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PIM V AGRONEGÓCIO

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CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DO AGRONEGÓCIO
PIM V 
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR – v 
algodoeira shimohira
XXXXXXXXXXX – RA: 
POLO 
202
RESUMO
O projeto foi desenvolvido com base em uma empresa rural denominada Shimohira, situada na Fazenda Lagoa Seca no município de Itumbiara-GO. Teve como objetivo analisar as cadeias produtivas, fazer análises financeiras da empresa com relação à correção monetária do dinheiro, prospecção de novos mercados, análise de viabilidade econômica, identificação de alternativas de captação de recursos, etc. Analisar como a empresa faz sua movimentação de mercadoria e distribuição das cargas, propondo soluções para aumentar sua produtividade no que diz respeito à movimentação e armazenagem. O projeto justifica-se devido ao prejuízo causado por uma armazenagem inadequada do algodão, e também pela incerteza que os produtores rurais enfrentam em todas as etapas do processo produtivo. Esta falta de controle que a atividade apresenta é proveniente da imprevisibilidade de certos fatores, tais como os ambientais e os de mercado, que afetam drasticamente os retornos esperados pelos produtores. Observa-se que a agropecuária possui problemas dentro e fora da propriedade rural, mas é, sem dúvida, fora do alcance dos produtores rurais que ocorrem a maior parte dos problemas que afetam o resultado econômico e financeiro, com adversas consequências sociais para o empreendimento. 
Palavras-chave: Empresa rural. Cadeias produtivas. Algodão. Movimentação e armazenagem.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	4
1 CADEIAS PRODUTIVAS I	5
2 MATEMÁTICA FINANCEIRA	8
3 MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM	14
CONSIDERAÇÕES FINAIS	17
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	18
INTRODUÇÃO
O projeto foi desenvolvido com base em uma empresa rural denominada Shimohira, situada na Fazenda Lagoa Seca no município de Itumbiara-GO, possui área produtiva na cultura de grãos de 45% de área já mecanizada, sendo possível abrir mais 20 hectares, a fazenda possui uma área total de 204 hectares. 
Figura 1 - Mapa da área de estudo da Fazenda Lagoa Seca
Fonte: Modificado do Google Earth
Na disciplina de cadeias produtivas, serão evidenciadas as fases dos processos e a estruturada da cadeia produtiva (começo, meio e fim) da produção da empresa. 
Serão realizadas também análises financeiras da empresa com relação à correção monetária do dinheiro, prospecção de novos mercados, análise de viabilidade econômica, identificação de alternativas de captação de recursos, etc. 
Finalizando o trabalho é abordado o tema movimentação e armazenagem onde será analisado como a empresa faz sua movimentação de mercadoria e distribuição das cargas, propondo soluções para aumentar sua produtividade no que diz respeito à movimentação e armazenagem.
1 CADEIAS PRODUTIVAS I
A cadeia produtiva leva em consideração a produção de elementos para o consumo humano, desde seu inicio até o destino final (mesa do consumidor). No aspecto produtivo ainda no campo, tanto na produção de espécies animais quanto na produção de alguns grãos. Trata-se de um conjunto de etapas consecutivas, ao longo das quais os diversos insumos sofrem algum tipo de transformação, até a constituição de um produto final. É portanto, uma sucessão de operações (ou de estágios técnicos de produção e de distribuição) integradas, realizadas por diversas unidades interligadas como uma corrente, desde a extração e manuseio da matéria-prima até a distribuição do produto. O conteúdo de cadeia produtiva da unidade estudada no PIM V destaca muito a cadeia produtiva na produção de algodão.
1.1 Começo: 
O elo dos insumos compreende os recursos necessários à produção agrícola 
- Sementes: Primeiro insumo utilizado para a cultura de determinada espécie. Especialistas do setor entendem que a proporção de sementes transgênicas deverá crescer nas safras seguintes com o lançamento das sementes transgênicas de segunda geração.
- Defensivos: A alta utilização de defensivos se deve à alta incidência de pragas e doenças de difícil controle que, se não combatidas, causam grande prejuízo econômico ao produtor. 
- Fertilizantes: A alta participação dessa cultura no consumo de fertilizantes se justifica, sobretudo, pelo fato de a produção estar concentrada nas regiões de cerrado, onde as condições de solo exigem adubação.
- Combustíveis e lubrificantes: são necessários na etapa de plantio, trato, colheita e transporte interno.
- Implementos: são utilizados para facilitar o trabalho no campo, bem como, atender prazos e demandas do mercado.
