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25/11/2016 1 TÉCNICAS CIRÚRGICAS BÁSICAS PARA COLOCAÇÃO DE IMPLANTES ENDÓSSEOS Prof. Adelmo Aragão FACIPE Recife 2016 O QUE É UM IMPLANTE DENTÁRIO? Implante dentário é um dispositivo artificial de titânio que é colocado cirurgicamente nos ossos maxilares para substituir um dente perdido e sua raiz. HISTÓRIA DOS IMPLANTES DENTÁRIOS Em 1952, Professor Per-Ingvar Branemark, um cirurgião sueco, durante a realização de pesquisa relacionada a reparo ósseo, acidentalmente descobriu que quando o titânio puro entra em contato direto com o osso, os dois literalmente formam uma adesão biológica permanente. Ele nomeou este fenômeno "osseointegração". PRIMEIRO PROJETO DE IMPLANTE POR BRANEMARK Todos os projetos atuais de implante são modificações deste projeto inicial 25/11/2016 2 PROCEDIMENTO CIRÚRGICO PASSO 1: CIRURGIA INICIAL PASSO 2: PERÍODO DE OSSEOINTEGRAÇÃO PASSO 3: CONEXÃO DO PILAR (ABUTMENT) PASSO 4: RESTAURAÇÃO PROTÉTICA FINAL FIBRO-INTEGRAÇÃO • Fibro-integração – "tecido peri-implantar - fibras colágenas (tecido denso) entre o implante e o osso”; • Visto em sistemas de implantes anteriores; • Taxas de sucesso inicialmente boa mas extremamente pobre ao longo prazo. • Considerada um "fracasso" pelos padrões de hoje OSSEOINTEGRAÇÃO • Taxa de sucesso >90% • Definição Histologica • “conexão direta entre o osso vivo e os implantes já sob carga em nível microscópico” • Fatores de influência: Biocompatibilidade do material Adaptação do implante e preparo da área cirúrgica Cirúrgia Atraumatica Etapa de cicatrização sem distúrbios 25/11/2016 3 INTERFACE ENTRE O IMPLANTE E O TECIDO MOLE • Implantes bem sucedidos tem: • Conexão perimucosa ininterrúpta entre o tecido mole e a superfície do Abutment do implante. • Similaridades de conexão entre o implante os dentes naturais. • O epitélio se liga a superfície do titânio de forma muito parecida com a do dente natural através da lâmina basal e com a formação de hemidesmossomos. • A conexão difere com relação ao tecido conectivo. • Fibras de Sharpey naturais se extendem desde lâmina dura óssea até o cemente da superfície radicular • Implante: ausência de cementou ou inserção de fibras. INTERFACE ENTRE O IMPLANTE E O TECIDO MOLE SUBPERIOSTEAL 25/11/2016 4 Implante Transmandibular Implante laminar 25/11/2016 5 IMPLANTES ENDOSTEAIS PARTES • Corpo do implante • Abutment (Cover / Cicatrizador) • Abutment (Prótese) COMPONENTES CLÍNICOS ABUTMENT 25/11/2016 6 ABORDAGEM OU MANEJO • Avaliação prótetica realizada anteriormente ao procedimento cirúrgico • Avaliação de tecido mole e conduta se necessária • Sequência cirúrgica adequada • Tempo de cicatrização • Necessidade de enxerto ou aumento de tecido mole AVALIAÇÃO CLÍNICA • Avaliação do caso clínico e espectativas; • Revisão de todas as possibilidades restauradoras: • Riscos e benefícios • Selecionar a opção que junte estética e função AVALIAÇÃO DO PACIENTE • História médica • Doença vascular • Imunodeficiência • Diabetes mellitus • Tabagismo • Uso de bifosfonato H ISTÓ RIA D A ÁREA D O IM PLAN TE • Fatores relativos a perda dentária: • Quando? • Como? • Por que ? • Fatores que podem afetar o tecido mole: • Injúrias traumáticas • Tratamento endodôntico fracassado • Doença periodontal • O exame clínico pode identificar deficiências. 25/11/2016 7 PLANEJAMENTO DA ETAPA CIRÚRGICA • Avaliação da área a ser implantada; • Avaliação radiográfica (tomográfica); • Altura e espessura ósseas e considerações anatômicas. PRINCÍPIOS BÁSICOS • Leito para tecido duro e mole; • Oclusão e dentição presents; • Reconstrução simultânea vs Delayed. LINHA DO SORRISO • Um dos fatores mais importantes para a reabilitação protética; • Se nenhuma “gengiva” aparece, então a qualidade e quantidade de tecido mole são menos importantes; • Avaliação e opinião do paciente são fundamentais. CONSIDERÃÇÕES ANATÔMICAS • Relação dos arcos • Tecido aderido • Espaço entre os arcos • NAI • Seios