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Modelo de Implantação de Soja

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Sumário 
 
1. Introdução 
2. Caracterização do empreendimento 
2.1. Proponente e propriedade beneficiada 
2.2. Levantamento patrimonial 
3. Análise de Mercado 
3.1. Mercado Consumidor 
3.2. Mercado Concorrente 
3.3. Mercado Fornecedor 
4. Plano de Marketing 
4.1. Descrição dos principais produtos e serviços 
4.2. Preço 
4.3. Localização do negócio 
5. Plano Operacional 
5.1. Capacidade produtiva 
5.2. Gestão de Risco 
6. Plano Financeiro 
6.1. Formação dos custos e da análise econômica 
6.2. Caracterização do sistema de produção 
6.3. Análise dos custos 
6.4. Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 
6.5. Financiamento 
7. Considerações finais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Introdução 
 
 
O agronegócio Brasileiro apresenta índices de desenvolvimento agrícola acima da 
média mundial, sendo um dos poucos que cresceram muito no comércio internaciona l 
desde o final da década de 90, de acordo com um estudo realizado pela OCDE – 
Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico no ano de 2014. Ainda, o 
Brasil se encontra na liderança de produtividade agrícola na América Latina e Caribe e 
possui um crescimento médio de 3,77% ao ano. Com isso, nosso agronegócio é o 
responsável pela representação de mais de 32% do Produto Interno Bruto – PIB, e o 
também é no quesito produção e exportação de vários produtos agropecuários, com 
números bastante positivos. Dentre os produtos exportados, o complexo soja – grãos, 
farelo e óleo – possui destaque, sendo o país líder no ranking de vendas, segundo o 
Ministério da Agricultura e Abastecimento – MAPA. 
No cenário mundial os Estados Unidos lideram a produção de soja, seguidos do 
Brasil, Argentina, China e Índia, de acordo com dados do site Food and Agriculture 
Organization of the United Nations. 
Segundo dados do MAPA, a produção brasileira de soja corresponde, 
aproximadamente, a 49% da área plantada em grãos do país e a cultura que mais cresceu 
nas últimas três décadas. Ela é cultivada principalmente nas regiões Centro-Oeste e Sul 
do país e se firmou como um dos produtos mais destacados da agricultura nacional e na 
balança comercial. De acordo com informações do “Acompanhamento da Safra 
Brasileira” do CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento, na safra de 2013/2014 
o Brasil produziu mais de 86 milhões de toneladas da cultura, e na safra 2014/2015, o 
último levantamento da safra pela Companhia estima em mais de 96 milhões toneladas. 
O estado de Minas Gerais, apesar de não ser grande produtor, aumenta sua 
participação no cultivo de soja. Conforme dados do governo estadual e da FAEMG – 
Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais, o estado deve colher em 
2014 cerca de 3,3 milhões de toneladas de soja, o que corresponde a um volume de 8,6% 
superior ao registrado em 2013, e 4,1% da produção nacional. 
O Estado de Minas Gerais ocupa a sétima posição no ranking nacional de produção 
de soja e tem grande potencial de crescimento. A região de Lavras, apesar de ter pouca 
tradição nesta cultura, demonstra ter condições de clima, água e logística favoráveis, e 
com a adoção de boas práticas de produção e investimentos na aquisição de insumos, 
 
pode ser viável sua exploração. Ainda, segundo projeções do Portal Brasil, a produção de 
grãos no país crescerá 22% até 2022, sendo a soja o produto principal. 
 
2. Caracterização do Empreendimento 
 
2.1. Proponente e propriedade beneficiada 
 
Proponente: José da Silva Santos 
Identidade: 13.358.789 
CPF: 257.827.847-00 
Telefone: (35) 8876-3478 
Estado Civil: Solteiro 
Profissão: Engenheiro Agrônomo 
Razão Social: Fazenda Grão de Ouro 
Matrícula no CRI: 23.670 
Área (ha): 180 
Localização: Lavras – MG. Roteiro de acesso: Estrada Lavras – São João Del Rei – MG, 
km 23, BR-265. 
Objetivo: Ganhar dinheiro com o agronegócio. 
Missão: Ser uma empresa lucrativa de forma sustentável, extraindo o melhor dos 
colaboradores, sócios e da cultura que iremos plantar. 
Visão: Ser uma das maiores empresas de plantio de grãos da região de Lavras em 10 anos. 
Valores: Sustentabilidade, rentabilidade, compromisso com o meio ambiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.2. Levantamento patrimonial 
 
