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Terapia Assistida por Animais

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UNIVERSIDADE ANH ANGUERA – UNIDERP
Centro de Educação a Distância
CURSO: PEDAGOGIA
DISCIPLINAS NORTEADORAS: Psicologias da Aprendizagem, Redes Sociais e Comunicação e Desenvolvimento Pessoal e Profissional. 
DESAFIO PROFISSIONAL
 Nome: Francieli de Souza Santos.
 RA: 9929034913.
 Nome: Priscila Pereira Gomes Ferreira
 RA: 2867933173 
 Nome: Rita de Cássia Souza Borges
 RA: 2870928185 
 Nome: Viviane Marques
 RA: 9929030254
 Série: 3º período.
Telêmaco Borba, 25 de maio
2015
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho é um estudo feito pelas alunas de Pedagogia da Faculdade Anhanguera de Ensino á distancia sobre a Terapia assistida por Animais. O objetivo desse projeto é a intervenção pedagógica a partir da Terapia Assistida por Animais. Sendo assim os objetivos específicos é oferecer qualidade de vida aos assistidos e consequentemente aos pedagogos e outros colaboradores da escola através da relação afetiva humano-animal, respeitar os limites da criança e garantir o bem-estar animal, Alcançar com ajuda do animal os objetivos terapêuticos que foram planejados e identificados individualmente em determinados alunos que necessitam de auxílio para melhorar seu desempenho em relação a aprendizagem e a desvios comportamentais.
É designada para promover melhorias das funções físicas, sociais, emocionais e cognitivas da criança e pode ser aplicada individualmente ou em grupos. Este processo é devidamente documentado e avaliado. 
Foi observado há algum tempo o comportamento dos alunos em sala de aula, alguns apresentaram problemas individuais de comportamento e aprendizagem, por isso, deu início a idéia de implantar um projeto que ajude os alunos a se desenvolverem de forma mais adequada. A presença de animais na sala de aula faz com que as crianças se sintam mais seguras em situações de estresse, fiquem mais respeitosas, comprometidas e com melhor autoestima. Os animais prendem a atenção das crianças mais rapidamente e são notados antes dos brinquedos. A presença de um animal vestido, por exemplo, com roupas engraçadas, desconcerta o mais resistente e arredio dos assistidos.
Os mais utilizados nesse tipo de terapia são: cachorros, gatos, calopsitas, tartarugas, golfinhos, répteis, hamister, porquinho-da-índia e bichos de fazenda como o cavalo.
Os benefícios da TAA é a melhoria na coordenação motora, desenvolvimento da memória dos assistidos, crianças com dificuldades para falar consegue iniciar o processo de comunicação verbal através do contato com o animal. São muitos os benefícios que podem ser observados além de prazer e bem-estar com convívio do animal em sala de aula.
 
 
2. Terapia Assistida por Animais (TAA)	
A terapia assistida por animais é uma intervenção direcionada no qual um animal devidamente treinado e que atenda os critérios necessários, sob a supervisão de profissionais devidamente habilitados e capacitados, se torna parte integrante do processo de educação. 
As TAA mais conhecidas são na área de saúde, como por exemplo em hospitais na reabilitação de pacientes, fisioterapia e atividades de locomoção em idosos. Mas cada vez mais existem interesses e estudos para aplicação na educação onde também apresentaram resultado significantes.
	Endereço da página na Internet: www.terapiacomanimais.com
	
Objetivo da TAA da página pesquisada
	
Melhorar a qualidade de vida das pessoas através dos benefícios terapêuticos que a relação homem-animal pode proporcionar. Além de promover saúde física e emocional, desenvolve iniciativas que tornam o mundo mais humano onde crianças e adultos demonstram empatia, compaixão e responsabilidade pelos animais natureza e outros seres humanos.
 
	
Principais comentários dos internautas em relação a TAA
	
As pessoas acessam a página através da experiência de outras pessoas que são voluntárias ao projeto ou que são usuários da TAA. Algumas procuram informações a respeito da terapia porque se deparam com problemas de saúde, mental ou comportamental de seus familiares, outras por curiosidade desconheciam a TAA descrevem o método como interessante e um gesto muito generoso, amável da parte dos profissionais interessados pela pratica da TAA.
	
Principais riscos ou dificuldades na aplicação da TAA
	
Uma das maiores dificuldades é o investimento, uma vez que manter animais tem um custo, tanto para alimentação, vacinação (previne doenças) quanto para adestramento (evita incidentes). Não é qualquer animal que pode dar assistência. Esses cuidados fazem com que se elimine os riscos da aplicação terapêutica. Também é relevante a capacitação do acompanhante desses animais que fazem TAA. 
	