maxilares • Assoalho nasal 25/11/2016 8 ESTUDOS RADIOLÓGICOS / DE IMAGEM • Radiografia periapical; • Radiografia Panorâmica; • Tomografias; • CAT scan (Denta-scan, cone beam CT). LARGURA DO ESPACO E DIÂMETRO DO IMPLANTE ATENÇÃO: Avaliar espaços coronais e radiculares! CONTRAINDICAÇÕES: CT DE ROTINA • Valor • Consumo de tempo • Template radiográfico serve para a indicação • Panorâmicas modernas possuem “capacidades de panorâmicas” • Muitas vezes não adiciona dados novos… 25/11/2016 9 DISTORÇÃO DE IMAGEM LI M IT AÇ Õ ES AN AT Ô M IC AS Buccal Plate 0.5mm Lingual Plate 1.0 mm Maxillary Sinus 1.0 mm Nasal Cavity 1.0mm Incisive canal Avoid Interimplant distance 1-1.5mm Inferior alveolar canal 2.0mm Mental nerve 5mm from foramen Inferior border 1 mm Adjacent to natural tooth 0.5mm 25/11/2016 10 Cirurgia de Implante – Parte 1 CIRURGIA DE IMPLANTE – PARTE 1 • Técnia asséptica • Geração minima de calor • Brocas afiadas lentas • Irrigação interna • Resfriamento externo CIRURGIA DE IMPLANTE – PARTE 1 • Tempo adequado para Integração • Leito receptor adequado • Tecido mole • Osso • Técnica adequada e cuidado 25/11/2016 11 25/11/2016 12 25/11/2016 13 1. Chlorhexidina 2. Analgésicos +/- Antibióticos Disposição Implantação após 3 meses de enxerto de mento. 25/11/2016 14 EXPOSIÇÃO DO IMPLANTE APÓS COLOCAÇÃO 25/11/2016 15 OSTEÓTOMOS DE SUMMERS LIMITAÇÕES PARA A COLOCAÇÃO DE IMPLANTES NA MAXILA • Espessura do rebordo • Altura do rebordo • Qualidade óssea SOLUÇÕES CIRÚRGICAS PARA LIMITAÇÕES ANATÔMICAS Enxerto On-Lay Levantamento de seio SUMMERS, RB. A NEW CONCEPT IN MAXILLARY IMPLANT SURGERY: THE OSTEOTOME TECHNIQUE. COMPENDIUM. 15(2): 152, 154-6 • Técnica de aumento de rebordo • Requer 3-4 mm de espessura alveolar • Técnica de levantamento de Seio • Requer 8-9 mm de altura alveolar para se colocar um implante de 13 mm. (4-5 mm Levantamento de seio) 25/11/2016 16 INTRODUÇÃO TÉCNICA DE EXPANSÃO DE REBORDO • Pefuração inicial de 1.6 mm • Osteótomo de Summers # 1-4 • Osteótomos sequenciais. • Expansão do rebordo (displacement) versus remoção óssea. • Broca final coincidente com o implante! INTRODUÇÃO TÉCNICA PARA LEVANTAMENTO DE SEIO • 1.6 mm perfuração piloto • Osteótomo de summers # 1-4 • O assoalho do seio pode ser fraturado; • O assoalho pode ser elevado de 4 até 5 mm; • Inserir material (particulado) • Perfuração final de acordo com o implante a ser inserido 25/11/2016 17 TÉCNICA CIRÚRGICA A. RAKE, K. ANDREASEN, S. RAKE, J. SWIFT A RETROSPECTIVE ANALYSIS OF OSTEOINTEGRATION IN THE MAXILLA UTILIZING AN OSTEOTOME TECHNIQUE VERSUS A SEQUENTIAL DRILLING TECHNIQUE, 1999 AAOMS ABSTRACT • 155 maxillary implants in 84 patients restored for at least 6 months • 57 were placed utilizing the osteotome technique • 98 were placed utilizing the drilling technique • One implant failed of the 98 in the drill group • None of the implants had failed of the 57 in the osteotome group 25/11/2016 18 ESTÁGIO II DA CIRURGIA • 3-6 meses após o ESTÁGIO I ESTÁGIO II – CONSIDERAÇÕES PRÉ-OPERATÓRIAS • Feito com anesthesia local • Medicações pré-operatórias • Bochecho com Chlorhexidina 25/11/2016 19 Colocação do cicatrizador (healing abutment) 25/11/2016 20 CONSIDERAÇÕES – CIRURGIA PARTE 1 • A fixaça ̃o do implante deve obedecer ao critério deestabilidade primária. • O uso de instrumentos padronizados que se assemelham muito aos utilizados no implante, assegurará que o espaço existente entre o osso e o implante seja mi ́nimo. 25/11/2016 21 FATORES QUE DEVEM SER LEVADOS EM CONTA DURANTE A PERFURAÇÃO ÓSSEA • Qualidade do tecido o ́sseo • O grau de corticalizaça ̃o do osso tem relaça ̃o direta com a sua vitalidade e tambe ́m com a sua rigidez; FATORES QUE DEVEM SER LEVADOS EM CONTA DURANTE A PERFURAÇÃO ÓSSEA • Um osso com níveis exagerados de cortical óssea sofrerá um maior trauma para a obtença ̃o do alvéolo pre-́implante, uma vez que a sua rigidez é bem maior e que há necessidade de mais brocas para o alcance dos níveis