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Análise da LEP

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LEI Nº 7.210, DE 11 DE JULHO DE 1984. 
(COMENTADA)
DO OBJETO E DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL
1- A execução penal tem como objetivo cumprir o que estiver disposto nas sentenças ou decisões criminais além de proporcionar uma harmônica integração social do condenado e do internado.
O artigo 1o da LEP estabelece a finalidade da Lei de execuções penais, apontando que não só as sentenças serão cumpridas através da Lei 7.210/84, mas também as decisões criminais, além disso, aponta em sua parte final um outro objetivo da execução penal, que é proporcionar harmonicamente, a integração social do condenado ou do internado.
2- A jurisdição penal, tanto dos órgãos monocráticos quanto dos colegiados pertencentes à justiça comum, em todo o território nacional, obedecerá ao disposto na LEP e no código de Processo Penal.
Quando os presos provisórios e os condenados da justiça eleitoral ou militar, forem recolhidos a estabelecimento penal, sujeito a jurisdição comum, aplicar-se-á o que for previsto pela LEP.
O artigo 2o da LEP estabelece que a referida Lei, bem como o CPP, serão ambos obedecidos por órgãos da justiça comum, sendo aqueles órgãos monocráticos ou colegiados, e que, além disso, os presos provisórios ou condenados da justiça especial, se estiverem reclusos ou detidos em estabelecimentos penais, pertencentes à jurisdição comum, também terão a execução de suas prisões ou penas, regidas pela LEP. A súmula 192 do STJ aduz que é de competência do juiz das execuções do Estado, a execução das penas impostas a sentenciados pela Justiça Federal, Militar e Eleitoral, quando recolhidos a estabelecimentos penais sujeitos a administração estadual.
3- O condenado e o internado só serão privados dos direitos que forem atingidos pela sentença ou pela lei, não poderá haver qualquer distinção de natureza racial, social, religiosa ou política no cumprimento das penas.
O artigo 3o da LEP estabelece que os direitos dos condenados sejam preservados, como os das pessoas livres, salvo os direitos atingidos pela sentença ou pela Lei em virtude da condição excepcional dos apenados. O parágrafo único do referido artigo aduz que não haverá, na execução das penas, discriminação racial, social, religiosa ou política.
4- O Estado deverá utilizar-se do apoio da comunidade nas atividades de execução da pena e da medida de segurança.
O artigo 4o da LEP estabelece a importância do apoio da comunidade na execução das penas e das medidas de segurança, já que ele determina a cooperação da comunidade, não sendo facultativo ao Estado valer-se de tal auxílio, mas sim obrigatório. Tal importância funda-se na necessidade de reabilitar os condenados pela justiça, para que após o cumprimento de suas penas, possam ser re-inseridos na sociedade ao invés de voltarem à margem dela.
DO CONDENADO E DO INTERNADO
DA CLASSIFICAÇÃO
5- Os condenados serão classificados de acordo com seus antecedentes e sua personalidade, com o fim de orientar a individualização do cumprimento da pena.
O artigo 5o da LEP estabelece que os apenados não possam ser tratados com o mesmo rigor ou terem as mesmas regalias, para que seja definida a vertente da execução de cada um, eles deverão ser classificados. Inclusive o inciso XLVI do artigo 5o da C.F. estabelece que a Lei, no caso a LEP, regulará a individualização da pena.
6- A classificação será feita por comissão técnica de classificação que elaborará o programa individualizador da pena privativa de liberdade mais adequada ao condenado ou preso provisório.
O artigo 6o da LEP estabelece que a COMISSÃO TÉCNICA DE CLASSIFICAÇÃO, será competente para classificar o apenado com privação da liberdade ou preso provisório.
7-Existirá uma COMISSÃO TÉCNICA DE CLASSIFICAÇÃO em cada estabelecimento, sendo PRESIDIDA PELO DIRETOR e composta, no mínimo, por dois chefes de serviço, um psiquiatra, um psicólogo e um assistente social, em caso de condenado à pena privativa de liberdade. Nos demais tipos de pena a COMISSÃO TÉCNICA DE CLASSIFICAÇÃO, atuará junto ao juízo da execução e será integrada por fiscais do Serviço Social.
O artigo 7o da LEP estabelece a composição da COMISSÃO TÉCNICA DE CLASSIFICAÇÃO, e determina a existência de uma COMISSÃO em cada estabelecimento penal, diferenciando ainda a composição das COMISSÇÕES em se tratando de penas privativas de liberdade (diretor, dois chefes de serviço, um psiquiatra, um psicólogo e um assistente social um total de seis membros) ou outros tipos de pena (integrada por fiscais do serviço social).
8- O apenado com pena privativa de liberdade, em regime fechado, será submetido a exame criminológico para uma adequada classificação e consequentemente uma correta individualização da pena. Poderá também o condenado a pena privativa de liberdade, em regime semi-aberto, ser submetido ao mesmo exame.
O artigo 8o da LEP estabelece que o meio para a classificação do apenado com pena privativa de liberdade, em regime fechado ou semi-berto, será o exame criminológico, efetuado pela COMISSÃO.
9- A COMISSÃO no exame criminológico observada a ética, e instruída com peças ou informações do processo, poderá: 
-Entrevistar pessoas;
-Requisitar de repartições públicas ou estabelecimentos privados, dados ou informações a respeito do condenado;
-Realizar outras diligências ou exames necessários.
O artigo 9 o da LEP estabelece a forma do exame criminológico, de forma que em primeiro lugar deverá ser observada a ética para a realização do mesmo, em segundo lugar deverá a COMISSÃO TÉCNICA DE CLASSIFICAÇÃO, estar instruída com as peças ou informações do processo, podendo também, entrevistar pessoas, requisitar a órgãos públicos ou particulares dados ou informações do apenado e por fim realizar outras diligências ou exames necessários.
DA ASSISTÊNCIA
10- A assistência ao preso ou internado é dever do Estado, tendo como objetivo prevenir o crime bem como orientar o retorno à convivência em sociedade, estendo-se a assistência ao egresso.
O artigo 10 da LEP estabelece a obrigatoriedade do Estado em prestar assistência ao preso ou internado, a fim de prevenir a prática de novos delitos e nortear o seu retorno à convivência em sociedade. 
11- A assistência será do tipo material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa.
O artigo 11 da LEP estabelece as formas de assistência a que o Estado está obrigado para com o condenado. Busca o legislador neste artigo da referida lei, fornecer o amparo necessário ao apenado para o exercício da dignidade humana enquanto privado de sua liberdade de locomoção, e para um retorno verdadeiro ao seio da sociedade quando tiver cumprido sua pena, desta forma busca a LEP uma blindagem contra a natural possibilidade de vir, o condenado assim como o egresso, a cometer novos crimes.
		
12- A assistência material consiste em fornecimento de alimentos, vestuário e instalações higiênicas.
O artigo 12 da LEP estabelece a definição da assistência material devida a o condenado pelo Estado. A composição da assistência material será: alimentação; vestuário e instalações higiênicas.
13- O estabelecimento penal terá instalações e serviços que atendam as necessidades pessoais dos presos, além de locais para venda de produtos e objetos, permitidos pela administração, mas não fornecidos por ela.
O artigo 13 da LEP estabelece que os estabelecimentos penais tenham locais que prestem serviços e atendam as necessidades pessoais dos presos, além de locais em que sejam vendidos produtos e objetos que sejam permitidos pela administração, porém não sejam fornecidos por elas.
14- A assistência à saúde compreenderá não somente o caráter curativo, mas também o preventivo. Será composta á assistência à saúde de: atendimento médico; farmacêutico e odontológico.
Quando o estabelecimento não estiver aparelhado para prover a assistência médica, esta será provida em outro local, com a autorização da direção do estabelecimento penal.
A mulher terá acompanhamentomédico tanto no pré-natal como no pós-parto, sendo tal tratamento extensivo ao recém nascido.
O artigo 14 da LEP estabelece a definição de assistência à saúde, determinando que o preso não seja somente assistido em caráter curativo, mas também em caráter preventivo, bem como amplia o conceito de assistência à saúde, abrangendo, além do atendimento médico, os atendimentos farmacêutico e odontológico. 
O parágrafo 2o do artigo 14 da LEP estabelece a necessidade, por falta de aparelhamento do estabelecimento penal, de ser prestada a assistência à saúde em outro local, mediante autorização da direção do estabelecimento, o que ocorrerá por meio da permissão de saída, conforme previsto no artigo 120 da LEP.
O parágrafo 3 o do artigo 14 da LEP estabelece que a mulher terá assegurado o acompanhamento médico, pré-natal e pós-parto, atendimento esse extensivo ao recém nascido.
15- A assistência jurídica é destinada aos presos e aos internados sem condições financeiras para constituir advogado.
O artigo 15 da LEP estabelece a destinação da assistência jurídica gratuita, determinando como destinatários do benefício assistencial, os presos ou internados sem recursos financeiros para constituir advogado.
16- Os Estados deverão ter serviços de assistência jurídica nos estabelecimentos penais.
O artigo 16 da LEP estabelece que os Estados devam ter em seus estabelecimentos penais, a assistência jurídica, a fim de facilitar o acesso a justiça pelos apenados. Além disso, o direito a assistência jurídica gratuita, aos hipossuficientes é previsto na C.F..