Principais benefícios na aplicação da TAA
	
É perceptível em curto prazo os benefícios da TAA, pessoas relatam no site melhora no comportamento de crianças, assim como benefício a saúde até cura de uma depressão. Para as pessoas que trabalham com o método torna-se uma atividade muito gratificante. Além disso a prática comove e mobiliza a sociedade a ver o mundo com outros olhos e a criar novas possibilidades. 
Segundo o site do Instituto Nacional de Ações e Terapias Assistidas por Animais a INATAA, acessado dia 03 de setembro ás 15:47 pm.
As chamadas Terapias Assistidas por Animais, (TAA) surgiram em 1972 na Inglaterra para o tratamento de doentes mentais em um asilo psiquiátrico em Londres. Desde essa época a atenção de estudiosos já se voltava para os benefícios da relação homem-animal. Essas terapias têm como objetivo a inserção do animal na vida de pacientes em tratamento para que ele se torne parte do processo de cura ou melhora dos quadros de assistidos. Nas últimas décadas, a TAA vem chamando cada vez mais a atenção e recebendo investimentos da comunidade cientifica, em função dos resultados positivos alcançados nos programas.
 
O mecanismo mais importante da interação-criança e animal se baseia na afetividade e quanto mais forte a ligação emocional melhor o resultado obtido. A TAA provoca relaxamento, momento em que o cérebro humano entra em uma frequência mais baixa e gera respostas fisiológicas positivas na criança, esta terapia também age como um estimulo psicológico.
Além do mais os animais se comunicam com a criança de uma forma única rica em sinais não verbais, incapaz de julgar, corrigir, contradizer e avaliar o que tende a criar um vínculo menos estressante e mais importante entre eles.
Crianças com dificuldades de leitura, e um cão treinado a estar atento as histórias conseguem se desenvolver rapidamente. 
Elas sentem-se seguras e percebem que o animal não está julgando-a, facilitando assim o processo de aprendizagem da leitura. 
Exercícios de motores com o cão ajudam a criança desenvolver-se adequadamente. Com ajuda do profissional as brincadeiras podem fazer com que as crianças aprendam a tolerar pequenas frustações, desenvolver senso de responsabilidade, autoestima, habilidades sociais, atenção e concentração.
É observado (BORTOLIN, 2014) no site Terapia com Animais que:
Muitas pesquisas têm demonstrado que pessoas que gostam ou estão dispostas a infligir danos aosanimais são mais suscetíveis a fazer isto com seres humanos também. Felthous & Kellert observaram que atos de violência apontavam para uma associação de crueldade contra animais na infância e posterior agressão grave e recorrente contra pessoas. O reconhecimento de tal relação poderia melhorar a compreensão da violência compulsiva e facilitar a intervenção precoce e prevenção. Se educarmos nossas crianças a ter amor e respeito pelos animais, aumentarão as chances de convertê-los em adultos saudáveis emocionalmente. 
A simples presença de um animal de estimação em casa é capaz de reduzir o stress do adulto. Trazendo harmonia não só para a criança mas para toda a família. Muitas pessoas acreditam que seus animais transmitem emoções, as mais comuns é a afetividade e a alegria, como por exemplo quando o dono chega em casa o cachorro o recebe com pulos, lambidas e balançando o rabo.
Segundo site da INATAA, a principal autora de estudos sobre este assunto é Karen Allen, da universidade Estadual de Nova York, que há anos estuda a influência dos animais na saúde humana. Ela aplica testes estressantes em pessoas sozinhas e após, acompanhadas de um animal de estimação (cachorro).
A idéia do estudo era testar o conceito do “apoio social”, isto é, a ajuda psicológica de outro indivíduo, que tenderia a influir na reação do sistema cardiovascular ao estresse.
Os resultados, mostraram que pessoas com animais domésticos tinham tanto a pressão sanguínea quanto o batimento cardíaco significativamente mais baixos durante o período de descanso inicial. Também um aumento menor desses índices durante a realização da tarefa estressante, e sua recuperação foi mais rápida.
É importante observar as raças dos animais para determinadas terapias. Por exemplo, cães agitados como o Poodle são ideais para fisioterapia. Já o de grande porte são melhores para tratamento de pessoas com dificuldades motoras. Por instinto o Gold Retriever sempre procura pessoas chateadas, por isso é recomendado por alguns profissionais para tratamento de depressão.
