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CASOS CONCRETOS DE PENAL III.pdf

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CASO ANTIGO 
 
Adamastor Vale foi condenado como incurso nas sanções do artigo 121,§2º, inciso IV, do 
Código Penal por ter matado Anatalino da Silva, utilizando de recurso que impossibilitou a 
defesa da vítima, desferindo pauladas no ofendido, causando-lhe as lesões descritas no 
auto de necropsia de fls. 19 do Inquérito Policial, que foram a causa de sua morte. Na 
ocasião, o denunciado utilizando-se de um pedaço de madeira, uma “trama” para cerca, 
desferiu pauladas na vítima, quando esta tentava se retirar do pátio da residência do 
acusado. Por outro lado, não se pode deixar de registrar que, momentos antes do fato, a 
vítima estaria embriagada no pátio da casa do réu, proferindo diversas ofensas verbais a ele 
e sua cunhada, além de tentar invadir sua residência e agredi-los fisicamente, razão pela 
qual, Adamastor Vale interpôs recurso de apelação com vistas ao reconhecimento da 
nulidade da decisão proferida pelo Tribunal do Júri por não ter sido formulado quesito 
relativo à forma privilegiada do delito, consoante entendimento sumulado pelo Supremo 
Tribunal Federal (Verbete de Súmula n.162), pedido julgado improcedente, haja vista a tese 
relativa à forma privilegiada do ilícito não ter sido ventilada pela defesa técnica em nenhum 
momento processual, nem mesmo no julgamento em plenário, ocasião em que propugnou 
apenas pelo afastamento da qualificadora e pela absolvição. 
Sucessivamente: 
 
 
1. Arguiu o reconhecimento da causa de diminuição de pena (privilégio). 
 
RESPOSTA: Prevalesce o entendimento de que é possível o reconhecimento do privilégio 
nos casos de homicidio qualificado, desde que a qualificadora seja de ordem objetiva. 
 
2. Afastamento da hediondez do delito. 
 
RESPOSTA: Há entendimento de que reconhecido o privilégio a hediondez deve ser 
afastada. 
 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
1) Com relação ao delito de homicídio, analise as assertivas abaixo e assinale a opção 
correta: 
I. Segundo a jurisprudência do STJ é admissível o concurso entre o homicídio privilegiado e 
qualificado, desde que, as qualificadoras tenham natureza objetiva, sendo, neste caso, 
caracterizado como delito hediondo. 
 
II. O homicídio praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que na forma 
simples, poderá ser considerado hediondo, consoante expressa previsão legal na Lei 
n.8072/1990. 
 
III. No caso de um delito de homicídio ser praticado em concurso de pessoas no qual haja 
um contrato para o pagamento, tanto o contratante, quanto o executor do homicídio que 
receber o pagamento, obrigatoriamente, serão responsabilizados pelo homicídio qualificado 
pela torpeza, consoante o disposto no art.30, do Código Penal. 
 
IV. O instituto do perdão judicial aplica-se aos crimes de homicídio culposo previstos no 
Código Penal e na Lei n.9503/1997 (CTB) e configura-se como direito público subjetivo do 
réu de caráter unilateral, no qual o Estado-juiz deixa de aplicar a pena em circunstâncias 
expressamente previstas em lei. 
 
Estão corretas apenas: 
a) I e III. 
b) I e IV. 
c) II e III. 
d) II e IV. 
e) I, II e III. 
 
RESPOSTA: D 
 
 
 
CASO CONCRETO 1 
 
DOLORES, 43 anos, mãe da adolescente JANAÍNA, de 16 anos, flagra a menina, sozinha, 
chorando em seu quarto. Instada a explicar o motivo de sua tristeza, a jovem relata à mãe 
que, por duas semanas consecutivas vem sendo assediada por FELISBERTO, guarda 
municipal com lotação e atribuição local, prestando serviços de vigilância e ronda escolares. 
Segundo a adolescente, notadamente na esquina do quarteirão da escola, FELISBERTO 
espera sua passagem para proferir palavras como “gostosa”, “quero sair com você”, “vamos 
curtir um cinema” e etc. 
 
Indignada com o acontecido, DOLORES combina com JANAÍNA que no dia seguinte vai 
acompanhá-la à escola, no entanto, em uma distância razoável objetivando constatar in loco 
as investidas de FELISBERTO. 
 
Dessa maneira, no dia seguinte, quando JANAÍNA chega ao quarteirão da escola já 
encontra FELISBERTO se aproximando dela, ocasião em que, DOLORES, vindo um pouco 
atrás, empunha um revólver 38 que traz consigo, disparando três tiros certeiros nas costas 
de FELISBERTO que vem a óbito imediatamente em decorrência das respectivas lesões. 
Considerando o caso aventado, realize, fundamentadamente, a adequação típica 
pertinente. 
 
 
RESPOSTA: O fator surpresa pelas costas que seria o meio de dificultar a defesa, o crime 
seria o Art. 121, §2º, IV. 
 
Dolores responderá por Homícidio Qualificado Art. 121§2º,IV, pela surpresa que reduz a 
capacidade de defesa da vitíma, pois Dolores atirou pelas costas não dando a possibilidade 
de resistência a vitíma. 
 
