. De grande amplitudes são mais fáceis dos que os de curta amplitude;
•         Exercícios. Mais rápidos requerem menos controle que os lentos;
•         A progressão deve ser feita por complexidade e não por potência muscular;
•         Para a progressão deve-se respeitar: velocidade, amplitude e complexidade;
•         O exercício deve ser repetido várias vezes até tornar-se fácil e perfeito, sendo substituído por outro mais complexo;
•         Não frustrar o paciente com eleição de exercícios iniciais muito complexo;
•         Intercalar intervalos de descanso, pois a rotina pode ser prejudicial ao paciente;
•         Os exercícios progridem do DD, sentado, bipedestação e deambulação.
Recomendações
 Os exercícios são para coordenação e não para 
fortalecimento muscular.
 Os exercícios devem ser comandados e contados em tom de voz constante e 
lenta.
 É importante que o local seja bem iluminado e que o paciente esteja posicionado de 
forma a poder enxergar os movimentos de suas pernas.
Não cansar o paciente. Cada exercício não deve ser executado mais do que quatro 
vezes.O paciente deve descansar. O exercício todo deve durar 
aproximadamente 1/2 hora e deve ser feito 2 vezes por dia.
Os exercícios devem ser feitos dentro do alcance normal dos movimentos, 
evitando-se forçar demasiadamente os músculos.
Os exercícios mais simples devem ser executados adequadamente antes de se 
prosseguir para os mais difíceis.
Exercícios deitado
Posição inicial: O paciente deita de costas na cama ou em uma superfície plana, ao longo da qual 
os pés possam ser movidos facilmente.A cabeça deve estar apoiada em um 
travesseiro, de forma que ele possa observar todos os movimentos.
Movimentar uma perna dobrando o joelho e deslizando o calcanhar em direção 
ao quadril. Volttar à posição inicial e repitir com a outra perna.
Movimentar uma perna como no exercício anterior. Em seguida dobrar a perna 
lateralmente sem deslocar o pé. Retornar a perna para o centro. Voltar à posição 
inicial e repitir com a outra perna.
Movimentar uma perna dobrando o joelho e erguendo o calcanhar. Voltar à 
posição inicial e repitir com a outra perna.
 Movimente uma perna dobrando o joelho e deslizando o calcanhar em direção 
. Voltar à posição inicial e repetir com a outra perna.
Movimentar uma perna dobrando o joelho e colocando o calcanhar sobre o joelho
da outra perna. Então deslizar o calcanhar do joelho até o tornozelo e de volta 
para o joelho. Voltar à posição inicial e repetir com a outra perna.
Exercicíos 
Posição inicial: Paciente ereto com os pés separados de 10 a 15 cm.
Deslocar-se lateralmente para a direita com meio passos. Executar o exercício de forma ritmica, transferir seu peso para o pé esquerdo; segundo, desloque o pé direito 30 cm para a direita; terceiro, transfirir o peso para o pé direito; quarto, desloque o pé esquerdo 30 cm para a direita. Repetir o exercício para a esquerda. O tamanho do passo para a direita ou para a esquerda pode ser variado.
Caminhar para frente entre duas linhas paralelas distantes 35 cm, colocando o pé direito sobre a linha direita e o pé esquerdo sobre a linha esquerda, enfatizando a correta colocação dos pés. Descansar depois de 10 passos.
Caminhar para frente, enquanto coloca cada pé adiante em pegadas previamente localizadas no chão. As pegadas devem ser paralelas e distanciadas em aproximadamente 10 cm. Praticar com um quarto de passo, meio passo, três quartos de passo e passo inteiro.
Virando para a direita. Primeiro, pedir para que eleve a ponta do pé direito girando-o sobre o calcanhar para o lado direito; segundo, eleve o calcanhar do pé esquerdo girando-o sobre a ponta do pé para o lado direito; terceiro, reposicionar e completar a volta inteira. Repetir para o lado esquerdo.
Subir e desçer uma escada degrau por degrau, colocando o pé direito em um degrau e depois o esquerdo no mesmo degrau. Depois pedir para o paciente colocando um pé em cada degrau. Deverá utilizar o corrimão; com a melhora de equilíbrio, dispensar o corrimão.
Exercícios de braços e mãos
No caso dos braços estarem afetados, utilizar um quadro-negro e giz. Pedir par o paciente desenhar diagramas simples (linhas retas, círculos, linhas em zig-zag, etc.); mudar um sinal de menos para um sinal de mais.