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DIREITO PROCESSUAL PENAL I Aula-26/04/2016 AÇÃO CIVIL “EX DELICTO” Ilícito Civil x Ilícito Penal Art. 186 do CC – “Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ilícito”. Art. 927 e 935, CC. Art. 91, I do CP. Está prevista nos arts. 63 a 68 do Código de Processo Penal - Se a instância penal reconheceu a existência de um ato ilícito, não há mais necessidade, tampouco interesse jurídico, de rediscutir essa questão na esfera civil. CONCEITO - “Trata-se de ação ajuizada pelo ofendido, na esfera cível, para obter indenização pelo dano causado pelo crime, quando existente”. (G. S. Nucci) À infrações penais: nem toda infração penal provoca prejuízo passível de indenização (ex.: crimes de perigo). GENERALIDADES Efeito da sentença condenatória transitada em julgado: torna certa a obrigação de reparar o dano causado pelo crime (art. 91, I, do CP), fazendo coisa julgada no cível. Impossibilidade de discussão: não mais é possível discutir os fatos que ensejaram a condenação. Efeito genérico: não precisa ser declarado na sentença penal. Titulares: o direito de executar no cível a sentença transitada em julgado pertence ao ofendido, ao seu representante legal ou aos herdeiros daquele (art. 63). Título executivo: funciona como título executivo judicial no juízo cível, possibilitando ao ofendido obter a reparação do prejuízo sem a necessidade de propor ação civil de conhecimento (ação civil ex delicto). Liquidação: promove-se a liquidação do dano, para, em seguida, ser proposta a execução civil. (parte líquida art. 63, p. único) Ação ordinária em paralelo: nada impede que seja desenvolvido, em paralelo e independente de uma ação penal, uma ação civil sobre o mesmo fato. Término da ação penal: não é necessário aguardar o término da ação penal (art. 64). Ação civil ex delicto: ação de conhecimento proposta pelo ofendido (ou seu representante legal ou herdeiros), na instância civil, em função da ocorrência do delito, no sentido de satisfazer os prejuízos (morais ou materiais) causados pelo delito. Independência da instância: A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal (art. 935 do CC). Coisa julgada penal e responsável civil: a condenação penal definitiva não faz coisa julgada, no cível, em relação à responsabilidade civil do condenado, portanto, contra esse deverá, sempre, ser proposta a ação civil ex delicto, caso contrário, estar-se-ia desrespeitando o devido processo legal. Responsável civil: aqueles previstos no art. 932 do CC.
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