Há uma discussão aqui se seria ou não o homicídio funcional por que ele é guarda 
municipal, os guardas municipais estão no Art. 144 da CF, que é o que menciona aqui no 
inciso 7°, então não estaria errado você fazer a capitulação Art. 121, §2, IV e VII, só que o 
VII, ha quem entenda que no exercício da função, ainda que fosse no exercício da função, 
teria que ser alguma coisa relacionada a função, e ela foi lá por que, porque que ela fez 
isso, ela praticou o homicídio né por que embora o guarda municipal tivesse assediando a 
filha dela, ela não tinha o direito de dar três tiros pelas costas, então, a questão da surpresa, 
o meio que dificultou a defesa, esta claro, o VII ali ficaria por que o VII estabelece o 
seguinte: contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, 
no exercício da função, pois ja bastaria aqui, por que ele esta no exercício da função mas 
não é a continuação, então, alguns autores entendem que faltaria uns dos requisitos para a 
caracterização do inciso VII, então não é o simples fato, que ali é uma questão pessoal. 
 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
 
É incorreto capitular: 
 
a) como homicídio consumado, a hipótese em que “A” e “B”, independentemente 
um do outro, injetassem cada um uma dose mortal de veneno da mesma espécie na bebida 
de “C”, que em consequência morresse ao tomá-la por inteiro. 
 
b) como tentativa de homicídio, para os dois, à luz da teoria da equivalência dos 
antecedentes causais (conditio sine qua non), se “A” e “B” atirassem quase ao mesmo 
tempo, mas sem saber um do outro, contra a vítima, atingida por um dos tiros na cabeça e o 
outro no coração, cada qual com aptidão para ser imediatamente mortal, mas sem que 
tivesse sido esclarecido, no inquérito, quem deu qual dos tiros e quem atirou primeiro, 
inexistindo coautoria. 
 
c) como meio cruel qualificante, o propósito do agente em aumentar, desnecessária e 
sadicamente, o sofrimento da vítima; e por homicídio qualificado, pelo uso de meio 
insidioso, quando o agente oculta a boca de um poço para que a vítima não o perceba, nele 
se precipite e morra. 
 
d) como homicídio doloso, sem o concurso do crime de ocultação de cadáver, a ação do 
agente que, com dolo geral, depois de esfaquear a vítima e supor que ela tivesse morrido, 
viesse somente a matá-la, não pelas facadas, mas por asfixia, ao enterrá-la numa cova com 
a finalidade de ocultar o suposto cadáver, quando, na verdade, a vítima ainda estava viva. 
 
e) em concurso formal homogêneo, os homicídios culposos decorrentes do desabamento 
de prédio construído de forma imperita pelo engenheiro. 
 
RESPOSTA: D 
 
 
 
CASO CONCRETO 2 
 
HORTÊNCIA, maior, que fora vítima de estupro perpetrado com violência real, interrompeu 
ela mesma, na sua própria residência, a gravidez resultante do crime contra a liberdade 
sexual, causando a destruição do produto da concepção, para o que se valeu de meios 
mecânicos obstétricos diretos e de informações, que, para o abortamento, foram-lhe 
fornecidos pelo enfermeiro ALEXANDRINO. A gestante, em conseqüência dos meios 
empregados na provocação do aborto, sofreu lesão corporal de natureza grave. 
 
Identifique justificadamente a conduta de HORTÊNCIA e ALEXANDRINORESPOSTA: Ambos respondem pelo delito do Art. 124, Hortência como autora do 124 e 
Alexandrino como participe do Art. 124. Não se aplica o Art. 127, embora tenha ocorrido 
lesão corporal grave pois trata-se de autolesão. 
 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
 
1)Exemplo de abortamento legal é o 
 
a) Aborto eugênico 
 
b) Aborto miserável 
 
c) Aborto sentimental praticado por médico 
 
d) Aborto honoris causa. 
 
RESPOSTA: C 
 
2) Infanticídio: 
 
a) É crime de mão própria. 
 
b) É crime próprio. 
 
c) Não cabe tentativa. 
 
d) É crime de perigo. 
 
RESPOSTA: B 
 
 
 
CASO CONCRETO 3 
 
ERIOSVALDO convence MARIOSCLEIDE a suicidar-se pulando de um prédio de vinte 
andares. A mulher, convencida, pula vindo a ter uma entorse de seu tornozelo e, por isso, 
ficou quarenta dias impossibilitada de exercer suas atividades habituais. Considerando o 
caso hipotético, levando em conta que MARIOSCLEIDE estava grávida de 03 (três) meses; 
fato de seu conhecimento, mas não de conhecimento de ERIOSVALDO e que nada sofreu 
o feto com a queda, identifique a conduta dos dois envolvidos. 
 
 
RESPOSTA: Eriosvaldo responderá pelo delito do Art. 122, caput e Marioscleide 
responderá pelo delito do Art. 124 c/c Art.14, II, por dolo eventual. 
 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
 
1) Nas Lesões Corporais (CP, art. 129) 
 
 
a) O dolo é de perigo. 
 
b) O animus é necandi. 
 
c) O sujeito passivo pode ser o feto. 
 
d) O animus é laedendi. 
 
