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Aula 03

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AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ..... VARA CÍVEL DA COMARCA DE MACAÉ/RJ.
 		Gerson (nome completo), brasileiro, solteiro, médico, portador da Carteira de Identidade nº, expedido pelo (órgão expedidor), inscrito no CPF sob nº, endereço eletrônico, residente e domiciliado (endereço completo) Vitória/ES, por seus advogados abaixo assinados, com endereço profissional (endereço completo), para onde desde já requer que sejam remetidas futuras intimações, propor a presente 
AÇÃO PAULIANA
 pelo procedimento comum, em face de BERNARDO (nome completo), brasileiro, viúvo, profissão, portador da Carteira de Identidade nº, expedido pelo, inscrito no CPF sob nº, endereço eletrônico, residente e domiciliado (endereço completo) Salvador/BA; e JANAÍNA (nome completo), menor impúbere, representada por sua genitora (nome completo), brasileira, (estado civil ou a existência de união estável), (profissão), portadora da Carteira de Identidade nº, expedido pelo (órgão expedidor), inscrito no CPF sob nº, endereço eletrônico, residente e domiciliada (endereço completo) Macaé/RJ, pelos fatos e fundamentos jurídicos que serão expostos a seguir:
I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA .
 		Inicialmente, afirma nos termos da Lei nº 1.060/50 com as alterações da Lei 7.510/86 c/c art. 1072 do novo CPC, ser pessoa juridicamente pobre, sem condição de arcar com as custas judiciais e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento ou de sua família, motivo pelo qual faz jus a gratuidade de justiça e à assistência gratuita integral.
II- DA OPÇÃO DO AUTOR PELA REALIZAÇÃO DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO
 
O autor deseja a audiência de conciliação ou mediação de acordo com o art. 319,VII CPC.
III - DOS FATOS
O Autor é credor quirografário do 1° Réu da quantia de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais), cujo vencimento se deu no dia 10 de outubro de 2016, conforme nota promissória em anexo.
Ocorre que o 1º Réu, dias após o vencimento da dívida e o não pagamento da mesma, fez uma doação de seus dois imóveis, um localizado em Aracruz e outro localizado em Linhares, ambos no Espírito Santo, no valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) para a 2ª ré, que é sua filha, menor impúbere.
Insta salientar que o contrato de doação foi celebrado com cláusula de usufruto vitalício em favor do 1° Réu, além da cláusula de incomunicabilidade, conforme certidão de ônus reais em anexo. 
Saliente-se também que os imóveis, frutos do contrato de doação, encontram-se atualmente locados para terceiros e que o valor total da dívida que o primeiro réu têm na praça soma o montante de R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais).
IV – DOS FUNDAMENTOS 
Preliminarmente é de fundamental importância mencionar que o direito da Autora encontra-se fundamentada no art. 158 CC, uma vez que o 1° réu alienou seus bens de forma gratuita e voluntária com o intuito de eximir-se de suas responsabilidades perante aos seus credores, caracterizando assim, o instituto da Fraude contra credores.
Não se pode olvidar do entendimento dos professores Cristiano Chaves e Nelson Rosenvald ao qual preleciona “ a fraude contra credores é o artifício malicioso empregado pelo devedor com o fito de impor prejuízo ao credor, impossibilitando-o de receber o crédito, pelo seu esvaziamento ou diminuição do patrimônio daquele (Parte Geral, volume I, edição 10, editora jus podiun, pag 653)
Saliente-se que o contrato de doação foi celebrado com cláusula de usufruto vitalício em favor do 1° réu, além da cláusula de incomunicabilidade, confirmando ainda mais que o negócio jurídico celebrado entre os réus teve o único e exclusivo intuito de prejudicar o autor, pois com a sua insolvência seria fato impedidor de cumprimento da obrigação de quitação da dívida em possível processo de execução movido contra ele.
Saliente-se também que os imóveis, frutos do contrato de doação, encontram-se locados, portanto, geram frutos ao 1° réu, afirmando assim a sua solvência.
É evidente que tal contrato está maculado por vício contido no art. 171 CC, II , seja ele Fraude contra credores, portanto, perfeitamente aplicável o art. 171, caput, sendo anulável o negócio jurídico celebrado entre os réus.
V - DOS PEDIDOS
Sendo assim, o AUTOR vem requerer ao D.Juízo:
que seja deferido o pedido de Gratuidade de Justiça pleiteada no preâmbulo desta exordial; 
Que seja ouvido o representante do Ministério Público de acordo com a art. 82 CPC;
que seja designada audiência de conciliação ou mediação e a consequente citação do RÉU para comparecer em audiência de conciliação ou mediação, ficando ciente de que não havendo acordo, iniciará o prazo para contestar, na forma da lei – art. 334 NCPC (no caso do autor querer participar);
a procedência do presente pedido com a condenação dos RÉUS com a ANULAÇÃO do NEGÓCIO JURÍDICO, uma vez que eivado do vício de Fraude contra credores, conforme art. 158 CC e art. 171 CC;
que seja emitido ofício ao cartório de RGI do respectivo imóvel para que seja inicialmente informado a referida demanda e depois de sua procedência
para a determinação de averbação do retorno da propriedade ao 1° réu;
a condenação do RÉU em custas processuais e honorários advocatícios.
VI - DAS PROVAS
 
				Protesta, ainda, a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial a prova documental, a prova pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal do Réu.
DO VALOR DA CAUSA
Atribui-se a presente causa o valor de R$300.000,00 (trezentos mil reais). 
Nestes Termos,
Pede deferimento.
Macaé, 15 de março de 2017.
ADVOGADO
OAB/RJ N°

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