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UNIVERSIDADE DE CRUZ ALTA UNICRUZ Centro de Ciências da Saúde e Agrárias QUÍMICA GERAL E INORGÂNICA Prof. Me. Patrícia Bersch E-mail: pbersch@unicruz.edu.br Prótons (+) núcleo Nêutrons Elétrons (-) Como chegamos neste ponto? O ÁTOMO A Origem do ÁTOMO A palavra átomo foi utilizada pela primeira vez na Grécia antiga, por volta de 400 a.C. Demócrito acreditava que todo tipo de matéria fosse formada por pequenas partículas, as quais denominou de átomos. Modelo Atômico de Dalton (1803) • Toda matéria é composta por pequenas partículas, denominados átomos; • Os átomos são permanentes e indivisíveis, eles não podem ser criados nem destruídos; • As transformações químicas consistem em uma combinação, separação ou rearranjo de átomos; • Compostos químicos são formados de átomos de dois ou mais elementos em uma razão fixa. “Bola de Bilhar” DESCOBERTA DE PRÓTONS Em 1876, Eugen Goldstein, observou o que hoje é chamado de próton – partículas com carga positiva Tubo de Raios Catódicos - 1891 • Os raios catódicos são constituídos por pequenas partículas de carga negativa – os elétrons; • Os átomos não são indivisíveis, pois partículas eletricamente carregadas podem ser arrancadas deles através da ação de forças elétricas, radiação ultravioleta ou calor. Modelo Atômico de Thomson • A descoberta do elétron (1891). • Experiências com raios catódicos. “Pudim de Passas” Modelo Atômico de Thomson DESCOBERTA DE NÊUTRONS Em 1932, James Chadwick confirmou a existência do nêutron – partícula sem carga, mas com massa. Partículas Subatômicas Modelo Atômico de Rutherford Modelo atômico baseado em experimentos com radioatividade. Em 1911: 1. Na eletrosfera dos átomos de ouro existem espaços e algumas partículas atravessavam a lâmina passando por tais espaços. 2. As partículas alfa se desviavam porque colidiam com o núcleo dos átomos de ouro. 3. O núcleo é positivo, por isso repele as partículas alfa de carga positiva. 4. O núcleo é pequeno em relação ao átomo. Modelo Atômico de Rutherford Um átomo é composto por um pequeno núcleo carregado positivamente e rodeado por uma grande eletrosfera, que é uma região envolta do núcleo que contém elétrons. “Modelo Planetário” PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO ÁTOMOS Número Atômico (Z): é o número que indica a quantidade de prótons existentes no núcleo de um átomo. Z = número de prótons Como os átomos são sistemas eletricamente neutros, o número de prótons é igual ao número de elétrons. Ex: Cloro (Cl) Z = 17 → prótons = 17; elétrons = 17. Número de Massa (A): a soma do número de prótons (p) com o número de nêutrons (n) presentes no núcleo de um átomo. A = p + n Ex.: Z = 20 → p = 20 Ca A = 40 Representação do Átomo Representação dos Íons SEMELHANÇAS ATÔMICAS IsótoPos: são átomos que apresentam o mesmo número atômico (Z), por pertencerem ao mesmo elemento químico, mas diferentes números de massa (A). IsóbAros: átomos que apresentam diferentes números atômicos (Z), mas que possuem o mesmo número de massa (A). IsótoNos: átomos que apresentam o mesmo número de nêutrons (n), mas diferentes números atômicos (Z) e de massa (A). IsoelEtrônicos: átomos e íons que apresentam a mesma quantidade de elétrons. Modelo Atômico de Bohr Em 1913, Bohr refinou a idéia de Rutherford: * Elétrons encontram-se em órbitas, como os planetas orbitando o sol, onde cada orbita pode conter um número fixo de elétrons. *Energia Quantizada. EVOLUÇ ÃO DO MODEL O ATÔM ICO • Um elétron poderia ocupar certas órbitas ou níveis de energia. • Cada nível de energia quantizada corresponde a uma órbita eletrônica circular, específica e estável. • Órbitas com raios grande correspondem a níveis de energia altos; • Há um tamanho mínimo permitido para cada órbita de um elétron; • Os átomos não entram em colapso porque um átomo não pode ter menos energia do que apresenta no seu estado fundamental. EVOLUÇ ÃO DO MODEL O ATÔM ICO MODELO DE BOHR 1° Postulado: Os elétrons descrevem órbitas circulares estacionárias ao redor do núcleo, sem emitirem nem absorverem energia. MODELO DE BOHR 2º postulado: Fornecendo energia (elétrica, térmica, ....) a um átomo, um ou mais elétrons a absorvem e saltam para níveis mais afastados do núcleo. Ao voltarem as suas órbitas originais, devolvem a energia recebida em forma de luz. Segundo