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AULA VIII DIREITO DAS OBRIGAÇÕES

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DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
PROF. VICTOR EDUARDO S. LUCENA
E-MAIL: VICTORLUCENA84@GMAIL.COM
2016.2
AULA - VIII
 Modalidades de pagamento e extinção das obrigações
PAGAMENTO EM CONSIGNAÇÃO
 É espécie de pagamento em espécie. Consiste em depósito, pelo
devedor, da coisa devida, para que se libere da obrigação. É a
consolidação do dever/direito de pagar.
 O devedor deve realizar o pagamento em consignação para, não
encontrando o credor ou impossibilitando esse o cumprimento da
obrigação, liberar-se do vínculo obrigacional.
 Arts. 334 a 345 do CC.
 A consignação pode ser realizada por depósito judicial ou em
estabelecimento bancário.
OBJETO DA CONSIGNAÇÃO
 A coisa devida é o objeto da consignação. Ou seja, qualquer coisa
devida pode ser consignada em pagamento.
 O instituto é mais utilizado nas obrigações de dar.
 Diferenciação:
 Consignação de coisas certa e individualizada, que deve ser entregue no
local: art. 341;
 Consignação de coisa incerta: art. 342.
 As despesas do depósito, quando julgado procedente, correrão pelo
credor. Se improcedente, pelo devedor.
FATOS QUE AUTORIZAM A CONSIGNAÇÃO
 A mora do credor (art. 335, I e II);
 Circunstâncias do credor que impeçam o pagamento e a liberação do
devedor (art. 335, III, IV e V).
REQUISITOS DA CONSIGNAÇÃO
 Requisitos subjetivos: Pagamento feito por devedor capaz, em favor
do verdadeiro credor, também capaz, ou seu representante.
 Obs.: A ação consignatória também pode ser movida por terceiro
interessado.
 Requisitos objetivos: Integralidade do depósito, ou entrega da coisa
com acessórios.
 Obs.: O depósito só deve ser feito após vencida a dívida, salvo se
estipulado o contrário.
 A mora do devedor não obsta a ação consignatória se o pagamento
ainda for útil ao credor.
LEVANTAMENTO DO DEPÓSITO
 O devedor pode levantar o valor/coisa depositado se o credor ainda
não tiver sido citado ou se pronunciado sobre a oferta (art. 338).
Nesse caso, persistirá a mora do devedor e as suas consequências.
 Se a ação for julgada procedente, o devedor não poderá levantar o
depósito (art. 339). Nesse caso, a obrigação é extinta.
 Se o credor aceita o depósito, a obrigação também será extinta. Assim,
se ele permitir o levantamento pelo devedor, surgirá nova relação
obrigacional.
PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃO
 É a substituição de pessoa ou de coisa na relação jurídica.
 Pelo instituto, o pagamento promove alteração subjetiva na obrigação,
mudando o credor, apenas. É, por exemplo, o que ocorre no
pagamento por terceiro interessado.
ESPÉCIES:
 Pessoal: é a substituição do credor. Nada muda para o devedor, que
passa a dever para outro credor, apenas.
 Real: A coisa que toma o lugar da outra fica com os mesmos ônus e
atributos da primeira. (e.g. coisa gravada pelo testador)
 Legal: É a que deriva da lei. (e.g. o caso do fiador, que tem seu
patrimônio penhorado).
 Convencional: é a que deriva da vontade das partes, do acordo
manifesto, pela transferência dos direitos do credor para terceiro.
SUB-ROGAÇÃO LEGAL (art. 346 CC)
 Credor que paga a dívida do devedor comum: Um devedor, com mais
de um credor, tem a dívida com um determinado credor paga por
outro credor. (e.g. dupla hipoteca sobre bem)
 Adquirente de imóvel hipotecado, ou terceiro que paga a credor
hipotecário para não ser privado do bem. Nesse caso, quem paga
passa a ter preferência sobre os demais credores hipotecários, se
houver.
 Terceiro interessado que paga a dívida pela qual era ou podia ser
obrigado (e.g. avalista, fiador ou coobrigado solidário).
 Obs.: O terceiro não interessado não se sub-roga nos direitos do
credor.
 SUB-ROGAÇÃO CONVENCIONAL (art. 347 CC)
 Ocorre quando (i) o credor recebe pagamento de terceiro (não
interessado) e lhe transfere pessoalmente todos os direitos, e (ii)
quando terceiro empresta dinheiro ao devedor para que salde a dívida,
sob a condição de sub-rogar-se na posição do credor.