17- A assistência educacional será composta tanto da instrução escolar como da formação profissional dada ao preso e ao internado. 
O artigo 17 da LEP estabelece a composição da assistência educacional, englobando tanto a instrução educacional como a formação profissional, para que o preso durante a execução de sua pena, possa desenvolver-se educacionalmente, a fim de que ao final do cumprimento da sanção que lhe tenha sido imposta, possa contar com um aumento em seu nível educacional, elevando-o assim em sua vida social.
18- O ensino fundamental será obrigatório, integrando-se no sistema escolar da unidade federativa onde se localiza o estabelecimento penal.
O artigo 18 da LEP estabelece a obrigatoriedade do ensino fundamental aos presos ou internados, devendo integrar-se ao sistema escolar da unidade federativa onde se localizar o sistema prisional. O Estado é obrigado a fornecer o ensino fundamental aos presos e internados, bem como estes são obrigados a cursarem o ensino fundamental nos estabelecimentos penais.
19- O ensino profissional será ministrado em nível de iniciação ou de aperfeiçoamento técnico.
A mulher condenada terá ensino profissional adequado a sua condição.
O artigo 19 da LEP estabelece a forma em que será ministrado o ensino profissional, podendo ser de iniciação ou aperfeiçoamento técnico, dependendo do grau de instrução de quem seja o destinatário do ensino. A mulher terá ensino profissional adequado à sua condição, tendo em vista que uma profissionalização em área de trabalho, que seja determinante o emprego de grande força física, seria contradição, já que de nada adiantaria para a mulher ser qualificada em uma profissão em que ser homem, por conta de força física é precípuo.
20- As atividades educacionais podem ser objeto de convênio com entidades públicas ou particulares, que instalem escolas ou ofereçam cursos especializados.
O artigo 20 da LEP estabelece que as atividades educacionais, poderão ser oferecidas por entidades particulares ou públicas de ensino, ou ensino profissionalizante, que possuam convênio com o poder público para o exercício regular de instrução educacional de presos ou internados.
21- E atendimento as condições locais, será instalada em todos os estabelecimentos penais, uma biblioteca, para uso de todas as categorias de reclusos, provida de livros instrutivos, recreativos e didáticos.
O artigo 21 da LEP estabelece a instalação de bibliotecas nos estabelecimentos penais, a fim de dar acesso a todas as categorias (classificações) de reclusos, a livros instrutivos, recreativos e didáticos. 
 
22- A assistência social objetivará o amparo ao preso e ao internado, além de prepará-los para o retorno a liberdade.
O artigo 22 da LEP estabelece a finalidade da assistência social, determinando não só o amparo durante o a execução da pena privativa de liberdade, bem como o preparo para o retorno a vida em sociedade.
23- É de competência do serviço de assistência social:
- conhecer o resultado dos diagnósticos e exames;
- relatar por escrito ao diretor do estabelecimento as dificuldades e problemas enfrentadas pelo assistido;
- acompanhar os resultados das permissões de saída e das saídas temporárias;
- promover a recreação nos estabelecimentos através dos meios disponíveis;
- promover a orientação do assistido, na fase final do cumprimento de pena, e do liberando, de maneira que facilite o seu retorno à liberdade;
- providenciar a obtenção de documentos, dos benefícios previdenciários e do seguro por acidente de trabalho;
- orientar quando necessário a família do preso, do internado e da vítima. 
 
O artigo 23 da LEP estabelece as incumbências do serviço social nos estabelecimentos penais, elencando-as através de seus incisos, são elas:
-conhecer o estado de saúde do apenado através de exames e diagnósticos médicos; 
- informar ao diretor do estabelecimento penal, através de relatório escrito, as dificuldades e os problemas enfrentados pelo apenado;
- acompanhar os resultados das autorizações de saída e das saídas temporárias;
- promover a recreação dentro dos estabelecimentos, através dos meios disponíveis;
- Orientar o assistido na fase final do cumprimento da pena, e do que estiver sendo posto em liberdade, de maneira a facilitar o seu retorno à liberdade;
- Providenciar, quando for o caso, documentos previdenciários e de acidente de trabalho; 
- Dar orientação à família do preso, do internado e da vítima, sempre que necessário.
24- A assistência religiosa será prestada aos presos e aos internados, preservando-lhes a liberdade de culto, permitindo-se a participação nos serviços religiosos organizados no estabelecimento penal, bem como a posse de livros de instrução religiosa.
Haverá local apropriado dentro do estabelecimento penal para a realização dos cultos religiosos.
Nenhum preso ou internado será obrigado a participar de atividade religiosa. 
O artigo 24 da LEP e seus parágrafos definem a assistência religiosa, a posse de livros por parte dos presos e internados, bem como a instalação de locais de culto nos estabelecimentos penais e a preservação da liberdade religiosa dos presos e internados.
25- A assistência ao egresso consiste:
- na orientação e apoio para reintegrá-lo à vida em liberdade;
- na concessão, quando necessário, de alojamento e alimentação, em estabelecimento adequado, pelo prazo de 2 meses.
- O prazo referido acima, poderá ser prorrogado uma única vez, se for comprovado, por declaração do assistente social, o empenho na obtenção de emprego.
O artigo 25 da LEP estabelece a assistência ao egresso, de forma que, a ele será dado o devido apoio para reintegrá-lo a vida em liberdade, será concedido alojamento e alimentação, em estabelecimento adequado, por até dois meses, podendo ser prorrogado uma única vez, se comprovado por declaração do assistente social, o empenho do egresso para conseguir um emprego.
26- Considera-se egresso para os efeitos desta Lei, o liberado definitivo, durante um ano após a saída do estabelecimento e o liberado condicional durante o período de prova.
O artigo 26 estabelece a definição de egresso, determinando que será assim considerado aquele que tiver sido liberado definitivamente, durante o período de um ano após a liberação pelo estabelecimento, e, o liberado condicional, durante o períodode prova. 
27- O serviço de assistência social colaborará com o egresso para a obtenção de trabalho.
O artigo 27 estabelece que o serviço social do estabelecimento prisional colaborará com o egresso na obtenção de emprego, de forma que isto aponta a solidariedade do Estado na reinserção do egresso.
DO TRABALHO
ART. 39, C. P.: “O trabalho do preso será sempre remunerado, sendo-lhe garantidos os benefícios da Previdência Social.”.
28- O trabalho do condenado, como dever social e condição de dignidade humana, características de todo trabalho, terá finalidade educativa e produtiva.
Aplicam-se à organização e aos métodos de trabalho as precauções relativas à segurança e à higiene.
O trabalho do preso não está sujeito ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho
O artigo 28 da LEP e seus parágrafos estabelece a finalidade do trabalho do condenado. Apontando o trabalho como um dever social, e condição de dignidade humana, demonstra o referido artigo, que a finalidade precípua do trabalho do condenado é educá-lo em relação ao labor, tendo também a intenção de transformar o preso ou internado em pessoa produtiva. Além disso, os parágrafos do referido artigo determinam que ao trabalho do condenado, deverá ser aplicado os métodos e as precauções de segurança e higiene. Também observa o último parágrafo do referido artigo que o trabalho dos condenados não estará sujeito a CLT.
 
29- O trabalho do preso será remunerado, mediante prévia tabela, não podendo ser inferior a três quartos do salário mínimo.
O produto da remuneração pelo trabalho deverá atender:
- a indenização pelos danos causados em virtude do crime, desde que determinados judicialmente e não reparados por outros meios;
- à assistência a família;
- a pequenas despesas pessoais;
- ao ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a manutenção do condenado, em proporção a ser fixada e sem prejuízo da destinação prevista nas anteriores.
- Ressalvadas outras aplicações legais, será depositada a parte restante para constituição do pecúlio, em cadernetas de poupança, que será entregue ao condenado quando posto em liberdade.
O artigo 29 da LEP estabelece a remuneração pelo trabalho do preso, bem como sua destinação, apontando que o trabalho do preso será remunerado mediante tabela prévia, não podendo ser inferior a três quartos do salário mínimo, o produto desta remuneração deverá atender na seguinte ordem: 
- Indenização pelos danos causados em virtude do crime praticado, desde que determinados judicialmente e não reparados por outros meios;
- Assistência à família;
-Pequenas despesas pessoais;
-Ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a manutenção do condenado, em proporção a ser fixada sem prejuízo da destinação prevista nas letras anteriores;
Sem prejuízo de outras aplicações legais, será depositado o restante para constituição de pecúlio, em caderneta de poupança, que será entregue ao condenado quando posto em liberdade. 
30- As tarefas prestadas como serviços prestados a comunidade, não serão remuneradas.
O artigo 30 da LEP estabelece que em virtude dos serviços prestados a comunidade terem um caráter punitivo, não serão remunerados, pois não poderia haver retribuição pecuniária por cumprimento de pena.
31- Quando condenado a penas privativas de liberdade, o trabalho será obrigado ao apenado, respeitadas suas aptidões e capacidade.
O preso provisório não está obrigado ao trabalho, e com sua anuência, somente poderá ser executado dentro do estabelecimento penal.
O artigo 31 da LEP e seu parágrafo único, estabelecem que o trabalho será obrigatório aos condenados à pena privativa de liberdade, e que se o preso provisório aceitar trabalhar, só o fará dentro do estabelecimento.