3. Análise de Mercado 
3.1. Mercado Consumidor 
 
 O estabelecimento dos preços pagos pelos produtos do complexo de soja (grão, 
farelo e óleo) é fortemente dependente de condições internacionais ligadas à oferta e à 
demanda desses produtos. Isso pode ser justificado por duas razões: a soja apresenta 
grande padronização e uniformidade de produção entre os vários países produtores; e, boa 
parte das transações comerciais do grão e seus derivados ocorrem no mercado 
internacional. Diante desse cenário, os preços dos produtos do complexo soja tendem a 
ser muito voláteis. 
 Tal realidade exige uma análise mais profunda das variáveis de mercado, abrindo 
duas principais possibilidades: exportação da commodity e abastecimento do mercado 
interno. 
 A exportação para os principais mercados consumidores externos da soja 
nacional, como China, por exemplo, será viável a partir de uma série de fatores, incluindo 
Especificação Quantidade (ha) Reserva Legal Valor Unit. (R$/ha) Valor (R$)
Culturas anuais 100 - R$ 20.000,00 R$ 2.000.000,00
Pastagens formadas 50 - R$ 17.000,00 R$ 850.000,00
Florestas nativas 30 17 R$ 5.000,00 R$ 150.000,00
Total de terras 180 R$ 42.000,00 R$ 3.000.000,00
Especificação Quantidade Características Valor Unit. (R$) Valor (R$)
Casa sede 1 7 anos R$ 120.000,00 R$ 120.000,00
Casa colono 2 10 anos - reformada R$ 45.000,00 R$ 90.000,00
Galpão de máquinas 1 5 anos - metal, 3000m² R$ 350.000,00 R$ 350.000,00
R$ 560.000,00
Especificação Quantidade Marca/ano Valor Unit. (R$) Valor (R$)
Camionete 1 Dodge Ram - 2014 R$ 160.000,00 R$ 160.000,00
Trator 2 Valtra A950 - 2013 R$ 110.000,00 R$ 220.000,00
Carreta 3 Belatto, 2500kg, Metal - 2008 R$ 8.000,00 R$ 24.000,00
Roçadora 1 Cemag, 2,5m de largura 2012 R$ 6.000,00 R$ 6.000,00
Semeadora/Adubadora 1 Valtra BP503L - 3 linhas R$ 75.000,00 R$ 75.000,00
Pulverizador 1 Jacto, Arbus, 600L - 2009 R$ 25.000,00 R$ 25.000,00
R$ 510.000,00
Valor (R$)
R$ 3.000.000,00
R$ 560.000,00
R$ 510.000,00
R$ 4.070.000,00
Especificação
Imóveis
Benfeitorias
Máquinas, veículos e equipamentos
Total
Denominação: Fazenda Grão de Ouro Localização: Lavras - MG
Benfeitorias
Total benfeitorias
Máquinas, veículos e equipamentos
Resumo do patrimônio
Total
 
taxas e serviços aduaneiros, logística de transporte e armazenamento e aliado a um 
mercado internacional favorável. 
 Enquanto o abastecimento interno, para empresas beneficiadoras do grão no 
mercado local, pode mostrar-se mais interessante pela comodidade e pela menor 
quantidade de variáveis implícitas na formação do preço. 
 Sendo assim, a decisão mais acertada deve alinhar ambas as conjunturas, visando 
a melhor rentabilidade do empreendimento, favorecido, evidentemente, por um hedge da 
commodity no mercado de valores mobiliários. 
 A região conta com grandes empresas beneficiadoras do grão, como Cargill, 
Bunge, ADM e Louis Dreyfus, que serão as principais potenciais compradoras da 
produção. O excedente será estocado como forma de especulação do mercado, 
aumentando o risco para gerar melhores rendimentos. 
 
