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Aula 21
Contabilidade Pública p/ TRTs - Analista e Técnico Judiciário - Área Contabilidade -
com videoaulas
Professor: Giovanni Pacelli
Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/TRTs 
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AULA 21: Inventário na Administração pública. 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1.Apresentação 1 
2.Conceito e objetivos do inventário físico 2 
3.Tipos de Inventário Físico 5 
3.1.O inventário como instrumento (de cunho) gerencial 6 
4.Formas de recebimento, distribuição e desfazimento 
do material 
7 
4.1.Recebimento do material: conceito e formas 7 
4.2.Distribuição: conceito e formas 8 
4.3. Desfazimento do material: formas 9 
4.3.1. Inutilização ou abandono 16 
5. Controle do Material 17 
5.1. Controle do Material na IN nº 205 SEDAP/PR 1988 17 
5.2. Controle do Material na lei 4320/1964 20 
6.Material permanente e material de consumo: 
características 
23 
6.1.Identificação dos equipamentos e materiais 
permanentes 
27 
7.Casos especiais referentes à classificação por 
natureza de despesa 
29 
7.1.Serviços de Terceiros versus Material de Consumo e 
Permanente 
33 
7.2.Obras e Instalações versus Serviços de Terceiros 34 
7.3.Despesa de Exercícios Anteriores versus 
Indenizações e Restituições versus Elemento Próprio 
36 
8. Fases do inventário e princípios 39 
9.Questões comentadas 44 
10.Lista das questões apresentadas 57 
 
1. APRESENTAÇÃO 
 
Pessoal, na aula de hoje apresentarei os aspectos relacionados ao 
inventário na administração pública. 
 
 
 
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Nosso foco será sobre os seguintes aspectos: identificar os 
objetivos do inventário físico; diferenciar os tipos de inventário (anual, 
inicial, transferência, extinção, especial); identificar as formas de 
recebimento, movimentação interna e desfazimento; diferenciar 
materiais de consumo de materiais permanentes (critérios excludentes: 
durabilidade, fragilidade, perecibilidade, incorporabilidade, 
transformabilidade); apresentar as formas de registro dos equipamentos 
e materiais permanentes; e apresentar as fases e os princípios dos 
inventários. 
 
2. CONCEITO E OBJETIVOS DO INVENTÁRIO FÍSICO 
 
Inventário físico é o instrumento de controle para a verificação 
dos saldos de ESTOQUES nos almoxarifados e depósitos, e dos 
equipamentos e MATERIAIS PERMANENTES, em uso no órgão ou 
entidade, que irá permitir, dentre outros: 
a)o ajuste dos dados escriturais de saldos e movimentações dos 
estoques com o saldo físico real nas instalações de armazenagem; 
b) a análise do desempenho das atividades do encarregado do 
almoxarifado através dos resultados obtidos no levantamento físico; 
c) o levantamento da situação dos materiais estocados no tocante 
ao saneamento dos estoques; 
d) o levantamento da situação dos equipamentos e materiais 
permanentes em uso e das suas necessidades de manutenção e 
reparos; e 
e) a constatação de que o bem móvel não é necessário naquela 
unidade. 
 
 
 
 
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Observe que no conceito de inventário físico fica patente que 
estoques (material de consumo) é distinto de material permanente. 
Porém, o que viria a ser material? 
Conforme a IN 205 SEDAP/PR 19881 material é a designação 
genérica de equipamentos, componentes, sobressalentes, 
acessórios, veículos em geral, matérias-primas e outros itens 
empregados ou passíveis de emprego nas atividades das 
organizações públicas federais, independente de qualquer fator, 
bem como, aquele oriundo de demolição ou desmontagem, aparas, 
acondicionamentos, embalagens e resíduos economicamente 
aproveitáveis. 
Conforme a o Decreto 99.658/1990 material é a designação 
genérica de equipamentos, componentes, sobressalentes, 
acessórios, veículos em geral, matérias-primas e outros itens 
empregados ou passíveis de emprego nas atividades dos órgãos 
e entidades públicas federais, independente de qualquer fator2. 
Observa-se assim uma forte aderência entre ambos os 
normativos. 
Vamos as nossas duas questões iniciais que trata dos objetivos do 
inventário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 A IN 205 SEDAP/PR 1988 tem por objetivo racionalizar com minimização de custos o uso de material no 
âmbito do SISG através de técnicas modernas que atualizam e enriquecem essa gestão com as desejáveis 
condições de operacionalidade, no emprego do material nas diversas atividades. 
2 Art. 3º do Decreto 99.658/1990. 
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1. (Cespe/MPU/ 2010/Analista de Orçamento) O inventário físico é 
instrumento de controle por meio do qual é possível proceder ao 
levantamento da situação dos equipamentos e dos materiais 
permanentes em uso e de suas necessidades de manutenção. 
 
2. (Cespe/UNIPAMPA/2009/contador) A promulgação da Instrução 
Normativa SEDAP n.º 205/1988 teve como objetivo a minimização de 
custos por meio da racionalização do uso de material no âmbito do SISG 
com a aplicação de técnicas modernas que atualizam e enriquecem as 
condições de operacionalidade, no emprego desse material nas diversas 
atividades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMENTÁRIOS À QUESTÃO 
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1. CERTO, vimos que foi cobrado um dos objetivos do inventário físico 
que consta na IN nº 205 SEDAP/PR 1988. Numa próxima oportunidade 
podem ser cobrados os demais. 
2. CERTO, a IN 205 é usada como referência até hoje. 
 
3. TIPOS DE INVENTÁRIOS FÍSICOS 
 Segundo os normativos na administração pública federal existem 5 
tipos de inventários: 
(i) Anual ± destinado a comprovar a quantidade e o valor dos bens 
patrimoniais do acervo de cada unidade gestora, existente em 31 de 
dezembro de cada exercício - constituído do inventário anterior e 
das variações patrimoniais ocorridas durante o exercício. 
(ii) Inicial ± quando da criação de uma unidade, para identificação e 
registro dos bens sob sua responsabilidade. 
(iii) Transferência de Responsabilidades ± realizado quando da 
mudança do dirigente da Unidade Gestora. 
(iv) Por extinção ou transformação ± quando da extinção ou 
transformação da unidade gestora. 
(v) Eventual ± realizado em qualquer época, por iniciativa do dirigente 
da unidade ou por iniciativa do órgão de fiscalização. 
 Nos inventários destinados a atender às exigências do órgão 
fiscalizador (Sistema de Controle Interno), ou seja, em um inventário 
eventual solicitado pelo controle interno, os bens móveis (material 
de consumo, equipamento, material permanente e semoventes) 
serão agrupados segundo as categorias patrimoniais constantes do planode Contas Único. 
 Outra dedução importante é que a IN nº 205 SEDAP/PR 1988 
esclarece que os bens móveis incluem tanto os materiais de 
consumo quanto os materiais permanentes. 
 
 
 
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3.1. O inventário como instrumento (de cunho) gerencial 
 A IN nº 205 SEDAP/PR 1988 prevê ainda, desde que não haja 
prejuízo de outras normas de controle dos sistemas competentes, que o 
Departamento de Administração ou unidade equivalente poderá 
utilizar como instrumento gerencial o Inventário Rotativo, que 
consiste no levantamento rotativo, contínuo e seletivo dos materiais 
existentes em estoque ou daqueles permanentes distribuídos para uso, 
feito de acordo com uma programação de forma que todos os itens 
sejam recenseados ao longo do exercício. 
Outro tipo de inventário que poderá ser utilizado como 
instrumento gerencial é Inventário por Amostragens para um 
acervo de grande porte. Esta modalidade alternativa consiste no 
levantamento em bases mensais, de amostras de itens de material de 
um determinado grupo ou classe, e inferir os resultados para os demais 
itens do mesmo grupo ou classe. 
Os inventários físicos de cunho gerencial, no âmbito do SISG 
deverão ser efetuados por Comissão designada pelo Diretor do 
Departamento de Administração ou unidade equivalente, 
ressalvado aqueles de prestação de contas, que deverão se 
subordinar às normas do Sistema de Controle Interno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. FORMAS DE RECEBIMENTO, DISTRIBUIÇÃO E DESFAZIMENTO 
DO MATERIAL 
 Antes de apresentar os conceitos e as características de cada forma, 
apresento o Quadro 1 que contém as modalidades de recebimento, 
distribuição e desfazimento conforme cada legislação. 
 