- Tratores: para preparar a terra antes do plantio.
- Caminhões: transporte das sementes e dos demais insumos necessários à produção.
- EPI: equipamentos de proteção individual para trabalhadores das culturas e também da entrega dos insumos
- Corretivos: correção de possíveis problemas no solo após plantação das culturas.
- Peças de reposição: peças para repor algumas peças com defeitos que tiverem faltando no momento da produção.
1.2 Meio
Constituído principalmente pelas propriedades agrícolas, é comum encontrar produtores que possuem unidades de beneficiamento (algodoeiras) instaladas na própria propriedade.
Especificamente quando se observa a produção agrícola, as entrevistas primárias destacaram especificidades na produção de algodão em caroço, principalmente em relação à produtividade/há.
A escolha da semente pode influenciar diretamente no estabelecimento da cultura, e o melhor cenário é a opção por variedades que tenham alto potencial produtivo e sejam resistentes a pragas e doenças, nematoides e herbicidas. A escolha deve ser feita por aquelas que tenham uma boa adaptabilidade na região do plantio, sempre priorizando uma diversificação de variedades
A algodoeira Shimohira, para a obter sucesso em uma lavoura de algodão dá preferência a plantios em áreas planas, que facilitam os processos de drenagem e a mecanização. Realiza também a rotação de culturas na fase de pré-plantio da pluma ajudando a melhorar a estruturação do solo, e isso eleva sua capacidade de drenagem. 
Geralmente são escolhidos os solos médios e argilosos, pois os mesmos permitem o melhor desempenho da cultura devido à maior retenção de umidade. Estes solos apresentam características físicas, químicas e biológicas favoráveis ao algodoeiro. No caso de haver alguma limitação física, por exemplo, a correção deverá ser realizada previamente ao plantio do algodão.
Por serem muito sensíveis à competição, as plântulas de algodão devem ser estabelecidas em terreno limpo, ou seja, sem a presença de espécies daninhas. O cuidado deve ser tomado especialmente durante os primeiros 80 dias após a semeadura, pois os impactos no crescimento e na produtividade são grandes, por menor que seja a presença de plantas daninhas.
Os produtores rurais acreditam que a adubação do algodoeiro pode ocorrer em diferentes momentos para suprir as necessidades da cultura. Durante a semeadura, por exemplo, normalmente ocorre no sulco. A recomendação de macro e micronutrientes acontece de acordo com as análises de solo que devem ser realizadas. No caso do nitrogênio, a recomendação é baseada tanto na produtividade esperada quanto no histórico da área.
Quanto maior o número de plantas em uma mesma área, maior será a competição entre elas, tanto por água quanto por luz e nutrientes. Dessa forma, é fundamental determinar o espaçamento adequado para a máxima produtividade da lavoura. 
1.3 Fim
Após o plantio chegar à época da colheita, a esmagadora processa os caroços obtidos no beneficiamento e é responsável por transformá-los em óleo vegetal, farelo/torta e línter. 60% dos caroços obtidos na produção agrícola são destinados às esmagadoras, enquanto 40% são destinados ao consumo animal. Essa divisão foi obtida por meio de entrevista com o proprietário da empresa e com agentes que atuam no setor e os cenários apresentados respeitaram essa condição. Existem diferentes processos que as unidades esmagadoras podem adotar a fim de obter seus produtos. Dependendo do processo produtivo escolhido,os rendimentos de línter, óleo, torta e farelo podem variar consideravelmente. 
O próprio óleo vegetal passa por um processo de refino antes de ser conduzido à indústria de alimentos. Na moagem, a torta/farelo obtida é comercializada principalmente para nutrição animal. Em outro importante produto gerado, o línter, foi considerado somente o primeiro corte. 
.
2 MATEMÁTICA FINANCEIRA
2.1 Análise de viabilidade econômica
As observações registradas servem de compreensão do que ocorre em Itumbiara-GO. A análise financeira demonstra que a margem bruta do custeio é mais constante a partir da safra 2014/15. A partir da ano-safra 2019/20 é que se observa a cobertura mais harmônica dos custos variáveis e operacionais. O melhor ponto de equilíbrio observado é o da safra 2010/11. Com a alteração do pacote tecnológico, que gerou nova produtividade, não houve acompanhamento dos preços recebidos em relação ao aumento dos custos, o que aumentou a necessidade de geração de produtividade. O ponto de equilíbrio somente tem recuperação a partir da safra 2019/20. Os indicadores demonstram a necessidade de investimentos na busca de melhor eficiência produtiva e/ou melhoria do processo de comercialização. Os preços de equilíbrio proporcionam meios para boa cobertura do custeio, o que não se percebe com os custos variáveis e operacionais.