RESPOSTA: D 
 
2) Lesão corporal seguida de morte (CP, art. 129§3º): 
 
a) É crime contra a vida 
 
b) É crime de perigo. 
 
c) É julgada perante o Tribunal do Júri. 
 
d) É crime preterdoloso. 
 
RESPOSTA: D 
 
 
 
CASO CONCRETO 4 
 
No dia 13 de outubro de 2016, no decorrer de determinada reunião social, acontecida em 
Copacabana, TONICO, com o nítido propósito de ofender, afirmou a diversos amigos que 
ABRAVANEL, também presente à conversa, havia, dois meses antes, tentado 
covardemente o suicídio, em face de banal discussão familiar. Indignado, por não ser o fato 
verdadeiro, receoso das conseqüências que poderiam advir de tal afirmação no meio social 
e sentindo-se moralmente ofendido, ABRAVANEL contratou os serviços profissionais de 
advogado estabelecido nesta Comarca, que, tempestivamente, ofereceu QUEIXA CRIME 
contra TONICO, dando-o como incurso nos artigos 138 e 139, na forma do artigo 70, todos 
do Código Penal. 
 
PERGUNTA-SE: A capitulação dada pelo advogado do querelante está correta? Justifique a 
sua resposta. 
 
 
RESPOSTA: Esta errada em razão de que suicidio não é crime, assim a capitulação correta 
é apenas o delito de difamação. 
 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
 
1) O delito de difamação (CP, art. 139): 
 
a) Não admite tentativa. 
 
b) É crime formal. 
 
c) Protege a honra subjetiva. 
 
d) Não precisa que a imputação seja falsa. 
 
RESPOSTA: D 
 
2) PEDRO imputou a JOÃO, de maneira falsa, que este “escreve jogo do bicho” todos os 
dias na praça do bairro em que residem. PEDRO, com sua conduta, in thesis, cometeu o 
crime de: 
 
a) Calúnia 
 
b) Difamação 
 
c) Injúria 
 
d) Denunciação Caluniosa 
 
Obs: Jogo do bicho não é crime. 
 
RESPOSTA: B 
 
 
 
CASO CONCRETO 5 
 
AFRÂNIO E IDALINA são colegas de trabalho há mais de três anos; trabalham num mesmo 
setor de uma grande empresa de mineração em Belo Horizonte. IDALINA é uma jovem 
muito bem apresentada e vaidosa, tem como hobby tirar fotos, muitas delas, sensuais e em 
locais paradisíacos. AFRÂNIO sempre soube dessa atividade de IDALINA e já confessara 
ao seu amigo GILBERTO a vontade imensa de poder ter acesso às fotos de IDALINA, no 
entanto sabe que se trata de um desejo insustentável.Certa ocasião, IDALINA reclamou a 
AFRÂNIO que não estava bem a ponto de sair apressada de sua mesa e dirigir-se ao 
banheiro. AFRÂNIO, observando que IDALINA deixara seu computador de trabalho ligado e 
?aberto?, aproveitou o momento e rapidamente conseguiu êxito em transferir algumas fotos 
dela para um pen drive, retornando em seguida para seu local de trabalho sem que fosse 
percebido. De posse das fotos de IDALINA, AFRÂNIO as compartilhou com GILBERTO por 
intermédio do Whats App. Em menos de uma semana um número indeterminado de 
pessoas já havia visto as indigitadas fotos, ocasião em que IDALINA compareceu à 
Delegacia Policial da circunscrição dos fatos noticiando o acontecido e tendo o Delegado 
promovendo o pertinente termo circunstanciado imputando a AFRÂNIO o crime do CP, art. 
154-A ? Invasão de Dispositivo Informático. 
 
Pergunta-se: Assiste razão ao Delegado? Justifique sua resposta. 
 
 
RESPOSTA: Não, pois o tipo penal do Art.154-A não prevê o crime a conduta realizada por 
Afrânio, pois não houve invasão de dispositivo informático, podendo caracterizar crime 
contra a honra, dependendo do tipo de exposição que for feito. 
 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
 
Plagiário vem do latim plagiarius. Era quem, na Antiga Roma, roubava escravos ou vendia 
como escravos indivíduos livres. O vocábulo tem sua origem na Lex Fábia ex plagiariis. A 
expressão foi trazida para o campo literário através de uma metáfora criada pelo poeta 
Marcial, que, no século I, comparou o roubo de versos de suas poesias pelo rival Fidentino 
a uma criança que tivesse caído nas mãos de um seqüestrador. Daí a explicação do desvio 
sofrido pelo vocábulo plagium na evolução etimológica. A expressão passou a significar, 
figurativamente, essa apropriação fraudulenta. Plagiário, nos dias atuais, designa o 
salteador de uma criação intelectual. (MORAES, Rodrigo. A função social da propriedade 
intelectual na era das novas tecnologias. in Direito atoral. Cadernos de Políticas Culturais. 
2006). 
 
