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REVISÃO N1 HISTÓRIA PSICOLOGIA

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RESUMO HISTORIA DA PSICOLOGIA N1 
BREVE RESUMO DA HISTÓRIA DA PSICOLOGIA 
Influências Filosóficas: 
Há milhares de anos atrás, desde que o Homem se percebeu como um ser pensante, inserido em 
um complexo que chamou de Natureza, ele vem buscando respostas para suas dúvidas e factos 
que comprovem e expliquem a origem, as causas e as transformações do mundo. No entanto, o 
comportamento e a conduta humana são assuntos que sempre nos fascinou e estão registrados 
historicamente ao longo desses anos. Isso faz com que a Psicologia seja uma das mais antigas e 
uma das mais novas disciplinas académicas, criando assim esse paradoxo. 
Durante muito tempo se procurou explicações para as questões naturais e humanas através de 
personagens Mitológicos. Para os Gregos, os Mitos eram narrativas sagradas sobre a origem de 
tudo; eram tudo em que acreditavam como verdadeiro. Os poetas-videntes, que narravam os 
Mitos, possuíam uma autoridade mística sobre os demais, pois eram "escolhidos dos deuses" que 
lhe mostravam os acontecimentos passados através de revelações e sonhos, para que esses 
fossem transmitidos aos ouvintes. Com o passar do tempo a Mitologia parecia não satisfazer 
mais, pois notava-se insuficientemente eficaz para a quantidade cada vez maior de questões, e 
no início do século VI antes de Cristo, nasce a Filosofia, que significa "Amizade pelo Saber" e 
define uma forma característica de pensar (pensamento racional). Com ela vários filósofos se 
destacaram, cada um com sua forma particular de pensar e de procurar a sabedoria. 
Alguns dos factos históricos que facilitaram o surgimento 
Filosofia na Grécia foram as viagens marítimas (descobertas de novos mundos), a invenção do 
calendário (abstração do tempo), a invenção da moeda (forma de troca), o surgimento da vida 
urbana (ambiente para propagação), a invenção da escrita alfabética (registro abstrato de ideias), 
a invenção da política (Ética da Pólis), que introduziu três fatores decisivos: as leis, o surgimento 
de um espaço público, e a estimulação de um pensamento coletivo, onde as ideias eram 
transmitidas em forma de discurso público. 
Através da Filosofia grega, que foi instituída no ocidente, foi-nos possível conhecer as bases e os 
princípios fundamentais de conceitos que conhecemos como razão, racionalidade, ética, política, 
técnica, arte, física, pedagogia, cirurgia, cronologia e, principalmente o conceito de ciência. 
Entre os vários filósofos gregos que contribuíram com suas ideias, temos: 
- Pitágoras (séc. V a.C.) – para ele, a completa sabedoria pertencia somente aos deuses, mas era 
possível apreciá-la, amá-la e com isso, obtê-la. Dizia que a natureza é formada por um sistema 
de relações ou de proporções matemáticas, de tal modo que essas combinações aparecem aos 
nossos órgãos dos sentidos sob a forma de qualidades dualísticas. 
- Parménides (+/- 544 - 450 a.C.) – segundo ele, para chegarmos à verdade não podemos confiar 
nos dados empíricos, temos que recorrer à razão. Nada pode mudar, só existe o ser imutável, 
eterno e único, em oposição ao não ser. Temos de ignorar os sentidos e examinar as coisas com 
a força do pensamento. O que está fora do ser não é o ser, é nada, o ser é um. 
- Heráclito (+/- 540 - 470 a.C.) – as suas ideias são contrárias às de Parménides e é considerado 
o mais importante dos pré-socráticos. É dele as frases: Tudo flui. O LOGOS é o princípio 
cósmico. Não entramos no mesmo rio duas vezes. A verdade encontra-se no DEVIR e não no 
ser. A Alma não tem limites, pois o seu logos é profundo e aumenta gradativamente. O 
pensamento humano participa e é parte do pensamento universal. Deus manifesta-se na natureza 
e é está cheio de opostos. A terra cria tudo e tudo volta para ela. 
Estes e muitos outros filósofos, que são chamados de pré-socráticos, contribuíram para encerrá-
lo de uma visão mítica e religiosa que se tinha até então da natureza e a partir daí foi adoptada 
uma forma científica e racional de pensar. Sócrates é considerado um "divisor de águas" na 
Filosofia. 
