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FLEXÃO PURA Centro Universitário de João Pessoa Departamento de Engenharia Civil FLEXÃO Viga submetida a carga perpendicular a seu eixo. Este elemento irá desenvolver em suas seções transversais solicitações de momento fletor (M) e esforço cortante (Q). Flexão Cisalhamento FLEXÃO Viga submetida a carga perpendicular a seu eixo. Este elemento irá desenvolver em suas seções transversais solicitações de momento fletor (M) e esforço cortante (Q). Flexão Cisalhamento Na flexão pura desconsidera-se os efeitos do esforço cortante! FLEXÃO PURA Despreza-se o efeito do esforço cortante. Considera-se os efeitos tanto do momento fletor quanto do esforço cortante FLEXÃO PURA O PS contém o eixo y O PS não contém nenhum dos EPCI O PS contém o eixo x EPCI – Eixo principais centrais de inércia FLEXÃO PURA A flexão pode então ser classificada em: RETA: Plano de solicitações contém um dos eixos principais centrais de inércia da seção. OBLÌQUA: Plano de solicitações é desviado em relação aos eixos principais centrais de inércia da seção. FLEXÃO PURA RETA FLEXÃO PURA RETA Caso mais simples e o mais comum de flexão. 1. As fibras de baixo se alongaram devido a uma tensão normal de tração. 2. As fibras de cima se encurtaram devido a uma tensão normal de compressão. Z DEFORMAÇÃO POR FLEXÃO Viga prismática reta, de material homogêneo. A área da seção transversal simétrica em relação a um eixo (y). Premissas: • Eixo longitudinal não sofre alteração no comprimento; • Todas as seções permanecem planas e perpendiculares ao eixo longitudinal; • Qualquer deformação deformação da seção transversal dentro do seu próprio plano é desprezada. LINHA NEUTRA OU EIXO NEUTRO Na flexão reta: LN sempre coincide com um dos eixos principais centrais de inércia da seção; LN e OS são sempre perpendiculares entre si. Linha na altura do eixo longitudinal, onde as fibras não se alteram (tensão normal nula – Linha Neutra). Fisicamente a LN representa o eixo em torno do qual a seção gira. Quanto mais afastada for a fibra da LN maior será a deformação e consequentemente a tensão que lhe corresponde. DEFORMAÇÃO POR FLEXÃO s ss s ' lim 0 )( lim 0 y y A deformação normal long. dessa viga vai variar linearmente com y em relação ao eixo neutro. DEFORMAÇÃO POR FLEXÃO Deformação normal longitudinal depende de sua localização y na seção transversal e da curvatura do eixo longitudinal da viga. max max c y c y Pelo coef. de Poisson existem componentes de deformação associadas deformando o plano da área da seção transversal, mas aqui essas deformações são desprezadas. CÁLCULO DAS TENSÕES NORMAIS Material que se comporta de maneira elástica (Lei de Hooke se aplica) E Variação linear de deformação normal Variação linear de tensão normal max c y Assim como a variação da deformação normal, σ vai variar de zero no eixo neutro até até um valor máximo a distância c do mais afastada do eixo neutro. DEFINIÇÃO DA POSIÇÃO: LINHA NEUTRA OU EIXO NEUTRO Podemos localizar a posição da linha neutra ou eixo neutro satisfazendo a condição de que a força resultante produzida pela distribuição de tensão na área da seção transversal deve ser nula: dAdF AA dAdF 0 0)( zzR FF A A ydA c dA c y 0 0 max max A ydA 0 Para que isto seja verdade Momento estático de primeira ordem nulo = eixo neutro coincide com o eixo do centróide horizontal CÁLCULO DAS TENSÕES NORMAIS Podemos determinar a tensão na viga pelo fato de que o momento interno resultante M deve ser igual ao momento produzido pela distribuição de tensão em torno do eixo neutro. O momento de dF em torno do eixo neutro é dM = y dF. Esse momento é positivo, visto que, pela regra da mão direita,o polegar está direcionado ao longo do eixo z positivo quando os dedos são curvados no sentido da rotação causada por dM. Uma vez que dF = σ dA, temos, para toda a seção transversal: zzR MM )( AA dAyydFM )( CÁLCULO DAS TENSÕES NORMAIS zI Mc max dA c y ydAyM AA )()( maxmax c y Mas: Então:: A dAy c M 2max )( zIMomento de inércia em torno eixo neutro Para o cálculo da tensão máxima no ponto mais afastado de LN (coordenada c). I My Fórmula geral O sinal pode mudar se invertermos a orientação de y CÁLCULO DAS TENSÕES NORMAIS Considerando uma viga, de seção retangular cujos eixos principais centrais de inércia são os eixos de simetria (x,y) e o PS é vertical (carga peso). y I M x x y inércia. de central principal