Quadro 1: Modalidades de recebimento, distribuição e desfazimento do 
material da administração pública federal. 
Gênero de 
movimentação3 
Modalidade 
Recebimento 
(entrada no patrimônio 
do órgão) 
Compra (IN 205 SEDAP/PR 1988) 
Cessão (IN 205 SEDAP/PR 1988) 
Doação (IN 205 SEDAP/PR 1988) 
Permuta (IN 205 SEDAP/PR 1988) 
Transferência (IN 205 SEDAP/PR 1988) 
Produção interna (IN 205 SEDAP/PR 1988) 
Fornecimento/Distribuição 
(utilização pela Unidade) 
Por pressão (IN 205 SEDAP/PR 1988) 
Por requisição (IN 205 SEDAP/PR 1988) 
Desfazimento (saída do 
patrimônio do órgão) 
Cessão (IN 205 SEDAP/PR 1988 e Decreto 
99.658/1998) 
Alienação (venda, permuta ou doação) (IN 
205 SEDAP/PR 1988 e Decreto 99.658) 
Transferência (Decreto 99.658/1998) 
Inutilização (Decreto 99.658/1998) 
Abandono (Decreto 99.658/1998) 
 
4.1.Recebimento do material: conceito e formas 
O recebimento é o ato pelo qual o material encomendado é 
entregue ao órgão público no local previamente designado, não 
implicando em aceitação. 
 
3 Essa classificação é apenas para fins didáticos desta aula. A mesma não é citada de forma expressa 
na legislação. 
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Transfere apenas a responsabilidade pela guarda e conservação do 
material, do fornecedor ao órgão recebedor. Ocorrerá nos almoxarifados, 
salvo quando o mesmo não possa ou não deva ali ser estocado ou 
recebido, caso em que a entrega se fará nos locais designados. Qualquer 
que seja o local de recebimento, o registro de entrada do material 
será SEMPRE no Almoxarifado. 
O Quadro 2 relaciona os documentos hábeis para as formas de 
recebimento. 
 
Quadro 2: Documentos hábeis para recebimento do material 
Forma de recebimento Documento Hábil 
Compra Nota Fiscal, Fatura e Nota fiscal/Fatura 
Cessão Termo de Cessão 
Doação Termo de Doação 
Permuta 
Declaração exarada no processo relativo à 
Permuta 
Transferência 
Guia de Remessa de Material ou Nota de 
Transferência 
Produção interna Guia de Produção 
 
4.2.Distribuição: conceito e formas. 
As unidades integrantes das estruturas organizacionais dos 
órgãos e entidades serão supridas EXCLUSIVAMENTE pelo seu 
almoxarifado. 
A distribuição (fornecimento) é o processo pelo qual se faz chegar 
o material em perfeitas condições ao usuário. São dois os processos de 
fornecimento: (i) por pressão; (ii) por requisição. O Quadro 3 contém as 
características de cada um. 
 
 
 
 
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Quadro 3: Tipos de fornecimento 
Tipo de 
Fornecimento 
Características 
Por Pressão 
É o processo de uso facultativo, pelo qual se entrega 
material ao usuário mediante tabelas de provisão 
previamente estabelecidas pelo setor competente, e 
nas épocas fixadas, independentemente de 
qualquer solicitação posterior do usuário. 
Essas tabelas são preparadas normalmente, para: 
a) material de limpeza e conservação; 
b) material de expediente de uso rotineiro; 
c) gêneros alimentícios. 
Por Requisição 
É o processo mais comum, pelo qual se entrega o 
material ao usuário mediante apresentação de uma 
requisição (pedido de material) de uso interno no 
órgão ou entidade. 
As requisições/fornecimentos deverão ser feitos de 
acordo com: 
a) as tabelas de provisão; 
b) catálogo de material, em uso no órgão ou entidade. 
 
4.3.Desfazimento do material: formas previstas na legislação 
As formas de destinação previstas na IN nº 205 SEDAP/PR 1988 são 
as seguintes: (i) Cessão; (ii) alienação. O Quadro 4 contém os conceitos 
referentes a cada forma de destinação conforme a IN. 
 
 
 
 
 
 
 
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Quadro 4: Formas de destinação na IN nº 205 SEDAP/PR 1988 
Tipo de 
Destinação 
Características 
Cessão 
A cessão consiste na movimentação de material do 
Acervo, com transferência de posse, gratuita, com troca 
de responsabilidade, de um órgão para outro, dentro do 
âmbito da Administração Federal Direta. 
Alienação 
A Alienação consiste na operação que transfere o direito 
de propriedade do material mediante, venda, permuta ou 
doação 
 
Compete ao Departamento de Administração ou à unidade 
equivalente, sem prejuízo de outras orientações que possam advir do 
órgão central do Sistema de Serviços Gerais - SISG: 
(i) Colocar à disposição, para cessão, o material identificado como inativo 
nos almoxarifados e os outros bens móveis distribuídos, considerados 
ociosos. 
(ii) Providenciar a alienação do material considerado antieconômico e 
irrecuperável. 
Dessa forma, tem-se o seguinte esquema no Quadro 5. 
 
Quadro 5: Esquema de destinação 
Situação do material Recomendação 
Ocioso CessãoAntieconômico e irrecuperável Alienação 
 
Na sequência apresento o Quadro 6 que contém as formas de 
destinação conforme o Decreto 99.658/1998. 
 
 
 
 
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Quadro 6: Formas de desfazimento no Decreto 99.658/1998 
Tipo de 
Destinação 
Características 
Transferência 
Modalidade de movimentação de material, com troca 
de responsabilidade, de uma unidade organizacional 
para outra, dentro do mesmo órgão ou entidade. 
Cessão 
Modalidade de movimentação de material do acervo, 
com transferência gratuita de posse e troca de 
responsabilidade, entre órgãos ou entidades da 
Administração Pública Federal direta, autárquica 
e fundacional do Poder Executivo ou entre estes e 
outros, integrantes de qualquer dos demais Poderes da 
União. 
A cessão será efetivada mediante Termo de 
Cessão, do qual constarão a indicação de 
transferência de carga patrimonial, da unidade cedente 
para a cessionária, e o valor de aquisição ou custo de 
produção. 
Alienação 
Operação de transferência do direito de propriedade do 
material, mediante venda, permuta ou doação. 
Outras formas de 
desfazimento 
Renúncia ao direito de propriedade do material, 
mediante INUTILIZAÇÃO ou ABANDONO. 
 
 Vamos fazer mais uma questão. 
 
 
 
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(Cespe/MPU/ 2010/Controle Interno) Um dos instrumentos de controle 
do patrimônio público é o inventário de materiais, bens móveis e imóveis 
pertencentes ao ente público. Com relação a esse assunto, julgue os 
itens que se seguem. 
3. O abandono de um material é uma forma de destinação legalmente 
prevista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMENTÁRIOS À QUESTÃO 
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Por mais que pareça estranho, vimos que o abando é previsto no 
Decreto 99.658/1990. 
 
 
Pessoal, na IN nº 205 SEDAP/PR 1988 considera-se cessão a 
movimentação de material, com transferência de posse, gratuita, com 
troca de responsabilidade, de um órgão para outro, dentro do âmbito 
da Administração Federal Direta; enquanto no Decreto 
99.658/1990 considera-se cessão a transferência gratuita de posse 
e troca de responsabilidade, entre órgãos ou entidades da 
Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional. 
Apesar dessa inicial divergência, o Decreto 99.58/1990 estipula que a 
cessão quando envolver entidade autárquica, fundacional ou integrante 
dos Poderes Legislativo e Judiciário, a operação só poderá efetivar-
se mediante DOAÇÃO. 
Dessa forma, a doação é uma espécie de cessão. 
 