Sócrates (470 - 399 a.C.), a sua biografia é contada por Platão em várias das suas obras, pois 
Sócrates, conforme dizem, era analfabeto. Usando um método próprio, chamado de «maiêutica» 
(Trazer à Luz - fazer parir), que partia de perguntas feitas às pessoas, ele fazia com que elas 
"parissem as suas próprias ideias" sobre as coisas. Comparava a sua técnica filosófica, a qual 
acreditava que ajudava a existência humana à aperfeiçoar seu espírito, com a atividade da sua 
mãe, que era parteira. Para Sócrates as etapas do saber são quatro: Ignorar a sua própria 
ignorância; conhecer a sua Ignorância, Ignorar o seu saber e conhecer o seu saber. Teve vários 
seguidores, causou muita irritação por suas "ideias pervertidas" e por um júri de cinquenta 
pessoas foi condenado à morte por envenenamento, bebendo a Cicuta. Poderia ter fugido da 
prisão, ter pedido clemência ou ainda ter saído de Atenas, mas simplesmente não quis, tornando-
se assim o primeiro mártir da Filosofia. 
Após Sócrates, temos alguns filósofos cujas ideias são de extrema importância para que a 
Psicologia se destacasse. Por exemplo, Platão, Aristóteles e outros filósofos gregos 
preocupavam-se com muitos dos problemas que hoje cabe aos Psicólogos tentarem explicar: a 
memória, a aprendizagem, a percepção, a motivação, os sonhos e principalmente o 
comportamento anormal. 
Aristóteles (384 - 322 a.C.) - Foi criado com um grupo de médicos amigos de seu pai. Aos dezoito 
anos foi para Atenas, entrou para a Academia, onde se tornou discípulo de Platão. Defendeu 
alguns princípios platónicos nos seus escritos durante esse período na Academia, mas a sua 
inteligência e disciplina extraordinária fez com que ele fosse um dos primeiros e o maior crítico da 
teoria platónica das ideias, principalmente na Metafísica. Em 334 a.C. regressou a Atenas, onde 
fundou sua própria escola, o Liceu. O seu estilo sempre foi predominantemente científico, mas 
muitos dos seus livros perderam-se por causa de constarem do Índice de Livros proibidos da 
Igreja Católica. Pode-se dizer que foi ele quem realizou um importante e decisivo trabalho de 
revisão e elaboração da história dos pré-socráticos. 
Aristóteles argumenta que é a razão que controla os nossos atos e nela há o raciocínio a partir 
dos dados dos sentidos; contudo, para ele a relação sujeito-objeto era direta. O mundo é dividido 
entre orgânico e inorgânico, sendo o orgânico que encerra em si a capacidade de transformação. 
Assim, ele concorda com Platão que punha a essência do homem na alma. A função do homem é 
a atividade da sua alma, que segue ou implica um princípio racional, daí sua famosa afirmação: 
"O homem é um ser racional". 
Podemos dizer que a ciência ocidental efetivamente começou com Aristóteles. Ele convenceu-se 
de que a infinita variedade da vida podia ser disposta numa série contínua e que existe uma 
«escada» da natureza, que evolui dos organismos mais simples para os mais elevados. Mesmo 
assim, a sua Fisiologia (ciência dos fenómenos físicos) era precária, pois acreditava em coisas 
como, por exemplo: que o cérebro é um órgão para resfriar o sangue; que o corpo do homem é 
mais completo do que o da mulher; na reprodução a mulher é passiva e recebe, enquanto o 
homem é ativo e semeia. Sendo assim, as características seriam predominantemente do pai. 
Até o século XVII os filósofos estudavam a natureza humana mediante a especulação, a intuição 
e a generalização, pois baseavam-se na sua pouca experiência. Até este período, o homem 
olhava para o passado a fim de obter as suas respostas. Somente aplicavam instrumentos e 
métodos científicos que já se tinham mostrado eficazes nas ciências físicas e biológicas. 
Contudo, ocorreu uma transformação substancial nos seus estudos, fazendo assim um estudo 
essencialmente científico, apoiado em observações e experimentações cuidadosamentecontroladas para estudar a mente humana, fazendo com que a Psicologia alcançasse uma 
identidade que a distinguiria das suas raízes filosóficas. 
Com os avanços da Física e das novas tecnologias, os métodos e as descobertas da ciência 
cresciam vertiginosamente, fazendo surgir maravilhosas e extravagantes formas de divertimento 
nos jardins reais da Europa. Através da água, que fluindo através de tubulações subterrâneas, 
colocava-se em funcionamento figuras mecânicas que realizavam movimentos variados. Esses 
divertimentos aristocráticos refletiam e reforçavam o espanto do homem diante do milagre das 
máquinas. Desenvolveu-se e aperfeiçoou-se todos os tipos de máquinas para a ciência, indústria 
e entretenimento, como relógios mecânicos bastante precisos, bombas, alavancas, roldanas, 
guindastes e outros, tudo isto criado para servir ao homem. Parecia não haver limites de criação e 
usos para essas máquinas. A ideia básica originou-se da Física (ou "filosofia natural" como era 
conhecida) das obras de Galileu, que implantou a ideia de que o universo era formado de 
partículas de matéria (átomos) em movimento, portanto, estaria sujeito a leis de medição, cálculo 
e passível de previsão. A observação e a experimentação, seguidos pela medição eram marcas 
distintivas da ciência e começou a ficar evidente que todos os fenómenos poderiam ser descritos 
e definidos por um número, ou seja, eram quantificáveis. Essa necessidade de medição era vital 
para o estudo do universo como máquina e fez surgir diversos aparelhos de medição como 
termómetros, réguas, barómetros, relógios de pêndulo, etc. A relação deste facto, que se deu 
aproximadamente 200 anos antes do estabelecimento da Psicologia como ciência é directa e 
conveniente, pois isso deu sentido à uma forma que uma nova Psicologia, que estava a ser 
germinada, teria que adoptar, pois se todo universo era agora como uma máquina, ordenado, 
previsível, observável, mensurável, por que é que o homem não pode ser visto sob a mesma luz? 