Portanto, conforme descrito acima, ?plágio? é, originalmente, a denominação que se dá a 
crime de redução a condição análoga à de escravo (CP, art. 149). Com relação a esse 
delito é INCORRETO dizer que: 
 
a) pune-se o comportamento de submeter a vítima a trabalhos forçados ou a jornada 
exaustiva. 
 
b) pune-se o comportamente de restringir, por qualquer meio, a locomação da vítima em 
razão de dívida contraída com o empregado. 
 
c) admite-se a forma culposa. 
 
d) pune-se o comportamento de sujeitar a vítima a condições degradantes de trabalho. 
 
RESPOSTA: C 
 
 
 
CASO CONCRETO 6 
 
Cássio, assíduo cliente do Supermercado “Prime”, quando se encontrava promovendo suas 
compras do mês, foi surpreendido pelo anúncio sonoro acerca de uma promoção relâmpago 
de um renomado vinho tinto, que teria desconto de 50 porcento de seu valor original de R$ 
500,00 (quinhentos reais). Isso para todos aqueles que conseguissem levar o produto ao 
balcão de descontos para colocação do selo de abatimento do preço. No afã de ser 
beneficiado pelo anunciado desconto, Cássio rapidamente se dirige ao setor 
correspondente, e consegue apanhar a última garrafa disponível, colando o necessário selo 
promocional. Aliviado, Cássio desvia sua atenção para a continuidade de suas compras, 
mas, ao retornar do curto período em que se distanciou de seu carrinho, acaba por 
constatar que alguém teria sorrateiramente dele retirado o desejado vinho com o selo de 
desconto. Ao procurar a gerência e comunicar o inusitado fato, Cássio foi levado ao recinto 
de monitoramento do mercado, onde, após analisar as imagens, identificou uma senhora 
idosa, que, aproveitando-se da distração de Cássio, teria retirado de seu carro de compras 
a última garrafa de vinho com o selo promocional, correndo ao caixa prioritário, onde 
promoveu o pagamento do produto com seu cartão de débito, tomando rumo igno rado em 
seguida. Comunicada do fato, a polícia consegue, com auxílio das imagens do circuito 
interno e análise da fatura de compra cedida pelo supermercado, identificar a astuta 
senhora como sendo Cremilda de tal, levantando-se também seu endereço. Intimada a 
depor em sede policial, Cremilda, do alto deseus 73 anos, admitiu sem remorsos todo o 
ocorrido, esclarecendo não ter resistido ao fato de ser aquele o último vinho com selo de 
promoção, tendo consumido o produto naquele mesmo dia. Considerando que Cássio não 
conseguiu levar outro vinho com abatimento do preço, e que o supermercado nenhum 
prejuízo sofreu, indaga-se sobre a relevância penal da conduta perpetrada por Cremilda. 
 
 
RESPOSTA: Prevalesce o entendimento de que o furto protege a propriedade, a posse e a 
detenção mesmo que precárias, assim Cremilda no alto dos seu 73 anos, responde pelo 
crime de furto. 
 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
 
Caio, 21 anos furta seu irmão Mévio, 19 anos. É correto afirmar que a ação penal é pública: 
 
a) e Caio é isento de pena. 
 
b) incondicionada, mas sujeita a perdão do ofendido. 
 
c) e incide atenuante pela idade. 
 
d) condicionada à representação e incidirá agravante pelo parentesco. 
 
RESPOSTA: D 
 
 
 
CASO CONCRETO 7 
 
RODINEI, sócio majoritário de uma transportadora que presta serviços para Souza Cruz, na 
ausência de três motoristas, seus funcionários, que estão em auxílio doença, e por 
necessidade, está fazendo a distribuição diária de cigarros junto aos fornecedores, dirigindo 
veículo funcional pertencente a própria frota da transportadora. Na segunda entrega do dia, 
RODINEI foi surpreendido por TALLES, 17 anos e DANILO, 28 anos e ex-funcionário da 
transportadora que, por intermédio de grave ameaça exercida por arma de fogo, 
subtraíram-lhe o veículo com as mercadorias e restringindo sua liberdade, vindo a liberá-lo 
em local ermo, após 10 horas da referida atividade criminosa. 
 
Identifique, fundamentadamente, a adequação típica a ser imputada ao caso aventado. 
 
 
RESPOSTA: Art 157, caput e § 2, I, II e V. 
 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
 
1) Com relação à consumação do crime de roubo, há entendimento sumular do STJ 
adotando a corrente doutrinária da: 
 
a) Contrectatio 
 
b) Amotio 
 
c) Ablatio 
 
d) Ilatio. 
 
RESPOSTA: B 
 
2) Quanto ao crime de extorsão, é correto afirmar que (CP, art. 158) 
 
a) o sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, inclusive o funcionário público no exercício de 
suas funções. 
 
b) a vítima precisa ser aquela quem tenha sofrido a subtração do patrimônio, como quem foi 
alvo de violência ou grave ameaça. 
 
c) a colaboração da vítima é dispensável. 
 
d) também há a figura do seqüestro relâmpago. 
 
RESPOSTA: D 
 
 
 
CASO CONCRETO 8 
 
Qual a conseqüência do ressarcimento integral e voluntário, antes do recebimento da 
denúncia, do prejuízo sofrido pela vítima, decorrente de estelionato praticado mediante a 
conduta do agente que emite cheque furtado sem provisão de fundos? 
 