32- Na atribuição do trabalho deverão ser levadas em conta a habilitação, a condição pessoal e as necessidades futuras do preso, bem como as oportunidades presentes no mercado.
Deverá ser limitado tanto quanto possível, a produção de artesanato sem expressão econômica, salvo nas regiões turísticas.
Os maiores de 60 anos PODERÃO solicitar ocupação adequada à sua idade.
Os doentes ou deficientes físicos só exercerão atividades de acordo com seu estado.
O artigo 32 da LEP e seus parágrafos, estabelecem que o trabalho não será arbitrado sem os cuidados necessários no que tange às habilidades profissionais de cada apenado. O artesanato será evitado, em face da baixa rentabilidade, salvo em locais turísticos. Os idosos poderão requerer atividades adequadas a sua idade. Os doentes e os deficientes físicos só realizarão atividades apropriadas ao seu estado.
33- A jornada normal de trabalho não será inferior a seis nem superior a oito horas, com descanso aos domingos e feriados.
Poderá ser atribuído horário especial para o trabalho dos presos que cuidam da manutenção do estabelecimento penal.
O artigo 33 da LEP e seu parágrafo único estabelecem a jornada de trabalho dos condenados, definindo o mínimo como seis horas e o máximo como oito horas, prevendo ainda a possibilidade de um horário especial de trabalho, para os presos que cuidam da manutenção do estabelecimento penal.
34- O trabalho poderá ser gerenciado por fundação, ou empresa pública, com autonomia administrativa, e terá por objetivo a formação profissional do condenado.
Nessa hipótese, caberá à entidade gerenciadora promover e supervisionar a produção, com critérios e métodos empresariais, encarregar-se da comercialização dos produtos, bem como suportar despesas, inclusive o pagamento de remuneração adequada.
As três esferas governamentais poderão celebrar convênios com a iniciativa privada, para a implantação de oficinas de trabalho referentes a setores de apoio dos presídios.
O artigo 34 da LEP e seus parágrafos estabelecem o gerenciamento do trabalho dos presos, e da venda da produção obtida com ele. Poderá ser gerenciada por fundação ou empresa pública, se for por empresa, caberá a esta promover e supervisionar a produção, utilizando métodos e critérios empresariais, comercializar, arcar com despesas, inclusive o pagamento da remuneração adequada aos presos. Todas as esferas de governo podem celebrar convênio com a iniciativa privada, para a instalação de oficinas de trabalho referentes a setores de apoio aos presídios.
35- Os órgãos da administração pública direta e indireta, da União e de todos os entes federados, adquirirão sem concorrência pública, os bens ou produtos do trabalho prisional. SEMPRE QUE NÃO FOR POSSÍVEL OU RECOMENDÁVEL REALIZAR-SE A VENDA À PARTICULARES.
Toda a importância arrecadada com a venda será revertida em favor da fundação ou da empresa pública, ou do estabelecimento penal se não houver fundações ou empresas.
O artigo 35 da LEP e seu parágrafo único estabelecem que os órgãos da administração direta e indireta, comprarão os produtos produzidos pelos presos, quando não for viável vende-los para particulares, isto evita problemas com a sociedade, e garante a venda da produção. Além disso, o parágrafo único determina a destinação da renda obtida com a venda, que será feita a fundação, a empresa ou o estabelecimento penal na falta das anteriores.
36- O trabalho externo será admissível aos presos em regime fechado, apenas em serviço ou obras públicas realizadas por órgãos da administração direta ou indireta, ou entidades privadas, desde que tomadas as cautelas contra a fuga e em favor da disciplina.
O limite máximo de presos em uma obra ou serviço será de 10 % do total de empregados.
Caberá ao órgão da administração a entidade ou a empresa empreiteira, a remuneração devida por este trabalho.
A prestação de trabalho a entidade privada depende do consentimento expresso do preso.
 
O artigo 36 da LEP e seus parágrafos tratam do trabalho externo do preso em regime fechado, bem como da remuneração deste trabalho. Somente será admissível ao preso em regime fechado o trabalho externo, quando o serviço forexecutado por órgão da administração direta ou indireta, ou por entidades privadas, se observados os cuidados contra fuga e em favor da disciplina. O limite de presos trabalhando em serviços ou obras será de dez por cento do total de empregados. A remuneração devida pelo trabalho do preso, será de responsabilidade de órgão da administração, da entidade ou da empresa empreiteira. A prestação de trabalho a entidade privada depende de expressa concordância do preso.
37- A prestação de trabalho externo deverá ser autorizada pela direção do estabelecimento penal e, dependerá de aptidão, disciplina e responsabilidade, além de cumprimento de 1/6 da pena (em regime fechado - súmula 40 do STJ).
Será revogada a autorização ao trabalho externo concedida a preso que vier a praticar fato definido como crime, for punido por falta grave, ou tiver comportamento contrário aos requisitos estabelecidos neste artigo.
O artigo 37 da LEP e seu parágrafo único estabelecem os requisitos para a concessão de autorização de trabalho externo ao preso, e as atitudes que cominarão com a revogação do benefício concedido. Deverá existir autorização da direção do estabelecimento, aptidão para o trabalho, disciplina e responsabilidade, e o cumprimento de no mínimo 1/6 da pena em regime fechado. Se for praticado, pelo preso, fato criminoso, se ele for punido por falta grave, ou comportar-se de forma contrária aos requisitos elencados neste artigo, o benefício de trabalho externo será revogado.
DOS DEVERES, DOS DIREITOS E DA DISCIPLINA
38- Cumpre ao condenado, além das obrigações legais inerentes ao seu estado, submeter-se às normas de execução da pena.
O artigo 38 da LEP estabelece, de maneira genérica as obrigações do condenado, definindo que seu estado por si só já lhe atribui obrigações legais, e que ainda deverá, o condenado, submeter-se às normas de execução da pena.
39- São deveres do condenado: 
- comportamento disciplinado e cumprimento fiel da sentença;
- obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se;
- urbanidade e respeito no trato com os demais condenados;
- conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de fuga ou de subversão à ordem ou à disciplina;
- execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas;
- submissão à sanção disciplinar imposta;
- indenização a vítima ou aos seus sucessores;
- indenização ao Estado, quando possível, das despesas realizadas com a sua manutenção, mediante desconto proporcional da remuneração do trabalho;
- higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento;
- conservação dos objetos de uso pessoal.
Aplicar-se-á ao preso provisório no que couber, o disposto neste artigo.
O artigo 39 da LEP e seus incisos estabelecem os deveres do condenado, indicando, no que couber, a aplicação deles ao preso provisório. O condenado deverá ter um comportamento disciplinado, deverá cumprir fielmente a sentença. Deverá obediência ao servidor e respeito a qualquer um com quem relacionar-se. Deverá ter urbanidade e respeito com os demais condenados. Deverá ter uma conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de fuga ou de subversão a ordem ou a disciplina. Deverá executar as ordens, trabalhos e tarefas recebidas. Deverá submeter-se as sanções disciplinares, deverá indenizar a vítima ou seus sucessores e no caso de já ter vindo a óbito, seus herdeiros indenizarão no limite do que herdarem (Art. 5o, XLV da C.F.). Deverá indenizar o Estado, quando possível, das despesas realizadas com a sua manutenção, mediante desconto proporcional da remuneração do trabalho. Deverá ser higiênico e ter asseio com sua cela ou alojamento. Deverá conservar os objetos de uso pessoal. O que couber, deste artigo, será aplicado ao preso provisório.
40- Todas as autoridades devem respeitar a integridade física e moral dos condenados e dos presos provisórios.
O artigo 40 da LEP estabelece a proibição de tratamento desumano, cruel ou degradante, tortura física ou psicológica, e ofensa à integridade física do preso, tal artigo da referida lei vem reforçar o já estabelecido no Art. 5º, III e XLIX C.F., e o Art. 1º da Lei 9.455(LEI DE TORTURA).
41- São direitos do preso:
- alimentação suficiente e vestuário;
- atribuição de trabalho e sua remuneração;
- previdência social;
- proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recreação;
- exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e desportivas anteriores, desde que compatíveis com a execução da pena;
- assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa;
- proteção contra qualquer forma de sensacionalismo;
- entrevista pessoal e reservada com advogado;
- visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados;
- chamamento nominal;
- igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da individualização da pena;
- audiência especial com o diretor do estabelecimento;
- representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito;
- contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes;
- atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena da responsabilidade de autoridade judiciária competente.
O direito à proporcionalidade na divisão entre trabalho, descanso e recreação. A visita do cônjuge, companheiro, familiares e amigos. Correspondência, leitura e outros meios de informação, poderão ser suspensos ou restringidos, mediante ato motivado do diretor do estabelecimento.
O artigo 41 da LEP e seu parágrafo único estabelecem os direitos do preso, bem como aponta a possibilidade de suspensão ou restrição, através de ato motivado do diretor do estabelecimento. 