 Ambos os casos independem de anuência.
DIFERENÇAS ENTRE A SUB-ROGAÇÃO E A CESSÃO DE
CRÉDITO
SUB-ROGAÇÃO CESSÃO DE CRÉDITO
Protege a situação de terceiro que 
paga dívida que não é sua
Destina-se à circulação de crédito
Não tem fim especulativo Tem aspecto especulativo
Ocorre na exata proporção do 
pagamento
Pode ser feita por valor diverso da 
obrigação principal
Ocorre pagamento É feita antes da satisfação do 
débito
Exonera o devedor perante o antigo 
credor
Transfere ao cessionário o crédito, 
direito ou ação.
 A sub-rogação transfere ao novo credor todas as garantias do credor
primitivo (art. 349)
 Efeitos:
 Liberatório para com o credor originário;
 Translativo para com o novo credor.
 É possível a sub-rogação parcial (art. 351 do CC). Nesse caso, o credor
primitivo terá preferência sobre o sub-rogado. A mesma regra vale
para vários credores sub-rogados sucessivamente.
IMPUTAÇÃO AO PAGAMENTO
 Consiste na indicação do débito a ser pago quando obrigado o devedor
ao cumprimento de mais de uma obrigação, todas vencidas, para com
o credor. (art. 352 CC)
 Requisitos:
 Pluralidade de débitos (art. 354 CC)
 Identidade de partes
 Igual natureza das dívidas (coisas fungíveis, de idêntica espécie e
quantidade)
 Possibilidade de o pagamento resgatar mais de um débito
 Espécies:
 Por indicação do devedor:
 Não pode o devedor imputar pagamento de dívida ainda não vencida se o 
prazo foi estabelecido em benefício do credor.
 Também não pode o devedor imputar o pagamento em valor superior ao 
ofertado.
 Não pode pretender, o devedor, imputar o pagamento ao valor principal, 
ignorando os juros vencidos. (art. 354, 2ª parte)
 Por vontade do credor:
 Ocorre quando o devedor não declara qual dívida quer pagar. É direito
do credor exercido no momento da quitação. (art. 353 CC)
 Pela lei:
 Ocorre quando nem o credor, nem o devedor fizerem a imputação.
(art. 355 CC).
 Critérios da imputação legal:
 O pagamento far-se-á, primeiro nos juros vencidos;
 Entre as dívidas vencidas, a imputação será feita nas primeiras;
 A imputação recairá, primeiro, sobre as dívidas líquidas, havendo estas e
outras ilíquidas, pela ordem de vencimento;
 Se todas as dívidas forem líquidas, recairá sobre a mais onerosa.
DAÇÃO EM PAGAMENTO
 É o acordo de vontades feito entre credor e devedor pelo qual aquele
concorda em receber deste coisa diversa da anteriormente pactuada.
(Art. 526 a 359 CC)
 A dação em pagamento pode ocorrer nas seguintes modalidades:
 Rem pro pecúnia: bem por dinheiro;
 Rem pro re: uma coisa pela outra;
 Rem pro facto: coisa pela prestação de fato;
 Dinheiro por título de crédito.
 Elementos:
 Existência de uma dívida
 Animus solvendi
 Concordância do credor (verbal, tácita ou expressa)
 Diversidade da prestação oferecida em relação à originária.
 A dação em pagamento é considerada modalidade de pagamento
indireto, de natureza liberatória, com a mesma índole jurídica do
pagamento, negocial onerosa e real.
 Caso o credor receba coisa em dação em pagamento, o credor não
receberá a coisa pelo seu valor, mas sim como satisfação da sua
pretensão e satisfação do seu crédito.
 Quando substituída a obrigação por entrega de coisa, mas estipulado
o seu valor, a dação em pagamento não se transmuta em compra em
venda, mas é regida pelas suas respectivas regras.
 Se realizada sobre título de crédito, há a imediata liberação do
devedor, cabendo a cobrança do título ao credor, bem como o seu
respectivo risco.
 Exceção: Se o credor aceitar o título, mas condicionar a quitação ao
recebimento do valor respectivo. Caso ocorra a evicção da coisa recebida, reconstituir-se-á a relação
primitiva (art. 359 CC; princípio da garantia).