 
RESPOSTA: Tratando-se de cheque pre-datado ou pós-datado, faltaria o dolo de praticar a 
fraude, que tornaria a conduta atipica. Havendo dolo de praticar a fraude, seria possível a 
aplicação do arrependimento posterior previsto no Art. 16 do CP. 
 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
 
1)Everton Frühauf, ao adquirir mercadorias no Supermercado Preço Bom, pagou as 
compras com um cheque subtraído de seu colega de trabalho, Renato Klein. No caixa, 
apresentou-se como titular da conta corrente. 
Preencheu a cártula e falsificou a assinatura de Renato. O atendente, seguindo o 
procedimento de rotina, chamou o supervisor para liberar a cártula, quando foram 
surpreendidos com a conduta de Everton, que deixou o estabelecimento em desabalada 
corrida, sem levar as mercadorias, por presumir que sua ação teria sido descoberta. No 
estacionamento, o segurança do estabelecimento deteve Everton e conduziu-o à autoridade 
policial. Esse caso configura : 
 
a) tentativa de furto qualificado pela fraude. 
 
b) tentativa de estelionato. 
 
c) desistência voluntária. 
 
d) arrependimento posterior. 
 
e) arrependimento eficaz. 
 
RESPOSTA: B 
 
2) São elementos do crime de estelionato, exceto: 
 
a) o artifício 
 
b) o ardil 
 
c) locupletação ilícita de qualquer natureza 
 
d) o silêncio. 
 
RESPOSTA: C 
 
 
 
CASO CONCRETO 9 
 
Polícia Civil investiga estupro de menina de 9 anos em Bento Gonçalves A criança pediu 
socorro para moradores no bairro Licorsul, A Polícia Civil de Bento Gonçalves investiga o 
suposto estupro de uma menina de 9 anos. A jovem teria pedido socorro na Rua Augusto 
Caprara, no bairro Licorsul, por volta das 16h40min. Uma moradora a acolheu e a Brigada 
Militar (BM) foi acionada. 
 
De acordo com relato da vítima, o crime teria sido cometido por um casal em carro vermelho 
que a raptou enquanto caminhava pelo bairro Vila Nova. Os dois teriam oferecidos doces e 
brinquedos para coagir a menina a entrar no veículo. Após, procuraram um local ermo onde 
ambos teriam abusado da jovem. 
 
Após o crime, os abusadores deram R$ 50 a vítima e a abandonaram no bairro Licorsul, 
onde ela pediu por socorro. A menina foi encaminhada para o atendimento médico e 
exames de corpo de delito. 
 
De acordo com o Conselho Tutelar de Bento, que também foi chamado, a menina afirmou 
que saiu a pé da casa da mãe com destino à casa de uma familiar, a poucos metros de 
distância. Nesse curto trecho, ela foi abordada. 
 
O resultado do exame de corpo de delito deve sair em uma semana. A criança será ouvida 
no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) de Bento, conforme o 
Conselho Tutelar(Fonte: 
http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticia/2017/02/policia-civil-investiga-estupro-de-menina-de-9-ano
s-em-bentogoncalves-9707752.html) 
 
A lei 12015/2009 passou a promover os denominados crimes “contra a dignidade sexual”, o 
foco não é mais como as pessoas deveriam se comportar sexualmente perante a sociedade 
do século XXI, mas sim 
a tutela de sua dignidade sexual. Com o advento desse Diploma Legal juntaram-se os tipos 
dos arts. 213 e 214 em um só dispositivo, passando o crime de estupro a não ser mais 
bi-próprio, pois agora conta com 
os dois comportamentos juntos, quais sejam: conjunção carnal violenta e demais atos 
libidinosos com violência. 
 
Além disso o código tutela agora a dignidade sexual do vulnerável, com a expressa 
revogação do dispositivo que tratava da presunção de violência, em razão dessas 
situações, formam -se as seguintes indagações: 
 
a) A figura da vulnerabilidade passou a ser absoluta ou ainda pode ser tratada como 
relativa? 
 
 
RESPOSTA: Prevalesce o entendemento que a vulnerabilidade passou a ser absoluta, ou 
seja, não admite prova em contrário desde que comprovado a situação de vulnerabilidade 
descrita no Art. 217-A, CP. 
 
 
b) Qual é o tipo de ação penal quando se tratar de crime de estupro se da violência resultar 
lesão corporal grave ou morte? (CP, art. 213 §§ 1º e 2º) 
 
 
RESPOSTA: De acordo com a súmula 608 do STF, a ação é pública incondicionada. 
 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
 
1) SEMPRÔNEA, 17 anos, teve sua dignidade sexual atingida porque, mediante grave 
ameaça, foi obrigada a praticar conjunção carnal com ATANAÍDES. Diante dos fatos, 
trata-se de fato penal relevante de: 
 
a) ação penal de iniciativa privada 
 
b) ação penal pública condicionada à representação da vítima 
 
c) ação penal pública incondicionada 
 
d) ação penal de iniciativa privada personalíssima. 
 