A administração pública deverá ao preso alimentação e vestuário. Um trabalho e remuneração por ele. Previdência Social. Constituição de pecúlio. Divisão proporcional entre o tempo de trabalho, descanso e recreação. Exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e desportivas que eram desenvolvidas anteriormente, desde que sejam compatíveis com a execução da pena. Assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa. Proteção contra qualquer forma de sensacionalismo (artigo 5º, X, direito a imagem e a intimidade). Entrevista pessoal e reservada com o advogado (os presos em RDD deverão ter estas entrevistas agendadas previamente). Visita do cônjuge e da companheira, de parentes e amigos, em dias determinados. Ser chamado pelo nome no estabelecimento penal. Ter tratamento igualitário, respeitadas as exigências da individualização da pena. Audiência especial com o diretor do estabelecimento. Representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito. Contato com o exterior através de correspondência, leitura, ou outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes (os presos, provisórios ou condenados, em RDD, poderão ter restrito seu direito de comunicação e informação). Atestado de pena a cumprir, emitido anualmente sob pena de responsabilidade da autoridade competente. Poderão ser restritos por ato motivado do diretor do estabelecimento penal, em razão de sanção disciplinar, o direito a divisão proporcional do tempo, entre trabalho, descanso e recreação. O direito a visita de cônjuge e companheiros, familiares e amigos. O direito informação e a comunicação. 
42- Aplica-se ao preso provisório e ao submetido à medida de segurança, no que couber, o disposto nesta Seção.
O artigo 42 da LEP estabelece a aplicação dos direitos do preso, no que couber, ao preso provisório e ao submetido à medida de segurança.
43- É garantida a liberdade de contratar médico de confiança pessoal do internado ou do submetido a tratamento ambulatorial, por seus familiares ou dependentes, a fim de orientar e acompanhar o tratamento.
As divergências ocorridas entre o médico particular e o oficial,serão resolvidas pelo juiz da execução.
O artigo 43 da LEP e seu parágrafo único estabelecem a possibilidade de ser contratado médico particular, de confiança pessoal da família do internado, ou do submetido a tratamento ambulatorial, para orientar e acompanhar o tratamento, bem como fixam competência ao juiz da execução para resolver as divergências entre o médico contratado e o médico oficial.
44- A disciplina consiste na colaboração com a ordem, a obediência às determinações das autoridades e a seus agentes e no desempenho do trabalho.
Estão sujeitos à disciplina o condenado à pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos e o preso provisório.
O artigo 44 da LEP e seu parágrafo único estabelecem a definição de disciplina, bem como apontam os que a ela estão sujeitos. Colaborar com a ordem, cumprir as determinações da autoridade e de seus agentes, e trabalhar. Os sujeitos à disciplina são o condenado a pena privativa de liberdade e a restritiva de direito e o preso provisório.
 
45- Não haverá falta nem sanção disciplinar sem expressa e anterior previsão legal ou regulamentar. 
As sanções não poderão colocar em perigo a integridade física e moral do condenado.
É vedado o emprego de cela escura.
São vedadas as sanções coletivas.
O artigo 45 da LEP e seus parágrafos estabelecem a necessidade da previsão legal ou regulamentar, anterior ao ato praticado, para que possa ser enquadrado tal ato como falta disciplinar ou para que possa existir sanção disciplinar, bem como determinam que as sanções não poderão colocar em risco a integridade física e moral do condenado, proíbem a utilização de cela escura, e proíbe as sanções coletivas.
46- O condenado ou denunciado no início da execução da pena ou da prisão, será cientificado das normas disciplinares.
O artigo 46 da LEP estabelece que o condenado ou o denunciado que seja preso provisoriamente, deverá ser informado das normas disciplinares.
47- O poder disciplinar, na execução da pena privativa de liberdade, será exercido pela autoridade administrativa conforme as disposições regulamentares.
 O artigo 47 da LEP estabelece a competência da autoridade administrativa, diretor do estabelecimento, para exercer o poder disciplinar sobre os condenados a penas privativas de liberdade, dentro das disposições regulamentares.
48- Na execução das penas restritivas de direitos, o poder disciplinar será exercido pela autoridade administrativa a que estiver sujeito o condenado.
Nas faltas graves, a autoridade representará ao juiz da execução para os fins dos arts. 118, I, 125, 127, 181, parágrafos 1º, d e 2º desta lei.
O artigo 48 da LEP estabelece a competência da autoridade administrativa a que estiver sujeito o condenado, a pena restritiva de direitos, para exercer o poder disciplinar, devendo a autoridade representar ao juiz da execução, para que, dependendo da situação, haja regressão de regime ou suspensão de benefícios e regalias.
49- As faltas disciplinares se dividem em leves, médias e graves, as leves e médias serão estabelecidas pela legislação local, bem como as sanções a elas correspondentes.
Pune-se a tentativa com a sanção correspondente a falta, quando consumada.
O artigo 49 da LEP e seu parágrafo único estabelecem a classificação das faltas disciplinares em leves, médias e graves, apontando a competência da legislação local para estabelecer as faltas leves e médias, bem como as respectivas sanções impostas a elas. Determinando ainda a punição da tentativa com a sanção correspondente a falta consumada.
50- Comete falta grave o condenado a pena privativa de liberdade que:
- incitar ou participar de movimento para subverter a ordem e a disciplina;
- fugir;
- possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem;
- provocar acidente de trabalho;
- descumprir, no regime aberto, as condições impostas;
- inobservar os deveres II e V previstos no artigo 39 desta lei;
- tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo;
- O disposto neste artigo aplica-se no que couber ao preso provisório.
O artigo 50, seus incisos e seu parágrafo único da LEP estabelecem as faltas graves, previstas para os condenados a penas privativas de liberdade. São consideradas faltas graves:
- A incitação e a participação em movimento que perturbe a ordem ou a disciplina. O preso ou internado que participar de qualquer movimento que perturbe a ordem ou a disciplina, estará cometendo falta grave;
- A fuga. O preso ou internado que praticar ato de fuga, estará cometendo falta grave;
- Possuir sem autorização instrumento que possa ofender a integridade física de outrem. O preso ou o internado que possuir sem autorização, instrumento que ofenda a integridade física de outrem cometerá falta grave;
- Provocar acidente de trabalho. O preso ou internado que intencionalmente provocar acidente de trabalho, cometerá falta grave, cabe ressaltar que o verbo provocar estabelece a necessidade da existência de intenção em causar o acidente, o acidente ocorrido sem a provocação do condenado nele envolvido, não poderá ser tido como falta disciplinar grave.
- Descumprir no regime aberto, as condições impostas. O preso ou internado que deixar de cumprir as condições que lhe foram impostas para a concessão de progressão de regime, cometerá falta disciplinar grave.
- Inobservar o dever de obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se (Inciso II, artigo 39 LEP), também inobservar o dever de trabalhar e cumprir ordens e tarefas que lhe forem dadas. O preso ou internado que deixar de observar os deveres anteriormente referidos, cometerá falta grave.
- Possuir, usar ou fornecer, aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo. O preso ou condenado que tiver consigo, usar mesmo que sendo de outra pessoa, ou fornecer a outro preso, aparelho telefônico ou rádio que permita comunicação com outros presos, ou com o mundo exterior, cometerá falta grave.
51- Comete falta grave o condenado a pena restritiva de direitos que:
- descumprir, injustificadamente, a restrição imposta;
- retardar, injustificadamente, o cumprimento da obrigação;
- inobservar os deveres II e V, do artigo 39, desta Lei.
O artigo 51 da LEP e seus incisos, estabelecem as faltas grave cometidas pelos condenados a penas restritivas de direitos. São faltas graves cometidas pelos condenados a pena restritiva de direito:
- Descumprir sem justificativa a restrição de direito que lhe foi imposta como pena. O condenado a pena restritiva de direitos que deixar, sem justificativa, de cumprir a pena que lhe foi imposta, cometerá falta grave. 
- Retardar sem justificativa a restrição de direito que lhe foi imposta como pena. O condenado que sem justificativa, retardar a pena restritiva de direito que lhe foi imposta, cometerá falta grave.
- Inobservar o dever de obediência a servidor e, respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se (Inciso II, artigo 39 LEP), também inobservar o dever de trabalhar e cumprir ordens e tarefas que lhe forem dadas (Inciso V, artigo 39 LEP). O preso ou internado que deixar de observar os deveres anteriormente referidos, cometerá falta grave.
52- A prática de fato definido como crime doloso, constitui falta grave, e quando subverta a ordem ou a disciplina interna, sujeita o condenado, ou o preso provisório, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado (RDD), com as seguintes características:
- duração máxima de 360 dias, sem prejuízo da repetição da sanção por nova falta grave da mesma espécie, até o limite de 1/6 da pena aplicada;
- recolhimento em cela individual; 
- visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crianças, com duração de duas horas;
- o preso terá direito a saída da cela,durante duas horas por dia.
O regime disciplinar diferenciado, também poderá abrigar presos provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros, que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade.
Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar diferenciado o preso provisório ou o condenado sobre o qual recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organizações criminosas, quadrilha ou bando.
O artigo 52, seus incisos e parágrafos estabelecem a inclusão no R.D.D., a sanção à fato definido como crime doloso, que venha a perturbar a ordem ou a disciplina internas, sem prejuízo da sanção penal, por até 360 dias, podendo ser punido novamente em virtude de nova falta disciplinar da mesma espécie, até um limite de 1/6 da pena aplicada, recolhimento em cela individual, visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crianças, com duração de 2 horas, direito a banho de sol por duas horas diárias.