NOVAÇÃO (ART. 360 A 367 CC)
 Consiste na criação de nova obrigação para extinguir obrigação já
existente.
 Exemplo: João deve à maria. Mas Joaquim procura Maria e firma
nova obrigação, com a condição de Maria liberar João.
 Tem, assim, duplo conteúdo:
 Extintivo, em relação à obrigação antiga.
 Gerador, em relação à nova obrigação.
 Embora a sua natureza extintiva, o pagamento produzido pela
novação é não satisfatório, vez que o credor não recebe a prestação
devida, mas sim o direito a outro crédito.
 A novação tem natureza contratual.
 Requisitos da novação:
 Existência de obrigação anterior (art. 367 CC)
 Constituição de nova obrigação 
 Animus novandi (art. 361 CC)
 Caso seja novada obrigação anulável, a interpretação é a de que o
credor da obrigação primitiva renunciou à possibilidade de
anulação.
 Não pode ser novadas as obrigações nulas e extintas.
 Divergência: obrigações naturais.
 Dívida prescrita: a novação implica na renúncia da prescrição
consumada.
 Obrigação sujeita a termo ou condição: É passível de novação. Nova
obrigação pode ter termo ou condição diverso, ou não ter termo ou
condição.
 A novação constitui nova dívida (aliquid novi) para extinguir e
substituir a anterior.
 Para haver novação as obrigações contratadas (primitiva e novada)
devem ser diferentes, deve haver modificação substancial de modo que
não seja a novada uma alteração da dívida.
 O animus novandi deve ser claro e inequívoco.
 Questão:
 Ocorre novação quando o credor concede ao devedor dilação de
prazo, parcelamento, ou modificação da taxa de juros?
 É possível a novação tácita.
 Carvalho de Mendonça afirma que “a novação tácita, portanto, dá-se
todas as vezes que, sem declarar por termos precisos que a efetua, o
devedor é exonerado da primeira obrigação e assume outra diversa, na
substância ou na forma, da primeira, de modo a não ser uma simples
modificação dela. É preciso, em suma, que a primeira e a segunda
sejam incompatíveis”.
ESPÉCIES DE NOVAÇÃO:
 Objetiva ou real: O devedor contrai com o credor nova dívida para
extinguir a anterior (e.g. obrigação em dinheiro substitui a obrigação
de prestar serviços).
 Decorre de mudança:
 No objeto principal (objeto da prestação)
 Da natureza (prestação)
 Na causa jurídica (natureza jurídica, origem da obrigação, e.g. obrigação
decorrente de mútuo, que passa a ser de depositário)
 Subjetiva ou pessoal: um dos sujeitos da relação obrigacional é
substituído.
 Por substituição do devedor: novação passiva. Pode ser efetuada
sem o consentimento do devedor (art. 362, CC), ou por ordem e
consentimento do devedor.
 Note: embora seja possível a novação pela substituição, para que
haja, de fato, a novação, a nova relação jurídica constituída deve
extinguir a primitiva.
 Por substituição do credor: novação ativa. Nela é substituído o credor
por novo credor, com quem o devedor estabelece novo vínculo
obrigacional.
 Novação mista: Nessa espécie de novação ocorre a mudança do
objeto, da prestação e dos sujeitos da relação obrigacional. Trata-se,
pois, de fusão das duas modalidades de novação citadas (e.g. filho
assume a obrigação em dinheiro da mãe, mas para pagá-la com uma
obrigação de fazer).
 Obs.: Caso, na novação subjetiva, sejam mudados apenas os sujeitos,
mas não as relações obrigacionais, tratar-se-á de cessão de crédito ou
de assunção de dívida, e não de novação.
 EFEITOS DA NOVAÇÃO
 Extinção da obrigação primitiva.
 Impossibilidade de responsabilizar o devedor da obrigação primitiva
em caso de insolvência do novo devedor na novação subjetiva por
substituição do devedor, salvo comprovada a má fé (art. 363 CC). No
caso de má fé, caberá ação regressiva do credor atual contra o antigo
devedor.
 Exoneração dos devedores solidários que não participaram da novação
(art. 365 CC, a solidariedade não se presume). A solidariedade só se
mantém na obrigação primitiva.
 Exoneração do fiador (art. 366 CC). Isso porque a novação extingue os
acessórios e garantias da dívida (art. 364). Dessa forma, a fiança só
prevalecerá se o fiador se manifestar nesse sentido, de forma
expressa.

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