(ALMEIDA, 2014) do Portal da Educação afirma que no Brasil, apesar de poucos estudos realizados pelo tema, a utilização de animais em terapia e o interesse de profissionais pela prática tem aumentado, no entanto, a falta de regulamentação limita sua aplicação em alguns ambientes, como clínicas e hospitais. Sobre esse assunto, o Projeto de Lei Nº4.455 de 2012 (BRASIL,2012a), dispõe sobre o uso da TAA nos hospitais públicos, conveniados e cadastrados no Sistema Único de Saúde – SUS e o Projeto de Lei Nº264 de 2012 (BRASIL,2012b) dispõe do uso da equoterapia. 
A equoterapia proporciona a oportunidade de explorar o corpo e o ambiente em que interagem, permite que o paciente vivencie muitos acontecimentos ao mesmo tempo, as ações e informações são muito numerosas. A maioria dos sites de TAA (Equoterapia) defendem que o praticante quando montado em cavalos recebem estímulos que chegam ao sistema nervoso, um dos motivos é a movimentação que o cavalo faz movimentando levemente as pernas. O cavalo pode ser indicado para crianças com deficiência física, Síndrome de Down, autismo e hiperatividade, nesse caso a criança vai ter que aprender a controlar a ansiedade e a velocidade do animal.
O cavalo também oferece uma sensação de liberdade, assim vai ajudar na autoestima dos assistidos. Não é adequado levar um cavalo para a sala de aula, mas é possível passar um vídeo sobre eles fazendo com que as crianças participem depois. Ou se possível, levar as crianças em um haras ou fazenda para terem noção de como eles vivem, sentir o cheiro, o local, acariciar o animal, dar comida e etc. Agindo assim a terapia também está sendo feita.
Tratamentos com golfinhos são utilizados nos exemplos acima e também em crianças que sofrem de surdez. No Brasil a terapia com este animal não é comum, mas pode ser encontrada em Miami, EUA. 
A terapia Assistida por Animais é uma prática realizada por profissionais com o objetivo de promover o desenvolvimento físico, psíquico e cognitivo e social dos pacientes (DOTTI, 2005; MORALES, 2005). Não se trata de uma pratica para substituir terapias e tratamentos convencionais, mas um complemento, uma nova linha de pesquisa em atenção à diversidade, para melhorar a qualidade de vida de pessoas comumente ignoradas pela sociedade, como no caso de pacientes com deficiências físicas, sensoriais, mentais e motoras, além daqueles que se encontram em centros penitenciários (ABELLÁN, 2009). 
É preciso lembrar de que há necessidade que os animais estejam saudáveis, vermifugados e limpos. Que eles tenham uma boa alimentação, consultas com médico veterinário devem ser periódicas. Tudo isso acarretam gastos. É preciso avaliar todos os aspectos antes de implantar o trabalho de TAA. Formar parcerias com profissionais envolvidos com esse tipo de trabalho pode ser importante para a escola que deseja iniciar essa atividade. (CAPOTE et al, 2011) descreve algumas dicas:
É preciso realizar uma avaliação geral, considerando o objetivo, a estrutura física, financeira, social, entre outra para escolher o animal adequado. É necessário um animal acostumado com pessoas de diferentes idades. Não é adequado utilizar um animal só porque ele é tranquilo com sua família. Ele precisa realizar atividades especificas, e ser manso com todos os tipos de pessoas, não importando raça, idade ou comportamentos. Como foi dito, é preciso que a relação seja saudável e adequada para todos os envolvidos. Há uma afinidade de atividades que podem ser desenvolvidas com crianças. É necessário que o profissional seja criativo e tenha interesse de realizar essa atividade, além disso ter paciência, motivação e estimulação, ainda mais, que estará trabalhando com mais um ser vivo, o animal, o que pode dificultar o processo se não for bem planejado e executado. Por isso, é necessário conhecer sobre o animal com que está trabalhando, como possíveis reações e comportamento da espécie
.
A TAA é benéfica para todas as crianças, deficientes ou não e também para adolescentes, idosos e adultos, quando bem utilizada. Contribui para melhorar: depressão e sentimentos de solidão; quando hospitalizadas a dor; idas menos frequentes ao médico; enfrentamentos a situações de estresse e doenças; enfrentamento de divórcio dos pais; enfrentamento de situações de abuso, negligência e rejeição.
2.1. Mapeamento do perfil da turma
	Nome da escola (fictício): Escola sossego da mamãe
	Ano ou série: 4º ano do ensino fundamental
	N° de alunos:
38
	Meninos:
17
	Meninas:
21
	
