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�PAGE � �PAGE �9� BACILOS GRAM NEGATIVOS NÃO FERMENTADORES NÃO FERMENTADOR = bactérias gram negativas não esporuladas com morfologia de bacilos, cocobacilos ou diplococos. Aeróbios obrigatórios, podendo crescer em anaerobiose na presença de nitrato e arginina. Crescem de forma abundante nos meios diferenciais (TSI, EPM ou Rugai), mas não os acidificam. Geralmente não fastidiosos (crescem bem dentro de 24 horas de incubação). OCORRÊNCIA E SIGNIFICADO CLÍNICO Encontrados normalmente na natureza, solo, água, plantas e ambiente hospitalar; Patógenos oportunistas; Compreendem 12 a 16 % do total de BGN isolados de material clínico; Pseudomonas aeruginosa é a espécie mais isolada, seguida de Acinetobacter baumannii e Stenotrophomonas maltophilia. PRINCIPAIS INDÍCIOS PARA RECONHECER UM NÃO FERMENTADOR Colônias pigmentadas em agar sangue (amarelas, douradas, rosadas); Odor doce ou de frutas; Não fermentador da glicose nos meios diferenciais (ex: EPM); Atividade da enzima citocromo-oxidase; OBS: Nem todos os NF são oxidase + Ausência de crescimento ou crescimento de colônias diminutas em MC. FATORES QUE DFICULTAM A IDENTIFICAÇÃO DOS NF A maioria dos microbiologistas não estão familiarizados com alguns NF; Muitos dos meios de cultura não são sensíveis para identificar os NF; Muitas espécies crescem lentamente a apresentam reações bioquímicas fracas que dificultam sua interpretação; Meios vencidos no momento da identificação; Kits comerciais com baixa precisão na identificação dos NF. METABOLISMO Degradam carboidratos pela via oxidativa (Via de Entner – Doudoroff) que necessita oxigênio para oxidar a glicose a ácido pirúvico sem formação de gás PROVAS BIOQUÍMICAS PARA IDENTIFICAR OS NF Utilização da glicose; Crescimento em MacConkey; Teste da oxidase; Motilidade; Produção de pigmento; Crescimento em agar cetrimide; Teste da gelatinase; Redução de nitratos a nitritos; Teste da descarboxilase e dehidrolase; Teste da desoxirribonuclease; Hidrólise da esculina; Hidrólise da uréia; Desaminação da fenilalanina; Acetamida; ONPG; Utilização do malonato; Produção de Indol; Hidrólise do amido; Produção de H2S. Maior agente de infecção hospitalar (20% dos casos); A infecção pode ocorrer por fontes endógenas e exógenas (desinfetantes, cremes de mão, sabões, fluídos de infusão, soluções oftalmológicas); A trasmissão pode ocorrer pessoa-pessoa e objetos-pessoas; 5 a 10% das pessoas normais são portadoras de P. aeruginosa no TGI; É resistente a maioria dos antimicrobianos; Causa infecções mais freqüentemente em pacientes imunocomprometidos; Especialmente prevalente em pacientes com queimaduras, fibrose cística, leucemia aguda, transplantados de oragãos e drogaditos; Geralmente causam septicemia, otite média e externa (nadadores), osteomielite, úlcera de córnea pós-trauma, meningite, infecção urinária e endocardite. FATORES DE VIRULÊNCIA: expressão de adesinas, produção de biofilmes, secreção de enzimas hidrolíticas e produção de toxinas. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Cresce bem em ágar sangue e MacConkey; Morfologia colonial com odor característico (adocicado) e produção de pigmento verde (piocianina ou pioverdina) visível em Müller Hinton; Acima de 95% das cepas isoladas de materiais clínicos apresentam as seguintes características: Colônias grandes com odor de uva; Produção de piocianina; Reação da oxidase positiva em até 10 segundos; Crescimento em ágar cetrimide a 37 ºC e 42 ºC Diferenciação com outras espécies de Pseudomonas BACTÉRIA BHI 4 ºC BHI 42 ºC GELATINA LECITINASE P. aeruginosa - + + - P. fluorescens + - + + P. putida + - - - Amplamente distribuído na natureza e ambiente hospitalar; Microbiota endógena em 25% da população e microbiota cutânea e respiratória de pacientes hospitalizados por longos períodos; O trato digestivo de pacientes em UTI é um importante reservatório de A. baumanii multi resistente; Causa freqüente de pneumonias em hospitais, relacionadas a cânulas endotraqueais e traqueostomias, além de meningites, infecções urinárias, infecções de pele e ferida, que podem progredir a sepsis; A. baumanii é a espécie mais isolada dentro do gênero com maior freqüência em imunodeprimidos e diabéticos; Infecções geralmente associadas a procedimentos invasivos como uso de cateteres. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL A. baumanii ao Gram: pequenos diplococos gram negativos; Ausência de hemólise e pigmentação das colônias em ágar sangue; Bom crescimento em MacConkey, na forma de colônias rosadas com centro mais escuro, devido à acidificação da lactose; Prova da oxidase negativa; OF glicose oxidativo rápido; Motilidade negativa; Resistência a penicilina Crescente sua importância em ambiente hospitalar; Pode colonizar imunodeprimidos e pacientes com fibrose cística; FATORES DE RISCO PARA A COLONIZAÇÃO: ventilação mecânica, profilaxia com antibiótico de amplo espectro, quimioterapia, uso de cateteres e neutropenia; Pode causar: bacteremia, ITU associada a instrumentação, conjuntivite, endocardite associada ao uso de drogas intravenosas ou próteses cardíacas, peritonite associada a diálise peritoneal, raramente pneumonia e meningite; Normalmente isolada de TR, apesar de não ser clinicamente significativa na maioria dos casos. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Colônias opacas em ágar sangue, que após 48 h podem se tornar verde lavanda devido a coloração dos eritrócitos pela hemólise do sangue; Colônias com odor de amônia característico; Crescem bem em MacConkey; Teste da oxidase negativo; Lisina e DNAse positivas; Associada a surtos hospitalares de pneumonias, septicemias, infecções urinárias e de feridas, vinculados por desinfetantes contaminados, anestésicos e soluções parenterais contaminadas; Tem sido associada a fibrose cística, sendo difícil sua erradicação do pulmão, podendo causar bacteremia e morte devido a falência pulmonar; Pacientes com fibrose cística colonizados por B. capacia apresentam taxa de mortalidade acentuada. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL As colônias podem ser amarelas, amarelo-esverdeadas ou não pigmentadas e não são fluorescentes; OF glicose oxidativo, oxidase positiva e motilidade positiva; Microbiota normal de pele e mucosas com maior freqüência em TR em menor freqüência em TG; Pode ocasionalmente levar a infecções sistêmicas; Tem sido isolada de sangue, LCR, secreção conjuntival, urina, endocardite, artrite e osteomielite; Moraxella catarrhalis: microbiota normal de TRS e as infecções causadas por ela geralmente envolvem cepa endógena do paciente; Mais freqüentemente associada a: otite média, sinusite, conjuntivite e pneumonia. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Na coloração de Gram apresenta morfologia celular de diplococos gram negativos; Oxidase e DNAse positivas (o que a diferencia de Neisseria spp.); Imóveis; Em ágar sangue e ágar chocolate produz colônias opacas pequenas, redondas, inteiras, cinza-esbranquiçadas de 3 a 5 mm de diâmetro. Raramente isolada de amostras clínicas; Altamente patogênica em crianças prematuras (taxa de mortalidade de 55%), podendo levar a meningite neonatal; Pode causar pneumonia em adultos imunossuprimidos. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Ao Gram: bacilos gram negativos finos; Indol positivo Produz colônias com pigmento amarelo pálido; Cresce fracamente em MacConkey ou não crescem; Glicose oxidativa; Oxidase positiva; Motilidade negativa. ANTIBIOTICOTERAPIA Possuem resistência acentuada a maioria dos antimicrobianos Os padrões de sensibilidadepodem auxiliar na identificação; Os antimicrobianos recomendados pelo NCCLS (National Comittee for Clinical Laboratory Standards) para testar frente a isolamentos de P. aeruginosa e Acinetobacter spp. são: Amicacina Gentamicina Ceftazidima Piperacilina Aztreonam Cefoperazona Cefepime * Para cepas isoladas de urina POLIMIXINA !!!!!!!!!!!! Pseudomonas aeruginosa Acinetobacter spp. Stenotrophomonas maltophilia Burkholderia cepacia Moraxella spp. Chryseobacterium (Flavobacterium) meningosepticum - Ciprofloxacina - Imipenem - Tobramicina *Carbenicilina *Tetraciclina *Norfloxacina/Ofloxacina * Sulfametoxazol/trimetopim Prof. Andréa Emilia Marques Stinghen Microbiologia Clínica
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