Tabela 01 - Análise da rentabilidade do produtor de algodão em Itumbiara (GO)
	ITUMBIARA /GO
	2010/
11
	2011/
12
	2012/
13
	2013/
14
	2014/
15
	2015/
16
	2016/
17
	2017/
18
	2018/
19
	2019/
20
	2020/
21
No caso do município de Itumbiara, com exceção da safra 2019/20, observa-se que somente a partir da safra 2019/20 a margem bruta para os custos variáveis e líquidos superam os custos analisados. Tal situação pode ser explicada pelo aumento da produtividade e dos preços recebidos pelo produtor. O ponto de equilíbrio dos custos variáveis e operacionais exige atenção tendo em vista a proximidade dos resultados com a produtividade. A partir da safra 2015/16 observa-se melhoria considerável. A safra 2010/11 destaca-se positivamente no período analisado. A alteração do pacote tecnológico melhora os indicadores de eficiência para o custeio a partir da safra 2015/16, o que não ocorre nos casos dos custos variáveis e operacionais. Essa situação exige esforços de gestão no processo produtivo e de comercialização. O novo pacote tecnológico aumentou a necessidade de melhores preços para cobertura dos custos variáveis e operacionais. Essa situação pode ser observada como parte do processo de melhoria de eficiência produtiva. O custeio tem boa margem de cobertura.
Em relação ao município de Itumbiara, embora o período analisado seja menor, a análise financeira demonstra que a melhoria dos preços impactou os resultados a partir da safra 2019/20. A análise quantitativa indica que houve resultados positivos mais em relação aos preços do que na redução de custos. Os indicadores e os preços de equilíbrio têm histórico de redução, mas os custos variáveis e operacionais carecem de esforços de gestão para sua melhora. Vale lembrar que existe o cultivo em sucessão soja/algodão e, de certa forma, pode diluir os custos operacionais. O produtor opta pela possibilidade de se colher duas safras em um mesmo ano agrícola, tem a opção de alterar a área para o cultivo do milho, caso os preços do algodão caiam, e, ainda, garante a colheita da cultura num período onde não há nenhuma precipitação, o que favorece a qualidade do produto.
Tabela 02 – Dados financeiros da produção de algodão em Itumbiara (GO)
	ITUMBIARA /GO
	2018/
19
	2019/
20
	2020/
21
2.2 Prospecção de novos mercados
O ritmo acelerado de consumo de algodão em pluma na segunda metade de 2020 gerou um cenário de otimismo entre agentes dos setores agrícola e industrial. Os preços internacionais são considerados atrativos, e os bons volumes de contratos já realizados aponta que as exportações da pluma podem manter em 2021 o ritmo recorde observado no final de 2020.
No geral, agentes brasileiros devem continuar monitorando atentamente a pandemia, o avanço das vacinas para a imunização da covid-19 e os desdobramentos da retomada da economia no Brasil e no mundo. Do lado da indústria, a preocupação está atrelada às incertezas quanto à sustentação/crescimento da demanda ao longo de toda cadeia, dado o alto nível de desemprego, o receio de novas restrições para conter uma “nova onda” de covid-19 no País, e o menor poder de compra da população.
O que se verifica atualmente é que instituições e associações brasileiras têm buscado promover o algodão brasileiro no mercado internacional, na tentativa de diversificar importadores e aumentar o market share, fortalecendo relações especialmente com países asiáticos. 
Estimativas do USDA apontam que o Brasil pode continuar como o segundo maior exportador mundial de pluma, com 2,18 milhões toneladas na safra 2020/21, atrás apenas dos Estados Unidos, que deve embarcar 3,27 milhões de toneladas.
No total, as indústrias de insumos movimentaram US$1,93 bilhão com as vendas aos cotonicultores. Para estabelecer esse valor, as informações obtidas junto aos atores participantes foram convertidas de real (R$) para dólar (US$), utilizando-se a taxa de câmbio média do período, conforme dados do Banco Central: R$ 1,78. Como algumas das fontes de dados fornecem apenas informações para anos civis, por critério utilizaram-se dados do ano 2020, visto que a maioria dos insumos empregados na safra 2020/2021 foi adquirida no ano de 2020.