RESPOSTA: C 
 
2) É incorreto dizer que no crime de estupro de vulnerável (CP, art 217-A) 
 
a) o sujeito passivo só pode ser pessoa menor de 14 anos. 
 
b) pune-se tão somente a conduta de praticar conjunção carnal ou outro ato libidinoso. 
 
c) o sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. 
 
d) é crime de ação penal pública incondicionada. 
 
RESPOSTA: A 
 
 
 
CASO CONCRETO 10 
 
Lenocínio, em sentido lato, é o fato de prestar assistência à libidinagem de outrem ou dela 
tirar proveito. A nota diferencial, característica do lenocínio (em cotejo com os demais 
crimes sexuais) está em que opera em torno da lascívia alheia. Lenões são aqueles que 
exercemo lenocínio. São as seguintes espécies: 
 
a) mediação para servir à lascívia de outrem (proxenetismo); b) favorecimento à prostituição 
(proxenetismo); c) manutenção de casa de prostituição (proxenetismo) e d) aproveitamento 
parasitário do ganho de prostitutas (rufianismo). 
 
Considerando a introdução acima, analise o seguinte caso concreto: 
 
ANA BELLA, 32 anos, mãe de MARVILLE, 11 anos, NAÍRA, 15 anos e ABRILINDA, 16 
anos, tomou conhecimento de que APOLINÁRIO, 48 anos, pipoqueiro que trabalhava à 
porta do colégio onde as três irmãs estudam, estava assediando as meninas. 
 
As investidas de APOLINÁRIO se deram das seguintes maneiras: 
 
1) Quanto a MARVILLE, APOLINÁRIO a assediava ofertando gratuitamente pipocas 
solicitando à menor que, ao final das aulas o acompanhasse até a garagem em que ele 
guardava seu carrinho de pipocas com o intuito de que a criança ficasse de ?calcinha? para 
CLAUDIOBERTO, pessoa que havia pedido ao referido pipoqueiro o respectivo serviço 
 
2) Quanto a NAÍRA, APOLINÁRIO a induzia para que esta pudesse fazer um show de 
Striptease também para CLAUDIOBERTO, cujo pedido foi para este respectivo serviço na 
casa deste. 
 
3) Quanto a ABRILINDA, APOLINÁRIO a fez uma proposta para que ela pudesse ?ganhar 
uns trocados?, consistente em fazer com que ela ficasse, após as aulas, duas vezes por 
semana, em um determinado apartamento do centro da cidade, atendendo sexualmente 
clientes que lá visitavam, em troca a jovem receberia R$ 100,00 por cada programa. 
 
Considerando que MARVILLE não aceitou o convite de APOLINÁRIO; considerando que 
NAÍRA não era mais virgem, aceitando o convite e, depois de ficar embriagada por exesso 
de vódika, CLAUDIOBERTO, aproveita a oportunidade e manteve relações sexuais com 
ela; considerando que ABRILINDA também não aceitou o convite de APOLINÁRIO e, 
finalmente, considerando que ANA BELLA, desde o início, já sabia das intenções de 
APOLINÁRIO, no entanto, por ser apaixonada por ele, nada fez, capitule a conduta de todos 
os envolvidos. 
 
 
RESPOSTA: No que se refere a Marville, Apolinário responde pelo delito do Art. 218 
(Corrupção de menores), CP. 
 
No que se refere a Naira, Apolinário responde por Corrupção de menores, Art. 218, CP. 
 
A conduta de Claudioberto em relação a Naira. Art. 217-A, CP, em razão da embriaguez. 
 
No que se refere a Abrilinda, Apolinário responde pela facilitação a prostituição, seria o 
218-B, CP. 
 
Anabella responde em concurso de agentes, por sua conduta omissiva com Apolinário. 
 
 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
 
1) Aquele que, durante o carnaval, em pleno bloco de rua, livre e consciente, embora 
jacandi animu, no alto do trio elétrico, arria sua sunga, expondo ao público suas partes 
íntimas: 
 
a) não comete crime por ausência de dolo. 
 
b) não comete crime por estado de necessidade. 
 
c) responde por ato obsceno (CP, art. 233). 
 
d) responde por atentado violento ao pudor. 
 
RESPOSTA: C 
 
 
 
CASO CONCRETO 11 
 
MARIOSVALDO, 30 anos, mantém um relacionamento amoroso com SUELEN há dois 
anos. Apaixonado por sua amada, MARIOSVALDO pretende casar-se com ela, no entanto, 
teme que sua namorada saiba que, quando contava com 20 anos de idade, no interior do 
Estado do Pará foi casado com FLORENTINA. Dessa forma, passou o tempo do namoro 
inteiro omitindo seu estado civil, acreditando que na cidade do Rio de Janeiro, onde reside, 
seria impossível FLORENTINA ficar sabendo de seu relacionamento de dez anos atrás. 
 
Nessa senda, marcaram e contraíram o matrimônio, tendo MARIOSVALDO declarado 
falsamente em documentação pertinente que seu estado civil era o de “solteiro”. Em 
pesquisa cartorária, descobriu-se a verdadeira história de MARIOSVALDO, sendo o fato 
levado ao conhecimento do Delegado de Polícia que instaurou o pertinente Inquérito 
Policial, indiciando MARIOSVALDO nos crimes de falsidade ideológica (CP, art. 299) e 
Bigamia (CP, art. 235) em concurso material (CP, art. 69). 
 