x,eixo ao relação em seção da inércia de Momento :xI seção. na atuantefletor Momento :xM são(-)compres tração)( normais Tensões : y eixo do orientação a com acordo de (-)ou )( fibra da genérica ordenada: y Considerando uma viga, de seção retangular cujos eixos principais centrais de inércia são os eixos de simetria (x,y) e o PS é vertical (carga peso). y I M x x y Por essa expressão notamos que: A tensão desenvolvida depende diretamente do momento fletor atuante; A tensão é inversamente proporcional ao momento de inércia (que representa a resistência ao giro). OBS: Se o PS for horizontal: x I M y y x CÁLCULO DAS TENSÕES NORMAIS TENSÕES NORMAIS MÁXIMA E MÍNIMA Tensões máximas de tração e compressão: ocorrem nos pontos mais afastados da Linha Neutra (pontos onde as deformações são máximas – Lei de Hooke). seções simétricas em relação ao eixo x máxT x x máxT y I M máxC x x máxC y I M máxCmáxT máxCmáxT hyy 2 TENSÕES NORMAIS MÁXIMA E MÍNIMA Tensões máximas de tração e compressão: ocorrem nos pontos mais afastados da Linha Neutra (pontos onde as deformações são máximas – Lei de Hooke). seções não simétricas em relação ao eixo x máxT x x máxT y I M máxC x x máxC y I M máxCmáxT máxCmáxT yy MÓDULO DE RESISTÊNCIA A FLEXÃO (W) Relação entre o momento de inércia da seção em relação à um eixo e distância do ponto mais afastado da seção àquele eixo. Para PS vertical (eixo de rotação LN contém x) máx x x y I W x x máxmáx x x máx W M y I M Se utiliza p/ cálculo das tensões em peças simétricas, onde: máxCmáxT yy OBS: Para PS horizontal (momento fletor em torno do eixo y): y y máxmáx y y máx W M x I M máx y y x I W SEÇÕES E POSIÇÕES MAIS COVENIENTES Baseado no módulo de resistência a flexão, para uma mesma seção, ou seja, para um mesmo material empregado, nós podemos aproveita-lo na melhor posição possível, fazendo uma simples análise do seu módulo de resistência à flexão. Qual a posição mais conveniente de uma seção retangular b x B , para servir como seção transversal de uma viga, sujeita à flexão (PS vertical)? Qual a formamais conveniente para ser utilizada em uma viga sujeita à flexão, optando-se entre uma seção quadrada e outra circular, ambas de mesma área? EXERCÍCIOS DE FLEXÃO PURA RETA A viga tem seção transversal retangular e está sujeita à distribuição de tensão mostrada naFigura. Determine o momento interno M na seção provocado pela distribuição de tensão (a) pela fórmula da flexão e (b) pela determinação da resultante da distribuição de tensão pelos princípios básicos . EXERCÍCIOS DE FLEXÃO PURA RETA A viga simplesmente apoiada tem a área de seção transversal mostrada na Figura 2. Determine a tensão de flexão máxima absoluta na viga e represente a distribuição de tensão na seção transversal nessa localização. Figura 2 EXERCÍCIOS DE FLEXÃO PURA RETA Figura 2 A viga mostrada tem área de seção transversal em forma de um canal (Figura 2). Determine a tensão de flexão máxima que ocorre na viga na seção a-a FLEXÃO SIMPLES RETA FLEXÃO SIMPLES Flexão Simples: Vigas submetidas apenas a um momento fletor, porém sendo este variável, há o aparecimento de uma força cortante V, sendo esta, justamente, a taxa com que M varia ao longo da viga (pois já vimos que V = dM/dx) Vamos ter além das tensões normais, tensões tangenciais atuando nas seções transversais. FLEXÃO SIMPLES Vamos admitir que a existência de tensões tangenciais associadas à presença da força cortante na seção não altere a distribuição das tensões normais, permitindo-nos insistir na aplicação da hipótese de que a seção se mantém plana e que a distribuição dessas tensões normais continue sendo linear. Permanece aplicável, portanto, a equa- ção: y I M FLEXÃO SIMPLES dxbFF yx 12 dAF 1 0 xR FF Mas: yIM A ydA I M F1 A ydA I dMM F2 A ydA I dM FF 12 FLEXÃO SIMPLES dxbFF yx 12 dAF 1 0 xR FF Mas: yIM A ydA I M F1 A ydA I dMM F2 A ydA I dM FF 12 FLEXÃO SIMPLES A yx ydA I dM dxb A yx ydA I dM dxb A yx ydA dx dM bI 1 V O Momento estático de 1ª ordem (Q) que usa na fórmula é com relação a área de contorno vermelho (abaixo de y, nesse caso) max' ' ''' yy yy dybyQ Q FLEXÃO SIMPLES bI VQ xy FÓRMULA PARA O CÁLCULO DA TENSÃO EM UM PONTO: neutra. linha a relação com oconsiderad ponto de abaixo área da parte de ordem primeira de estático Momento -Q seção da neutra linha a contém que eixo ao relação com Inércia de Momento - oconsiderad ponto do altura na seção da Largura - seção na cortante