3.2. Mercado Concorrente 
 
 O mercado concorrente é formado por produtores situados no entorno da região, 
com maior destaque para agricultores do Triângulo Mineiro e da região de Patos de Minas 
(Alto Paranaíba). A produção agrícola de soja em propriedades rurais situadas próximas 
ao municípiode Lavras, Minas Gerais, encontra-se em franca expansão, apresentado 
espaço para a inclusão de novos empreendimentos. 
 
3.3. Mercado Fornecedor 
 
 O comércio agropecuário na cidade de Lavras, Minas Gerais, conta com grandes 
revendas de insumos necessários para a conclusão de todo o processo produtivo do 
empreendimento. 
 Serão elaborados contratos para relacionamento com os fornecedores, 
programando os pagamentos e acertos conforme a sazonalidade da produção. 
 Os principais consumidores da soja produzida no empreendimento atuam em toda 
a cadeia produtiva do agronegócio, sendo, desta forma, possível a elaboração de contratos 
que atrelem o fornecimento de insumos ao comércio da safra. 
 
 
4. Plano de Marketing 
 
4.1. Descrição dos principais produtos e serviços 
 
 A planta de soja (Glycine max) pode variar de 20 cm chegando até 2 metros de 
altura. O caule, folhas e a vagem são cobertos por pelos marrons ou cinzas. As folhas são 
trifoliadas e caem antes que as sementes maturem. As sementes possuem de 5 a 11 mm 
de diâmetro (figura 1) (Blackman, S. A. et al. 1992). 
Figura 1 – Grãos de soja e vagem em ponto de colheita. 
 
 
 O cultivo da soja requer verão quente, com condições ótimas de crescimento 
variando de 20ºC a 30ºC. Temperaturas abaixo de 20ºC e acima de 40ºC retardam o 
crescimento da planta significativamente. A planta pode crescer em uma grande 
diversidade de solos, com crescimento ótimo em solo aluvial com bom conteúdo de 
matéria orgânica (Thomas, J. M. G. et al. 2003). 
 O produto que será comercializado pela empresa será o grão de soja. A expectativa 
é que a fazenda consiga produzir 60 sacos de soja por hectare. Em uma área de 100 
hectares, teremos um total de 6000 sacos de soja ou 360.000 kg disponíveis para 
comercialização. 
 
 
4.2. Preço 
 
 O preço da soja é determinado pelo mercado mundial por esta ser uma commodity 
comercializada em todos os continentes. Os Estados Unidos, Brasil e Argentina são os 
principais produtores do mercado (figura 2). 
 
Figura 2 – Principais países produtores de soja no mundo (USDA 2014) 
 
 
 
 A China consome mais da metade da soja produzida no mundo (figura 3). 
 
Figura 3 – Principais consumidores de soja no mundo (USDA 2014) 
 
 
 O preço padrão para os cálculos da viabilidade econômica do empreendimento 
será a cotação da commodity. Devidamente regionalizada, para efeito dos cálculos nas 
análises de viabilidade econômica, será tomada a base de R$ 50,00 a saca. O indicador 
CEPEA para o dia 06/07/2015 está em R$ 71,13. 
 
4.3. Localização do negócio 
 A propriedade será arrendada e localizada na região de Lavras, Sul de Minas 
Gerais (Figura 4). 
 
Figura 4 – Localização geográfica de Lavras – MG. 
 
 
Lavras localiza-se a uma latitude 21°14̓ 43 sul e longitude 44° 59̓ 59 oeste, estando 
a uma altitude de 919 metros. A cidade está situada a 240 km ao sul de Belo Horizonte, e 
380 quilômetros ao norte de São Paulo. Capitais estas ligadas pela rodovia BR-381, 
conhecida como Fernão Dias. 
 