postulado de Bohr. Um átomo irradia energia quando um elétron salta de uma órbita de maior energia para uma de menor energia. Órbitas de Bohr para o átomo de hidrogênio A linha vermelha no espectro atômico é causada por elétrons voltando da terceira órbita para a segunda órbita A energia é liberada na forma de ondas eletromagnéticas. O comprimento de onda guarda relação com a energia. A linha verde-azulada no espectro atômico é causada por elétrons voltando da quarta para a segunda órbita. A linha azul no espectro atômico é causada por elétrons voltando da quinta para a segunda órbita A linha violeta mais brilhante no espectro atômico é causada por elétrons voltando da sexta para a segunda órbita. O modelo atômico de Bohr explica a luz emitida por: Níveis de energia Camada ou nível Nº de elétrons K 1 2 L 2 8 M 3 18 N 4 32 O 5 32 P 6 18 Q 7 8 Níveis de energia Em 1916, Sommerfield percebeu que os níveis de energia estariam divididos em regiões ainda menores, por ele determinadas de subníveis de energia. s, p, d e f Estudos específicos para determinar a energia dos subníveis mostraram que: • existe uma ordem crescente de energia nos subníveis; • os elétrons de um mesmo subnível contêm a mesma quantidade de energia; • os elétrons se distribuem pela eletrosfera ocupando o subnível de menor energia disponível. Subníveis de energia Cada um desses subníveis pode acomodar um número máximo de elétrons: A criação de uma representação gráfica para os subníveis facilitou a visualização da sua ordem crescente de energia. Essa representação é conhecida como diagrama de Linus Pauling, O preenchimento da eletrosfera pelos elétrons em subníveis obedece à ordem crescente de energia definida pelo diagrama de Pauling.: Distribuição eletrônica por subnível Como num átomo o número de prótons (Z) é igual ao número de elétrons, conhecendo o número atômico, poderemos fazer a distribuição dos elétrons nos subníveis. Ex.: Camada de valência: subnível mais distante do núcleo. MODELO QUÂNTICO O princípio da Incerteza: Heisenberg. Em 1926, Heisenberg, usando conceitos quânticos, constatou que é impossível determinar, simultaneamente, com absoluta precisão, a velocidade e a posição de um elétrons em um átomo. Portanto, é adequado considerar que existam regiões em torno do núcleo, denominadas orbitais, nas quais é máxima a probabilidade de se encontrar o elétron. Assim, os orbitas são considerados nuvens que correspondem às regiões em que o elétrons pode ser encontrado. O movimento do elétron ao redor do núcleo foi descrito pelo físico austríaco Erwin Schrödinger, em 1927, através da equação matemática: Códigos matemáticos associados a quantidade de energia do elétron. A caracterização de cada elétron no átomo é feita por quatro números quânticos. “Num mesmo átomo, não existem dois elétrons com os mesmos números quânticos.” - Número quântico principal (n): Indica o nível de energia do elétron. n = 1, 2, 3....7. QÚMEROS QUÂNTICOS– PRINCÍPIO DA INCERTEZA -Número quântico secundário (l): Está associado ao subnível de energia do elétron. Subnível s p d f Valores de l 0 1 2 3 -Número quântico magnético (ml) Está associado à região de máxima probabilidade de se encontrar o elétron, denominada orbital. Cada orbital comporta no máximo 2 elétrons e é representado por □ . Os orbitais estão relacionados com o subníveis; por esse motivo, os valores de m variam de –l a +l. Tipo de subnível Valores de l Valores de ml Quantidade de orbitais Representaçã o gráfica dos orbitais s 0 0 1 □ p 1 -1, 0, +1 3 □□□ d 2 -2, -1, 0, +1, +2 5 □□□□□ f 3 -3, -2, -1, 0, +1, +2, +3 7 □□□□□□□ Cada tipo de orbital apresenta um formato característico e uma orientação espacial determinada. Orbitais s: Os orbitais do tipo s apresentam uma forma esférica, sendo que o volume dessa esfera varia em função do seu nível de energia. Orbitais p: Os orbitais do tipo p apresentam a forma de um duplo lobo e três orientações espaciais possíveis. Orbitais d: Os primeiros quatro dos cinco orbitais apresentam quatro lobos e dois nós angulares que são os planos. O último orbital se difere por apresentar um par de lobos com uma região rosqueada ao meio, entre os dois lobos. Orbitais f: - Número quântico Spin (ms): Está relacionado à rotação do elétron. Esse número quântico é utilizado para distinguir os elétrons de um mesmo orbital. A um deles atribui-se arbitrariamente o valor de +1/2 e ao outro, o valor de -1/2. Distribuição eletrônica em orbitais: Esta distribuição pode ser feita de acordo com dois conceitos: - Princípio da exclusão de Pauli: Num orbital, existem no máximo 2 elétrons com spin opostos. -Regra de Hund: Os orbitais de uma mesmo subnível são preenchidos de modo que se obtenha o maior número possível de elétrons isolados (desemparelhados). 