Força - V seção da ponto dado um em tocisalhamen de Tensão - I b xy Q Q com relação a área abaixo do ponto calculado FLEXÃO SIMPLES O cálculo do esforço cortante a partir das tensões de cisalhamento (ou seja, o cálculo da integral acima) depende da distribuição das tensões de cisalhamento ao longo da seção transversal. No caso geral esta distribuição não é uniforme. Entretanto, é comum adotar como simplificação uma tensão de cisalhamento média, que é obtida pela divisão do esforço cortante pela área da seção transversal A Q med FLEXÃO SIMPLES Seção retangular: A distribuição das tensões ao longo dos diversos pontos da seção dependerá de seu formato. Seção Circular: 12 3bh I 842 . 2bhhh byAQ CG bh V hb Vbh 2 312 8 22 2 max med 5,1max 64 4d I 1223 4 8 . 32 ddd yAQ CG med d V d V d Vd 3 4 4 12 164 64 4 12 64 12 225 3 max FLEXÃO SIMPLES Perfis Laminados “I” ,“T”, “H” A distribuição das tensões ao longo dos diversos pontos da seção dependerá de seu formato. • Tensões tangenciais elevadas na alma, na altura da linha neutra, pelo fato de a dimensão “b” da nervura estar no denominador da equação da tensão de cisalhamento. • A descontinuidade do valor da tensão na transição entre a mesa e a alma decorre da descontinuidade da largura (b) da seção nesses locais. FLEXÃO SIMPLES Para a viga esquematizada na figura, pede-se determinar: a) a máxima tensão de tração; b) a máxima tensão de compressão; c) a máxima tensão de cisalhamento; FLEXÃO COMPOSTA RETA FLEXÃO COMPOSTA Flexão composta é a ação combinada de força normal momentos fletores (mais comum em vigas protendidas, sapatas ou pilares com cargas excêntricas e pórticos espaciais) Ocorre o esforço de flexão composta quando a resultante das tensões Normais pode ser decomposta em uma força normal e momentos fletores. Quando o plano do momento fletor intercepta a seção segundo um dos eixos principais de inércia, o esforço é denominado de flexão composta reta, caso contrário, é denominado flexão composta oblíqua. A flexão composta é resultado de uma carga assimétrica (aplicada em um ponto fora do centro de gravidade da seção transversal da peça) Redução do sistema de forças ao centróide da seção: • Força normal cujo valor é o da carga; • Momento fletor da excentricidade da carga. FLEXÃO COMPOSTA EM PILARES F Carga longitudinal aplicada sobre os eixos y ou z (eixos principais de inércia da seção) = Flexão composta reta zMN e y MN e yz MMN e ,Carga longitudinal aplicada fora dos dois eixos y ou z (eixos principais de inércia da seção) = Flexão composta oblíqua TENSÕES NORMAIS NA FLEXÃO COMPOSTA A distribuição das tensões normais na seção transversal é equivalente a sobreposição das tensões normais, causadas pela carga F quando localizada no centroide da seção, com as tensões de flexão decorrentes dos momentos My ou Mz, dependendo da excentricidade original da carga F. Tensão normal relativa a força normal )()( zxxx MN Tensão normal relativa ao momento fletor y I M A N z z x Somando- se os efeitos , temos: OBS: Se o momento for em torno do eixo do eixo y: z I M A N y y x TENSÕES NORMAIS NA FLEXÃO COMPOSTA Com a sobreposição a linha neutra se desloca em relação à altura do eixo baricêntrico! 00 0 0 y I M A N y I M A N z z z z x Como a linha neutra é o lugar geométrico dos pontos cuja tensão normal é nula, temos: LOCALIZAÇÃO DA LINHA NEUTRA LN Altura da linha neutra Com a sobreposição a linha neutra se desloca em relação à altura do eixo baricêntrico! Como a linha neutra é o lugar geométrico dos pontos cuja tensão normal é nula, temos: 0y A I A eN A N z y LOCALIZAÇÃO DA LINHA NEUTRA LN Quadrado do Raio de giração = 2 zi LOCALIZAÇÃO DA LINHA NEUTRA – RAIO DE GIRAÇÃO raio de giração representa a distância ao eixo ou ponto correspondente na qual se pode concentrar toda a área da superfície estudada de modo que se tenha o mesmo momento de inércia. Raio de Giração: propriedade do momento de inércia. Com a sobreposição a linha neutra se desloca em relação à altura do eixo baricêntrico! Como a linha neutra é o lugar geométrico dos pontos cuja tensão normal é nula, temos: 0y A I A eN A N z y LOCALIZAÇÃO DA LINHA NEUTRA LN Quadrado do Raio de giração = 2 zi 002 y iA eN A N z y y z e i y 2 0 OBS: Se a excentricdade ocorre no eixo z: z y e i y 2 0 FLEXÃOCOMPOSTA - EXERCÍCIO Traçar diagrama de σx para uma seção do pilar, admitindo-se e=20,0 cm
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