O R.D.D. poderá ser aplicado, além de em caráter punitivo, também em caráter preventivo, aos condenados e presos provisórios, nacionais ou estrangeiros, que representem alto risco para a segurança e a ordem do estabelecimento penal ou da sociedade.
Estará sujeito ao R.D.D., o preso provisório ou o condenado, sobre o qual recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organizações criminosas, quadrilha ou bando.
53- Constituem sanções disciplinares:
- advertência verbal;
- repreensão
- suspensão ou restrição de direitos ( artigo 41, par. Único)
- Isolamento na própria cela, ou em local adequado, nos estabelecimentos que possuam alojamento coletivo, observado o disposto no art. 88 desta lei;
- Inclusão no regime disciplinar diferenciado.
 
O artigo 53 e seus incisos estabelecem as sanções disciplinares por faltas graves, leves e médias. Apesar de estar previsto no artigo 49 desta LEI que as faltas médias e leves serão estabelecidas pela legislação local, veremos no parágrafo único do artigo 57 que só serão aplicadas às faltas graves as sanções previstas nos incisos III, IV e V do artigo 53, deixando as previstas nos incisos I e II para aplicação em caso de faltas leves e médias. São punições:
- A advertência verbal, sendo esta a mais branda das punições disciplinares;
- A repreensão;
- Suspensão ou restrição de direitos, porém não qualquer direito, mas sim os previstos nos incisos V, X e XV, a saber: divisão proporcional do tempo entre trabalho, descanso e recreação; visita do cônjuge ou companheira, familiares e amigos em dias determinados; correspondência e informação do mundo exterior.
- Isolamento na própria cela, ou em local adequado quando o estabelecimento possuir alojamento coletivo, devendo conter dormitório, aparelho sanitário e lavatório a cela ou o local do isolamento.
- Inclusão no regime disciplinar diferenciado, verifica-se aqui, por lógica, o caráter repressivo do R.D.D..
54- As sanções previstas nos incisos de I à IV do artigo anterior serão aplicadas por ato fundamentado do diretor do estabelecimento penal, já a do inciso V, por prévio e fundamentado despacho do juiz competente. 
A autorização para a inclusão do preso em regime disciplinar diferenciado, dependerá de requerimento circunstanciado elaborado pelo diretor do estabelecimento ou outra autoridade administrativa.
A decisão judicial sobre a inclusão do preso em R.D.D. será precedida de manifestação tanto do M. P. quanto da defesa, e será prolatada em dez dias.
O artigo 54 e seus parágrafos estabelecem a forma de aplicação das sanções disciplinares, diferenciando as previstas nos quatro primeiros incisos do artigo 53, da prevista em seu inciso V, determinando que nesta última seja o ato baseado em despacho do juiz competente, e as anteriormente citadas, por ato motivado do diretor do estabelecimento penal. Também apontam que a autorização para incluir o preso no R.D.D. estará condicionada, se for caso de sanção disciplinar, a requerimento circunstanciado do diretor do estabelecimento, ou da autoridade administrativa. Informam ainda que o Ministério Público e a defesa deverão manifestar-se antes da prolatação da decisão de inclusão do preso em R.D.D., que será expedida em 15 dias.
55- As recompensas têm em foco, o reconhecimento do bom comportamento do condenado, de sua colaboração com a disciplina e de sua dedicação ao trabalho.
O artigo 55 da LEP estabelece o objetivo das recompensas previstas na LEI, em favor do condenado.
56- São recompensas;
- o elogio;
- a concessão de regalias;
A legislação local e os regulamentos estabelecerão a natureza e a forma de concessão de regalias.
O artigo 56 da LEP, seus incisos e seu parágrafo único estabelecem o conceito de recompensa na visão da Lei de execuções penais, sendo o elogio uma recompensa, assim como, a concessão de regalias, que serão definidas pela legislação local e pelos regulamentos.
57- Na aplicação das sanções disciplinares, serão levadas em conta a natureza, os motivos, as circunstâncias e as consequências do fato, bem como a personalidade do condenado faltoso e o seu tempo de prisão.
Nas faltas graves aplicam-se as sanções previstas nos incisos III à V do artigo 53 desta lei.
O artigo 57 da LEP e seu parágrafo único estabelecem os parâmetros a serem considerados no momento da aplicação das sanções disciplinares, devendo-se levar em conta a natureza, os motivos, as circunstâncias e as consequências do fato tipificado como falta disciplinar. Apontando ainda as sanções aplicáveis a falta grave, sendo elas: suspensão ou restrição de direitos (perda da divisão proporcional do tempo entre trabalho, descanso e recreação, perda das visitas de cônjuges ou companheiros, familiares e amigos), isolamento e inclusão no R.D.D.. 
58- O isolamento, a suspensão ou a restrição de direitos não poderão exceder a trinta dias, a não ser na hipótese de regime disciplinar diferenciado.
O isolamento será sempre comunicado ao juiz da execução.
O artigo 58 da LEP estabelece o limite de tempo para a aplicação das sanções a faltas graves que serão motivadas por ato do diretor do estabelecimento (restrição ou suspensão de direitos e isolamento), definindo como tempo máximo 30 dias, fazendo ressalva em caso de estar incluso o preso em R.D.D., quando poderá nele permanecer por até 360 dias.
59- Praticada a falta disciplinar, deverá ser instaurado o procedimento para sua apuração, conforme regulamento sendo assegurado ao condenado o direito de defesa.
A decisão que for prolatada ao fim deste procedimento será motivada.
O artigo 59 da LEP estabelece o procedimento administrativo como instrumento pelo qual será apurado o cometimento de falta disciplinar dentro dos estabelecimentos penais, sendo assegurado o direito de defesa. Tal artigo vem cumprir o comando emanado do princípio constitucional do devido processo legal. Aponta ainda a necessidade da motivação na decisão, pois os atos administrativos deverão ser motivados.
60- A autoridade administrativa poderá decretar o isolamento preventivo do faltoso pelo prazo de até 10 dias. A inclusão do preso no R.D.D., no interesse da disciplina e da averiguação do fato, dependerá de despacho do juiz competente.
O tempo de isolamento preventivo ou inclusão preventiva do preso no regime disciplinar diferenciado será computado, no período de cumprimento da sanção disciplinar.
 
O artigo 60 da LEP e seu parágrafo único estabelecem o período máximo de 10 dias, pelo qual o condenado faltoso poderá ser isolado preventivamente. Que a inclusão no R.D.D. também de maneira preventiva, só poderá ocorrer dependendo de despacho do juiz competente para tal. E que o tempo de isolamento preventivo, ou de inclusão preventiva no R.D.D., será abatido na SANÇÃO imposta ao faltoso. Tem-se aqui uma espécie de detração da SANÇÃO disciplinar, assim como ocorre na detração penal. 
DOS ÓRGÃOS DA EXECUÇÃO PENAL
DISPOSIÇÕESGERAIS
61- São órgãos da execução penal:
- O CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CRIMINAL E PENITENCIÁRIA;
- O juízo da execução;
- O ministério Público;
- O Conselho Penitenciário;
- Os Departamentos Penitenciários;
- O Patronato;
- O Conselho da Comunidade.
DO CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CRIMINAL E PENITENCIÁRIA
62- O conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, com sede na capital da República, é subordinado ao Ministério da Justiça.
O artigo 62 da LEP estabelece a localização e a subordinação dada ao CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CRIMINAL E PENITENCIÁRIA. Será localizado na capital da República e subordinado ao Ministério da Justiça.
63- O conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária será composto de 13 membros designados através de atos do Ministério da Justiça, dentre professores e profissionais da área do Direito Penal, Processual Penal, Penitenciário e ciências correlatas, bem como representantes da comunidade e dos Ministérios da área social.
O mandato dos membros do Conselho terá duração de 2 anos, renovado 1/3 de sua composição a cada ano.
O artigo 63 da LEP e seu parágrafo único estabelecem a composição do CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CRIMINAL E PENITENCIÁRIA, bem como o período do mandato de seus membros. Será composto por 13 MEMBROS, nomeados por ato do Ministério da Justiça, os membros serão escolhidos entre professores e profissionais das áreas de Direito Penal, Processual Penal, Penitenciário e ciências correlatas, assim como membros da comunidade, e dos Ministérios das áreas sociais. O mandato dos membros terá validade de 2 ANOS, sendo renovado 1/3 dos membros a cada ano.
64- Ao CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CRIMINAL E PENITENCIÁRIA, no exercício de suas atividades, em âmbito federal ou estadual, incumbe:
- propor diretrizes da política criminal quanto à prevenção do delito, administração da Justiça Criminal e execução das penas e das medidas de segurança;
- contribuir na elaboração de planos nacionais de desenvolvimento, sugerindo as metas e prioridades da política criminal e penitenciária;
- promover a avaliação periódica do sistema criminal para sua adequação às necessidades do País;
- estimular e promover a pesquisa criminológica;
- elaborar programa nacional penitenciário de formação e aperfeiçoamento do servidor;
- estabelecer regras sobre a arquitetura e construção de estabelecimentos penais e casas de albergados;
- estabelecer os critérios para a elaboração de estatística criminal;
- inspecionar e fiscalizar os estabelecimentos penais , bem assim informar-se, mediante relatórios do Conselho Penitenciário, requisições, visitas ou outros meios, acerca do desenvolvimento da Execução Penal nos Estados, Territórios e Distrito Federal, propondo às autoridades dela incumbida as medidas necessárias ao seu aprimoramento;
- representar ao Juiz da execução ou à autoridade administrativa para a instauração de sindicância ou procedimento administrativo, em caso de violação das normas referentes à execução penal;
- representar à autoridade competente para a interdição , no todo ou em parte, de estabelecimento penal. 