Ainda nesta seção, gostaria de registrar que a IN nº 205 SEDAP/PR 
1988 não esclarece de forma explícita os aspectos relacionados aos 
estados que vimos que influenciaram a decisão quanto ao destino dos 
materiais. Tal esclarecimento consta no Decreto 99.658/1990. O Quadro 
7 mostra os conceitos sobre os status dos bens. 
 
 
 
 
 
 
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Quadro 7: Classificação do material considerado genericamente 
inservível para a repartição, órgão ou entidade que detém sua posse ou 
propriedade. 
Classificação do 
material considerado 
genericamente 
inservível 
Descrição 
Ocioso 
Quando, embora em perfeitas condições 
de uso, não estiver sendo aproveitado. 
Recuperável 
Quando sua recuperação for possível e 
orçar, no âmbito, a cinqüenta por cento 
de seu valor de mercado. 
Antieconômico 
Quando sua manutenção for onerosa, ou 
seu rendimento precário, em virtude de 
uso prolongado, desgaste prematuro ou 
obsoletismo. 
Irrecuperável 
Quando não mais puder ser utilizado para 
o fim a que se destina devido à perda de 
suas características ou em razão da 
inviabilidade econômica de sua 
recuperação. 
 
O Decreto 99.658/1990 reforça e amplia o entendimento anterior da 
IN e estabelece que o material classificado como ocioso ou recuperável 
será cedido a outros órgãos que dele necessitem4. 
 
 
 
 
 
 
 
4 Art. 3º no Decreto 99658/1998. 
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Quadro 8: Esquema de desfazimento do Decreto 99.658/1990 
Situação do 
material 
Determinação 
Ocioso ou 
Recuperável 
Cessão. 
Doação para outro órgão ou entidade da Administração 
Pública Federal direta, autárquica ou fundacional ou 
para outro órgão integrante de qualquer dos demais 
Poderes da União. 
Antieconômico 
Doação para Estados e Municípios mais carentes, 
Distrito Federal, empresas públicas, sociedade de 
economia mista, instituições filantrópicas, reconhecidas 
de utilidade pública pelo Governo Federal, e 
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público. 
Irrecuperável 
Alienação 
Doação para instituições filantrópicas, reconhecidas de 
utilidade pública pelo Governo Federal, e as 
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público. 
Inutilização ou abandono. 
Outras 
situações 
O material adquirido com recursos de convênio 
celebrado com Estado, Território, Distrito Federal ou 
Município e que, a critério do Ministro de Estado, do 
dirigente da autarquia ou fundação, seja 
necessário à continuação de programa 
governamental, após a extinção do convênio, deve 
ser doado para a respectiva entidade convenente. 
O material adquirido destinado à execução 
descentralizada de programa federal, aos órgãos e 
entidades da Administração direta e indireta da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e aos 
consórcios intermunicipais, para exclusiva utilização 
pelo órgão ou entidade executora do programa, 
hipótese em que se poderá fazer o tombamento 
do bem diretamente no patrimônio do donatário, 
quando se tratar de material permanente, 
lavrando-se, em todos os casos, registro no processo 
administrativo competente. 
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Os microcomputadores de mesa, monitores de vídeo, impressoras e 
demais equipamentos de informática, respectivo mobiliário, peças-parte 
ou componentes, classificados como ociosos ou recuperáveis, poderão 
ser doados a instituições filantrópicas, reconhecidas de utilidade 
pública pelo Governo Federal, e Organizações da Sociedade Civil de 
Interesse Público que participem de projeto integrante do Programa de 
InclusãoDigital do Governo Federal. 
 
4.3.1. Inutilização ou abandono 
Se for verificada a impossibilidade ou a inconveniência da 
alienação de material classificado como irrecuperável, a autoridade 
competente determinará sua descarga patrimonial e sua inutilização ou 
abandono, após a retirada das partes economicamente 
aproveitáveis, porventura existentes, que serão incorporados ao 
patrimônio. 
 A inutilização consiste na destruição total ou parcial de material que 
ofereça ameaça vital para pessoas, risco de prejuízo ecológico ou 
inconvenientes, de qualquer natureza, para a Administração Pública 
Federal. 
 A inutilização, sempre que necessário, será feita mediante audiência 
dos setores especializados, de forma a ter sua eficácia assegurada. 
 Os símbolos nacionais, armas, munições e materiais pirotécnicos 
serão inutilizados em conformidade com a legislação específica. O Quadro 
9 mostra os motivos para a inutilização do material. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Quadro 9: Motivos para inutilização 
1 A sua contaminação por agentes patológicos, sem possibilidade de 
recuperação por assepsia. 
2 A sua infestação por insetos nocivos, com risco para outro material. 
3 A sua natureza tóxica ou venenosa. 
4 A sua contaminação por radioatividade. 
5 O perigo irremovível de sua utilização fraudulenta por terceiros. 
 
Tanto a inutilização e o abandono de material serão 
documentados mediante Termos de Inutilização ou de Justificativa 
de Abandono, os quais integrarão o respectivo processo de 
desfazimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. CONTROLE DO MATERIAL 
Generalizar o controle seria, além de dispendioso, às vezes, 
impossível quando a quantidade e diversidade são elevadas. Deste 
modo, o controle deve ser feito de maneira diferente para cada 
item de acordo com o grau de importância, valor relativo, 
dificuldades no ressuprimento. 
 
5.1. Controle do Material na IN nº 205 SEDAP/PR 1988 
O material de pequeno valor econômico que tiver custo de 
controle evidentemente superior ao risco de perda poderá ser 
controlado através do simples relacionamento do material (relação-
carga). 
O bem móvel (material de consumo, equipamento, material 
permanente e semoventes) cujo valor de aquisição ou custo de 
produção for desconhecido será avaliado tomando como referência o 
valor de outro, semelhante ou sucedâneo, no mesmo estado de 
conservação e a preço de mercado. 
Nenhum material deverá ser liberado aos usuários, antes de 
cumpridas as formalidades de recebimento, aceitação e registro no 
competente instrumento de controle (ficha de prateleira, ficha de 
estoque, listagens). 
O Departamento de Administração ou a unidade equivalente deverá 
acompanhar a movimentação de material ocorrida no âmbito do órgão ou 
entidade, registrando os elementos indispensáveis ao respectivo controle 
físico periódico com a finalidade de constatar as reais necessidades dos 
usuários e evitar os eventuais desperdícios. 
As comissões especiais de que trata esta I.N., deverão ser 
constituídas de, no mínimo, três servidores do órgão ou entidade, 
e serão instituídas pelo Diretor do Departamento de Administração ou 
unidade equivalente e, no caso de impedimento desse, pela Autoridade 
Administrativa a que ele estiver subordinado. 
 
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O Decreto 99658/1990 por sua vez estabelece que as 
avaliações, classificação e formação de lotes, previstas no Decreto, bem 
assim os demais procedimentos que integram o processo de alienação de 
material, serão efetuados por comissão especial, instituída pela 
autoridade competente e composta de, no mínimo, três servidores 
integrantes do órgão ou entidade interessados5. 
 A Administração poderá, em casos especiais, contratar, por prazo 
determinado, serviço de empresa ou profissional especializado para 
assessorar a comissão especial quando se tratar de material de grande 
complexidade, vulto, valor estratégico ou cujo manuseio possa oferecer 
risco a pessoas, instalações ou ao meio ambiente6. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 Art. 19º do Decreto 99.658/1990. 
6 Art. 20º do Decreto 99.658/1990. 
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5.2. Controle do Material na lei 4320/1964 
Haverá registros ANALÍTICOS de TODOS os bens de caráter 
PERMANENTE, com indicação dos elementos necessários para a perfeita 
caracterização de cada um deles e dos agentes responsáveis pela sua 
guarda e administração7. 
A contabilidade manterá registros SINTÉTICOS dos bens 
MÓVEIS E IMÓVEIS8. 
O levantamento geral dos bens MÓVEIS E IMÓVEIS terá por 
base o INVENTÁRIO ANALÍTICO de cada unidade administrativa e 
os elementos da escrituração SINTÉTICA na contabilidade9. 
 
