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Curso: Licenciatura Plena em História (EAD) Discente: Patrick Giuliano Taranti / RA: 2515201547 ATIVIDADES 01 1- Qual a ideia central do pensamento evolucionista? Quais as principais críticas feitas a ele? A ideia central da antropologia Evolucionista é que a família humana passaria pelos mesmos estágios evolutivos partindo da selvageria passando pela barbárie até atingir seu estágio máximo de evolução, que seria a civilização. No entanto, esta evolução se daria em ritmo desigual nas diferentes sociedades. As principais críticas feitas ao Evolucionismo foram: - Medir o atraso das outras sociedades que devem chegar ao estágio mais avançado por critérios do ocidente; - O pesquisador toma por objeto empírico sociedades não ocidentalizadas e aponta as vantagens da civilização. Isso torna o evolucionismo uma justificação teórica para o colonialismo. Mais ou menos assim: se todas as sociedades passarão pelos mesmos estágios até chegar à civilização, quando uma Nação evoluída está colonizando outra estará levando elementos de civilização ao atraso e auxiliará na aceleração da evolução; - A antropologia evolucionista lança com arrogância julgamentos de valor sobre as chamadas sociedades primitivas, sem contestação possível; - Esta teoria tem por objetivo extrair de documentos leis gerais do desenvolvimento da humanidade. Na verdade, tinham uma tese pronta e os dados que chegavam das colônias apenas ilustravam esta tese. 2- Qual a importância da observação participante para o estudo antropológico? A observação participante é considerada o método por excelência da antropologia. Consiste em o pesquisador se inserir, ser aceito e participar dos eventos do grupo que está estudando para assim entender a lógica que move essa comunidade. Para Bronislaw Malinowski, pai da observação participante, observar e participar para entender é melhor do que simplesmente perguntar, as respostas veem com o tempo, junto com a observação e a participação. 3- Defina os conceitos de etnocentrismo, determinismo biológico e determinismo geográfico. A partir da leitura da parte I do livro: LARAIA, Roque de Barros. "Cultura: um conceito antropológico". Rio de Janeiro: Zahar, 2009. Etnocentrismo - é um conceito antropológico que ocorre quando um determinado individuo ou grupo de pessoas, que têm os mesmos hábitos e caráter social, discrimina outro, julgando-se melhor ou pior, seja por causa de sua condição social, pelos diferentes hábitos ou manias, por sua forma de se vestir, ou até mesmo pela sua cultura. Laraia afirma que o etnocentrismo é universal e seu ponto de referência não é a humanidade, mas o grupo. Normalmente acredita-se que o próprio grupo seja o centro da humanidade e até mesmo a única forma perfeita de sua expressão. Desta forma as pessoas de uma determinada cultura reagem com estranheza diante do diferente, que é visto neste caso como verdadeiro inimigo. Isso depois é usado como pretexto para a prática da intolerância, da discriminação e para justificar o uso da violência contra quem é diferente. O Determinismo Biológico - Para Laraia, são velhas e persistentes as teorias que atribuem capacidades específicas inatas a raças ou a outros grupos humanos. Enfatiza Laraia, o comportamento dos indivíduos depende de um aprendizado, de um processo que chamamos de endoculturação. Um menino e uma menina agem diferentemente não em função de seus hormônios, mas em decorrência de uma educação diferenciada. O Determinismo Geográfico - O determinismo geográfico considera que as diferenças do ambiente físico condicionam a diversidade cultural. Laraia diz que não é possível admitir a ideia do determinismo geográfico, ou seja, a admissão da "ação mecânica das forças naturais sobre uma humanidade puramente receptiva". A posição da moderna antropologia é que a "cultura age seletivamente", e não casualmente, sobre seu meio ambiente, "explorando determinadas possibilidades e limites ao desenvolvimento, para o qual as forças decisivas estão na própria cultura e na história da cultura". Continua Laraia, as diferenças existentes entre os homens não podem ser explicadas em termos das limitações que lhes são impostas pelo seu aparato biológico ou pelo seu meio ambiente. A grande qualidade da espécie humana foi a de romper com suas próprias limitações.
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