Dito por outras palavras, os mesmos eficazes métodos experimentais e quantitativos, utilizados 
para revelar os segredos do universo físico, podiam ser aplicados na exploração e previsão dos 
processos e condutas humanas. 
Quando o empirismo se tornou dominante, surgiu uma nova desconfiança sobre todo o 
conhecimento até então obtido, dos conceitos e da visão que se tinha das coisas, dos dogmas 
filosóficos e teológicos do passado, aos qual a ciência estava presa. Vários homens contribuíram 
na elaboração de questões, tão importantes para a mudança. De entre eles, um destacou-se por 
contribuir directamente para a história da Psicologia Moderna, libertando-nos dos dogmas 
teológicos e tradicionais rígidos que dominaram desde a época aristotélica. Esse grande homem, 
que simboliza a transição da Renascença para o período moderno da ciência e que representa os 
primórdios da Psicologia Moderna foi René Descartes. 
A maior contribuição de Descartes para a História da psicologia Moderna foi a tentativa de 
resolver o problema corpo mente que era uma questão controversa e que perdurava desde o 
tempo de Platão, sendo que a maioria dos pensadores deixaram de adoptar uma visão monista 
(mente e corpo são uma só entidade) e adoptaram a sua posição dualista: mente e corpo são de 
naturezas distintas. Contudo esta posição cartesiana implicava uma outra questão: Qual é a 
relação entre mente e corpo? A mente e o corpo influenciam-se mutuamente ou só a mente 
influenciava o corpo conforme se pensava até então? Descartes “absorveu” a posição dualista, 
mas defendia que a interação entre mente e corpo era muito maior que se imaginava e que não 
só a mente poderia influenciar o corpo, mas o corpo também influenciava a mente de uma forma 
muito maior do que se imaginava até então. Descarte argumentou que a função da mente era 
somente a do pensamento e que todos os outros processos eram realizados pelo corpo. Mente e 
corpo, apesar de serem duas entidades distintas, são capazes de exercer influências mútuas e 
interagir no organismo humano. Essa teoria foi chamada de interacionemos mente-corpo. Uma 
vez que o corpo está separado da mente e é formado por matéria física, este deve compartilhar 
então as suas características com todas as leis da Física que explicam a ação e o movimento. 
Descartes concluiu que o corpo é como uma máquina, onde o seu funcionamento pode ser 
explicado por essas leis mecânicas da física. Descartes foi profundamente influenciado e 
influenciou bastante o espírito mecanicista do seu tempo. Por outro lado, por não possuir 
quaisquer propriedades da matéria, a mente tem como função o pensamento e a consciência; é 
ela que nos fortalece o conhecimento do mundo externo. Essa "coisa pensante" é livre, imaterial e 
inextensa (res cogitans). 
Ora, uma vez que existe essa interacção mútua entre corpo e mente, Descartes foi forçado a crer 
que havia um ponto no corpo onde essa interacção poderia acontecer e, como percebeu que as 
sensações viajam até ao cérebro por percursos bem definidos, acreditou ser este o órgão 
responsável por esta interacção. Mais precisamente a glândula pineal, pois é esta a única 
estrutura não duplicada no cérebro. Considerou então ser este o ponto onde acontecia a 
interação mente-corpo. 
A obra mais importante de Descartes foi O Discurso do Método, que era dividido em seis partes. 
Nessa obra, Descartes estabeleceu que somente através da razão, que mediava todas as 
relações sujeito-objecto, é que se pode chegar à verdade sobre as coisas; o filósofo francês fez 
também severas críticas ao sensualismo dizendo que os sentidos podem enganar e, partindo as 
ideias de Galileu, disse que a chave para a compreensão do universo estava na matemática. 
Após Descartes, a ciência moderna e a psicologia desenvolveram-se rapidamente e, em meados 
do século XIX, o pensamento europeu foi impregnado por um novo espírito: o Positivismo. Esse 
conceito foi obra de Auguste Comte que para tornar os seus conceitos o mais viáveis possíveis, 
se limitou nessa obra a apenas factos cuja verdade estavam acima de qualquer suspeita, ou seja, 
somente aos factos que poderiam ser comprovados cientificamente, observáveis e indiscutíveis. 