 
Todos os bens permanentes precisam de registro analítico. 
Todos os bens móveis (material de consumo, equipamento, material 
permanente e semoventes) e imóveis precisam de registro sintético. 
O levantamento geral de 
bens móveis e imóveis 
terá por base o inventário analítico da 
UA e os elementos de escrituração 
sintética. 
 
 
 Vamos fazer uma questão sobre isso. 
 
 
7 Art. 94º da lei 4320/1964. 
8 Art. 95º da lei 4320/1964. 
9 Art. 96º da lei 4320/1964. 
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4. (Cespe/SECGE PE/ 2010/Controle Interno) O levantamento geral dos 
bens móveis e imóveis terá por base o inventário sintético do órgão e os 
elementos da escrituração analítica na contabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. (Cespe/SECGE PE/ 2010/Controle Interno) O levantamento geral dos 
bens móveis e imóveis terá por base o inventário sintético do órgão e 
os elementos da escrituração analítica na contabilidade. 
ERRADO, o levantamento geral dos bens móveis e imóveis terá por base 
o inventário analítico do órgão e os elementos da escrituração 
sintética na contabilidade. 
 
 Fruto do prescrito na lei 4320/1964, questiona-se:quais 
elementos relacionados ao material devem constar no inventário 
analítico? 
A IN nº 205 SEDAP/PR 1988 estabelece que no inventário analítico, 
para a perfeita caracterização do material, figurarão: 
a) descrição padronizada; 
b) número de registro; 
c) valor (preço de aquisição, custo de produção, valor arbitrado ou preço 
de avaliação); 
d) estado (bom, ocioso, recuperável, antieconômico ou 
irrecuperável); 
e) outros elementos julgados necessários. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. MATERIAL PERMANENTE E MATERIAL DE CONSUMO: 
CARACTERÍSTICAS 
Vimos nas seções anteriores que os bens móveis são constituídos 
tanto por materiais permanentes quanto por materiais de consumo. 
Porém, o que diferencia um do outro? 
O material de consumo, aquele que, em razão de seu uso 
corrente e da definição da Lei nº 4.320/1964, perde normalmente sua 
identidade física e/ou tem sua utilização limitada a dois anos 10; 
enquanto o material permanente, aquele que, em razão de seu uso 
corrente, não perde a sua identidade física, e/ou tem uma 
durabilidade superior a dois anos 11. 
A diferença entre material de consumo e material permanente 
RFRUUH�QD�FODVVLILFDomR�TXDQWR�j�QDWXUH]D�QR�QtYHO�³HOHPHQWR�GD�GHVSHVD´��
O material de consumo possui o código 30 enquanto o material 
permanente o código 52. 
Além disso, na classificação da despesa com aquisição de material 
devem ser adotados alguns parâmetros que distinguem o material 
permanente do material de consumo. Os seguintes parâmetros 
excludentes, expostos no Quadro 9, devem ser tomados em conjunto, 
para a identificação do material permanente. Dessa forma, por se 
tratarem de parâmetros excludentes, um material é considerado de 
consumo desde que atenda um, e pelo menos um, dos parâmetros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 §2º do Art. 15º da Lei 4320/1964; Inciso I do Art. 2º da Portaria STN 448/2002. 
11 Inciso II do Art. 2º da Portaria STN 448/2002. 
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Quadro 10: Critérios excludentes de material permanente12 
Critério Parâmetro utilizado Exemplo 
Critério da 
Durabilidade 
Se em uso normal perde ou tem 
reduzida as suas condições de 
funcionamento, no prazo 
máximo de dois anos. 
Lápis, caneta 
Critério da 
Fragilidade 
Se sua estrutura for quebradiça, 
deformável ou danificável, 
caracterizando sua 
irrecuperabilidade e perda de 
sua identidade ou 
funcionalidade. 
Disquete 
Critério da 
Perecibilidade 
Se está sujeito a modificações 
(químicas ou físicas) ou se 
deteriora ou perde sua 
característica pelo uso normal. 
Gêneros 
alimentícios 
 
Critério da 
Incorporabilidade 
 
Se está destinado à 
incorporação a outro bem, e não 
pode ser retirado sem prejuízo das 
características físicas e funcionais 
do principal. Pode ser utilizado 
para a constituição de novos 
bens, melhoria ou adições 
complementares de bens em 
utilização (sendo classificado como 
4.4.90.30), ou para a reposição 
de peças para manutenção do 
seu uso normal que contenham 
a mesma configuração (sendo 
classificado como 3.3.90.30). 
Peças de 
veículos 
Critério da 
Transformabilidade 
Se for adquirido para fim de 
transformação. 
Aço como 
matéria-prima 
para 
fabricação de 
armários. 
 
12 Art. 3º da Portaria STN 448/2002. 
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Os critérios devem ser enxergados sob 
a perspectiva negativa. Assim, atender 
ao critério é assumir que o material não 
pode ser permanente, mas sim de 
consumo. 
 
Observa-se que, embora um bem tenha sido adquirido como 
permanente, o seu controle patrimonial deverá ser feito baseado 
na relação custo-benefício desse controle. 
Nesse sentido, a Constituição Federal prevê o Princípio da 
Economicidade (art. 70), que se traduz na relação custo-benefício. 
Assim, os controles devem ser simplificados quando se apresentam como 
meramente formais ou cujo custo seja evidentemente superior ao risco. 
Desse modo, se um material for adquirido como permanente e 
ficar comprovado que possui custo de controle superior ao seu 
benefício, deve ser controlado de forma simplificada, por meio de 
relação-carga, que mede apenas aspectos qualitativos e 
quantitativos, não havendo necessidade de controle por meio de 
número patrimonial. No entanto, esses bens deverão estar registrados 
contabilmente no patrimônio da entidade. 
Da mesma forma, se um material de consumo for considerado 
como de uso duradouro, devido à durabilidade, quantidade utilizada ou 
valor relevante, também deverá ser controlado por meio de relação-
carga, e incorporado ao patrimônio da entidade. O Quadro 11 resume os 
conceitos anteriores. 
 
 
 
 
 
 
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Quadro 11: Controles sobre o material permanente e de consumo 
Qual a 
classificação 
quando da 
aquisição? 
Possui custo de controle 
superior ao seu benefício? 
Como deve ser 
controlado? 
Material permanente Não 
Por meio de número 
patrimonial e incorporado 
ao patrimônio da 
entidade. 
Material permanente Sim Relação-carga e 
incorporado ao patrimônio 
da entidade. 
Material consumo 
Se for de uso duradouro, 
devido à durabilidade, 
quantidade utilizada ou valor 
relevante. 
 
 
 
(Cespe/MPU/ 2010/Controle Interno) Um dos instrumentos de controle 
do patrimônio público é o inventário de materiais, bens móveis e imóveis 
pertencentes ao ente público. Com relação a esse assunto, julgue o item 
que se segue. 
5. A durabilidade, a incorporabilidade e a tangibilidade são parâmetros 
para identificação de material permanente. 
 
 
 
 
 
 
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(Cespe/MPU/ 2010/Controle Interno) Um dos instrumentos de controle 
do patrimônio público é o inventário de materiais, bens móveis e imóveis 
pertencentes ao ente público. Com relação a esse assunto, julgue o item 
que se segue. 
5. A durabilidade, a incorporabilidade e a tangibilidade são parâmetros 
para identificação de material permanente. 
ERRADO, a tangibilidade não é um dos parâmetros. 
 
6.1. Identificação dos equipamentos e materiais permanentes 
Para efeito de identificação e inventário os equipamentos e 
materiais permanentes receberão números seqüenciais de registro 
patrimonial. O Quadro 12 contém as formas de registrar o material 
permanente.Quadro 12: Formas de identificação de equipamentos e materiais 
permanentes 
Tipo de material 
permanente ou 
equipamento 
Forma identificação dos números 
seqüenciais de registro patrimonial 
Regra geral 
O número de registro patrimonial deverá 
ser aposto ao material, mediante 
gravação, fixação de plaqueta ou 
etiqueta apropriada. 
Material bibliográfico 
O número de registro patrimonial poderá 
ser aposto mediante carimbo. 
 