Descrição do perfil da turma
Ambos os alunos dominam a leitura e um pouco da escrita, gostam de conversar com um tom de voz alta, principalmente os meninos que tentam chamar atenção das meninas. A maioria obedece às normas disciplinares embora uns apresentam uma certa dificuldade. Na turma há alunos de diferentes etnias e classe social. É perceptível grupos de amizade entre os alunos, apenas um desses grupos não interage muito bem com os demais alunos, sendo o menor e mais isolado.
 
2.2. Mapeamento dos problemas comportamentais individual
Alunos que precisam de intervenção pedagógica relacionadas a regras morais (éticos que visam o bem comum), relacionados a escola (regras disciplinares) e relacionados aos hábitos (higiene, alimentação, asseio pessoal e etc).
	Aluno: Isadora Campos Constantine
	Idade: 10 anos
	Detalhes do problema individual: Apresenta preconceito em relação a alguns colegas de sala de aula, não interagindo com os mesmos. Tem espirito de liderança e por isso influência negativamente as outras duas colegas do seu grupo de amizade. Tem bom desempenho escolar mas passa muito tempo utilizando o celular, mesmo em sala de aula sem se importar com a presença do professor.
	Aluno: Victor Gabriel de Souza 
	Idade: 9 anos
	Detalhes do problema individual: Tem dificuldades na maior parte das matérias com exceção de Ed. Física, Artes e História. Apresenta preguiça ao ler e copiar a matéria. Não gostade ir a aula. Grita e fala palavrões. Teve episódio de desentendimento com uma colega da sala e de outras classes também. As vezes expressa resistência em obedecer a professora, sendo necessário melhor acompanhamento do responsável. Acompanhamento psicológico determinado pela escola. Mora com a avó. Os pais são separados e a mãe é ausente.
2.3. Mapeamento das dificuldades de aprendizagem individual
Alunos que precisam de interação pedagógica relacionada a dificuldades de aprendizagem (déficit de atenção, hiperatividade, preguiça, agitação e etc), relacionados a problemas de interação social (timidez, carência afetiva, exibicionismo, respeito a diferenças, bulling, entre outros), relacionados a sondagem de relações sócio afetivas (familiar e comunitária).
	Aluno: Thiago Francisco Ferreira dos Santos 
	Idade: 9 anos
	Detalhes do problema individual: É um bom aluno, respeita a professora quando chama a atenção. Tem dificuldades em matemática, não tem um lugar definido na sala sempre mudando de carteira. Levanta várias vezes agitando os colegas sem intenção. Conversa demais mesmo perto de alunos que tem menos afinidade.
	Aluno: Kethelyn da Silva Pereira
	Idade: 9 anos
	Detalhes do problema individual: Excelente aluna, porém é muito tímida, conversa pouco, tem dificuldades de trabalhar em grupo, por esses motivos, as vezes não consegue concluir com êxito suas atividades. Muitas vezes aparenta ser uma criança triste de baixa autoestima. Sofre bulling por parte de uma de suas colegas e não aceita muito bem suas origens.
3. IMPLANTAÇÃO PEDAGÓGICA E RESULTADOS
Considerando as fontes pesquisadas sobre a TAA, o primeiro passo foi a observação e o planejamento do processo. 
Como nossa Escola é particular, mas o preço é acessível para todas as famílias, manter um animal dependendo do porte seria um custo maior do que a de uma criança. Isso se fez pela necessidade de acompanhamento de profissionais como veterinários, adestradores ou até mesmo se necessário um profissional da saúde. Desta maneira reunimos nossa equipe multidisciplinar existente na escola, que através de contatos de pessoas conhecidas, conseguimos formar parcerias. 
Um dos primeiros parceiros a firmar compromisso com o projeto foi a Ong “Anjos de patas” que já vem atuando há 3 anos no Hospital Municipal de nossa Cidade. A Ong dispõe de dois labradores, três SRD e 1 calopsita para o ambiente escolar. Ela ainda conta com uma equipe completa de voluntários como os Médicos Veterinários Felipe Werner e Priscila Campos da Clinicão, e por pessoas que com seus cães adestrados prestam um pouquinho de seu tempo para um incrível serviço social para o bem do próximo. Também conseguimos fazer parceria com o Sr. Agostinho Ferreira, proprietário do Haras “Alegretense” e patrão do “CTG Poncho Crioulo” deste distrito para agendar visitas das nossas crianças com intenção de motivar e promover a inclusão social, lembrando que temos criança cadeirante e outra com Síndrome de Down em outras classes. As visitas podem ter acompanhamento dos Pais ou responsável indicado por eles.
