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DOS FATOS JURÍDICOS
NEGÓCIOS JURÍDICOS
* Ciclo do direito: nasce, desenvolve-se e extingue-se.
 Essas fases ou momentos decorrem de fatos, denominados fatos jurídicos, exatamente por produzirem efeitos jurídicos. Mas não são todos os fatos que são relevantes para o direito. Para ser considerado jurídico, deve passar por um juízo de valoração.
* Fato jurídico em sentido amplo é: todo acontecimento da vida que o ordenamento jurídico considera relevante no campo do direito.
 * Somente será fato jurídico o evento, seja de que natureza for, que repercutir juridicamente.
 O direito gera direitos e deveres a todos.
* Aqueles atos que interessam à ordem, às condutas ou comportamentos, às obrigações, são objeto do direito. Desde que sejam determinados por uma relação, e em vista de uma ordem legal, entram na esfera da apreciação jurídica.
- Divisão:
 * naturais ou involuntários: não dependem da vontade humana. 
 - Quanto à pessoa, exs: nascimento, maioridade, morte, interdição, filiação, paternidade. 
 - Quanto às coisas, exs: incêndio causado por um raio, o naufrágio em razão de uma tempestade.
 * humanos ou voluntários: decorrem das ações desenvolvidas pelas pessoas e de seus pactos. A vontade humana é o que os faz surgir. A exteriorização é feita por meio de contratos, de imposições, de aceitação ou recusa, centrando-se sempre na ordem jurídica.
* Aquisição de direitos: 
- originários ou diretos: nascem no momento em que o respectivo titular se apropria ou toma posse do bem. Ex: usucapião.
- derivados ou indiretos: quando há a transferência de direitos para outro por meio da transmissão. Ex: compra e venda.
- onerosos: quando a transmissão se dá com a constraprestação. Ex: compra e venda.
- gratuito: quando não há contraprestação. Ex: a doação pura.
- universal: quando a aquisição se dá no todo ou em parte sem a individualização do direito ou do bem.
- singular: quando identificado o direito ou o bem.
- inter vivos: negócios cujas conseqüências se operam com as partes em vida.
- causa mortis: negócios que tem efeito em função da morte de uma pessoa.
* Modificação de direitos: 
 Alteração em alguns aspectos do negócio como: objeto ou conteúdo (modificação objetiva – quantitativa ou qualitativa – art. 633, CPC), os seus titulares (subjetiva), ou ambos os elementos (ex: compra e venda com reserva de domínio).
* Defesa dos direitos: art. 5º, XXXV, CF.
 - Art. 3º, CPC: “Para propor ou contestar ação é necessário ter interesse e legitimidade”.
 - Falta de interesse: 295, III (indeferimento da inicial) e 267, VI (extinção do processo).
 - autotutela: art. 188, CC.
* Perecimento ou extinção dos direitos:
 - Os direitos fundamentais nunca se extinguem.
 - os direitos subjetivos possuem um ciclo vital. Nascem e perduram até que exista a relação jurídica.
 - perda (desaparecimento durante a existência por culpa de quem o usufruía) (art. 234 e extinção ou perecimento (término da relação contratual).
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* NEGÓCIOS JURÍDICOS: Toda manifestação lícita da vontade, que tenha por fim criar, modificar ou extinguir uma relação jurídica.
César Fiúza: “[...] são atos destinados à produção de efeitos jurídicos, desejados pelo agente e tutelados pela Lei”.
* Classificação dos negócios jurídicos:
 - gratuitos (produzem a uma das partes vantagem ou enriquecimento sem contraprestação) e onerosos (benefícios e vantagens recíprocos). 
 - causa mortis (produz efeitos para depois da morte. Ex: testamento) e inter vivos (produz efeitos em vida. Ex: compra e venda).
 - unilaterais (quando há declaração de vontade de apenas uma parte. Ex: testamento, renúncia.) e bilaterais (há mais de uma declaração de vontade criando um vínculo entre as partes. Ex: compra e venda).
 - principais (existem por sim mesmos, não dependem de outro) e acessórios (dependem de outro ao qual segue e se subordina. Ex: arras, cláusula penal).
 - solenes (forma prevista e obrigatória. Ex. compra e venda de imóvel - escritura) e não-solenes (ausência de previsão. Ex: compra e venda de móvel.)
 - constitutivos (efeitos se iniciam no momento da celebração do negócio – ex nunc. Ex: locação, adoção) e declarativos (desde o nascimento do fato que importou na declaração – ex tunc. Ex: reconhecimento de filhos).