Em caso de redistribuição de equipamento ou material 
permanente, o termo de responsabilidade deverá ser atualizado 
fazendo-se dele constar a nova localização, e seu estado de conservação 
e a assinatura do novo consignatário. 
 
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Nenhum equipamento ou material permanente poderá ser 
movimentado, ainda que, sob a responsabilidade do mesmo 
consignatário, sem prévia ciência do Departamento de 
Administração ou da unidade equivalente. 
Todo equipamento ou material permanente somente poderá 
ser movimentado de uma unidade organizacional para outra, através 
do Departamento de Administração ou da unidade equivalente. 
Compete ao Departamento de Administração ou unidade 
equivalente promover previamente o levantamento dos 
equipamentos e materiais permanentemente em uso junto aos seus 
consignatários, com a finalidade de constatar os aspectos quantitativos e 
qualitativos desses. 
O consignatário, independentemente de levantamento, 
deverá comunicar ao Departamento de Administração ou unidade 
equivalente qualquer irregularidade de funcionamento ou 
danificação nos materiais sob sua responsabilidade. 
O Departamento de Administração ou unidade equivalente 
providenciará a recuperação do material danificado (conceito de 
material recuperável) sempre que verificar a sua viabilidade 
econômica e oportunidade. 
 
O bem móvel controlado diz respeito ao material sujeito a 
tombamento, que requer controle rigoroso de uso e 
responsabilidade pela sua guarda e conservação. 
 
 
 
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7.CASOS ESPECIAIS REFERENTES À CLASSIFICAÇÃO POR 
NATUREZA DE DESPESA 
Esta seção apresenta casos especiais referentes à classificação por 
natureza de despesa. Neste primeiro momento apresento o Quadro 13 
que mostra aspectos específicos envolvendo material permanente e 
material de consumo. 
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Quadro 13: Casos específicos de material permanente e de consumo 
Caso em análise Critérios adotados 
Classificação de peças não 
Incorporáveis a Imóveis 
(despesas com materiais 
empregados em imóveis e 
que possam ser removidos 
ou recuperados, tais como: 
biombos, cortinas, divisórias 
removíveis, estrados, 
persianas, tapetes e afins). 
Geralmente os itens elencados são considerados materiais permanentes, mas não 
precisam ser tombados. Assim são controlados via Relação-carga. 
No caso de despesas realizadas em imóveis alugados, o ente deverá registrar como 
material permanente e proceder à baixa quando entregar o imóvel, se os mesmos 
encontrarem-se deteriorados, sem condições de uso. 
Classificação de despesa 
com aquisição de placa de 
memória para substituição 
em um computador com 
maior capacidade que a 
existente e a classificação 
da despesa com aquisição 
de uma leitora de CD para 
ser instalada num 
Computador sem Unidade 
Leitora de CD. 
Despesa orçamentária com a troca da placa de memória de um computador para outra de maior 
capacidade deve ser classificada na categoria econômica 4 ± ³GHVSHVD�GH�FDSLWDO´��QR�JUXSR�GH�
natureza de despesa 4 ± ³LQYHVWLPHQWRV´ e no elemento de despesa 30 ± ³0DWHULDO�GH�&RQVXPR´� 
Se a troca ocorrer por outro processador de mesma capacidade, havendo apenas a manutenção 
regular do seu funcionamento, deve ser classificada na categoria econômica 3 ± ³GHVSHVD�
FRUUHQWH´��QR�JUXSR�GD�QDWXUH]D�GD�GHVSHVD���± ³RXWUDV�GHVSHVDV�FRUUHQWHV´ e no elemento de 
despesa 30 ± ³0DWHULDO�GH�&RQVXPR´� 
Adições complementares como a inclusão da leitora de CD na unidade também deve ser classificada 
na categoria econômica 4 ± despesa de capital, no grupo de natureza de despesa 4 ± 
³LQYHVWLPHQWRV´� e no elemento de despesa 30 ± ³0DWHULDO� GH� &RQVXPR´�� SRLV� VH� WUDWD� GH� DGLomR�
complementar, ou seja, novo componente não registrado no ativo imobilizado. 
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Classificação de despesa 
com aquisição de material 
bibliográfico. 
Como regra geral, os livros e demais materiais bibliográficos apresentam 
características de material permanente (durabilidade superior a dois anos, não é 
quebradiço, não é perecível, não é incorporável a outro bem, não se destina a 
transformação). Assim, são materiais permanentes. 
Porém, o art. 18 da Lei nº 10.753/2003, considera os livros adquiridos para 
bibliotecas públicas como materiais de consumo. 
Dessa forma, as bibliotecas públicas devem efetuar o controle patrimonial dos 
seus livros, adquiridos como material de consumo, de modo simplificado via 
relação do material (relação-carga) e/ou verificação periódica da quantidade de itens 
requisitados, não sendo necessária a identificação do número do registro patrimonial. 
As aquisições que não se destinarem às bibliotecas públicas deverão manter os 
procedimentos de aquisição e classificação na natureza de despesa 4.4.90.52 ± Material 
Permanente ± incorporando ao patrimônio. Portanto, devem ser registradas em conta 
de ativo imobilizado. 
Classificação de despesa 
com serviços de 
remodelação, restauração, 
manutenção e outros. 
Quando o serviço se destina a manter o bem em condições normais de 
operação, não resultando em aumento relevante da vida útil do bem, a despesa 
orçamentária é corrente. 
Caso as melhorias decorrentes do serviço resultem em aumento significativo da 
vida útil do bem, a despesa orçamentária é de capital, devendo o valor de o gasto 
ser incorporado ao ativo. 
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Classificação de despesa 
com aquisição de pen-drive, 
canetas ópticas, token e 
similares. 
A aquisição será classificada como material de consumo, na natureza da despesa 
3.3.90.30, tendo em vista que são abarcadas pelo critério da fragilidade. Os bens serão 
controlados como materiais de uso duradouro, por simples relação-carga, com 
verificação periódica das quantidades de itens requisitados, devendo ser considerado o princípio 
da racionalização do processo administrativo para a instituição pública. 
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7.1. Serviços de Terceiros versus Material de Consumo e 
Permanente 
O próximo caso se refere às diferenças entre serviços de terceiros e 
material de consumo e permanente. O Quadro 14 resume o que deve ser 
considerado. 
 
Quadro 14: Diferença entre material de consumo/permanente e serviços 
de terceiros 
Elemento da 
despesa em 
análise 
Código 
elemento da 
despesa 
Característica 
Material de 
consumo 
30 
Material de consumo adquirido por 
encomenda de produto disponível no 
mercado. A entidade não fornece matéria-
prima. 
Material 
Permanente 
52 
Material permanente adquirido por 
encomenda de produto disponível no 
mercado. A entidade não fornece matéria-
prima. 
Serviços de 
terceiros 
36 ou 39 
Material de consumo ou permanente 
adquirido por encomenda de produto que 
envolva as fases de produção e elaboração 
em que o ente forneça a matéria prima. 
 
Algumas vezes ocorrem dúvidas, em virtude de divergências 
entre a adequada classificação da despesa orçamentária e o tipo 
do documento fiscal emitido pela contratada (Ex: Nota Fiscal de 
Serviço, Nota Fiscal de Venda ao Consumidor etc.). Nesses casos, a 
contabilidade deve procurar bem informar, seguindo, se for 
necessário para tanto, a essência ao invés da forma e buscar a 
consecução de seus objetivos: demonstrar o patrimônio e controlar o 
orçamento. 
 
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Portanto, a despesa orçamentária deverá ser classificada 
independentemente do tipo de documento fiscal emitido pela 
contratada, devendo ser classificada como serviços de terceiros ou 
material mediante a verificação do fornecimento ou não da matéria-
prima. 
Um exemplo clássico dessa situação é a contratação de 
confecção de placas de sinalização. Nesse caso, será emitida uma 
nota fiscal de serviço13 e a despesa orçamentária será classificada 
no elemento de despesa 30 ± material de consumo, pois não houve 
fornecimento de matéria-prima. 
 