 O artigo 64 da LEP e seus incisos estabelecem as incumbências do CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CRIMINAL E PENITENCIÁRIA, tanto em âmbito federal como estadual. São de competência do CONSELHO:
- propor diretrizes da política criminal quanto à prevenção do delito, administração da Justiça Criminal e execução das penas e das medidas de segurança. Torna-se de grande importância esta função do CONSELHO, uma vez que o objetivo do sistema penitenciário não é puramente punir os crimes, mas também de preveni-los, através de exemplos, e de punir os condenados de forma proporcional aos crimes cometidos;
- contribuir nos planos nacionais de desenvolvimento social, sugerindo metas e prioridades para a política criminal e penitenciária. Esta função do conselho colabora com todo o desenvolvimento nacional, uma vez que é de suma importância para o desenvolvimento de qualquer nação, que se conheça a direção desejada para uma área tão importante como a de política criminal e penitenciária;
- promover a avaliação periódica do sistema criminal para sua adequação às necessidades do País. Esta função contribui para uma adequação das políticas criminais com as necessidades que o país possui nesta importante área;
- estimular e promover a pesquisa criminológica. Através da criminologia, pode-se chegar ao perfil social e psicológico do criminoso, à partir disto abre-se um leque de possibilidades para a prevenção crime e a reabilitação do condenado;
- elaborar programa nacional penitenciário de formação e aperfeiçoamento do servidor. A capacitação e a reciclagem, do servidor pertencente aos quadros do sistema penitenciário colaboram para uma maior eficácia das atividades desenvolvidas por este segmento do Estado, desta maneira deve haver um planejamento para a melhor formação de novos profissionais, bem como a reciclagem dos antigos servidores;
- estabelecer regras sobre as construções de estabelecimentos penais e casas de albergados. Bem coerente é a atitude do legislador em atribuir, ao órgão máximo sobre assuntos penitenciários, a função de estabelecer regras acerca da construção de estabelecimentos penais e casas de albergado, pois somente o CONSELHO, que faz a operação e gestão destes estabelecimentos, podem definir a arquitetura ideal para uma maior eficácia das instalações.
- inspecionar e fiscalizar os estabelecimentos penais, bem assim informar-se, mediante relatórios do Conselho Penitenciário, requisições, visitas ou outros meios, acerca do desenvolvimento da execução penal nos Estados, Territórios e Distrito Federal, propondo as autoridades dela incumbida, as medidas necessárias ao seu aprimoramento. O CONSELHO deverá fiscalizar, seja através de visitas, inspeções, relatórios, requisições, visitas ou quaisquer outros meios, a execução penal nos Estados, Territórios e Distrito Federal. Devendo propor as autoridades responsáveis pela execução penal, as medidas para o aprimoramento da execução penal; 
- representar ao Juiz da execução ou à autoridade administrativa para a instauração de sindicância ou procedimento administrativo, em caso de violação das normas referentes à execução penal. Se for constatada irregularidade na execução penal pelo CONSELHO, deverá este oficiar o Juiz ou a autoridade administrativa, para a instauração de sindicância ou procedimento administrativo;
- representar a autoridade competente para a interdição parcial ou total, do estabelecimento penal. Em caso de necessária interdição do estabelecimento penal, deverá o CONSELHO representar à autoridade competente. 
 
65- A execução penal competirá ao juiz indicado na lei local de organização judiciária e, na sua ausência, ao da sentença.
O artigo 65 da LEP estabelece que o Juízo competente para a execução penal será aquele estabelecido na lei local de organização judiciária e que na falta deste, será competente o Juízo que prolatou a sentença. A súmula 192 do STJ estabelece que o Juízo das execuções penais do Estado seja competente para a execução das penas, de condenados pela Justiça Militar ou Justiça Eleitoral, quando os condenados forem recolhidos a estabelecimentos sujeitos à administração estadual.
66- Compete ao Juízo da execução:
- aplicar aos casos já julgados Lei posterior que de qualquer modo favoreça o condenado;
- declarar extinta a punibilidade;
- decidir sobre:
Soma ou unificação de penas;
Progressão ou regressão nos regimes; 
Detração e remição da pena;
Livramento condicional;
- Incidentes da execução;
- Autorizar saídas temporárias;
- Determinar;
a forma de cumprimento da pena restritiva de direitos e de multa e fiscalizar sua execução;
a conversão da pena restritiva de direitos e de multa em privativa de liberdade privativa de liberdade (a conversão de pena de multa em privativa de liberdade foi extintaem 1º de abril de 1996, pela lei 9.268);
a conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos;
a aplicação da medida de segurança, bem como a substituição da pena por medida de segurança;
a revogação da medida de segurança;
a desinternação e o restabelecimento da situação anterior;
o cumprimento de pena ou medida de segurança em outra comarca;
a remoção do condenado na hipótese prevista no parágrafo 1º do artigo 86 desta Lei;
- zela pelo correto cumprimento da pena e da medida de segurança;
- inspecionar, mensalmente, os estabelecimentos penais, tomando providências para o adequado funcionamento e promovendo, quando for o caso, a apuração de responsabilidade.
- interditar, no todo ou em parte, estabelecimento penal que estiver funcionando em condições inadequadas ou com infringência aos dispositivos desta Lei;
- compor e instalar o Conselho da Comunidade;
- emitir anualmente atestado de pena a cumprir.
O artigo 66 da LEP e seus incisos incluindo-se as alíneas estabelecem as competências do Juízo da execução. São elas:
- Aplicar aos casos em que já houve sentença, Lei que tenha entrado em vigor após o julgamento do caso. Caberá ao juízo o cumprimento do princípio do favor rei, apoiando-se no artigo XL da C.F.;
- Declarar a punibilidade extinta, quando receber o condenado, anistia, graça ou indulto, quando ocorrer modificação na Lei, não mais considerando o fato praticado como crime, esta retroagirá; 
- Decidir sobre:
soma ou unificação de penas. Quando advierem condenações posteriores a uma primeira condenação, cujo cumprimento da sentença já estiver, ou deva estar em curso;
progressão ou regressão nos regimes. Decidir quando o preso, por mérito e cumprimento de requisitos deva progredir de um regime a outro, e, além disso, decidir quando deve regredir, por descumprimento de condições, ou mal comportamento;
detração e remição da pena. Quando tiver o condenado permanecido preso preventivamente, deverá ter abatido de sua pena, o tempo em que permaneceu preso (DETRAÇÃO). Quando trabalhar ou estudar deverá ter abatido de sua pena, a cada 3 dias de trabalho, ou 12 horas de estudo, um dia a menos de pena (REMIÇÃO);
suspensão condicional da pena. Quando for peticionado o benefício do SURSIS, e o condenado fizer jus, por cumprir os requisitos previstos no C.P. para o benefício;
livramento condicional. Quando o condenado tiver cumprido os requisitos previstos no C.P. para a concessão do benefício;
incidentes da execução;
- autorizar saídas temporárias. Em caso de condenados a regime semi-aberto para, visita a família, freqüência a curso supletivo, profissionalizante, bem como de ensino médio ou superior, na comarca da execução da pena, participação em atividades que concorram para o retorno ao convívio social;
- determinar:
a forma de cumprimento da pena restritiva de direitos e fiscalizar sua execução. A pena restritiva de direitos poderá ser cumprida de várias formas, deve ser estabelecida maneira que não prejudique o trabalho do condenado;
a conversão da pena restritiva de direitos e de multa em privativa de liberdade. Não há mais conversão em caso de pena de multa, a pena de multa não poderá mais ser convertida a pena restritiva de liberdade, por força de Lei;
a conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos. Quando o apenado preencher os requisitos previstos em Lei para ter tal benefício, o Juiz poderá concedê-lo;
a aplicação da medida de segurança, bem como a substituição da pena aplicada por medida de segurança. Quando for o caso de aplicar medida de segurança em caráter punitivo ou substituir a pena paliçada por medida de segurança;
a revogação da medida de segurança. Quando for o caso de revogar a medida de segurança em virtude, por exemplo do mau comportamento do condenado;
a desinternação e o restabelecimento da situação anterior. Quando ocorrer situação em que o condenado tenha sido internado por motivo de saúde, ou já tenha começado a cumprir a pena internado e o motivo da internação tenha cessado;
o cumprimento de pena ou medida de segurança em outra comarca. Quando for necessário, em razão da periculosidade do condenado ou de sua própria segurança;
a remoção do condenado quando for necessária em razão do parágrafo 1º, do artigo 86 desta Lei. Quando se justifique em razão da ordem pública ou da segurança do condenado, a União poderá construir estabelecimentos penais em local distante da comarca da condenação, cabendo ao Juízo da execução a remoção; 
- zelar pelo correto cumprimento da pena e da medida de segurança. Cabe ao juízo da execução zelar pelo cumprimento da pena e da medida de segurança;
- inspecionar, mensalmente, os estabelecimentos penais, tomando providências para o adequado funcionamento e promovendo, quando for o caso, a apuração de responsabilidade. Cabe ao Juízo da execução inspecionar os estabelecimentos penais, quanto ao bom funcionamento e promover quando for o caso, a apuração de responsabilidade;
- interditar no todo ou em parte, estabelecimento penal que esteja funcionando em condições inadequadas ou com infringência aos dispositivos desta Lei. Cabe ao Juízo da execução inspecionar o funcionamento dos estabelecimentos penais, afim de que sejam cumpridas as condições mínimas para o bom andamento de suas atividades, bem como o disposto nos artigos desta Lei.