Em três meses de implantação da TAA, os Pedagogos e acompanhantes dos animais desenvolveram atividades especificas a turma. Acompanhamos os alunos na Escola e realizamos reuniões com os Pais e responsáveis de assistidos que tinham mais necessidade ao acesso a terapia. Os resultados foram surpreendentes de forma geral. Principalmente para alunos que apresentavam maiores problemas comportamentais ou de aprendizagem.
Kethelyn da Silva Pereira, 9 anos – No primeiro dia de terapia na escola, ela ficou um pouco retraída, mas a presença dos cães acabou fazendo com que ela se expressasse sem perceber. Ao decorrer da semana pode-se notar o tom de sua voz. O bem que a terapia proporcionou a ela foi quase que imediato. A aproximação do cão, especialmente o Barney, um labrador, com quem criou um laço efetivo mais forte, fez de alguma maneira que ela entendesse que ele não distingue cor de pele ou classe social, ele a tratava de forma igual para com outras crianças. Para os cães não importa quem você é, mas sim se você ama e o quanto cuida dele. 
No haras com o cavalo, Kethelyn demorou mais a pegar uma certa amizade com o animal, talvez por medo de cair, ou pela falta de autoconfiança. Decidimos deixa-la à vontade e depois de um mês ela resolveu passear a cavalo com ajuda dos colegas.
Na presença dos animais Kethelyn se tornava outra criança, mais falante alegre e confiante e menos vergonhosa, começou até uma certa aproximação de outras crianças fora do seu grupo de amizade. Em casa os Pais notaram a diferença que foi positiva, segundo eles, ela agora conversa com as visitas e brinca com as crianças ao invés de ficar presa no quarto. 
Isadora Campos Constantine, 10 anos – Foi a aluna mais relutante com a terapia, para ela a intervenção era “estupida e maior falta de tempo”. Nas primeiras semanas ela não deu muita importância para a presença dos animais. Filha única dizia que não tem animais em casa, porque a mãe não gosta. Começou a demonstrar interesses um pouco tardio ao decorrer das atividades, chegou um ponto em que não conseguia influenciar as colegas a terem somente sua atenção. Ao chegar ao Haras Alegretense, notamos uma paixão surgir pelos cavalos, e consequentemente ela começou a interagir com outros colegas que ela julgava “idiota”. Observamos também que a perseguição que ela tinha contra uma de suas colegas e o desrespeito com os demais diminui. Em um episódio andando de cavalo, ela e a colega que sofria bulling até ficaram amigas, não intimas, mas já era um bom começo. O Celular ainda é um problema, mas ela não o utiliza mais durante a terapia. A conversa com a mãe de Isadora é um pouco complicada e o pai nunca tem tempo de comparecer a Escola. Ao relatar problemas com o celular a mãe diz que “o que interessa é as notas da filha, e que ela não faz bagunça e nem conversa atrapalhando a aula”. A mãe também diz que não notou nenhuma mudança no comportamento da filha, que ela é maravilhosa e bem-educada. Apenas estranhou o pedido da menina de comprar um cavalo e se associar ao Haras. 
Thiago Francisco Ferreira dos Santos, 9 anos – Nos primeiros dias parecia que ele demonstrava mais agito ainda, sua alegria na presença dos animais é notável, para ele era uma “tremenda festa”. No Haras Thiago teve que deixar um pouco seu espirito de corredor e controlar sua ansiedade em cima do cavalo. Reduzir velocidade, completar obstáculos. Com o passar do tempo, em cima do cavalo aquela criança agitada dava lugar a outra completamente calma, ou seja, concentrada. Ele apresenta ser uma criança alegre, e os problemas que tinha de ficar andando na sala de um lado para outro melhoraram de uma forma que a professora quase não chama a atenção. Hoje Thiago encontrou um lugar fixo na sala. Suas dificuldades com a matemática reduziram depois que ele fez atividades especificas com ajuda da Mili, a calopsita. Descobrimos também que Thiago deveria usar óculos. No dia que tem a TAA na Escola ou no Haras, “Thiago parece estar cansado e dorme mais cedo que o previsto, dando um sossego a mais em casa! ”, relata a mãe rindo. 