7.2. Obras e Instalações versus Serviços de Terceiros 
O próximo caso se refere às diferenças entre serviços de terceiros e 
material de consumo. O Quadro 15 resume o que deve ser considerado. 
 
 
 
Quadro 15: Diferenças entre Obras e Instalações versus Serviços de 
Terceiros 
Elemento da 
despesa em 
análise 
Código 
elemento 
da despesa 
Característica 
Serviços de 
Terceiros 
 
36 ou 39 
Reparos, consertos, revisões, pinturas, reformas 
e adaptações de bens imóveis sem que ocorra 
a ampliação do imóvel. 
Reparos em instalações elétricas e hidráulicas. 
Reparos, recuperações e adaptações de 
biombos, carpetes, divisórias e lambris. 
Manutenção de elevadores, limpeza de fossa e 
afins 
 
13 Pelo artigo 1º, § 2º, item 24 da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003 e na classificação 
orçamentária da despesa como material de consumo (elemento da despesa 30), se o órgão não fornecer a 
matéria-prima. 
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Obras e 
instalações 
51 
Quando a despesa ocasionar a ampliação 
relevante do potencial de geração de 
benefícios econômicos futuros do imóvel, 
tal despesa deverá ser considerada como obras 
e instalações, portanto, despesas com 
investimento. 
 
7.3. Despesa de Exercícios Anteriores versus Indenizações e 
Restituições versus Elemento Próprio 
O próximo e último caso se refere às diferenças entre: Despesa de 
Exercícios Anteriores; indenizações e Restituições; e Elemento Próprio. O 
Quadro 16 resume o que deve ser considerado. 
 
Quadro 16: Diferenças entre: Despesa de Exercícios Anteriores; indenizações e 
restituições; e Elemento Próprio. 
Elemento da 
Despesa e 
código 
Características 
Despesa de 
Exercícios 
anteriores - 92 
Sempre que o empenho tratar-se de despesas cujo fato 
gerador ocorreu em exercícios anteriores, sem exceções, 
não eximindo a apuração de responsabilidade pelo gestor, se 
for o caso. 
Uso eventual. 
Indenizações e 
restituições - 93 
Para despesas orçamentárias com indenizações, 
exclusive as trabalhistas, e restituições, devidas por órgãos 
e entidades a qualquer título, inclusive devolução de receitas 
quando não for possível efetuar essa devolução mediante a 
compensação com a receita correspondente, bem como 
outras despesas de natureza indenizatória não classificada 
em elementos de despesas específicos. 
Uso eventual. 
Elemento próprio 
(Os demais) 
Deve ser utilizado na maioria das despesas cujo fato 
gerador tenha ocorrido no exercício, possibilitando o 
conhecimento do objeto das despesas da entidade. 
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 Para não restar dúvida apresento o Quadro 17 com exemplos de 
situações envolvendo despesa de exercícios anteriores, indenizações e 
restituições. 
Quadro 17: Exemplos de despesas de exercícios anteriores, de indenizações e 
de restituições. 
Elemento da 
Despesa e 
código 
Características 
Despesa de 
Exercícios 
anteriores - 92 
Em janeiro, um servidor percebe que não recebe o 
auxílio alimentação por 10 meses e requere que a 
entidade realize o pagamento retroativo. Nessa 
situação, a entidade deverá empenhar a respectiva despesa 
no elemento 92, por caracterizar uma despesa de exercício 
anterior. 
Indenizações e 
restituições ± 93 
Æ Restituição 
Durante uma viagem escolar, o ônibus apresenta 
defeitos e a despesa para o seu conserto ultrapassa o 
valor concedido a título de suprimentos de fundos. O 
motorista, para dar continuidade à viagem, paga com seu 
próprio recurso a diferença entre o valor total do conserto e 
o suprimento concedido (Restituição). 
Indenizações e 
restituições ± 93 
Æ Indenização 
Moradores de uma comunidade solicitam diversas vezes que 
a prefeitura corte uma árvore que está com sua estrutura 
ameaçada. Após dois meses da primeira solicitação, a 
prefeitura não atende a demanda da comunidade e a 
árvore cai em cima de um carro de um cidadão, que 
pede uma indenização à prefeitura (Indenização). 
 
Vamos a mais uma questão. 
 
 
 
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6. (Cespe/IPAJAM/2010/ Contador) A contabilidade pública é o ramo da 
contabilidade que coleta, registra e controla os atos e fatos da 
administração pública, com enfoque para o patrimônio e suas variações, 
além de acompanhar e demonstrar a execução do orçamento. 
Assinale a opção correta acerca da classificação das despesas 
orçamentárias. 
a) As despesas realizadas em imóveis alugados devem ser registradas 
como material de consumo e sua baixa deve ser efetuada quando o 
imóvel for entregue ao proprietário.b)O aumento da memória de um microcomputador deve ser tratado 
como material de consumo, uma vez que se trata de adição 
complementar. 
c)As bibliotecas públicas devem registrar seus livros como material de 
permanente e efetuar o controle de modo simplificado, pela relação do 
material (relação-carga), e(ou) verificação periódica da quantidade de 
itens requisitados, não sendo necessária a identificação do número do 
registro patrimonial. 
d) Quando forem efetuados gastos que se destinem a manter o bem em 
condições normais de operação, mesmo que isso não resulte em 
aumento relevante da vida útil desse bem, a despesa orçamentária será 
classificada como despesa de capital, devendo o valor do gasto ser 
incorporado ao ativo. 
e)As despesas com reparos, consertos, revisões, pinturas, reformas e 
adaptações de bens imóveis, sem que ocorra a ampliação do imóvel, 
devem ser consideradas como obras e instalações, ou seja, despesas 
com investimento. 
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6. (Cespe/IPAJAM/2010/ Contador) A contabilidade pública é o ramo da 
contabilidade que coleta, registra e controla os atos e fatos da administração 
pública, com enfoque para o patrimônio e suas variações, além de 
acompanhar e demonstrar a execução do orçamento. 
Assinale a opção correta acerca da classificação das despesas 
orçamentárias. 
a) As despesas realizadas em imóveis alugados devem ser registradas como 
material de consumo e sua baixa deve ser efetuada quando o imóvel for 
entregue ao proprietário. 
ERRADO, devem ser registradas como material permanente. 
b)O aumento da memória de um microcomputador deve ser tratado como 
material de consumo, uma vez que se trata de adição complementar. 
CERTO. Devido ao parâmetro excludente da incorporabilidade. 
c)As bibliotecas públicas devem registrar seus livros como material de 
permanente e efetuar o controle de modo simplificado, pela relação do 
material (relação-carga), e(ou) verificação periódica da quantidade de itens 
requisitados, não sendo necessária a identificação do número do registro 
patrimonial. 
ERRADO, as bibliotecas públicas devem registrar seus livros como material 
de consumo. 
d) Quando forem efetuados gastos que se destinem a manter o bem em 
condições normais de operação, mesmo que isso não resulte em aumento 
relevante da vida útil desse bem, a despesa orçamentária será classificada 
como despesa de capital, devendo o valor do gasto ser incorporado ao 
ativo. 
ERRADO, neste caso será despesa corrente. 
e)As despesas com reparos, consertos, revisões, pinturas, reformas e 
adaptações de bens imóveis, sem que ocorra a ampliação do imóvel, devem 
ser consideradas como obras e instalações, ou seja, despesas com 
investimento. 
ERRADO, neste caso será despesa corrente do tipo outras despesas 
correntes. 
 
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8. FASES DO INVENTÁRIO E PRINCÍPIOS 
Pessoal apesar desse tema não ter sido cobrado em questões do 
Cespe, até porque seu conteúdo não consta nas duas principais 
legislações, as demais bancas como ESAF e FCC já cobraram. Assim, 
sinto-me na obrigação de passar por estes dois temas. 
Para compor um inventário é necessário respeitar as seguintes 
fases ou operações do processo: Levantamento; Arrolamento e Avaliação. 
O Quadro 18 contém as características de cada fase. 
 