Foi faturado pela indústria de defensivos o total de US$ 7,24 bilhões, em 2020, sendo que o setor do algodão participou com 10,6% desse montante (IEA), o que resultou em um faturamento de US$ 767,44 milhões. 
Quanto aos fertilizantes, o dado fornecido pela Anda aponta a comercialização total de 24,52 milhões de toneladas em 2020, sendo que, desse volume, 5,2% são destinados à cultura do algodão. Como resultado, a indústria de fertilizantes faturou US$ 582,40 milhões com as vendas para a cultura do algodão. A alta participação dessa cultura no consumo de fertilizantes se justifica, sobretudo, pelo fato de a produção estar concentrada nas regiões de cerrado, onde as condições de solo exigem adubação.
Em combustível e lubrificantes, os custos de cada fase da produção foram considerados nos cálculos – plantio, trato, colheita e transporte interno – divulgados pelo Agrianual e Esalq, posteriormente multiplicados pelo preço médio do diesel (ANP) e do lubrificante (ELF). Chegou-se ao valor de US$ 236,30 milhões.
Para implementos, utilizou-se a área destinada à produção de algodão comparada com as demais culturas, que foi de 2,21%. Os cálculos foram realizados aplicando essa taxa ao faturamento total da indústria de implementos e máquinas agrícolas no Brasil em 2010, que foi de R$ 7,48 bilhões (CSMIA). Já em dólar, o faturamento da indústria com peças de reposição junto ao setor foi de US$ 51,3 milhões.
No total, a indústria de sementes de algodão faturou US$ 71,4 milhões. Especialistas do setor entendem que a proporção de sementes transgênicas deverá crescer nas safras seguintes com o lançamento das sementes transgênicas de segunda geração.
Para corretivos, foi vendido o volume total de 22,32 milhões de toneladas no Brasil, em 2020 (Abracal). Para o cálculo do faturamento da indústria com as vendas para produtores de algodão, utilizaram-se o custo médio ponderado da aplicação por hectare que, de acordo com o Agrianual, foi de R$ 72,30, e a área plantada, fornecida pela Conab. As vendas da indústria de corretivos para a cultura foram de US$ 57,3 milhões em 2020.
Em peças de reposição, o custo médio de manutenção e peças de veículos motorizados por produtor foi de R$ 64,78 por hectare, segundo dados do Agrianual, e aplicados na área produtiva oficializada pela Conab.
Já em colhedoras, segundo informações obtidas junto a empresas do setor, foram comercializadas aproximadamente 90 unidades, de um universo de 4.549 colhedoras vendidas no mercado brasileiro em 2010, segundo dados da Anfavea, ao preçounitário médio de R$ 875.625, estabelecido a partir de entrevistas com empresas do setor. Assim, o faturamento da indústria de máquinas agrícolas com a venda de colhedoras de algodão foi de US$ 44,8 milhões.
Em equipamentos de irrigação, considerou-se a taxa anual de crescimento das áreas irrigadas de 3,28% (IBGE). Essa taxa foi aplicada à área de algodão irrigada divulgada pelo IBGE, em 2006, sendo que o incremento da área irrigada foi estimado pela diferença entre os anos de 2009 e 2010. Para mensurar os valores, as modalidades de gotejamento e pivô, foram consideradas ao custo médio de R$ 5.650. Assim, o faturamento dessa indústria foi de US$ 6,96 milhões.
Com relação aos tratores, os dados da Anfavea de comercialização, em 2020, foram de 56.420 unidades, sendo que no Brasil, segundo o IBGE (2006), são 788.053 unidades em atividade nos campos do país. Das unidades vendidas em 2010, os cálculos estimaram que 133 unidades foram adquiridas para aplicação direta no SAG do Algodão, ao preço médio de R$ 64.664,70 (Agrianual). O faturamento das vendas de tratores para a cultura do algodão, em 2010, foi de US$ 4,9 milhões. 
Em caminhões, o faturamento da indústria de caminhões leves e médios no setor do algodão, em 2020, foi obtido pelo número de caminhões vendidos no mesmo ano (pela renovação de frota) multiplicado pelo preço médio ponderado de venda de um caminhão médio e leve, em 2020, obtido com entrevistas junto a empresários do setor. O resultado foi de US$ 1,65 milhão em faturamento.
2.3 Alternativa de captação de recursos
Crédito Rural
O Manual de Crédito Rural é publicado pelo BB (Banco do Brasil), com os
objetivos de: criar um ambiente favorável aos investimentos no setor rural; gerar
empregos no setor; agregar renda no meio rural; aumentar a competitividade dos
produtos brasileiros; aumentar e diversificar a pauta de exportações brasileiras.