5. Plano Operacional 
5.1. Capacidade produtiva 
 
 A produção de soja, assim como qualquer outra cultura, está relacionada com o 
manejo adequado em todas as fases que precedem o plantio até o momento da colheita. 
 Os cultivares que se encontram disponíveis no Brasil tem ciclos entre 100 e 160 
dias, porém, os que são usados constantemente e com uso comercial têm seus ciclos com 
uma variação de 60 a 120 dias. A densidade de plantas por hectare pode variar entre 
300.000 e 320.000 plantas. Com isso fica estabelecida uma safra por ano. 
 Tomadas todas as providências para o cultivo, como gradagem, calagem, 
dessecação, tratamento das sementes, plantio e adubação, aplicação de herbicida, 
adubação de cloreto e pulverização de inseticidas é estimado que a produção alcance 50 
sacas por hectare, totalizando 5.000 sacas ou 300.000 kg que serão comercializados. 
 
5.2. Gestão de Risco 
 A gestão de risco fica a cargo do valor da depreciação utilizado no projeto. 
Como não se tem benfeitorias e maquinário envolvidos no projeto o valor estimado de 
R$ 20.000,00 de depreciação atua no sentido permitir alguma correção de rota diante de 
algum imprevisto que ocorra na execução do projeto. 
 
6. Plano Financeiro 
6.1. Formação dos custos e da análise econômica 
 
O levantamento das informações do sistema de produção de soja convenciona l, 
bem como os coeficientes técnicos empregados na elaboração dos custos de produção foi 
baseado nos preços de mercado praticados na região. Considerou-se uma propriedade 
rural que cultiva 100 ha de soja no verão, em solo corrigido e topografia plana a levemente 
ondulada. 
Na análise de viabilidade econômica do sistema estudado foram considerados os 
preços de fatores e dos produtos vigentes nos meses de maio e junho de 2015. Também 
foram considerados os custos operacionais com insumos, operações com máquinas e 
implementos e serviços (mão-de-obra), por hectare, conforme preços praticados em 
Lavras – MG. Nos custos de oportunidade, incluíram-se a remuneração do fator terra, 
representado pelo valor do arrendamento por hectare, e a remuneração do capital do 
custeio e de investimento (juros de 6% ao ano sobre o custo de produção, por um período 
de 12 meses). Por ser uma propriedade arrendada e as máquinas e implementos alugados, 
não houve desembolso no ano 0, apenas custos diretos com a atividade em curto prazo, 
sempre dentro do mesmo ciclo. 
6.2. Caracterização do sistema de produção 
 
O nível de investimento em tecnologia (adubação, tratamento de sementes, controle 
de plantas daninhas, de pragas e de doenças) com o sistema praticado foi considerado 
como altamente tecnificado. Destacam-se aspectos a seguir: 
 
a) Correção do solo: a correção do solo para o cultivo da soja é feita na entressafra, 
período entre a última colheita e o próximo plantio. A aplicação do calcário é 
realizada a lanço, utilizando-se em média, 1,5t/ha-¹ de calcário, a cada três anos 
(tabela 1). 
 
b) Semeadura: realizada após o preparo do solo. Usou-se, em média, 65 kg/ha de 
sementes geneticamente modificadas e de alto potencial produtivo. As sementes 
são tratadas com inoculantes turfoso, fungicida, inseticidas e micronutrientes. 
 
c) Adubação: adubação de plantio feita com 350 kg/ha de fertilizante, em média. 
 
 
d) Tratos culturais: o controle de plantas daninhas foi feito em duas etapas; sendo a 
primeira na instalação da cultura, com herbicidas de dessecação; e a segunda em 
pós-emergência das plantas da soja. Na dessecação, usou-se, em média, 3,0 l/ha 
de herbicida dessecante. O controle de folhas largas é realizado com o mesmo 
herbicida utilizado na dessecação e na mesma quantidade. 
Para controle de pragas na soja são realizadas em média quatro aplicações de 
inseticidas – duas para lagartas e duas para percevejos. 
A doença que mais preocupa o produtor de soja é a ferrugem asiática da soja 
causada por P. pachyrhizi. O controle químico da ferrugem da soja é realizado 
principalmente pela pulverização de fungicidas nas lavouras, logo que constatada 
a doença ou preventivamente. As aplicações para o controle da ferrugem da soja 
são feitas concomitantemente com as do controle das doenças do final do ciclo. 
 
e) Colheita: a operação de colheita é realizada com máquinas e para minimizar os 
problemas com a terceirização desta atividade os gestores estão em contato direto 
com os prestadores de serviço local e os mesmos fazem extrema antecedência o 
agendamento do serviço com os prestadores. A avaliação de perdas, quando 
realizada, é feita pelo método de estimativa, observandoos grãos deixados pela 
colheitadeira. 
 