Este espírito materialista gerou ideias de que a consciência poderia ser explicada através em 
termos da Física e da Química e os investigadores neste campo concentraram-se na estrutura 
anatómica e fisiológica do cérebro. Durante este período histórico, na Inglaterra, estavam em 
grande actividade um terceiro grupo de filósofos, os empiristas. Investigavam como a mente 
adquire os conhecimentos e diziam ser somente através das experiências sensoriais que isso 
acontece. 
Positivismo, materialismo e empirismo converteram-se nos alicerces filosóficos de uma nova 
psicologia, onde os fenómenos psicológicos eram constituídos de provas factuais, observacionais 
e quantitativas, sempre baseados na experiência sensorial. O método dos empiristas apoiava-se 
completamente na observação objectiva e na experimentação, e diz que a mente se desenvolve 
através da acumulação progressiva das experiências sensoriais. Desta forma, é nítido que estas 
ideias iam de encontro às teorias de Descartes, que dizia que algumas ideias eram inatas. De 
entre os empiristas britânicos, as suas principais contribuições para a Psicologia é-nos dada por 
John Locke (1632-1704) - Ensaio Acerca do Entendimento Humano - 1690, que começou por 
negar a existência de ideias inatas e que através da experiência o homem adquire 
conhecimentos, e que esse processo era composto de duas fases: as sensações e as reflexões e 
através das reflexões os indivíduos recordam e combinam as impressões sensoriais para formar 
abstracções e outras ideias de nível superior. A origem geral das ideias são sempre as 
experiências ou as impressões sensoriais, mas a formação das ideias de nível superior 
proporcionou a noção da associaçãode ideias, assim como a decomposição de processos 
mentais em ideias simples e a combinação dessas ideias passaram a ser o núcleo da 
investigação central da Nova Psicologia Científica. Uma outra doutrina importante de Locke foi a 
noção de qualidades primárias (inerente aos objectos e independentes dos nossos sentidos) e as 
qualidades secundárias (dependentes da pessoa que percebe). As qualidades secundárias só 
existem no acto da percepção e são de natureza subjectiva. Ora, isto vem numa tentativa de 
explicar o facto de nem sempre existir uma correspondência exacta entre o mundo físico e a 
forma como este é percebido pelo sujeito. Isto fez com que alguém perguntasse se esta diferença 
de qualidades realmente existia ou se, todas as qualidade de alguma coisa não dependem 
somente da percepção e da subjectividade do observador. Quem levantou esta questão foi 
George Berkeley (1685-1753) - Um Ensaio Para Uma Nova Teoria da Visão (1709) e O Tratado 
Sobre os Princípios do Conhecimento Humano (1710). A sua contribuição para a psicologia ficou 
nestes dois livros e no facto de ter concordado com Locke acerca de que todo conhecimento 
provinha do experiência, mas discordou quanto às qualidades primárias, dizendo só existirem as 
secundárias, pois todo conhecimento é ‘produto’ da pessoa que percebe ou experimenta. Alguns 
anos depois, esta oposição à ideia de Locke foi chamada de Mentalismo, pois dava total ênfase 
aos fenómenos mentais. Tudo que podemos crer é naquilo que percebemos, pois a percepção 
está dentro de nós e portanto, é individualmente subjectiva, assim como se eliminarmos a 
percepção a qualidade desaparece, não existindo assim substância material de que possamos 
estar certos. 
Outros três filósofos historiadores que contribuíram para a história da Psicologia foram David 
Hume (1711-1776), com a obra Tratado Sobre a Natureza Humana (1739), David Hartley (1705-
1757) com sua obra: Observações Sobre o Homem, Sua Constituição, Seu Dever e Suas 
Expectativas (1749) e James Mill (1773-1836) com sua obra: Análise dos Fenómenos da Mente 
Humana (1829). 
Influências Fisiológicas: 
As influências da fisiologia na Psicologia ocorrem devido às diferenças individuais, dadas pelos 
factores pessoais, que foram recebidas e sobre as quais não se tem controle. Trata-se da 
subjectividade influenciando na percepção dos fenómenos mentais. Os cientistas, no final do 
século XIX, passaram então à investigação e estudo dos órgãos dos sentidos, através dos quais, 
recebemos as informações acerca do mundo externo e temos as sensações e percepções. Vários 
foram os cientistas que recorreram ao método experimental para estudo da psicologia e 
realizaram estudos sobre o comportamento, os movimentos voluntários, involuntários e os 
movimentos reflexos. De entre eles, na Alemanha, tivemos quatro que são responsáveis directos 
pelas primeiras aplicações desse método: Hermann von Helmholtz, Ernest Weber, Gustav T. 
Fechner e Wilhelm Wundt. Todos eles estavam integrados com o desenvolvimento da fisiologia e 
da ciência que ocorreu na metade do século XIX. Os seus trabalhos foram decisivos para a 
fundação da Nova Psicologia. 