Diante do caso aventado, analise a capitulação penal da autoridade policial. 
 
 
RESPOSTA: Uma capitulação possível, é o concurso dos delitos de Bigamia (CP, art. 235) 
e falsidade ideológica (CP, art. 299), no entanto, há entendimento de que a falsidade 
ideológica, embora mais grave, é absorvida pela bigamia, por tratar-se de crime meio. 
 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
 
O pai que deixa, sem justa causa, de prover à instrução primária de seu filho de 7 anos só 
não responde por abandono intelectual (CP, art. 246) se: 
 
a) conseguir provar que está divorciado da genitora da criança 
 
b) conseguir provar que não dispõe de meios para pagar o transporte da única escola 
existente numa distância de 60 km de sua residência. 
 
c) conseguir provar que possui mais quatro filhos. 
 
d) conseguir provar que precisa de seu filho trabalhando com ele na lavoura. 
 
RESPOSTA: B 
 
OBS: por que existiria a justa causa. 
 
 
 
CASO CONCRETO 12 
 
Depois de colocar gasolina sobre parte de amontoado de madeiras velhas em seu quintal 
que pretendia incendiar, CÁSSIO é surpreendido no momento de atear o fogo, por uma 
lufada de vento inesperada e a mecha acesa é atirada e propagada sobre o matagal vizinho 
chegando ao telhado da escola pública do pequeno vilarejo. Felizmente todas as pessoas 
conseguiram sair do referido prédio sem dano algum. No âmbito criminal, CÁSSIO foi 
denunciado pelo Parquet pelo crime de incêndio culposo majorado (CP, art. 250 §2º c/c §1º, 
II, b) 
 
Responda fundamentadamente se: 
 
1) Agiu corretamente o Promotor de Justiça? 
 
 
RESPOSTA: Não, pois no caso não seria incendio culposo qualificado, o incendo foi 
culposa, portanto a capitulação correta é CP, art. 250 §2º. 
 
 
2) Caso alguma pessoa (terceiro) viesse a sofrer lesão corporal influenciaria na adequação 
típica? 
 
 
RESPOSTA: Sim, pois incidiria no Art. 258. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
 
Incêndio é a voluntária causação de fogo relevante, que, investindo uma coisa individuada, 
subsiste por si mesmo e pode propagar-se, expondo a perigo coisas outras ou pessoas, não 
determinadas ou indetermináveis de antemão. 
 
Com relação e este tipo penal, assinale a opção incorreta: 
 
a) é irrelevante o fim do agente, se é com intuito de obter vantagem pecuniária o crime é 
agravado e se visa atentar contra a segurança do Estado haverá concurso de crime. 
 
b) o crime pode ser praticado por ação ou omissão. 
 
c) indiferente o processo ou modo de ateamento do fogo. Não é preciso que o agente 
empregue um meio que exija sua presença no momento em que sobrevém o incêndio. 
 
d) se a coisa incendiada pertença ao próprio agente, possível concurso com estelionato; 
caso seja coisa alheia, possível concurso com crime de dano, ainda que o incêndio não 
acarrete perigo comum 
 
RESPOSTA: D 
 
 
 
CASO CONCRETO 13 
 
No final do ano letivo de 2015, alunos universitários de uma determinada Instituição de 
Ensino Superior do Estado do Rio de Janeiro, organizaram uma passeata em favor da 
liberação do uso da maconha. “Realizada a referida 
manifestação, agentes do setor de inteligência da polícia civil registraram, por intermédio de 
fotografias e gravações, cartazes onde se lia “fumar maconha é a melhor coisa do mundo”, 
“eu aperto meu baseado e ninguém tem nada a ver com isso”, além de cânticos e 
exaltações a favor da liberação do “jogo do bicho”. De todo esse material foi feito um dossiê 
e à guisa de peça de informações foi enviado ao Ministério Público que, identificando alguns 
participantes daquela passeata, foi imputado a eles o crime de apologia de crime ou 
criminoso (CP, art. 287). Esclareça, penal e fundamentadamente, a decisão do Ministério 
Público. 
 
 
RESPOSTA: Não se trata de situação relacionada ao delito do Art. 287, mas sim do Art.286, 
no entanto, por conta da ADPF nº 187, ha entendimento de que, manifestações pela 
liberação do porte para consumo não caracterizamo crime de incitação previsto na lei 
11.346/2006, porem a incitação à prática de contravenção (jogo do bicho) não caracteriza o 
delito do Art. 286 que exige a incitação a crime. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
 
Analise as seguintes assertivas: 
 
I – associarem-se três pessoas, de forma estável e permanente, com hierarquia e divisão de 
tarefas, para o fim de praticar roubos. 
 
II – associarem-se seis pessoas, sem hierarquia e divisão de tarefas, com o fim de praticar 
roubos. 
 