 - comutativos (prestação e contraprestação são equivalentes entre as partes) e aleatórios (incertas e dependentes de certas circunstâncias futuras e imprevisíveis. Ex: contrato de seguro, jogo).
 - patrimoniais (quando versem sobre assuntos de aferição econômica. Ex: compra e venda, permuta, seguro) e extrapatrimoniais (versam sobre direitos da personalidade, direito de família).
* Elementos do negócio jurídico: 
 - elemento essenciais: são aqueles fundamentais, relacionados à própria existência do negócio. Ex: acordo de vontades, agente capaz, objeto lícito, determinado ou determinável e a forma prescrita em lei.
 - elementos naturais: decorrem do negócio, independentemente de haver estipulação expressa. Ex: responsabilidade civil do vendedor, CDC.
 - elementos acidentais: são ajustes acessórios do ato, que alteram conseqüências ordinárias do negócio jurídico. Ex: herança – cláusula condicionada / cláusula de incomunicabilidade. 
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* Requisitos de validade
 - capacidade do agente: agente capaz, é o que tem capacidade de exercício de direitos, ou seja, aptidão para exercer direitos e contrair obrigações na ordem civil.
 - 18 anos ou emancipação
 - incapacidade: é a restrição legal ao exercício da vida civil e pode ser de duas espécies: 
 - absoluta: proibição total do exercício, sob pena de nulidade (art. 166, I, CC).
 - relativa: acarreta a anulabilidade do ato (art. 171, I, CC).
 - art. 105, CC.
 - objeto lícito, possível, determinado ou determinável
 - objeto lícito: é o que não atenta contra a lei, a moral ou aos bons costumes.
 - objeto imoral: “Nemo auditur propriam turpitudinem allegans” -> ninguém pode valer-se da própria torpeza.
 - art. 883, CC.
 - objeto possível: quando impossível, o negócio é nulo.
 - impossibilidade física: a que emana de leis físicas ou naturais. Deve ser absoluta, alcançar a todos, indistintamente.
 - impossibilidade jurídica: ocorre quando o ordenamento jurídico proíbe, expressamente, negócios a respeito de determinado bem, como a herança de pessoa viva. (art. 426, CC)
 - objeto determinado ou determinável: pode ser indeterminado relativamente ou suscetível de determinação no momento da execução.
 - coisa incerta: art. 243, CC.
 - venda alternativa: art. 252, CC.
 - forma: 
 - consensualismo: liberdade de forma.
 - formalismo: forma obrigatória.
 - art. 107, CC.
 - nulo: art. 166, IV e V e 366, CPC.
 Espécies:
 - livre ou não-solene: é qualquer meio de manifestação da vontade, não imposto obrigatoriamente pela lei.
 - especial ou solene: é a exigida pela lei, como requisito de validade de determinados negócios jurídicos.
 - art. 108, CC.
 - contratual: é a convencionada pelas partes.
 - art. 109, CC.
 - os contratantes podem, mediante convenção, determinar que o instrumento público torne-se necessário para a validade do negócio.
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DA REPRESENTAÇÃO
- Conceito: é a atuação jurídica de uma pessoa em nome de outra.
- Legal ou convencional: art. 115, CC.
 - legal: se dá nas hipóteses nas quais a lei estabelece.
 - ex: incapazes – são representados por quem a lei indica.
 - os absolutamente incapazes são representados pelos pais.
 - convencional: há um acordo entre o mandante e o mandatário para que este realize um ato (ou uma série) em nome do primeiro.
 - empresa falida: um juiz indica alguém para representá-la – síndico.
 - pessoa jurídica: só agem porintermédio de uma pessoa física.
* limites de poderes: art. 116, CC
 - a manifestação do representante, nos limites de seus poderes, vincula o representado.
 - o representante deve, no negócio, atuar de acordo com a vontade do representado.
* negócio consigo mesmo: art. 117, CC
 - representante que firma contrato com ele mesmo; de um lado como procurador do representado e, do outro, agindo em seu nome.
 - ato anulável, salvo se a lei permitir ou o representado expressamente autorizar.
* responsabilidade pelos excessos: art. 118, CC
 - caberá ao representante responder pessoalmente por aquilo que realizar em excesso.
* conflito de interesses representante x representado – art. 119, CC.
 - atos anuláveis, realizados pelo representante em conflito de interesses do representado.
 - caso se demonstre que quem celebrou o negócio com o representante tinha condição de saber da deslealdade.
 - prazo para anulação do ato: 180 dias.
* requisitos e efeitos: estabelecimento – art. 120, CC.
* mandato: art. 653 a 692, CC.
 - instrumento: procuração.

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