 
Tabela 1 – Custos associados ao plantio de soja. 
Especificação Unidade Quantidade Nº de Operações Valor Unitário (R$) Vator Total (R$/há) Participação (%) 
Manejo da Área 104,36 4,40 
Calcário dolomítico t 0,50 1,00 61,00 30,50 1,29 
Aplicação mecânica de calcário hm 0,15 1,00 44,10 6,62 0,28 
Herbicida dessecante 1 L 6,00 1,00 4,90 29,40 1,24 
Aplicação mecânica de herbicida hm 0,80 1,00 47,30 37,84 1,60 
 
Plantio 529,67 22,34 
Sementes de soja kg 65,00 1,00 2,13 138,45 5,84 
Fungicida tratamento de sementes L 0,14 1,00 20,50 2,87 0,12 
Inseticida tratamento de sementes L 0,10 1,00 360,00 36,00 1,52 
Inoculante para soja Dose 1,00 1,00 1,80 1,80 0,08 
Micronutriente para soja L 0,07 1,00 65,00 4,55 0,19 
Adubo t 0,35 1,00 800,00 280,00 11,81 
Plantio/adubação mecânica hm 0,40 1,00 125,00 50,00 2,11 
Transporte interno hm 0,40 1,00 40,00 16,00 0,67 
Tratos Culturais 465,57 19,64 
Herbicida pós emergente L 3,00 1,00 5,45 16,35 0,69 
Aplicação mecânica de herbicidas hm 0,80 1,00 50,00 40,00 1,69 
Inseticida 1 L 0,60 1,00 17,00 10,20 0,43 
Inseticida 2 L 0,10 1,00 63,00 6,30 0,27 
Inseticida 3 L 0,15 1,00 75,00 11,25 0,47 
Inseticida 4 L 0,25 1,00 10,50 2,63 0,11 
Inseticida 5 L 0,50 1,00 12,50 6,25 0,26 
Inseticida 6 L 0,38 1,00 13,40 5,09 0,21 
Aplicação mecânica de inseticidas hm 0,80 6,00 50,00 240,00 10,12 
Fungicida L 0,50 1,00 95,00 47,50 2,00 
Aplicação mecânica de fungicida hm 0,80 2,00 50,00 80,00 3,37 
Colheita 352,00 14,85 
Colheita mecânica R$/há 1,00 1,00 250,00 250,00 10,54 
Transporte interno saca 120,00 1,00 0,85 102,00 4,30 
Outros Custos 119,50 5,04 
Administração % 2,00 1,00 3000,00 60,00 2,53 
Assistência técnica % 2,00 1,00 2000,00 40,00 1,69 
Taxa tecnológica R$ 65,00 1,00 0,30 19,50 0,82 
Depreciação 200,00 8,43 
Depreciação do capital R$ 1,00 1,00 200,00 200,00 8,43 
Custo de Oportunidade 600,00 25,30 
Remuneração da terra R$ 1,00 1,00 600,00 600,00 25,30 
Remuneração do capital R$ 1,00 0,00 160,00 0,00 0,00 
Remuneração do custeio % 6,00 0,00 150,00 0,00 0,00 
Imposto de Renda 0,00 0,00 
Imposto de Renda R$ 1,00 1,00 0,00 0,00 0,00 
Custo Total 2371,09 100,00 
 
 
 
 
 
 
Tabela 2 – Processos envolvidos no projeto 
 
6.3. Análise dos custos 
 
O custo total é composto de todas as despesas e gastos mensuráveis, mínimos, 
utilizados para a produção. As operações consideradas são: sistematização e correção do 
solo; plantio/semeadura; tratos culturais; colheita; manutenção; outros; depreciação e 
custo de oportunidade (FARO, 2005). 
O custo, por hectare, do sistema de produção avaliado foi estimado em R$ 
2.371,09, divididos basicamente em fases (tabela 2). 
 