III – associarem-se sete pessoas, de forma estável e permanente, com hierarquia e divisão 
de tarefas, tendo como objetivo publicar listas ofensivas à honra de moradores de uma 
cidade. 
 
IV – associarem-se sete pessoas, de forma estável e permanente, com hierarquia e divisão 
de tarefas, tendo como objetivo a prática de extorsões mediante seqüestro. 
 
V – associarem-se sete pessoas, de forma estável e permanente, com hierarquia e divisão 
de tarefas, com o objetivo de matança generalizada. 
 
As atividades acima descritas correspondem, respectivamente, aos crimes de: 
 
a) associação criminosa – organização criminosa – organização criminosa – milícia privada 
– associação criminosa. 
 
b) associação criminosa – associação criminosa – milícia privada – organização criminosa – 
organização criminosa 
 
c) associação criminosa – associação criminosa – associação criminosa – organização 
criminosa – milícia privada. 
 
d) associação criminosa – organização criminosa – organização criminosa – organização 
criminosa – milícia privada. 
 
e) associação criminosa – milícia privada – organização criminosa – associação criminosa – 
organização criminosa. 
 
RESPOSTA: C 
 
 
 
CASO CONCRETO 14 
 
CARLOS ALBERTO, pessoa de notável habilidade, em sua cidade, de falsificações, 
conversando com seu amigo ATANAÍDE, à mesa de um bar, disse-lhe que estava 
fabricando um maquinário de falsificação absolutamente perfeita de notas de Real, sem 
perceber que à mesa ao lado, TOBIAS, policial civil, ouvia toda a conversa. 
 
Uma semana depois, por conta de uma operação policial, CARLOS ALBERTO foi preso em 
flagrante delito com três maquinários, comprovados por perícia que eram destinados à 
contrafação ou alteração de papel moeda, assim como de posse de uma nota de R$100,00 
(cem reais), perfeitamente adulterada assemelhando-se a uma nota de R$ 10,00 (dez 
reais). Instaurado o respectivo inquérito policial, o delegado federal indiciou CARLOS 
ALBERTO nos crimes de moeda falsa (CP, art. 289) e petrechos para falsificação de moeda 
(CP, art. 291), em concurso material (CP, art. 69). Ainda em sede da Delegacia Policial, 
NORBERTO, advogado de CARLOS ALBERTO, sustentava a ilegalidade da mantença da 
prisão de seu cliente em harmonia aos Princípios da insignificância e da lesividade. 
 
Analise as teses do Delegado de Polícia e do Advogado. 
 
 
Prevalesce o entendimento em nossos tribunais, que não são aplicaveis os princípios da 
insignificância e da lesividade ao crime de moeda falsa, mesmo que seja atribuido valor 
menor ao papel-moeda falsificado. há possibilidade tambem de absorção do delito de 
petrechos de falsificação pelo de moeda falsa. 
 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
 
A utilização de papel-moeda grosseiramente falsificado: 
 
a) configura, em tese, crime de estelionato. 
 
b) implicará circunstância de diminuição de pena. 
 
c) transforma a ação penal em pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça. 
 
d) não elide a obrigatoriedade de perícia. 
 
RESPOSTA: A 
 
 
CASO CONCRETO 15 
 
ADALBERTO, no interior de um supermercado, foi flagrado por um funcionário apanhando 
no chão um cartão de crédito/débito e, rapidamente o colocando no bolso. Além dessa 
atividade, o que o funcionário do supermercado notou foi que ADALBERTO, imediatamente 
à apreensão aludida, saiu apressadamente do estabelecimento comercial sem nada 
comprar. Na verdade, ADALBERTO retornou à casa e, de posse do cartão achado, com 
uma habilidade de artesão, clonou perfeitamente o objeto fazendo uma perfeita falsificação. 
De posse do cartão por ele falsificado, ADALBERTO retorna ao supermercado objetivando 
fazer uso de sua contrafação. Acontece que, dentro do supermercado, com o carrinho de 
compras cheio, ADALBERTO, receoso de usar o artefato falsificado, deliberadamente o 
quebra em diversas partes colocando os fragmentos no bolso da camisa. Ato contínuo, 
ADALBERTO, na fila do caixa, foi reconhecido pelo funcionário que mais cedo o flagrou 
achando o cartão de crédito/débito naquele supermercado, ocasião em que falou com o 
segurança que, abordando ADALBERTO, encontra o referido cartão em pedaços no seu 
bolso. Levado à delegacia policial da circunscrição, o delegado indicia ADALBERTO no 
crime de falsificação de documento particular na forma tentada (CP, art. 298 n/f 14, II). 
 
Analisando o caso aventado, indaga-se se assiste razão ao delegado, justificando sua 
resposta. 
 
 
RESPOSTA: Seria pelo Art. 298, paragrafo unico na forma consumada, pois ocorreu a 
falsificação do documento por parte de Adalberto. 
 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
 
1) Quanto ao crime de moeda falsa (CP, art. 289), é correto afirmar que: 
 
a) o bem jurídico tutelado é o patrimônio. 
 
b) não cabe a forma tentada. 
 
c) se trata de delito de tendência interna transcendente mutilado e de dois atos. 
 
d) se trata de crime próprio 
 
RESPOSTA: C

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