Quadro 18: Fases do Inventário 
Fase Características 
Levantamento 
Compreende na coleta dos dados sobre todos os 
elementos ativos e passivos do patrimônio, podendo 
ainda ser denominado levantamento físico ou contábil. 
Físico é o levantamento efetuado diretamente pela 
identificação e contagem dos componentes materiais. Já o 
contábil é o levantamento feito pelos apanhados de 
elementos registrados nos livros e fichas de escrituração. 
Subdivide-se nas 
seguintes etapas: 
Identificação; 
Agrupamento e 
Mensuração. 
A identificação consiste na 
verificação das características 
dos bens, direitos e obrigações. 
Nesta etapa, procura-se separar 
os bens, direitos e obrigações por 
classes segundo a analogia de 
seus caracteres. 
O agrupamento é a reunião dos 
elementos que possuem as 
mesmas características. 
A mensuração resulta na 
contagem das unidades 
componentes da massa 
patrimonial. 
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Arrolamento 
É o registro das características e quantidades obtidas no 
levantamento. Os componentes patrimoniais podem ser 
apresentados de forma resumida e recebe, neste 
FDVR�� D� GHQRPLQDomR� GH� ³sintético´� RX� TXDQGR� RV�
componentes são relacionados individualmente, o 
arrolamento recebe o nome de ³analítico´. 
Avaliação 
Nesta etapa é atribuída uma unidade de valor ao 
elemento patrimonial, devendo os critérios de avaliação 
ter por base o custo. 
 
 
 
7. (Cesgranrio/DECEA/Ciências Contábeis) A relação de todos os 
elementos ativos e passivos, componentes do patrimônio público, com a 
indicação do valor desses elementos, denomina-se inventário. Este 
inventário do patrimônio público compreende as seguintes fases ou 
operações: 
a) identificação - coleta - mensuração. 
b) levantamento - arrolamento - avaliação. 
c) finalidade - identificação - integridade. 
d) oportunidade - mensuração - definição. 
e) especificação - levantamento - mensuração. 
 
 
 
 
 
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Conforme vimos Quadro, a opção correta é a alternativa B. 
 
 
Por fim, apresento no quadro 19 os princípios gerais dos 
inventários. 
Quadro 19: Princípios Gerais do Inventário 
Fase Características 
Instantaneidade 
O levantamento deve referir-se a um determinado 
instante, dia e hora do seu início e término, para todo o 
patrimônio a que se refere. 
Tempestividade/ 
Oportunidade 
O levantamento deve ser realizado na data mais 
próxima possível do evento (motivo) a que se refere, e 
no menor tempo possível, para evitar manobras, 
distorções de fatos ou situações. 
Integridade 
O levantamento deve envolver todos os elementos 
que são objeto do inventário a que se refere. 
Uma vez fixados os limites do inventário, todos os 
elementos patrimoniais compreendidos devem ser 
objeto do levantamento. 
Especificação 
O inventário deve especificar cada elemento patrimonial 
e agrupá-lo de acordo com sua função em grupos 
homogêneos que efetivamente os represente. 
Homogeneidade 
Os elementos patrimoniais devem ser apresentados sob 
medidas uniformes (litros, metros, quilos) e, 
principalmente, uma única medida de valor (moeda 
nacional). 
Uniformidade 
Esse princípio estipula que sejam mantidos os mesmos 
critérios, normas e estrutura, para a elaboração de 
todos os inventários, com a finalidade de assegurar a 
possibilidadede comparações entre inventários 
sucessivos; ou, quando não for possível, que deverá ser 
mantida a maior afinidade possível com os demais. 
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8. (FUNRIO/SUFRAMA/2008/Contador) Constituem princípios dos 
inventários, que devem ser observados quando de sua execução, 
a) Instantaneidade, Oportunidade e Integridade. 
b) Instantaneidade, Equilíbrio e Clareza. 
c) Oportunidade, Integridade e Programação. 
d) Oportunidade, Especificação e Empenho. 
e) Uniformidade, Publicidade e Mobilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Conforme consta no Quadro 19, a opção correta é a alternativa A. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9. LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS 
1. (Cespe/2004/FUNCAP/Contador) O inventário, que consiste em 
levantamento ou contagem física dos bens móveis e imóveis, caracteriza 
um instrumento de controle cujos objetivos, entre outros, são: proceder o 
ajuste dos dados escriturais dos saldos dos estoques com o saldo físico 
real nas instalações de armazenagem; verificar a existência e situação 
dos imóveis, materiais estocados, equipamentos e materiais permanentes 
em uso e de suas necessidades de manutenção e reparos; realizar a 
atualização dos registros e controles administrativo e contábil. 
CERTO. 
 
2. (Cespe/Prefeitura Municipal ± Rio Branco/2007) Adotando-se o 
inventário rotativo, é possível efetuar-se o levantamento periódico e 
seletivo dos bens, dispensados os mais numerosos e de pequeno 
valor. 
ERRADO, no inventário rotativo todos os itens sejam recenseados ao 
longo do exercício. 
 
(Cespe/TJ DF/2008/Contador) Segundo a Lei n.º 4.320/1964, o 
levantamento geral dos bens móveis e imóveis terá por base o inventário 
analítico de cada unidade administrativa e os elementos da escrituração 
sintética na contabilidade. Quanto aos procedimentos a serem adotados 
para o cumprimento da referida lei, julgue os itens seguintes. 
3. Os elementos necessários para a perfeita caracterização de cada um 
dos bens de caráter permanente devem ser indicados. 
CERTO. 
 
4.Os bens de almoxarifado serão avaliados pelo método UEPS (último 
que entra primeiro que sai), a fim de se subsidiar a elaboração do 
orçamento com valores mais próximos da realidade. 
ERRADO, os bens de almoxarifado (material de consumo) devem ser 
avaliados pelo custo médio ponderado das compras. 
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5. (Cespe/UNIPAMPA/2009/contador) As comissões especiais de que trata 
a Instrução Normativa SEDAP n.º 205/1988 deverão ser constituídas de, 
no mínimo, três servidores do órgão ou entidade, serão instituídas pelo 
diretor do departamento de administração ou unidade equivalente e, no 
caso de impedimento desse diretor, pela autoridade administrativa a que 
ele estiver subordinado. 
CERTO. 
 
6. (Cespe/TCE-AC/2009/Analista de Controle Externo) Realiza-se 
inventário, na administração pública, para o controle e a conservação do 
patrimônio público passíveis de registros contábeis. Acerca do inventário e 
da avaliação dos componentes patrimoniais, assinale a opção correta. 
a) Os bens do almoxarifado são avaliados pelo preço médio ponderado. 
CERTO. 
b) Na administração pública, não podem ser feitas reavaliações dos bens 
móveis e imóveis. 
ERRADO, devem ser feitas reavaliações de bens móveis e 
imóveis. Pela NBCT 16 ocorre pelo menos a cada 4 anos. 
c) A atribuição de números sequenciais de registro patrimonial para 
identificação e inventário é denominada registro sintético. 
ERRADO, esse é o registro analítico. 
d) Para perfeita caracterização dos bens de caráter permanente, bem 
como dos agentes responsáveis pela sua guarda e administração, devem 
ser utilizados os registros sintéticos. 
ERRADO, esse é o registro analítico. 
e) Bem móvel controlado é o material dispensado de tombamento. 
ERRADO, neste caso deve ser tombado. 
 
 
 
 
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7. (Cespe/Ministério da Integração/2009) O tombamento de bens móveis 
é a atribuição de número de registro patrimonial a cada bem 
individualizado e deve ser feito para todos os itens do material 
permanente, independentemente do valor de aquisição. 
ERRADO, nem todos os materiais permanentes são tombados. 
 
8. (Cespe/SECGE PE/ 2010/Controle Interno) O levantamento geral dos 
bens móveis e imóveis terá por base o inventário sintético do órgão e 
os elementos da escrituração analítica na contabilidade. 
ERRADO, o levantamento geral dos bens móveis e imóveis terá por base 
o inventário analítico do órgão e os elementos da escrituração 
sintética na contabilidade. 
 
