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Camila Maria PPR (2017.1) 1 PLANOS GUIAS E COROAS GUIAS Resumo sobre o artigo: prótese parcial removível. Um método prático de transferência dos planos-guias, obtidos nos modelos de estudo através do delineador para a boca do paciente, de MAGALHÃES FILHO; et al., 1984. Duas ou mais superfícies paralelas entre si e á direção de inserção contribuem para o estabelecimento de entrada e saída da PPR assim como auxiliam na estabilidade, contra os movimentos horizontais. Uma PPR tem que entrar e sair sem exercer forças de pressão as dentes, principalmente aos adjacentes ao espaço protético. A direção de inserção é o trajeto percorrido desde o momento em que o componente rígido da PPR entra em contato com os dentes pilares até o seu assentamento final sobre os tecidos de suporte. A determinação da direção de inserção deve ser realizada pelo cd, através do delineador e técnicas especificas que orientem usando um modelo de estudo, que posteriormente, durante a fase de preparo de boca, a confecção dos planos guias nos dentes pilares. Planos guias são duas ou mais superfícies paralelas entre si e a direção de inserção da PPR. Durante o ato de inserção e remoção, os componentes rígidos da PPR estabelecem contatos com as diversas superfícies axiais dos dentes pilares. Quando essas superfícies são convexas elas realizam forças de pressão que são transmitidas ao dente. No entanto quando essas convexidades se tornam planas em suas faces proximais, linguais ou palatinas, trará grandes benefícios, como: a prótese percorrerá todo o trajeto da direção de inserção sem transmitir pressão as dentes pilares; o paciente também poderá colocar e tirar sua prótese com maior facilidade além de contar com o aumento da estabilização contra movimentos horizontais. Outras vantagens atribuídas a remoção das convexidades também são: estabilização do dente individualmente de forma mais efetiva, diminuição do espaço entre o dente e a prótese, o que vai permitir diminuir a possibilidade de retenção alimentar. Diminui-se as forças de alavancas sobre os dentes pilares, melhor retenção da prótese. Os planos guias permitem que o braço recíproco do grampo tenha uma largura maior no sentido ocluso-cervical. Os dentes que se por ventura não forem feito esses planos-guias, dificilmente se conseguirá os benefícios citados acima, assim como favorecerá o aparecimento de caries provenientes ao acumulo de alimentos nessas regiões. Resumo sobre o artigo: Planos guia – uma alternativa para a transferência do planejamento em prótese parcial removível de GOYTÁ; et al., 2009. A PPR é um aparelho muito utilizado principalmente em países em nível socioeconômico mais baixo por se apresentar um custo menor em relação a próteses fixas e implantes. A responsabilidade do diagnostico e planejamento é de responsabilidade do cd, e a confecção por pare do técnico de prótese dentária. O dentista realiza o planejamento, o preparo bucal e desenho da estrutura metálica da PPR. Camila Maria PPR (2017.1) 2 O sucesso e o fracasso da PPR está muito atrelado a diversos fatores dentre eles a compreensão dos princípios biomecânicos. Planos guias são duas ou mais superfícies verticalmente paralelas aos dentes pilares, orientadas de modo direcionar a trajetória de inserção de uma PPR. Os planos guias conferem um grande numero de benefícios a PPR como maior estabilidade, função de reciprocidade, maior contato dos dentes de suporte com a estrutura metálica. Quanto maior for o numero de dentes preparados e mais distantes forem entre si melhor será a estabilidade da futura prótese. Os planos-guias são preparados nas faces proximais dos dentes, adjacentes ao espaço protético (mesial e/ou distal) e/ou nas faces linguais e palatinas, devem ser paralelas ao longo eixo dos dentes de suporte. CONFECÇÃO DE PLANOS GUIAS (Preconizada pela disciplina de PPR - UFPE) Na face proximal deve-se desgastar com o cinzel do delineador a aproximadamente metade desta face 1 mm acima das papilas gengivais. Deverá ser confeccionado um degrau (uma parede gengival) de 0,5 mm de espessura bastante homogênea em sua espessura. O desgaste deverá iniciar da face proximal adjacente ao espaço protético, possuindo como largura vestíbulo lingual de 2/3. A confecção será contraindicada nos casos em que o dente encontra-se bastante inclinados para a palatina/lingual ou se possuírem grande convexidade, pois alguns desgastem podem afetar a dentina. Portanto antes de sua confecção é necessário analisar a(s) coroas dentárias no modelo de trabalho. A transferência dos preparos do delineador para a boca do paciente deverá ser através da confecção da coroa guia. A coroa guia poderá ser feita através de resina acrílica ou cera. Para confeccionarmos com cera, devemos vaselinizar o modelo na face oclusal do dente preparado, e acrescentar a cera, deixando-a com 0,5 cm de altura. Faz-se o desgaste da cera com finalidade de deixa-la com no mesmo paralelismo que é encontrado no delineador. Para conferir melhor estabilidade a cera deve-se estende-la por vestibular, mas sem ultrapassar o equador protético. Terminado a coroa, faremos a moldagem do padrão de cera. Retira a cera e insere resina acrílica no molde. leva esse molde preenchido com a resina de volta, e após a polimerização o remove. Para finalizar, realiza o acabamento nessa coroa. Após a confecção, devemos identificar a coroa guia com o numero do dente correspondente no preparo de boca. No paciente, nos fixamos a coroa com cimento provisório na oclusal do dente. É importante lembrarmos que a coroa guia tem a função de transferir os planos guias determinados para a boca do paciente, guiando o desgaste necessário a estrutura dental, assumindo uma grande valia uma vez que o paralelismo perfeito não pode ser obtido quando os planos guias são preparados diretamente na boca do paciente. É inquestionável que os planos guias auxiliam no preparo bucal previamente a confecção da estrutura metálica e instalação da PPR, favorecendo ao cd e ao paciente um tratamento de qualidade tanto do ponto de vista funcional quanto do estético.
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