- emitir anualmente atestado de pena a cumprir. Cabe ao Juízo da execução, expedir anualmente atestado de pena a cumprir.
DO MINISTÉRIO PÚBLICO
67- O Ministério Público fiscalizará a execução da pena e da medida de segurança, oficiando no processo executivo e nos incidentes de execução.
 
O artigo 67 da LEP estabelece que o MP fiscalizará a execução penal e a execução das medidas de segurança, atuando no processo executivo e no cumprimento nos incidentes de execução.
68- Incube ainda ao Ministério Público:
- fiscalizar a regularidade formal das guias de recolhimento e de internamento;
- requerer:
todas as providências necessárias ao desenvolvimento do processo executivo;
as instaurações dos incidentes de excesso ou desvio de execução;
a revogação da medida de segurança;
a conversão de penas, a progressão ou regressão nos regimes e a revogação da suspensão condicional da pena e do livramento condicional;
a internação, a desinternação e o restabelecimento da situação anterior;
- interpor recursos de decisões proferidas pela autoridade judiciária, durante a execução.
O órgão do Ministério Público visitará mensalmente os estabelecimentos penais, registrando a sua presença em livro próprio.
O artigo 68 da LEP e seus incisos, alíneas e parágrafo único, estabelecem as obrigações do MP na execução penal, sendo elas:
- Verificar se as guias de recolhimento e internamento estão de acordo com o que determina a legislação, no que se refere à forma de confecção daqueles documentos.
- Requerer:
tudo que for necessário para a execução penal;
a instauração de procedimentos que apurem excesso ou desvio na execução da pena;
aplicação de medida de segurança, bem como a substituição da pena por medida de segurança;
o cancelamento da medida de segurança;
a conversão de penas, como por exemplo de privativa de liberdade em pena de multa, a progressão ou regressão nos regimes, como por exemplo do regime semi aberto para o aberto e o cancelamento da suspensão condicional da pena e do livramento condicional;
a internação, a desinternação e o restabelecimento da situação anterior, por exemplo: o preso é internado por motivo de saúde, cessando a enfermidade, o MP vai requerer que seja o condenado novamente preso, saindo então da condição de internado.
- Interpor recursos contra decisões proferidas pela autoridade judiciária, durante a execução da pena, por exemplo, o juiz da execução decide conceder saída temporária ao preso, o MP não concordando, poderá interpor recurso contra tal decisão.
O promotor visitará os estabelecimentospenais mensalmente, registrando sua presença em livro próprio.
DO CONSELHO PENITENCIÁRIO
69- O conselho penitenciário é o órgão consultivo e fiscalizador da pena.
O conselho será integrado por membros nomeados pelo governador do Estado, do Distrito Federal e dos Territórios, dentre professores e profissionais da área de Direito Penal, Processual Penal, Penitenciário e ciências correlatas, bem como pro representantes da comunidade. A legislação federal e estadual regulará o seu funcionamento. 
O mandato dos membros do Conselho Penitenciário terá a duração de 4 quatro anos.
O artigo 69 da LEP e seus parágrafos estabelecem as funções e composição do CONSELHO PENITENCIÁRIO, o Conselho opinará quando consultado sobre a execução penal, bem como fiscalizará a execução. O conselho será composto de membros nomeados pelo Governador, os membros serão escolhidos entre professores de Direito Penal, Direito Processual Penal, Penitenciário e ciências correlatas, assim como por membros da comunidade. A forma de funcionamento será regulada concorrentemente (ao mesmo tempo), pela legislação federal e estadual. O mandato dos membros do Conselho terá duração de 4 anos.
70- Incumbe ao Conselho Penitenciário:
- emitir parecer sobre indulto e comutação de pena, excetuada a hipótese de pedido de indulto baseado em estado de saúde do preso;
- inspecionar os estabelecimentos e serviços penais;
- apresentar, no primeiro trimestre de cada ano, ao Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, relatório dos trabalhos efetuados no exercício anterior;
- supervisionar os patronatos, bem como a assistência aos egressos.
O artigo 70 da LEP e seus incisos estabelecem as obrigações do Conselho Penitenciário, são elas:
- Opinar sobre a conversão de um tipo de pena em um outro tipo, opinar sobre concessão de indulto exceto se o pedido de indulto for baseado no estado de saúde do preso.
-Inspecionar os estabelecimentos e serviços penais;
-Apresentar até o terceiro mês de cada ano relatório sobre todos os trabalhos efetuados no ano anterior;
-Supervisionar o patronato, local em que os egressos ficam quando liberados da sua pena até 4 meses ( 2 + 2), bem como a assistência dada a eles.
DOS DEPARTMANTOS PENITENCIÁRIOS
71- O departamento penitenciário Nacional (DEPEN), subordinado ao Ministério da Justiça, é órgão executivo da Política Penitenciária Nacional e de apoio administrativo e financeiro do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. 
O artigo 71 da LEP estabelece a definição do DEPEN, bem como o desempenho de suas funções, como a de executar a política penitenciária nacional e a de dar apoio administrativo e financeiro ao CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CRIMINAL E PENITENCIÁRIA. Aponta ainda que o DEPEN é subordinado ao Ministério da Justiça.
72- São atribuições do Departamento Penitenciário Nacional:
- acompanhar a fiel aplicação das normas de execução penal em todo o território nacional;
- inspecionar e fiscalizar periodicamente os estabelecimentos e serviços penais;
- assistir tecnicamente as unidades federativas na implementação dos princípios e regras estabelecidos nesta Lei;
- colaborar com as unidades federativas, mediante convênios, na implantação de estabelecimentos e serviços penais;
- colaborar com as unidades federativas para a realização de cursos de formação de pessoal penitenciário e de ensino profissionalizante do condenado e do internado;
- estabelecer, mediante convênios com as unidades federativas, o cadastro nacional das vagas existentes em estabelecimentos locais destinadas ao cumprimento de penas privativas de liberdade aplicadas pela justiça de outra unidade federativa, em especial para presos sujeitos ao regime disciplinar diferenciado;
Incumbe também ao Departamento Penitenciário Nacional a coordenação e supervisão dos estabelecimentos penais e de internamento federais.
O artigo 72 da LEP, seus incisos e seu parágrafo único, estabelecem as obrigações do DEPEN, são elas:
- Observar se as normas de execução penal estão sendo cumpridas em todo o território nacional.
- Inspecionar e fiscalizar de tempo em tempo os estabelecimentos e serviços penais, afim de que eles funcionem como o esperado pela sociedade.
- Dar assistência técnica aos Estados, territórios e Distrito Federal, para o cumprimento dos princípios e regras estabelecidos nesta Lei, uma vez que é de interesse geral um sistema penitenciário eficaz, ao órgão federal responsável pelo sistema penitenciário deverá oferecer suporte aos entes federados para que estes cumpram o estabelecido na LEP.
- Colaborar com os Estados, Territórios e Distrito Federal, através de convênios para a implantação de estabelecimentos e serviços penais. Como órgão máximo da administração penitenciária, deve o DEPEN colaborar com os entes federados para a implantação de estabelecimentos penais, bem como serviços.
- Colaborar com os entes federados para a realização de cursos de formação de pessoal penitenciário, bem como de ensino profissionalizante ao condenado e ao internado. O DEPEN, deverá colaborar com os entes federados para a realização de curso de formação de pessoal penitenciário, bem como à realização de cursos profissionalizante, oferecidos ao condenado e ao internado. 
- Estabelecer, através de convênios com os Estados, Territórios e Distrito Federal, um cadastro nacional de vagas existentes, para o cumprimento de pena fora da comarca onde o condenado foi julgado, especialmente para os sujeitos a R.D.D. (Regime Disciplinar Diferenciado).
É de responsabilidade do DEPEN, a coordenação e supervisão dos estabelecimentos penais e de internamento Federais.
DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO LOCAL
73- A legislação local poderá criar Departamento Penitenciário ou órgão similar, com as atribuições que estabelecer.
O artigo 73 da LEP estabelece a permissão dada ao ente federado para criar Departamento Penitenciário Local, ou órgão similar, com as atribuições que o ente lhe estabelecer.
74- O Departamento Penitenciário local, ou órgão similar, tem por finalidade supervisionar e coordenar os estabelecimentos penais da unidade da Federação a que pertencer.
O artigo 74 da LEP estabelece a finalidade do Departamento Penitenciário local, ou de órgão similar, terão a finalidade de fiscalizar e coordenar os estabelecimentos penais da unidade da Federação a que pertencerem, tendo em vista sua competência para assuntos penitenciários locais.