 
Tabela 3 – Participação dos principais custos do projeto. 
Fator agregado de produção Custo atual (R$ há-¹) Participação (%) Custo atual (área total) 
 
Manejo da Área 104,36 4,40 10.435,50 
Plantio 529,67 22,34 52.967,00 
Tratos Culturais 465,57 19,64 46.556,70 
Colheita 352,00 14,85 35.200,00 
Outros Custos 119,50 5,04 11.950,00 
Depreciação 200,00 8,43 20.000,00 
Custo de Oportunidade 600,00 25,30 60.000,00 
Imposto de Renda 0,00 0,00 0,00 
Custo Total 2.371,09 100,00 237.109,20 
 
Custo R$/saca 47,42 
 
Ponto de Nivelamento (PN) saca 
ha-¹ 47,42 
 
 saca há¹ 50,00 
O que? Quando? Como? Por que?
Correção do solo Junho/julho
Maquina de aplicar 
calcário e gesso.
Obter solo preparado 
para o plantio.
Semeadura
Após o acumulo de 120 
mm de água no solo. Final 
de outubro/ início de 
novembro.
Semeadora/Adubadora
Uniformidade no 
plantio.Maior rendimento 
final.
Adubação
No plantio e após o 
plantio.
Plantadeira no plantio e 
com a adubadeira após a 
instalação da soja.
Para tentar extrair o 
máximo da planta, e 
alcançar altas 
produtividades.
Tratos culturais Instalação cultura Pulverizador
Obter grãos em volume 
adequados para atingir o 
planejado.
Colheita
Quando os grãos 
estiverem no ponto de 
colheita.
Colhedeira
Obter maior eficiência de 
colheita
 
 cotação (R$ saca¹) 50,00 
 
O negócio é livre de imposto de renda visto faixa de tributação no qual ficamos 
alocados. 
 
6.4. Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 
 
Ao apurar os resultados obtidos pela análise de custo, constata-se uma receita 
operacional bruta da ordem de R$ 250.000,00 e, como a soja não tem imposto sobre a 
venda, gerou o mesmo montante na receita operacional líquida. 
Estimado em R$ 145.159,20, o custo sobre o produto vendido foi obtido pela soma 
do manejo da área, plantio, tratos culturais e colheita, resultando um lucro bruto de R$ 
104.840,80. Ao subtrair as despesas (outros custos e custos de oportunidade), obteve-se 
um lucro líquido de R$ 12.890,80 ao subtrair o imposto de renda (tabela 3). 
 
Tabela 4 – Resultado econômico do projeto 
Fator Valor 
Produtividade Soja (saca) 5.000,00 
Receita Bruta (R$) 250.000,00 
Receita Líquida (R$) 12.890,00 
Taxa de Retorno (%) 5,44% 
Produtividade Total dos Fatores 1,05 
 
6.5. Financiamento 
 
Valor financiado R$150.000,00 
Prazo 6 meses 
Carência 4 meses 
Encargos 6% a.a. 
Peridiocidade de pagamento Parcela única 
Garantias 2 tratores e 1 carreta 
 
7. Considerações finais 
O resultado das análises infere em um resultado positivo do empreendimento, 
demonstrando viabilidade econômica do mesmo. 
O fato de ser baixo os investimentos necessários no ano 0 melhora os índices e 
deixa a atividade mais atrativa. No entanto, o resultado líquido no horizonte de um ano, 
como única atividade da família, não é tão atrativo assim. Desta forma, pode-se consorciar 
com outras culturas, como o milho safrinha, por exemplo, ou investir na integração 
lavoura-pecuária, otimizando assim, toda a propriedade. 
 
 
Lavras – MG, 06 de julho de 2015. 
 
_______________________ 
Daniel Ribeiro – Projetista 
 
_______________________ 
José da Silva Santos - Proponente

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