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Sangue e Hemoderivados - Seminário Hemólise

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Reação Hemolítica Tardia
Reação Hemolítica Aguda
Reação Febril não-Hemolítica
Hemólise não Imunológica
Ana Flávia Antunes, Camila da Silveira, Helena Brammer, Henrique Ferreira, Laís Quoos Chuquel, Victoria Cunha Farah
Reação mais comum na prática hemoterápica está geralmente associada à presença de anticorpos contra os antígenos HLA dos leucócitos e plaquetas do doador. Esta reação geralmente ocorre no final ou 1 a 2 horas após a transfusão. Apresenta febre e ou calafrios. Pode ser acompanhada de dor lombar leve, sensação de morte iminente. 
Reação Febril não-Hemolítica
a elevação de temperatura durante uma transfusão de sangue pode ser um sinal de reação mais grave como hemólise ou contaminação bacteriana. 
Medidas profiláticas podem ser tomadas após o segundo episódio leve ou após o primeiro, desde que este tenha sido grave, utilizando-se Paracetamol 1 hora antes da transfusão. Caso a medicação não evite a ocorrência de reações futuras, pode-se optar pela filtragem do concentrado de hemácias e dos concentrados de plaquetas. 
Reação Febril não-Hemolítica
Quando há hemólise por outras causas que não imunológicas como citado acima. 
Pode ocorrer quando: as hemácias são congeladas ou superaquecidas; há administração concomitante de medicações e/ou hidratação (soro glicosado; o sangue é administrado sob pressão (circulação extracorpórea), quando há manipulação violenta da bolsa de sangue, etc.). 
Hemólise não Imunológica
Interromper imediatamente a transfusão e comunicar o médico responsável pela transfusão; Manter acesso venoso com solução salina a 0,9%; Verificar sinais vitais e observar o estado cardiorrespiratório; Verificar todos os registros, formulários e identificação do receptor. Verificar à beira do leito, se o hemocomponente foi correta­mente administrado ao paciente desejado; Avaliar se ocorreu a reação e classificá-la, a fim de adequar a conduta específica; Manter o equipo e a bolsa intactos e encaminhar este material ao serviço de hemoterapia; 
Conduta clínica
Avaliar a possibilidade de reação hemolítica, TRALI, anafilaxia, e sepse relacionada à transfusão, situações nas quais são necessárias condutas de urgência; Se existir a possibilidade de algumas destas reações supracitadas, coletar e enviar uma amostra pós-transfusional junto com a bolsa e os equipos (garantir a não-contaminação dos equipos) ao serviço de hemoterapia, assim como amostra de sangue e/ou urina para o laboratório clinico quando indicado pelo médico; Registrar as ações no prontuário do paciente.
Conduta clínica
Treinamento dos profissionais da saúde quanto às normas de coleta e identificação de amostras e dos pacientes; Avaliação criteriosa da indicação transfusional; Avaliação das transfusões “de Urgência”; 
Prevenção
Realizar uma história pré-transfusional detalhada, incluindo história gestacional, transfusional, diagnóstico, e tratamentos anteriores; Atenção em todas as etapas relacionadas à transfusão; Atenção redobrada na conferência da bolsa e do paciente à beira do leito; Infusão lenta nos primeiros 50 ml;
Prevenção
Pode ocorrer em um período que pode variar de 24 horas até cerca de 3 semanas depois da transfusão sanguínea. Essa reação é caracterizada pela hemólise das hemácias transfundidas, tal fato ocorre devido à presença de aloanticorpos que não são detectados nos testes pré-transfusionais. Este evento, geralmente apresenta boa evolução, porém não pode ser considerado benigno. 
Reação Hemolítica Tardia
A RHT ocorre devido a não-detecção de um aloanticorpo previamente desenvolvido, por transfusão ou até mesmo na gestação, no que irá levar a hemólise de hemácias antígeno-positivas transfundidas. 
Etiologia
Segundo estudos recentes cerca de 29% dos aloanticorpos tornam-se indetectáveis após 10 meses do seu desenvolvimento. Os Anticorpos que apresentam uma queda brusca de título são encontrados mais frequentemente neste tipo de reação, como no caso do sistema Kidd.
Etiologia
Frequentemente a RHT não é detectada, devido os sinais clínicos poderem serem discretos e geralmente imperceptíveis. O quadro clínico geralmente é composto por icterícia, febre e aproveitamento transfusional inadequado ou queda da hemoglobina. 
Diagnóstico
Diagnóstico
Esta reação deve ser suspeitada sempre quando ocorrer aproveitamento inadequado da transfusão ou febre sem causa aparente, mesmo sem ter icterícia. 
A presença de um novo anticorpo, seja no soro ou ligado às hemácias (teste de antiglobulina direto positivo), pode direcionar o diagnóstico. 
A confirmação é feita através de identificação do correspondente antígeno nas hemácias recentemente transfundidas.
Reação Hemolítica Aguda
Consequente à transfusão de concentrado de hemácias ABO, incompatível, na maioria dos casos. 
É temida na prática transfusional devido a sua gravidade e alto índice de mortalidade. 
Ocorre, principalmente, devido a erros de identificação de amostras de pacientes e apresenta uma incidência de 1 caso para 33.000, em 12.000 transfusões.
Os anticorpos de ocorrência natural anti-A, Anti-B e Anti-A,B do paciente reagirão com as hemácias A, B ou AB do doador, causando hemólise intravascular das hemácias transfundidas, e por mecanismo de parte das hemácias do próprio paciente. Uma reação severa que acontece entre minutos após o início da transfusão até horas após a seu término. Não há relação entre volume infundido e a intensidade da reação. 
Reação Hemolítica Aguda
HEMÓLISE IMUNO-MEDIADA: Anticorpos contra antígenos de hemácias. 
HEMÓLISE NÃO IMUNO-MEDIADA: Hemácias estocadas de longa data, deficiências enzimáticas ou drogas adicionadas ao sangue doado, contaminação bacteriana do sangue, e sangue aquecido ou refrigerado. 
Reação Hemolítica Aguda
Quadro Clinico 
Febre; Dor Torácica ou Lombar; Hipotensão; Dispnéia; Dor abdominal; Vômitos e diarréia; Oligúria, anúria, hemoglobinúria; Sangramentos espontâneos; Dor no local da infusão.
Referências
AMERICAN ASSOCIATION OF BLOOD BANKS. Technical manual, 13th ed, AABB, Bethesda, n.27, p.577-600, 1999. 
AMERICAN ASSOCIATION OF BLOOD BANKS. Technical manual, 13th ed, AABB, Bethesda, n.28, p.601-634, 1999. 
POPOVSKY MA. Transfusion and lung injury. Transfus Clin Biol., n.8, p.272-277, 2001.

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