DA DIREÇÃO E DO PESSOAL DOS ESTABELECIMENTOS PENAIS
75- O ocupante do cargo de diretor de estabelecimento deverá satisfazer os seguintes requisitos:
- ser portador de diploma de Nível Superior de Direito, ou Psicologia, ou Ciências Sociais, ou Pedagogia, ou Serviços Sociais;
- possuir experiência administrativa na área;
- ter idoneidade moral e reconhecida aptidão para o desempenho da função.
O diretor deverá residir no estabelecimento, ou nas proximidades, e dedicará tempo integral a sua função.
O artigo 75 da LEP e seus incisos estabelecem os requisitos para alguém ser ocupante do cargo de Diretor, sendo eles: 
- Ter nível superior em Direito, ou Psicologia, ou Ciências Sociais, ou Pedagogia, ou Serviços Sociais;
- Possuir experiência administrativa na área penitenciária;
- Ter idoneidade moral reconhecida publicamente e aptidão para o exercício da função.
Residir no estabelecimento penal, ou próximo a ele, além de dedicar tempo integral à sua função.
76- O quadro do pessoal penitenciário será organizado em diferentes categorias funcionais, segundo as necessidades do serviço, com especificação de atribuições relativas às funções de direção, chefia e assessoramento do estabelecimento e as demais funções.
O artigo 76 da LEP estabelece o formato do quadro de pessoal penitenciário, sendo dividido em categorias funcionais, segundo as necessidades do serviço, deverão ser especificadas as atribuições relativas às funções de direção, chefia e assessoramentodo estabelecimento, além das demais funções.
77- A escolha do pessoal administrativo, especializado, de instrução técnica e de vigilância atenderá a vocação, preparação profissional e antecedentes pessoais do candidato.
O ingresso do pessoal penitenciário, bem como a progressão ou a ascensão funcional dependerão de cursos específicos de formação, procedendo-se à reciclagem periódica dos servidores em exercício.
No estabelecimento para mulheres somente se permitirá o trabalho de pessoal do sexo feminino, salvo quando se tratar de pessoal técnico especializado.
 
O artigo 77 da LEP e seus parágrafos estabelecem os critérios para a escolha do pessoal penitenciário, determinando que serão analisados, a vocação, a preparação profissional e os antecedentes pessoais do candidato, o que apontará sua aptidão para compor grupo administrativo, especializado, de instrução técnica e de vigilância. O parágrafo 1º do referido artigo determina que o ingresso do pessoal, bem como a progressão ou ascensão funcional, dependerão de cursos específicos de formação e que os funcionários em exercício passarão por reciclagem periódica.
No estabelecimento para mulheres só trabalharão mulheres, a não ser em caso de ocupante de cargo técnico especializado.
78- O Patronato público ou particular destina-se a prestar assistência aos albergados e aos egressos.
O artigo 78 da LEP estabelece a finalidade do patronato público, determinado que será destinado, o patronato, à prestar assistência aos albergados e aos egressos, egressos são os liberados após o cumprimento da pena, durante o prazo de até um ano.
79- Incumbe também ao Patronato:
- orientar os condenados à pena restritiva de direitos;
- fiscalizar o cumprimento das penas de prestação de serviço á comunidade e de limitação de fim de semana;
-colaborar na fiscalização do cumprimento das condições da suspensão e do livramento condicional.
O artigo 79 da LEP estabelece as obrigações do Patronato penitenciário, são elas:
- Orientar aqueles que irão cumprir penas restritivas de direitos:
- Fiscalizar como estão sendo aplicadas as penas de prestação de serviço à comunidade e de limitação de fim de semana;
- Auxiliar na fiscalização do cumprimento das condições para a suspensão condicional da pena, bem como para o livramento condicional.
O patronato estará ligado ao condenado em liberdade de uma maneira geral.
DO CONSELHO DA COMUNIDADE
80- Haverá, em cada comarca, um Conselho da Comunidade, composto, no mínimo, por um representante de associação comercial ou industrial, um advogado indicado pela seção da Ordem dos Advogados do Brasil e um assistente social escolhido pela Delegacia Seccional do Conselho Nacional de Assistentes Sociais.
Na falta da representação prevista neste artigo, ficará critério do juiz da execução a escolha dos integrantes do Conselho.
O artigo 80 da LEP e seu parágrafo único estabelecem a distribuição dos Conselhos da Comunidade, um em cada comarca. A composição do órgão, representante de associação comercial ou industrial do local, um advogado indicado pela seccional da OAB existente na Comarca, um assistente social indicado pela Delegacia Seccional do Conselho Nacional dos Assistentes Sociais. O parágrafo único estabelece competência ao juiz da execução para compor o Conselho, caso não exista possibilidade de ser composto conforme a Lei.
81- Incumbe ao Conselho da Comunidade:
- visitar, pelo menos mensalmente, os estabelecimentos penais existentes na comarca;
- entrevistar presos;
- apresentar relatórios mensais ao juiz da execução e ao Conselho Penitenciário;
- diligenciar a obtenção de recursos materiais e humanos para melhor assistência ao preso ou internado, em harmonia com a direção do estabelecimento.
O artigo 81 da LEP e seus incisos estabelecem as obrigações do Conselho da Comunidade, são elas:
- Visitar no mínimo uma vez por mês os estabelecimentos penais da comarca a que pertencer, a fim de fiscalizar o bom desenvolvimento dos serviços prestados a sociedade, por estes estabelecimentos;
- Entrevistar presos, a fim de saber das dificuldades e problemas encontrados por eles enquanto no cumprimento de suas penas.
- Buscar recursos materiais e humanos para que os presos e os internados possam ser assistidos de uma forma melhor, fazendo isso sem entrar em conflito com a direção do estabelecimento.
DOS ESTABELECIMENTOS PENAIS
82- Os estabelecimentos penais destinam-se ao condenado, ao submetido à medida de segurança, ao preso provisório e ao egresso.
A mulher e o maior de 60 anos serão recolhidos a estabelecimento próprio e adequados à sua condição pessoal.
O mesmo conjunto arquitetônico poderá abrigar estabelecimentos de destinação diversa desde que devidamente isolados.
O artigo 82 da LEP e seus parágrafos estabelecem a destinação dos estabelecimentos penais, sendo tais estabelecimentos destinados aos condenados, aos que forem submetidos à medida de segurança, ao preso provisório e ao egresso. Aponta ainda em seus parágrafos que os maiores de 60 anos de idade e as mulheres serão recolhidos a estabelecimentos próprios e adequados a sua condição pessoal, este mandamento baseia-se no artigo 5º, XLVIII, que determina que as penas deverão ser cumpridas em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, do sexo e da idade do apenado. Pode o mesmo conjunto arquitetônico abrigar os presos comuns e também abrigar os idosos e os presos do sexo feminino, desde que estes estejam isolados dos comuns.
83- O estabelecimento penal, conforme a sua natureza, deverá contar em suas dependências com áreas e serviços destinados à assistência, educação, trabalho, recreação e prática esportiva.
Haverá instalação destinada a estágio de estudantes universitários.
Os estabelecimentos penais destinados a mulheres serão dotados de berçário, onde as condenadas possam cuidar de seus filhos, inclusive amamenta-los, no mínimo, até 6 meses de idade.
Os estabelecimentos de que trata o parágrafo 2º deste artigo deverão possuir, exclusivamente, agentes do sexo feminino na segurança de suas dependências internas.
O artigo 83 da LEP e seus parágrafos estabelecem a maneira como deve ser dividido o espaço físico dos estabelecimentos penais, devendo, de acordo com sua natureza, ter áreas e serviços voltados para a assistência, educação, trabalho, recreação e prática esportiva. 
Haverá área destinada a estágio de estudantes universitários.
Os estabelecimentos penais destinados às mulheres serão dotados de berçários para que as mães tenham como exercer o seu direito de cuidarem de seus filhos, inclusive amamenta-los, este parágrafo cumpre o ordenamento emanado do artigo 5º, L da C.F., onde se estabelece que serão asseguradas as condenadas condições para amamentar seus filhos e permanecer com eles no período de amamentação.
Os estabelecimentos para mulheres deverão possuir, exclusivamente, agentes do sexo feminino, para a segurança interna de suas dependências.
84- O preso provisório ficará separado do condenado por sentença transitada em julgado.
O preso primário cumprirá pena em seção distinta daquela reservada para os reincidentes.
O preso que, ao tempo do fato, era funcionário da administração da justiça criminal ficará em dependência separada.
O artigo 84 da LEP e seus parágrafos estabelecem a divisão dos presos, por critérios relativos à natureza de suas prisões, a primariedade ou reincidência, e, se era funcionário da administração da justiça criminal.
85- O estabelecimento penal deverá ter lotação compatível com sua estrutura e finalidade.
O Conselho Nacional da Política Criminal e Penitenciária determinará o limite máximo de capacidade do estabelecimento, atendendo a sua natureza e peculiaridades.
O artigo 85 da LEP e seu parágrafo único estabelecem o critério para a fixação da lotação máxima dos estabelecimentos penais, sendo a lotação compatível com sua estrutura e finalidade. Será

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