Helmholtz, através de pesquisas com rãs, realizou importantes experiências sobre a velocidade 
dos impulsos nervosos e o tempo que os músculos levam para responder. Realizando assim a 
primeira medição desse tempo, que antes se pensava que seria rápido demais para que pudesse 
ser medido. Realizou pesquisas também sobre a visão e a audição. Weber foi um pouco mais 
além de Helmholtz; realizou pesquisas no campo das sensações cutâneas e musculares, mas a 
sua principal contribuição para a Psicologia foi o seu trabalho designado de «Limiar de Dois 
Pontos», que consistiu em determinar a distância em que dois pontos de estimulação na pele 
pudessem ser discriminados como somente um ponto ou dois distintos de estimulação. Weber 
também realizou outras pesquisas importantes no que respeita à percepção, e mostrou que há 
relação directa entre um estímulo físico e a nossa percepção deste. Fechner era mais ligado a 
interesses intelectuais e em 1833, após muitos anos de trabalhos árduos, entrou em profunda 
depressão que durou vários anos, perdendo o seu interesse pela vida. Após uma breve melhora, 
Fechner percebeu que a quantidade de sensação (mental) depende da quantidade de estímulo 
(físico ou material), logo, que seria possível relacionar quantitativamente os mundos mental e 
material. Seria necessário, entretanto, que fossem medidos de forma precisa o estímulo físico e 
sensação mental. Medir os estímulos físicos era relativamente fácil, mas como medir se o 
estímulo estava ou não a ser sentido era uma tarefa que somente o sujeito pode determinar, 
através do relato da sensação. Isso foi chamado de Limiar Absoluto de Sensibilidade. Fechner 
propôs também o Limiar Diferencial, onde a menor quantidade de mudança de estímulo produz 
ainda uma mudança de sensação. O resultado das pesquisas de Fechner foi chamado de 
Psicofísica, que significa um relacionamento entre os mundos mental e material. Através de seus 
métodos foi possível quebrar uma barreira imposta no início do século XIX, quando Immanuel 
Kant insistia que a Psicologia jamais poderia tornar-se uma ciência, pois seria impossível realizar 
experiências com processos psicológicos, que até então eram impossíveis de serem medidos. 
Com algumas modificações, os métodos de Fechner na pesquisa dos problemas psicológicos são 
utilizados até hoje, sendo que já na época foram eles que nortearam todo o trabalho de psicologia 
experimental de Wilhelm Wundt. Este último deu à psicologia técnicas de medidas precisas e 
elegantes, fazendo dela uma ciência. Wundt estabeleceu o seu primeiro laboratório na 
Universidade de Leipzig, na Alemanha. Utilizou as técnicas usadas pelos fisiologistas e os 
métodos experimentais das ciências naturais. Apesar de utilizar o método reducionista, 
concordava serem os elementos da consciência entidades estáticas, mas que estes participavam 
activamente no processo de organização de seu próprio conteúdo, logo deu mais importância à 
essa organização do que aos elementos em si. O método de estudo de Wundt era o da 
introspecção analítica, cujo conceito ele adaptou de Sócrates, inovando apenas no uso de um 
controle experimental preciso no método. Considerava as sensações e os sentimentos formas 
elementares da experiência, apesar de considerar a mente e o corpo sistemas paralelos mas não 
interactuantes, e como a mente não dependia do corpo, era possível estudá-la eficazmente em si 
mesma. 
Nos primeiros anos do Laboratório de Leipzig, Wundt teve que desvincular o seu trabalho de um 
passado não científico, cortando vínculos com a velha filosofia mental; deixou para esta última 
discussões sobre a natureza da alma imortal e o seu relacionamento com o corpo mortal, o que 
contribuiu ainda mais para seu trabalho científico e foi considerado um grande salto. Isto gerou 
algumas controvérsias, mas outros estudiosos participaram e se mantiveram unidos em termos 
de tema e propósito para a psicologia ser científica e não o "estudo da alma". Em 1892 uma 
versão da psicologia de Wundt foi levada aos Estados Unidos pelo seu aluno E. B. Titchener, que 
a alterou consideravelmente, propondo uma nova abordagem que denominou estruturalismo. 
Apesar de ser a introspecção o seu método de estudo, 
Titchener criticou publicamente a abordagem wundtiana. Na sua abordagem própria, os 
observadores (que eram os próprios psicólogos), eram treinados e tinham que aprender a 
perceber para que pudessem descrever o seu estado consciente e não o estímulo em si. Muitas 
pesquisas foram realizadas sobre as várias qualidades das sensações básicas que foram 
"descobertas", apesar disso o estruturalismo apresentava algumas limitações óbvias, mostrando 
que o método de estudo, a introspecção formal, falhava por ser obscuro e pouco confiável,portanto fora do alcance do objectivo científico. 