7N SPINS paralelos: repulsão SPINS antipararelos: Atração 3. Faça o distribuição eletrônica dos elementos abaixo e indique os 4 números quânticos: • 13Al3+ • 17Cl Exercício: TABELA PERIÓDICA 41 Tabela Periódica Química Geral e Inorgânica - Farmácia TABELA PERIÓDICA Os elementos são colocados em ordem crescente de número atômico, em linhas verticais e horizontais. Linhas horizontais Períodos = elementos não semelhantes. Linhas verticais Famílias ou grupos = elementos semelhantes; CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS SEGUNDO SUAS CONFIGURAÇÕES ELETRÔNICAS A numeração de 1 a 18 foi feita com base na configuração eletrônica dos elementos de cada família. 1. Elementos das famílias 1 e 2. – o no da família é igual ao no de elétrons da camada de valência. Ex: 11Na - 1s2 2s2 2p6 3s1 12Mg – 1s2 2s2 2p6 3s2 2. Elementos das famílias 13 até 18 - o no da família é igual no de elétrons da camada de valência desses elemento com o no 10 – que indica um sub-nível d preenchido no nível a partir do 4º período. Ex. 5B – 1s2 2s2 2p1 → 2+1+10 = 13 – família 13. Atual classificação da IUPAC 3. Elementos das famílias 3 a 12 – o no da família é igual à soma dos elétrons do subnível mais energético com os elétrons da camada de valência. Ex. 1 21Sc – 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d1 Subnível mais energético: 1 elétron Camada de valência: 2 elétrons (SEMPRE!!) 2+1 = 3 – família 3 Exemplo: Fósforo (Z = 15) K = 2 ; L = 8 ; M = 5 PERÍODOS DA TABELA PERIÓDICA ELEMENTOS QUÍMICOS • METAIS: - São bons condutores de calor e eletricidade; - Maleáveis (podem ser enrolados ou laminados); - Dúcteis (estirados em finos arames); - Alta refletividade (brilho metálico); - Na tabela periódica, estão posicionados à esquerda; - o número de metais é maior do que o de não-metais - Metais alcalinos - Metais alcalino – terrosos - Metais de transição - Metais de transição interna. • NÃO - METAIS: - São maus condutores térmicos e elétricos, - No estado sólido, são quebradiços, - Não apresentam alta refletividade (brilho metálico); - Na tabela periódica: Estão posicionados à direita, parte superior. • SEMIMETAIS: - Possuem propriedades intermediárias às dos metais e não- metais. Propriedades aperiódicas: São aquelas que sempre crescem ou decrescem, à medida que aumenta o número atômico e que não se repetem em períodos determinados. Exemplo: Massa atômica, índice de refração, dureza, calor específico, etc. PROPRIEDADES DOS ELEMENTOS QUÍMICOS PROPRIEDADES DOS ELEMENTOS QUÍMICOS • Propriedades periódicas: São aquelas cujos valores crescem e decrescem sucessivamente, com o aumento do número atômico. Raio Atômico (RA): está associado ao tamanho do átomo. Famílias: Aumenta com o Z pois aumenta o número de camadas. Períodos: Diminui com o Z, pois o que apresenta maior número de prótons exerce uma maior atração sobre seus elétrons. Energia de Ionização (EI): É a energia necessária para retirar-se um elétron de um átomo isolado no seu estado fundamental. Depende do tamanho do átomo. Quanto menor o átomo, MAIOR a EI. Afinidade eletrônica: É a energia liberada quando um elétron é adicionado a um átomo neutro no seu estado fundamental. Quanto menor o átomo, maior a afinidade eletrônica. Eletronegatividade: É a tendência que os átomos possuem de receber elétrons no seu nível mais externo, na formação de uma ligação com outros átomos. OBS.: A eletronegatividade não vale para os gases nobres, pelo fato de os átomos desses elementos não formarem ligações químicas. Dessa forma, o flúor é o elemento mais eletronegativo. Eletropositividade: É a tendência que os átomos possuem de ceder elétrons de seu nível mais externo, na formação de uma ligação com outros átomos. Temperatura de fusão e ebulição: São, respectivamente, as temperaturas em que os materiais passam do estado sólido para o líquido e do estado líquido para o gasoso
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