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1 Seminário Interdisciplinar V Aula 1 Concepção de infância Profa. Dra. Edilaine Vagula Profa. Ma. Mari Clair Moro Nascimento Profa. Ma. Natália Gomes dos Santos Conhecer a concepção de criança no contexto histórico. Compreender o papel do professor na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental. Objetivos . O que é infância? O que é criança? Refere-se a um período da vida humana, na qual somos crianças e por onde se inicia nosso aprendizado e nossas descobertas. O Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990) define “a criança como a pessoa até os 12 anos de idade incompletos”. A concepção de criança no contexto histórico Infância A concepção de criança no contexto histórico. São sujeitos sociais e históricos marcados pelas condições da sociedade em que vivemos. [Tem] seu poder de imaginação, fantasia, criação. [...] são cidadãos que produzem cultura e são nela produzidas. Possuem um olhar crítico que vira pelo avesso a ordem das coisas, subvertendo essa ordem.” (KRAMER,1995, p. 271). Criança Idade Contemporânea 2 Vídeo Mundo Bita - Assim é Ser Criança Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=uUgv2bCnbv4 Platão: Centrava-se numa visão futurista, de um ser em potencial; ser inferior; outro desprezado. Ariès (1981): não havia sentimento de infância Adulto em miniatura Infância terminava aos 7 anos Alto índice de mortalidade infantil A concepção de criança no contexto histórico. Antiguidade Idade Média A concepção de criança no contexto histórico. XVI e XVII: paparicação Final século XVII: moralização Século XVIII: descobertas da primeira infância, o corpo e a oralidade da criança. Rousseau: ressalta que a criança deve ser vista em seu próprio mundo e não como uma mera projeção do adulto. A concepção de criança no contexto histórico. Idade Moderna Qual o papel do professor na educação infantil? LDB 9394/96: “Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade”. DCNEI/2010: “Sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura”. Papel do professor na educação infantil Interações e a brincadeira 3 Papel do professor na educação infantil Interações e a brincadeira Construção da identidade Piaget Vygotsky Biológico Social Facilitador Mediador Papel do professor na educação infantil Piaget Facilitador “O desenvolvimento, portanto, é uma equilibração progressiva, uma passagem contínua de um estado de menor equilíbrio para um estado de equilíbrio maior.” (PIAGET, 1980, p. 11). O educador organiza as atividades e o ambiente de maneira a desequilibrar a criança. Papel do professor na educação infantil Vygotsky Mediador O pensamento e a linguagem, que refletem a realidade de uma forma diferente daquela da percepção, são a chave para a compreensão da natureza da consciência humana. As palavras desempenham um papel central não só no desenvolvimento do pensamento, mas também na evolução histórica da consciência como um todo. Uma palavra é um microcosmo da consciência humana.” (Vygotsky, 1987, p.132). O educador atua para ampliar a consciência do homem a partir dos elementos da cultura. Papel do professor na educação infantil Motricidade Afetividade Linguagem Sociabilidade Pensamento DCN (2013). Atividades Qual o papel do professor nos anos iniciais do ensino fundamental? LDB 9394/96: “Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão [...]”. DCN/2013: Alfabetização e letramento, no desenvolvimento das diversas formas de expressão e nos conhecimentos que constituem os componentes curriculares obrigatórios. Lei nº 11.274/2006: Ensino fundamental de nove anos. Papel do professor nos anos iniciais do ensino fundamental 4 Cury (2002), seja por razões políticas, seja por razões ligadas ao indivíduo, a educação foi tida historicamente como um canal de acesso aos bens sociais e à luta política e, como tal, também um caminho de emancipação do indivíduo. Papel do professor nos anos iniciais do ensino fundamental Assegurar aos estudante o acesso ao conhecimento e aos elementos da cultura imprescindíveis para a vida em sociedade e os benefícios de uma formação comum, independentemente da grande diversidade da população escolar.