Outro movimento que veio remediar estas falhas foi o funcionalismo. William James (1842 - 
1910), um dos mais influentes psicólogos americanos, professor de Filosofia em Harvard, não se 
identificou com nenhum movimento e via o estruturalismo como sendo limitado, artificial e 
extremamente inexato. Além disso, argumentou James, a consciência é subjetiva, está em 
constante movimento de evolução, é seletiva na escolha dos inúmeros estímulos que a 
bombardeiam e tem como papel principal a adaptação dos indivíduos aos seus ambientes. Vários 
psicólogos foram influenciados pela visão de James e como os processos mentais funcionavam 
para ajudar na adaptação dos homens em um mundo hostil. Apesar de se oporem fortemente ao 
estruturalismo, discordaram entre si em alguns aspectos. Isso fez com que o funcionalismo não 
pudesse mais se auto sustentar-se e, em 1912 surgiu um novo movimento norte-americano, o 
Behaviorismo. Liderado por John Watson (1878 - 1958), o Behaviorismo tinha a proposta de fazer 
da Psicologia uma ciência respeitável como as ciências naturais, algo só possível se os 
psicólogos utilizassem como objeto de estudo o comportamento observável, isto é, que pode ser 
mensurado, e métodos objetivos, pois os processos mentais pouco importavam por não serem 
passíveis de mensuração até então. A maior crítica do behaviorismo ao estruturalismo foi 
exatamente o objeto de estudo: a mente. Essa nova proposta atraiu vários jovens seguidores 
psicólogos americanos que se sentiram atraídos pela proposta objetiva, e o estilo fulgurante do 
Behaviorismo, que marcou bastante a psicologia norte-americana. 
A filosofia principal do Behaviorismo começou por estudar os comportamentos controlados em 
laboratórios dos animais (os quais podiam ser comparados aos dos humanos), de acordo com 
estímulos que lhes eram apresentados. Com o passar do tempo essa filosofia foi ampliada pelas 
ideias de B. F. Skinner (1904 - 1990), uma dos mais importantes figuras do comportamentalismo. 
Enquanto isso, na Alemanha, crescia a Psicologia da Gestalt (que significa forma, estrutura). 
Tanto o Behaviorismo norte-americano, como a Psicologia da Gestalt alemã, surgiu, em parte, 
como protesto, baseado nas críticas ao estruturalismo, mas a psicologia da Gestalt, no lugar de 
criticar o objeto de estudo, que no caso era a mente, vem criticar o método utilizado até então, 
que era o da introspecção. Para, além disto, critica também o reducionismo praticado pelos 
behavioristas. 
Em 1912, Max Wertheimer (1880 - 1943), considerado o fundador da Psicologia da Gestalt, 
publicou um relatório sobre os seus estudos acerca do fenómeno que chamou de Movimento 
Aparente, ou seja, a impressão de movimento quando na verdade ele não ocorre. O cinema e as 
imagens de telas de TV são óptimos exemplos deste fenómeno, onde uma sequência de imagens 
consecutivas nos é apresentada e essa consecução nos dá a nítida ideia de movimento. Com 
isso, pela primeira vez, foi demonstrado que "O todo é mais que a soma das partes", pois se uma 
imagem apenas nos for apresentada (reducionismo), a ideia principal que é o movimento 
simplesmente deixa de existir. É o mesmo que acontece com uma sinfonia, onde se somente uma 
nota for apresentada, perde-se a ideia da harmonia musical que esta proporciona ao conjunto. 
Paralelamente, mas alheio às influências da psicologia académica, na Europa surgia um novo 
movimento chamado de Teoria Psicanalítica, onde Sigmund Freud (1856 - 1939) foi seu 
precursor. 
A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA 
A história da construção da Psicologia está ligada, em cada momento histórico, às exigências de 
conhecimento da humanidade, às demais áreas do conhecimento humano e aos novos desafios 
colocados pela realidade econômica e social e pela insaciável necessidade do homem de 
compreender a si mesmo. 
A Psicologia entre os gregos 
A história do pensamento humano tem um momento áureo na Antiguidade, entre os gregos, 
particularmente no período de 700 a.C. até a dominação romana, às vésperas da era cristã. 
É entre os filósofos gregos que surge a primeira tentativa de sistematizar uma Psicologia. O 
próprio termo psicologia vem do grego psyché (alma), e de logos (razão), portanto psicologia 
significa "estudo da alma". 
Os filósofos pré-socráticos preocupavam-se em definir a relação do homem com o mundo através 
da percepção. Havia uma oposição entre os idealistas (a idéia forma o mundo) e os materialistas 
(a matéria que forma o mundo já é dada para percepção). 
Sócrates postulava que a principal característica humana era a razão. Ao definir razão 
peculiaridade do homem ou como essência, ele abriu um caminho que seria muito explorado pela 
Psicologia. 
