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Percepção Visual e Princípios Gestálticos

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ATENÇÃO E PERCEPÇÃO
PROFESSORA: MARTHA WALLIG BRUSIUS LUDWIG
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Nascemos com conhecimentos do mundo ou aprendemos com a experiência?
Empirismo de John Locke (filósofo britânico, século XVII)
X 
Nativismo de Immanuel Kant (filósofo alemão, séc. XVIII): a experiência fornece input sensorial que é filtrado em categorias mentais inatas preexistentes, como espaço e tempo, que organizam as informações.
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Embora ainda existam perguntas sobre a extensão em que a percepção é aprendida ou inata, está claro que pelo menos certas capacidades perceptivas estão presentes no nascimento, apesar de a experiência ser necessária para que se desenvolva a percepção normal. 
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OS SENTIDOS E O CÉREBRO
Audição
Olfato
Parte da memória e das emoções.
Visão
Tato 
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É possível enxergar e não compreender um estímulo visual?
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VAMOS ENTENDER ATRAVÉS DOS CONCEITOS
Sensação: é a estimulação dos órgãos dos sentidos / como os órgãos dos sentidos 
	respondem aos estímulos externos e transmitem as respostas ao cérebro.
Percepção: é a seleção, organização e interpretação do impulso/sinal sensorial
	que resulta em uma representação interna do estímulo. 
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Distinção útil na organização da teoria e da pesquisa, mas na realidade se fundem. 
As pessoas automaticamente começam a organizar a recepção de estimulação sensorial no momento em que ela chega. 
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Agnosia visual: inabilidade de reconhecer objetos através da visão, ou seja, não conseguir juntar o que vê numa imagem significativa do mundo
Exemplo do homem com agnosia visual (casos raros) – que descreve a rosa “em partes”.
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Sem um processamento eficiente do estímulo sensorial, nosso mundo familiar pode tornar-se um caos de sensações desnorteantes.
Por isto a distinção na Psicologia entre o que é sensação e o que é percepção.
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Percepção de formas, padrões e objetos
Figuras reversíveis: imagens compatíveis com duas interpretações diferentes que podem se modificar. 
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UMA SENHORA
UMA MOÇA
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Significa que
 O mesmo impulso visual pode resultar em percepções radicalmente diferentes.
 o que fundamenta que a experiência que as pessoas têm do mundo é subjetiva.
 a percepção envolve muito mais do que receber passivamente sinais do mundo exterior.
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 A percepção pode ser influenciada pelas expectativas, que podem ser “manipuladas”.
 Ex: quadro de foca treinada (ou baile de máscaras) 
e figura da moça (ou senhora).
A informação fornecida acerca do quadro da foca criou uma prontidão para perceber o estímulo de maneira particular. 
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Como as pessoas percebem formas, padrões e objetos?
É preciso conhecer como as pessoas organizam e interpretam impulsos visuais. 
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Algumas abordagens explicativas
Análise de características
É um processo de detecção de elementos específicos no impulso visual e sua montagem para a obtenção de uma forma mais complexa. 
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Princípios Gestálticos
O todo, como o percebemos, pode ter qualidades que não existem em nenhuma das partes. 
É a máxima da psicologia gestáltica
Ex: fenômeno “fi” – ilusão de movimento criada pela rápida sucessão de estímulos visuais. 
Visto como um todo, um filme tem uma propriedade (movimento) que não é evidente em nenhuma das suas partes individuais (os quadros individuais).
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Princípios Gestálticos
Figura e fundo: a figura é o que se está olhando, e o fundo é o segundo plano sobre o qual a figura de coloca. 
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Proximidade: coisas próximas parecem fazer parte umas das outras, a serem vistas como um grupo. 
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Acabamento/Fechamento: “completar figuras” que tenham lacunas, para criar uma sensação de fechamento ou totalidade.
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Similaridade/semelhança: agrupar estímulos que são semelhantes.
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Continuidade: tendência a seguir qualquer direção a que estejam sendo guiadas. 
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Continuidade/Conexão: poderosa tendência de perceber qualquer região ligada como uma única unidade.
Os pontos mostrados são semelhantes e agrupados em pares que estão ligados. 
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Hipóteses perceptuais
Os princípios gestálticos dão algumas indicações de como as pessoas organizam impulsos visuais....
mas os cientistas ainda não entenderam como estas percepções organizadas resultam na percepção do mundo real. 