De forma geral, entre o grupo de atividades possíveis de serem financiadas,
podemos relacionar: custeio das despesas e custos (agrícola, pecuário, de
beneficiamento ou industrialização) de cada ciclo produtivo; investimento em bens ou serviços cujo aproveitamento se estenda por vários ciclos produtivos; comercialização da produção.
Financiamento pelo BNDES
O BNDES apoia pequenos e grandes empreendedores do setor agropecuário, valorizando a tradição agrícola do país e a relação histórica do homem com o campo. Nosso crédito visa estimular o setor, que tem papel expressivo na expansão produtiva do Brasil, já que representa em torno de um quinto da riqueza produzida no país. Além disso, o agronegócio é o principal gerador de saldos comerciais, afetando positivamente a balança comercial do país, por meio da entrada de divisas decorrente da exportação de produtos agrícolas.
O BNDES financia, por exemplo: a aquisição de tratores agrícolas e investimentos em irrigação; gastos até a primeira colheita ou safra; pecuária bovina de corte; e formação ou reforma de pastos. Na frente da agroindústria, nosso apoio tem ajudado a concretizar projetos de beneficiamento da produção e de frigoríficos.
Os financiamentos podem ser obtidos via linhas do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, outros bancos públicos como BB – Banco do Brasil – e CEF – Caixa Econômica Federal – e instituições privadas que compõem o SFN – Sistema Financeiro Nacional. Há também a possibilidade de levantar financiamentos com recursos dos produtores e/ou suas cooperativas.
3 MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
O processo de movimentação e armazenagem do algodão é fundamental para manter a qualidade da matéria-prima. Seja em caroço, fibra, ou sementes, é preciso garantir que uma série de quesitos sejam seguidos para o armazenamento seguro, pois a presença de partículas inadequadas dificulta o beneficiamento da indústria têxtil, entre outros problemas. E isso, claro, se reflete no preço pago ao cotonicultor.
Durante a colheita e o armazenamento do algodão em caroço, é importante tomar alguns cuidados para evitar o aparecimento de matérias estranhas.
A detecção de impurezas no algodão é indesejável para a indústria têxtil, pois é um fator que dificulta e onera o beneficiamento. Isso se reflete em redução no preço final do fardo, pois pode prejudicar o comprimento, a uniformidade e o índice de fibras curtas.
Contaminantes como pelos e penas de animais são difíceis de ser separados, só aparecendo no final da industrialização. Isso tem consequências graves como um tecido defeituoso, sem valor comercial. Assim, o algodão em caroço deve ser armazenado em local seco, limpo, arejado e protegido do acesso de animais e da umidade.
Para a armazenagem convencional do algodão em caroço, o percentual de umidade é de 12%. Para armazenar o algodão em pluma, antes é necessário pesar os fardos em balança com capacidade mínima de 200 quilos.
Alguns cuidados durante o armazenamento no galpão incluem armazenar em espaço isolado; local arejado; isento de umidade e longe do alcance de animais.
As pilhas de fardos precisam ser todas de fácil acesso, por isso recomenda-se:
● largura de 4,5 m para os corredores centrais;
● largura de 1,5 m para os corredores de acesso;
● a distância entre os fardos e as paredes do depósito deve ser de 1,3 m;
● os lotes de algodão devem ter no máximo 4 fardos por altura, 5 por largura e 12 por comprimento;
● distância entre o último fardo e o teto de 2 m;
● fazer amarrações intermediárias para garantir a segurança das pessoas que transitam entre as pilhas; 
● colocar os fardos sobre estrados de madeira;
● depósito deve ter portas contra fogo em todas as vias de acesso;
● não exceder 4 mil toneladas de pluma por armazém;
● os lotes de algodão deverão ter no máximo 1.500 fardos de modo a permitir acesso fácil a todas as faces da pilha.
Não colocar os fardos em contato direto com o piso, pois isso poderá ocasionar o fenômeno conhecido por cavitomia (quando ocorre a fermentação do algodão devido à presença de água). Como a temperatura fica elevada, a fibra pode pegar fogo.
Os fardos de algodão podem ser armazenados por tempo indeterminado, desde seja mantido isento de agentes contaminantes e de umidade. A umidade ideal de armazenamento do algodão em pluma é de 10%. A partir de 15% de umidade nos fardos, começa o processo de fermentação.