Platão procurou definir um "lugar" para razão em nosso próprio corpo. Definiu esse lugar como 
sendo a cabeça, onde se encontra a alma do homem. Quando alguém morria, a matéria (o corpo) 
desaparecia, mas a alma ficava livre para ocupar outro corpo. 
Aristóteles foi inovador ou postulas que a alma e o corpo não poderiam ser dissociados. Para ele, 
a psyché seria o princípio ativo da vida. Tudo aquilo que cresce, se reproduz e se alimenta possui 
sua própria alma. Dessa forma os vegetais, os animais e os homens teriam alma. Os primeiros 
teriam uma alma vegetativa, os segundos também e ainda a alma sensitiva. Os homens teriam os 
dois níveis anteriores e ainda a alma racional. 
Sua obra Da anima, pode ser considerada o primeiro tratado em Psicologia. 
A Psicologia no Império Romano e na Idade Média 
Uma das principais características desse período é o aparecimento e desenvolvimento do 
cristianismo, uma força religiosa que passa a força política dominante. Falar de Psicologia nesse 
período é relacioná-la ao conhecimento religioso, já que ao lado do poder econômico e político, a 
Igreja Católica também monopoliza do saber e, conseqüentemente, o estudo do psiquismo. 
Nesse sentido dois grandes filósofos representam esse período: 
Santo Agostinho, inspirado em Platão, também fazia uma cisão entre a alma e o corpo, entretanto 
a alma não era somente a sede da razão, mas a prova de uma manifestação divina no homem. 
São Tomás de Aquino foi buscar em Aristóteles a distinção entre essência e existência. Como o 
filósofo grego, considera que o homem, na sua essência, busca a perfeição através de sua 
existência. Afirma ainda, que somente Deus seria capaz de reunir a essência e a existência, em 
termos de igualdade. Portanto, a busca de perfeição pelo homem seria a busca de Deus. 
A Psicologia no Renascimento 
Neste período Descartes postulou a separação entre mente (alma, espírito) e corpo, afirmando 
que o homem possui uma substância material e uma substância pensante, e que o corpo, 
desprovido do espírito, é apenas uma máquina. Esse dualismo mente-corpo torna possível o 
estudo do corpo humano morto, o que era impensável nos séculos anteriores, e dessa forma, 
possibilita o avanço da Anatomia e da Fisiologia, que iria contribuir em muito para o progresso da 
própria Psicologia. 
A Origem da Psicologia Científica 
È em meados do século 19 que os problemas e temas da Psicologia, até então estudados 
exclusivamente por filósofos, passam a ser também, investigados pela Fisiologia e pela 
Neurofisiologia em particular. Os avanços que atingiram também essa área levaram a formulação 
de teorias sobre o sistema nervoso central, demonstrando que o pensamento, as percepções e os 
sentimentos humanos eram produtos desse sistema. 
Para se conhecer o psiquismo humano passa a ser necessário compreender os mecanismos e o 
funcionamento da máquina de pensar do homem – seu cérebro. Assim a Psicologia começa a 
trilhar os caminhos da Fisiologia, Neurofisiologia e Neuroanatomia. 
A Psicologia Científica 
O status de ciência é obtido a medida que a Psicologia se liberta da Filosofia, e atrai novos 
estudiosose pesquisadores, que, sob os novos padrões de produção de conhecimento, passam 
a: 
· definir seu objetivo de estudo (o comportamento, a vida psíquica, a consciência); 
· delimitar seu campo de estudo, diferenciando-o de outras áreas de conhecimento, como a 
Filosofia e a Fisiologia; 
· formular métodos de estudo desse objeto; 
· formular teorias enquanto um corpo consistente de conhecimentos na área. 
Embora a Psicologia científica tenha nascido na Alemanha, é nos Estados Unidos que ela 
encontra campo para um rápido crescimento, resultado do grande avanço econômico que o 
colocou na vanguarda do sistema capitalista. É ali que surgem as primeiras abordagens ou 
escolas da Psicologia, as quais deram origem às inúmeras teorias que existem atualmente. 
O Funcionalismo 
O Funcionalismo é considerado como a primeira sistematização genuinamente americana de 
conhecimentos em Psicologia. Uma sociedade que exigia o pragmatismo para o seu 
desenvolvimento econômico acaba por exigir dos cientistas americanos o mesmo espírito. Desse 
modo, para a escola Funcionalista de W. James, importa responder "o que fazem os homens" e 
"por que o fazem". Para responder a isso W. James elege a consciência como o centro e suas 
preocupações e busca a compreensão de seu funcionamento, na medida em que o homem a usa 
para adaptar-se ao meio. 
O Estruturalismo 
O estruturalismo está preocupado com a compreensão do mesmo fenômeno que o 
Funcionalismo: a consciência. Mas, diferentemente de W. James, Titchner irá estudá-la em seus 
aspectos estruturais, isto é, os estados elementares da consciência como estruturas do sistema 
nervoso central. Esta escola foi inaugurada por Wundt, mas foi Titchner, seu seguidor, quem 
primeiro utilizou a denominação de estruturalismo. 