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Para entender este problema dos cientistas, precisamos diferenciar os tipos de estímulos:
Distais – aqueles que ficam à distância, ou seja, os objetos que estamos olhando.
Exemplo: um quadrado sobre a mesa, olhado de cima
Proximais – são as energias dos estímulos que se chocam diretamente com os receptores sensoriais. São distorcidos, pois são visões bidimensionais de seus companheiros tridimensionais.
Exemplo: o mesmo quadrado sobre a mesa, mas mais distante. 
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Possíveis explicações para o “mistério do quadrado”
As pessoas complementam os espaços entre o estímulo distal e o proximal, elaborando e testando hipóteses sobre o que há no mundo real, ou seja
O sistema perceptual supõe corretamente qual é o estímulo distal (qual forma) é responsável por aquele padrão de estimulação sensorial.
Exemplo: mesmo projetada uma imagem de trapézio nas suas retinas, o sistema perceptual faz essa suposição.
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Este processo de hipótese perceptual pode explicar o que ocorre com as figuras reversíveis.
A ambigüidade existe porque não há informação suficiente para forçar o sistema perceptual a aceitar apenas uma hipótese. 
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O contexto em que se vê é guiado por nossas hipóteses perceptuais, ou seja, as pessoas tendem a ver aquilo que foi referido. 
Muitas vezes não percebemos erros tipográficos em função do poder da expectativa
Ex: The cat.
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Percebendo profundidade e distância
Profundidade: envolve interpretação de pistas visuais que indicam se os objetos estão perto ou longe.
Na estrada, objetos próximos (cercas ao longo da estrada) parecem se mover mais rapidamente que os distantes (árvores ao longe)
As linhas convergem à distância
Objetos mais próximos parecem maiores
Quanto menos textura, mais distante está o objeto
Luz e sombra são úteis no julgamento da distância
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Constâncias perceptuais
Tendência a experimentar uma percepção estável frente a um impulso sensorial em constante mudança.
Ex: pessoa que vem se aproximando de nós.
Vemos os objetos como tendo dimensão, forma, brilho, tonalidade e localização no espaço constantes. 
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Ilusões Ópticas: pistas desorientadoras
Envolve uma aparentemente inexplicável discrepância entre a aparência de um estímulo visual e sua realidade física.
Os estímulos visuais podem ser muito desorientadores.
Passamos a vida formulando hipóteses perceptuais sobre o que existe no mundo real
Fatores contextuais, como as pistas de profundidade, moldam nossas hipóteses perceptuais
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Como a informação dos estímulos do mundo é 
transformada em atividade neural no cérebro?
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Psicofísica
Gustav Theodor Fechner (1801-1887), físico
Relação entre os estímulos físicos e as respostas de nossos sistemas perceptivos
Tentou desenvolver equações que relacionassem a experiência perceptiva à intensidade dos estímulos físicos.
Estudou os limiares, a mensuração física de quanta estimulação os órgãos sensoriais precisam para que a estimulação seja detectável. 
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Psicofísica
Gustav Theodor Fechner (1801-1887), físico:
Limiar absoluto – intensidade mínima da estimulação que precisa ocorrer para que possamos experienciar uma sensação.
Limiar da diferença – a quantidade mínima de mudança necessária para detectarmos uma diferença entre intensidades de estímulos. 
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Psicofísica 
Lei de Weber, Ernst Weber (1834) psicofísico
alemão: o limiar de diferença para um estímulo é uma proporção constante de sua intensidade. 	
É mais fácil detectar uma pequena diferença de peso entre dois pesos leves do que entre dois pesos pesados. 
Lei de Fechner: quando a intensidade do estímulo é alta, grandes aumentos na intensidade física são registrados como mudanças muito menores nas sensações experenciadas. (ex: lâmpada de luz de 30 para 60 (>) do que de 60 para 90 watts) 
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Psicofísica 
Lei da potência de Stevens: veio discutir a anterior, e é aceita hoje como uma forma de expressar a relação entre a intensidade real do estímulo e a intensidade percebida. 
Teoria da detecção de sinal: 
Quatro variáveis críticas
Sinal (o estímulo em si a ser detectado. Ex: amiga no aeroporto)
Resposta
Ruído (ex: a pessoa está no meio de 1 milhão de outras = fundo mutável)
Viés de resposta (varia de quantos sinais/evidências são necessárias para dar a resposta) 
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Teoria da adaptação sensorial:
A sensibilidade diminui com o passar do tempo (ex: nos “acostumamos” com o barulho da obra)
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