A colheita da algodoeira Shimohira é mecânica, por meio de colheitadeiras modernas oferecidas no mercado, as quais passam o algodão em caroço, retirado das lavouras, para transbordos (carretas puxadas a trator), que levam o produto até as prensas. As prensas transformam esse algodão a granel em blocos (fardões), que pesam em média de 11 a 12 mil quilos. O transporte dos fardões da lavoura até o local de beneficiamento é feito por caminhões transmodulares, que possuem uma esteira que recolhe o fardão para cima do próprio caminhão e, posteriormente, descarrega na algodoeira (local de beneficiamento dos fardões). 
O algodão pode ser armazenado em caroço, em fibra, ou ainda as sementes, no caso de lavouras com essa finalidade.
Entre as principais maneiras de armazenar o algodão de forma segura estão garantir a umidade do ar e temperatura adequadas durante o processo de estocagem.
Na algodoeira, os fardões são posicionados em desmanchadores de fardos (piranhas) e entram na usina para o processo de descaroçamento. Com esse processo, é separada a pluma do algodão do caroço, sendo o caroço enviado a barracões, para armazenagem. 
A pluma é enfardada em fardos pequenos, denominados "fardinhos", os quais possuem as dimensões 55cm x 95cm por 105cm de altura. Depois de prensados, eles são pesados e identificados com códigos de barras, acondicionados em capas de tecido. 
Então, seguem para um armazém de espera, onde aguardam os resultados de classificação e padronização, para, então, serem alocados no pátio da algodoeira em pilhas de 120 fardinhos cada uma, o que representa uma carga de caminhão, equivalente a 24 toneladas, que representa o estufamento em um contêiner. O transporte utilizado para o escoamento da produção até os portos de Santos/SP e Paranaguá/PRé somente pelo modal rodoviário. A empresa contrata transportadora para levar o algodão dos armazéns para o porto.
3 CONCLUSÃO
O presente trabalho possibilitou o contato com a prática da gestão agroindustrial no segmento de produção de algodão e também algumas das ferramentas utilizadas em todo o seu processo desde a produção, logística até chega ao consumidor final.
Em um mercado em que a competitividade se faz cada vez mais presente, foi fundamental conhecer os elos da cadeia produtiva da empresa Algodoeira Shimohira.
Ficou evidente que um bom planejamento das etapas de produção possibilita bom resultados neste segmento tão variado que é o agronegócio.
Destaca-se também a preocupação da empresa com a qualidade dos produtos que sempre estão em busca de melhor qualidade e medidas para diminuir custos.
A empresa pensa nos negócios e busca atingir melhores resultados, assim resolveu-se fazer a análise financeira da empresa, para caso fosse preciso, a mesma irá recorrer a uma linha de financiamento de créditos para que possíveis dificuldades sejam sanadas e as programações de necessidades da empresa, que têm como único objetivo obter condições de lutar nesse mercado tão competitivo. 
Foi possível observar como a estrutura da empresa deve se comportar dinamicamente, estabelecendo os elos e propiciando o fornecimento do produto no local e no momento exato solicitado pelo cliente, para atender as necessidades do setor que funciona em cadeia e requer todo planejamento, desde a negociação com o fabricante até a entrega para o produtor.
A realização da pesquisa proporcionou uma experiência prática do que ocorre no mercado de trabalho em frente a uma empresa de grande porte, estimulando ainda mais a busca do conhecimento. Além de agregar mais conhecimento do que está sendo estudado no momento com a integração das disciplinas como forma de pesquisa.
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEIXO. Patrícia (coord.). Matemática Financeira e sua utilização nos negócios. São Paulo: Saraiva 2006. 
BARBIERI, José Carlos. Movimentação e armazenagem: conceitos modelos e instrumentos. 2. Ed. Atual e ampliada. São Paulo: Ed. Saraiva. 2007. 
ZYLBERSZTAJN, D. e FAVAN, M (orgs.).Dicas e cuidados para o armazenamento do algodão. São Paulo: Pioneira, 2000, p. 235-251.
GITMAN, Murilo Soares. Armazenagem e suas particularidades. 10.ed. São Paulo: Atlas, 2010.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de investimentos financeiros. 15.ed. São Paulo: Atlas, 2013. 
REIS, Carlos Nelson dos; MEDEIROS, Luiz Edgar. Fontes de energia renováveis. São Paulo: Atlas, 2009. . 288p. 
ZAMBON, W.S.; RICCO, J.S. A empresa sustentável: o verdadeiro sucesso é lucro com responsabilidade social e ambiental. Rio de Janeiro: Ed. Elsevier, 2009

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