O Associacionismo 
Edward L. Thorndike é o principal representante do Associacionismo, e sua importância está em 
ter sido o formulador de uma primeira teoria de aprendizagem na Psicologia. O termo 
associacionismo origina-se da concepção de que a aprendizagem se dá por um processo de 
associação das idéias – das mais simples as mais complexas. Assim, para aprender um conteúdo 
complexo, a pessoa precisaria primeiro aprender as idéias mais simples, que estariam associadas 
àquele conteúdo. 
As Principais Teorias da Psicologia no Século XX 
As três mais importantes tendências teóricas da Psicologia no século passado são consideradas 
por inúmeros autores como sendo o Behaviorismo, a Gestalt e a Psicanálise. 
O Behaviorismo, que nasce com Watson e tem um grande desenvolvimento nos Estados Unidos, 
em função das suas aplicações práticas, tornou-se importante por ter definido o fato psicológico 
de modo concreto, a partir da noção de comportamento. 
A Gestalt, que tem seu berço na Europa, surge como uma negação da fragmentação das ações e 
processos humanos, realizada pelas tendências da Psicologia científica do século 19, postulando 
a necessidade de se compreender o homem como uma totalidade. A Gestalt é a tendência teórica 
mais ligada à filosofia. 
A Psicanálise, que nasce com Freud na Áustria, a partir da prática médica, recupera para 
psicologia a importância da afetividade e postula o inconsciente como objeto de estudo, 
quebrando a tradição da Psicologia como ciência da consciência e da razão. 
Principais Marcos da História da Psicologia: 
400 a.C. - Hipócrates relaciona características da personalidade com tipos físicos e propõe uma 
teoria fisiológica para as doenças mentais. 
350 a.C. - Aristóteles salienta a observação objectiva do comportamento humano e propõe três 
princípios para explicar a associação de ideias. 
1650 - Descartes caracteriza a relação corpo - mente como interactiva. 
1651 - Hobbes antecipa o associacionismo ao declarar que as idéias provêm da experiência 
sensorial. 
1690 - Locke declara que ao nascer a mente é uma "tábua rasa". 
1781 - Kant ataca o associacionismo e a perspectiva inatista. Vai influenciar profundamente 
filósofos e psicólogos. 
1809 - Gall, através da frenologia, chama a atenção para as faculdades mentais e para as 
funções cerebrais. 
1811-21 - Bell e Magendia: distinção entre nervos sensoriais e nervos motores. 
1838 - Johanes Muller: demonstração da energia específica dos nervos. 
1850 - Helmholtz mede os níveis de condução dos impulsos nervosos. 
1853 - Claude Bernard estabelece a existência de glândulas endócrinas, apresentando a função 
glicogénica do fígado. 
1859 - Darwin publica A Origem das Espécies, propondo a teoria da evolução através da 
selecção natural. 
1860 - Fechner apresenta vários métodos para medir a relação entre os estímulos físicos e as 
sensações. "Elementos de Psicofísica" . 
1861 - Broca descobre um centro da linguagem no hemisfério esquerdo do córtex. 
1869 - Galton estuda as diferenças individuais e aplica o conceito de adaptação selectiva de 
Darwin à evolução das raças. 
1879 - Wundt funda o primeiro Laboratório de Psicologia em Leipzig. 
1882 - Stanley Hall funda o primeiro Laboratório de Psicologia nos EUA. 
1885 - Ebbinghaus publica os primeiros estudos experimentais sobre a memória. 
1890 - William James publica nos EUA o livro Princípios da Psicologia. 
1898 - Thorndike desenvolve alguns dos primeiros estudos experimentais sobre a aprendizagem 
animal. 
1900 - Freud publicou "A Interpretação dos Sonhos", onde apresenta muitas das suas 
interpretações sobre a psicanálise. 
1905 - Binet e Simon desenvolvem o primeiro teste de inteligência. 
1906 - Pavlov publica os resultados dos seus estudos sobre o condicionamento clássico. 
1911 - Thorndike publica "Animal Intelligence". 
1912 - Wertheimer publica a primeira formulação do gestaltismo. 
1913 - Watson apresenta o manifesto behaviorista. 
1917 - Köhler publica os resultados dos seus estudos sobre a resolução de problemas com 
primatas. 
1929 - Berger evidencia a actividade eléctrica do cérebro com o registo dos primeiros 
electroencefalogramas. 
1938 - Skinner publica o resumo dos resultados das investigações sobre o condicionamento 
operante. 
1942 - Carl Rogers apresenta os fundamentos da concepção humanista de terapia. 
1949 - Teoria da Informação de Shannon e Weaver. 
1954 - Piaget publica A Construção do Real na Criança, que se centra no desenvolvimento 
cognitivo.

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