(Cespe/MPU/ 2010/Controle Interno) Um dos instrumentos de controle do 
patrimônio público é o inventário de materiais, bens móveis e imóveis 
pertencentes ao ente público. Com relação a esse assunto, julgue os itens 
que se seguem. 
9. É legalmente admissível a dispensa de tombamento de material 
permanente cujo custo for inferior ao custo de controle. 
CERTO. 
 
10. A durabilidade, a incorporabilidade e a tangibilidade são parâmetros 
para identificação de material permanente. 
ERRADO, tangibilidade não é parâmetro de identificação de material 
permanente. 
 
11. A durabilidade diferencia os materiais permanentes dos de consumo, 
pois tal característica não é relevante para materiais classificados como 
de consumo. 
ERRADO, se o material de consumo for de uso duradouro, o 
mesmo deve ser controlado via relação carga, logo tal característica 
influencia o controle sobre os materiais de consumo. 
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12. O abandono de um material é uma forma de destinação legalmente 
prevista. 
CERTO. Apesar de estar previsto em Decreto. A banca, a meu ver, 
utilizou o legalmente no sentido da legislação. 
 
13. Os materiais de consumo devem ser avaliados pelo custo médio 
ponderado das compras, e os materiais permanentes, pelo custo de 
aquisição ou de construção. 
CERTO. 
 
(Cespe/MPU/ 2010/Analista de Orçamento) Considerando a necessidade 
de elaboração do inventário físico para a manutençãoe o controle do 
patrimônio de órgãos públicos, bem como para a certificação do saldo 
constante do balanço geral do exercício, julgue os itens a seguir. 
14.Qualquer material permanente, incluindo-se o de pequeno valor 
econômico, deve ser controlado, sendo indispensável o seu tombamento, 
ainda que o custo do controle seja evidentemente superior ao risco de 
perda do bem. 
ERRADO, vimos no Quadro 13 que nem todos os materiais 
permanentes precisam ser tombados. 
 
15.O inventário físico é instrumento de controle por meio do qual é 
possível proceder ao levantamento da situação dos equipamentos e dos 
materiais permanentes em uso e de suas necessidades de manutenção. 
CERTO. 
(Cespe/MPU/ 2010/Técnico de controle interno)Julgue os próximos itens 
relativos a inventários de material permanente e de consumo. 
 
 
 
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16. Tanto os bens móveis e imóveis quanto os bens de almoxarifado 
devem ser avaliados mediante aplicação do sistema PEPS ( 
primeiro que entra primeiro que sai ). 
ERRADO, nenhum dos itens acima é avaliado pelo PEPS. Os materiais de 
consumo devem ser avaliados pelo custo médio ponderado das compras, 
e os materiais permanentes, pelo custo de aquisição ou de construção. 
 
17. O levantamento geral dos bens móveis e imóveis tem por base o 
inventário sintético de cada ente público e os relatórios do controle 
interno. 
ERRADO, o levantamento geral de bens móveis e imóveis terá por base o 
inventário analítico da UA e os elementos de escrituração 
sintética. 
 
 
18. (Cespe/FUB/2010/Contador) O inventário físico-financeiro obrigatório 
anual de todos os bens imóveis e móveis, em uso ou não, inclusive 
estocados em almoxarifado, compreende tanto material permanente 
como de consumo. 
CERTO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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19. (Cespe/IPAJAM/2010/ Contador) A contabilidade pública é o ramo da 
contabilidade que coleta, registra e controla os atos e fatos da 
administração pública, com enfoque para o patrimônio e suas variações, 
além de acompanhar e demonstrar a execução do orçamento. 
Assinale a opção correta acerca da classificação das despesas 
orçamentárias. 
a) As despesas realizadas em imóveis alugados devem ser registradas 
como material de consumo e sua baixa deve ser efetuada quando o 
imóvel for entregue ao proprietário. 
ERRADO, devem ser registradas como material permanente. 
b)O aumento da memória de um microcomputador deve ser tratado como 
material de consumo, uma vez que se trata de adição complementar. 
CERTO. Devido ao parâmetro excludente da incorporabilidade. 
c)As bibliotecas públicas devem registrar seus livros como material de 
permanente e efetuar o controle de modo simplificado, pela relação do 
material (relação-carga), e(ou) verificação periódica da quantidade de 
itens requisitados, não sendo necessária a identificação do número do 
registro patrimonial. 
ERRADO, as bibliotecas públicas devem registrar seus livros como 
material de consumo. 
d) Quando forem efetuados gastos que se destinem a manter o bem em 
condições normais de operação, mesmo que isso não resulte em aumento 
relevante da vida útil desse bem, a despesa orçamentária será 
classificada como despesa de capital, devendo o valor do gasto ser 
incorporado ao ativo. 
ERRADO, neste caso será despesa corrente. 
e)As despesas com reparos, consertos, revisões, pinturas, reformas e 
adaptações de bens imóveis, sem que ocorra a ampliação do imóvel, 
devem ser consideradas como obras e instalações, ou seja, despesas 
com investimento. 
ERRADO, neste caso será despesa corrente do tipo outras despesas 
correntes. 
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(Cespe/2010/Ministério da Integração/ Analista Administrativo)A respeito 
de contabilidade pública, julgue os itens subsequentes: 
20. Os programas de computador produzidos diretamente pelos órgãos 
públicos devem ser mensurados economicamente e registrados na 
contabilidade patrimonial. 
CERTO. 
 
(Cespe/TJ-ES/2011) Considerando as normas e procedimentos relativos 
ao inventário de material permanente e de consumo, julgue os itens que 
se seguem 
21. Devem ser organizados no órgão público da administração direta os 
registros contábeis analíticos de todos os bens de caráter permanente e 
de consumo, com indicação dos elementos necessários para a perfeita 
caracterização de cada um deles e dos agentes responsáveis pela sua 
guarda, uso e administração. 
ERRADO, a questão pegou pesado, haverá registros ANALÍTICOS de 
TODOS os bens de caráter PERMANENTE, com indicação dos elementos 
necessários para a perfeita caracterização de cada um deles e dos 
agentes responsáveis pela sua guarda e administração. 
 
22. O inventário objetiva subsidiar o levantamento dos demonstrativos 
contábeis, principalmente do balanço patrimonial, ao final de cada 
exercício financeiro. 
CERTO, o inventário anual auxilia nesse objetivo. 
 
23. A contabilidade deve manter registros sintéticos dos bens móveis e 
imóveis. 
CERTO. 
 
 
 
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24. Pertencem ao inventário de material permanente os itens patrimoniais 
de durabilidade superior a um ano e(ou) os que não percam a sua 
identidade física. 
ERRADO, para ser material permanente tem que ter duração superior 
a dois anos e passar pelos demais parâmetros excludentes. 
 
(Cespe/TJ-ES/2011) Considerando as normas e procedimentos relativos 
ao inventário de material permanente e de consumo, julgue os itens que 
se seguem 
25. Devem ser organizados no órgão público da administração direta os 
registros contábeis analíticos de todos os bens de caráter permanente e 
de consumo, com indicação dos elementos necessários para a perfeita 
caracterização de cada um deles e dos agentes responsáveis pela sua 
guarda, uso e administração. 
ERRADO, pela lei 4320/1964 essa obrigação limita-se aos bens 
de caráter permanente. 
 
26. O inventário objetiva subsidiar o levantamento dos demonstrativos 
contábeis, principalmente do balanço patrimonial, ao final de cada 
exercício financeiro. 
CERTO, essa fotografia do inventário em 31/12 auxilia a 
consistência do Balanço Patrimonial. 
 
27. A contabilidade deve manter registros sintéticos dos bens móveis e 
imóveis. 
CERTO, é o que determina a lei 4320/1964. 
 
 
 
 
 
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28. Pertencem ao inventário de material permanente os itens patrimoniais 
de durabilidade superior a um ano e(ou)

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