ideais de perfurac ̧a ̃o; FATORES QUE DEVEM SER LEVADOS EM CONTA DURANTE A PERFURAÇÃO ÓSSEA • O ideal é que se tenha um osso com uma quantidade razoável tanto de cortical como de medular (tipo II), para equilibrar as vantagens e desvantagens; FATORES QUE DEVEM SER LEVADOS EM CONTA DURANTE A PERFURAÇÃO ÓSSEA • Quantidade do tecido o ́sseo; 25/11/2016 22 BROCAS Material das brocas • Varia entre os fabricantes; • Idealmente devem ser feitas de aço para evitar oxidações e minimizar os riscos de sofrerem fraturas; BROCAS • Quando os implantes foram lanc ̧ados no mercado pela NobelBiocare, antiga Nobelpharma, as brocas eram descartáveis e so ́ poderiam ser utilizadas em uma única cirurgia. • Essa recomendaça ̃o do fabricante levava em conta não apenas a perda de corte da broca após o seu uso e reesterilizaça ̃o, mas principalmente a oxidaça ̃o do metal, que poderia contaminar a a ́rea com outras ligas que não fossem de titânio. BROCAS Velocidade da perfuração • A velocidade utilizada para a confecção do orifício que ira ́ constituir o alvéolo cirúrgico varia de 1500 rpm a 2000 rpm. • A velocidade para a instalação do implante e ́ bastante reduzida, por volta de 10 a 20 rpm, porém com torque aumentado. BROCAS Dimensões das brocas • As brocas que serão aqui descritas são aquelas que consideramos mais eficazes para a perfuração óssea de implantes com diâmetros padronizados pelo sistema Brånemark. 25/11/2016 23 BROCAS Brocas para Implante de Diâmetro de 3,75 mm • Brocas de alta Broca lanc ̧a – Perfurac ̧a ̃o da cortical o ́ssea ate ́ atingir o osso medular. • OBS: Alguns sistemas usam uma broca esférica para realizar esse procedimento, entretanto entende-se que a lança possui maior firmeza na perfuração, evitando deslizes sobre o tecido ósseo, que podem levar o cirurgião a cometer erros de posicionamento inicial. BROCAS Broca fresa de 2 mm – Finalidade de alargar a perfuração em 2 mm e aprofunda ́-la ate ́ o comprimento estabelecido no planeja- mento. As inclinações mesiodistal e vestibulo- lingual/palatal também devem ser inicialmente realizadas por essa broca. Atenção deve ser dada ao comprimento final do implante, pois qualquer erro nessa delimitação fara ́ com que a broca penetre em áreas indesejáveis ou fique aquém dos limites estabelecidos. BROCAS • Broca piloto de 2 para 3 mm – Realiza o alargamento inicial da perfuraça ̃o de 2 mm para 3 mm de diâmetro, com a finalidade de facilitar a entrada da pro ́xima broca • A sua parte inicial possui largura de 2 mm sem cortes, o que permite seu deslizamento dentro da perfuração feita pela broca fresa de 2 mm, sem provocar corte. • Parte final possui um a largura de 3 mm, que permite executar o alargamento da perfurac ̧ão BROCAS • Fresa de 3 mm – Realiza o alargamento da perfuraça ̃o em 3 mm, sendo posicionada exa- tamente no local delimitado pela broca piloto. Vai atingir a profundidade estabelecida pela broca fresa de 2 mm. 25/11/2016 24 BROCAS • Escareador – Executa um biselamento na porça ̃o coronária do osso, permitindo que o implante fique em uma posic ̧a ̃o intrao ́ssea adequada. BROCAS Brocas de baixa rotac ̧a ̃o • Broca formadora de rosca ou macho de tarracha: • Técido ósseo resistente! BROCAS • Seque ̂ncia de Brocas para Implante de Dia ̂metro de 5 mm • A sequência e ́ a mesma da descrita, porém apo ́s a 4a broca de alta rotaça ̃o (broca fresa de 3 mm) se utilizara ́ uma 5a broca, que será a piloto de 3 para 4 mm, e uma 6a broca, que sera ́ a fresa de 4 mm. Da mesma forma, a baixa rotac ̧ão sera ́ realizada com uma broca formadora de rosca ou macho de tarra- cha de 4,3 a 4,5 mm de dia ̂metro. BROCAS • Seque ̂ncia de Brocas para Implante de Dia ̂metro de 5 mm 25/11/2016 25 Falhas na implantodontia são difíceis de tratar; Uma manipulação traumática e instabilidade no implante aumentam o risco; O sucesso do implante é útil apenas quando se atinge o sucesso na prótese. Conclusões
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