Victor Gabriel de Souza, 9 anos – Nos primeiros dias a reação da criança em relação ao animal foi imediata, ele se entrosou mais com os cães, brincava, corria e os abraçavam muito. Victor além de ser o centro das atenções da turma é muito corajoso e no Haras foi o primeiro a experimentar o passeio novo incentivando os demais colegas. Havia episódios em que brincava com os cães e ficava bravo, pois cães tem vontades próprias. Depois de conversar, ele entendeu que sendo um animal irracional, devemos respeita-los e ama-los como eles são. Já aos três meses seguidos de tratamento, Victor não teve mais ocorrência de brigas graves, continua indo ao psicólogo e se apresenta uma criança mais calma, ele diz que ganhou um cachorrinho. A avó de Victor já havia o repreendido porcausa dos palavrões, relata que “ele tem se controlado bastante, e andamenos nervoso. ” E o mais interessante que a avó também afirma que “ele não pede mais para faltar a escola e não precisa mais brigar para que ele se arrume sem perder a hora”.
A motivação que leva a criança a se aproximar dos animais e seu comportamento em relação a eles é semelhante aos motivos e comportamento com os Terapeutas. Essas crianças visitam animais quando se sentem triste ou com raiva, com o intuito de se sentirem melhor. Elas também conversam com os animais, abordando problemas, segredos sem medo de que essas confições passem adiante.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base no projeto proposto observamos que a conexão criança-animal já é um fato que vai além do companheirismo. Um tipo de comunicação não-verbal, amistosa e incondicional se inicia quando, por exemplo, o cão é utilizado em programas de reabilitação, gerando estímulos positivos capaz de desencadear efeitos fisiológicos, físicos e psicológicos curativos que por impacto nos fazem sentir bem. Os efeitos fisiológicos e físicos adicionam-se e trazem benefícios importante tanto na saúde, socialização, desenvolvimento como na aprendizagem. Os resultados Obtidos através da Terapia Assistida por Animais implantada na Escola, foram significativos e mesmo quando interrompido por força maior o tratamento por uma semana de um determinado aluno, ainda assim não prejudicou o seu desempenho.
Entretanto, ainda há necessidades de estudos para entender melhor os mecanismos da TAA voltada para a Educação que promove auxílio na aprendizagem da criança, ela ainda é um anonimato na sociedade em que vivemos. Mas a medida que os efeitos favoráveis com base científica se tornarem compreendidos ao conhecimento de todos, a TAA será um instrumento de ensino valioso melhorando o bem-estar e a qualidade de vida da criança e consequentemente de seus familiares, amigos e educadores.
 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABELLÁN, R.M. Atención a la diversidade y terapia assistida por animales. Revista Educación Inclusiva, v.2, n.3, p111-133.
ALMEIDA, J.F. Terapia Assistida por animais: Benefícios e Responsabilidades.
Disponível em: http://www.portaldaeducacao.com.br/terapiaassistidaporanimais
Acessado dia: 01 de setembro de 2015 ás 20:45pm.
BORTOLIN, M. S. 2014. Os animais Aliados na Terapia.
Disponível em http://www.terapiacomanimais.com.br
Acessado dia 02 de setembro de 2015, ás 22:40pm.
BRASIL. Câmara dos Deputados. Projeto de Lei Nº4.455 de 2012.Dispõe sobre o uso da Terapia Assistida por Animais (TAA) nos hospitais públicos, conveniados e cadastrados no Sistema Único de Saúde – SUS. 2012a. disponível em: http://www.camara.gov.br/prop_mostrarintegra;jsessionid=0F2E6AEB58C343DCDF84E6F195BD5852.node2?codteor=1030955&filename=Avulso+PL+4455/2012>2012a
Acessado dia 03 de setembro de 2015, ás 17:33
CAPOTE, P. S. D. O; COSTA, M. P. R. Terapia Assistida por Animais. 
EdUFSCAR. Universidade Federal de São Carlos.
Disponível em: http://www.guiapratico.com.br/animaisquecuram
DOTTI, J. Terapia e Animais. São Paulo: Noética, 2005. 294p.
MORALES, L. J. Visita Terapéutica de mascotas em hospitales. Revista Chilena Infectologia, V.22, n.3, p.257-263, 2005. 
Terapia Assistida por Animais (TAA) 
Disponível em https://www.inataa.com.br
Acessado dia 03 de setembro de 2015, ás 15:47pm.

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