“ (BRASIL, 2010) Papel do professor nos anos iniciais do ensino fundamental . Promover ampliação dos saberes dos sujeitos. [...]criar situações que provoquem nos estudantes a necessidade e o desejo de pesquisar e experimentar situações de aprendizagem como conquista individual e coletiva, a partir do contexto particular e local, em elo com o geral e transnacional.” (BRASIL, 2010, p. 39). Vídeo Filme: O triunfo Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=ePnJwEUAIy4 Como o professor precisa atuar para promover as aprendizagens dos educandos? Papel do professor na ampliação dos saberes Pierre Bourdieu 1930-2002 A análise de como os indivíduos incorporam a estrutura social, legitimando-a e reproduzindo-a. Campo Habitus Capital cultural Vídeo Capital cultural – Bourdieu Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=Qlc6GBeCO50 5 Bourdieu (1999): A herança cultural interfere no sucesso inicial da criança na escola. As vantagens e desvantagens sociais são, progressivamente, convertidas em vantagens e desvantagens escolares. A cultura escolar é mais próxima da cultura da elite. Papel do professor na ampliação dos saberes [...]desenvolver em todos os membros da sociedade, sem distinção, a aptidão para práticas culturais que a sociedade considera como as mais nobres.” (BOURDIEU, 1999, p. 62). Papel do professor na ampliação dos saberes O grande desafio da escola é fazer com que sua função educativa assuma um caráter compensatório, isto é, atenda às diferenças de origem, oportunizando o acesso à cultura, provocando e facilitando a reconstrução dos conhecimentos, das disposições e das pautas de conduta que a criança assimila em sua vida paralela e anterior à escola.” (CARDOSO; LARA, p. 1318). Conforme Saviani (1980, p. 52), é preciso promover o homem, o que: Papel do professor na ampliação dos saberes [...] significa “torná-lo cada vez mais capaz de conhecer os elementos de sua situação a fim de poder intervir nela transformando-a no sentido da ampliação da liberdade, comunicação e colaboração entre os homens”. [...] dar à classe trabalhadora as condições necessárias ao entendimento da sociedade.” (CARDOSO; LARA, p. 1320) Atividade em sala Analisando o modelo de escola atual, quais os limites e possibilidades para a efetivação da prática renovadora? Estudo errado (Gabriel O Pensador) Eu tô aqui Pra quê? Será que é pra aprender? Ou será que é pra sentar, me acomodar e obedecer? Tô tentando passar de ano pro meu pai não me bater Sem recreio de saco cheio porque eu não fiz o dever A professora já tá de marcação porque sempre me pega Disfarçando espiando colando as prova dos colegas [...] Manhê! Tirei um dez na prova Me dei bem tirei um cem e eu quero ver quem me reprova Decorei toda lição Não errei nenhuma questão Não aprendi nada de bom Mas tirei dez (boa filhão!)Papel do professor na ampliação dos saberes Se ser professor é um desafio, por que eu escolhi essa profissão? 6 BOURDIEU, P. A. Escola Conservadora: as desigualdades frente à escola e à cultura. In NOGUEIRA, M. A.; CATANI, A. Escritos de Educação. 2 ed. Petrópolis: Vozes, 1999. BRASIL. Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96. Acesso em: 21 mar. 2017. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm. BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. 2010. Acesso em: 21 mar. 2017. Disponível em: http://ndi.ufsc.br/files/2012/02/Diretrizes-Curriculares-para-a-E-I.pdf. Brasil. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica. 2013. Acesso em: 21 mar. 2017. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option= com_docman&view=download&alias=15548 -d-c-n-educacao-basica-nova-pdf&Itemid= 30192 BRASIL. Lei 11. 274/2006 Referências CARDOSO, Maria Angélica; Ângela Maria de Barros. Sobre as funções sociais da escola. 2009. Disponível em: http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2009/anais/pdf/ 1929_1160.pdf. Acesso em: 17 abr. 2017. CURY, Carlos Roberto Jamil. A Educação Básica no Brasil. Educação e Sociedade, Campinas, vol. 23, n. 80, set. 2002. SAVIANI, D. Educação: do senso comum à consciência filosófica. São Paulo: Cortez Autores Associados, 1980. CARDOSO, Maria Angélica; LARA, Ângela Mara de Barros. Sobre as funções sociais da escola. Acesso em: 22 mar. 2017. Disponível em: http://www.pucpr.br/eventos/educere/ educere2009/anais/pdf/1929_1160.pdf . Referências
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