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PROTEÍNAS Definição: As proteínas são macromoléculas orgânicas formadas pela sequencia de vários aminoácidos, unidos por ligações peptídicas Podem representar até 50% do peso seco das células vivas Contêm C, H, O, N e S; São polímeros de 100 ou mais aminoácidos (aas). Funções: Estrutural: colágeno, elastina, queratina Biológica: enzimas, hormônios, proteínas contráteis, de reserva, de transporte. São formadas por aminoácidos DETERMINAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO Os aas da amostra são determinados no analisador de aas por meio de cromatografia Podem ser classificados conforme a NATUREZA, a POLARIDADE DA CADEIA R ou conforme o DESTINO NO METABOLISMO. QUANTO À NATUREZA DO GRUPO R Aromáticos fenilalanina, tirosina, triptofano; Básicos lisina, histidina; Ramificados isoleucina, leucina, valina; Sulfurados metionina, cisteína, cistina; Outros treonina. Aminoácidos essenciais: não são sintetizados pelo organismo humano, devem estar presentes na dieta. São: Valina, leucina, isoleucina, lisina, fenilalanina, triptofano, metionina, treonina e cisteína. Aminoácidos não essenciais – são sintetizados pelo organismo humano. ESSENCIAIS NÃO ESSENCIAIS Arginina Alanina Histidina Aspartato Isoleusina Asparagina Leusina Cisteína Lisina Glutamato Meteonina Glutamina Fenilalanina Glicina Treonina Prolina Triptofano Serina Valina Tirosina NECESSIDADES DIÁRIAS Sedentários: 0,8 a 1,0g/Kg/dia Praticantes de atividade física: 1,0 a 1,2g/Kg/dia (analise individual) Atletas profissionais: pode ser até mais!!- 1,2 a 2,0g/Kg/dia Cerca de 10 a 15% do VCT diário CLASSIFICAÇÃO Quanto a conformação - Globulares - Fibrosas Globulares são relativamente solúveis e bastante compactas devido ao considerável número de dobras da longa cadeia peptídica (citocromo C, proteínas do sangue – albumina do soro, glicoproteínas, anticorpos, hemoglobina, hormônios, enzimas) Proteínas Fibrosas Forma cilíndrica Baixa solubilidade em H2O Funções estruturais - colágeno - queratinas - miosina Colágeno É a fração principal dos tecidos conectivos, muito solúvel e contribui para a rigidez da carnes. É uma proteína que mantém unidos os feixes de fibras musculares no corpo humano e nos animais. É rica em prolina Aumenta com a idade do animal, causando a rigidez da carne. Por aquecimento em água se transforma em gelatina. Gelatina é uma proteína solúvel em água quente e forma géis por resfriamento. Não tem cheiro nem sabor. É rica em arginina Elastina É de cor amarela, forma fibras reunidas em feixes encontrados principalmente na união dos músculos aos ossos. É rica em lisina Com aquecimento em água, a elastina incha sem se dissolver. Proteínas de Origem Animal Carne de mamíferos – contém 60-80% de água e 25 a 15% de proteínas, sendo o restante formado por gorduras, , sais, pigmentos e vitaminas. Classificação das proteínas da carne quanto a função: miofibrilares – actina e miosina corresponde a 55% da proteína total. Tecido conjuntivo: colágeno e elastina, corresponde a 15% da proteína total Proteínas Miofibrilares Contém elevado teor de íons cálcio. A actina representa 30% das proteínas fibrilares e a miosina 50%. A actina e a miosina formam o complexo da actomiosina, relacionado com a contração e descontração muscular, ao “rigor mortis”, ao enrijecimento, à cor e à capacidade de reter água da carne. Solubilidade das proteínas Depende da quantidade de pontes de H que formam com a água hidrofílica solubilidade hidrofóbica solubilidade Hidratação de proteínas- tem facilidade de se combinar com a água, pois todas as reações biológicas se processam em meio aquoso. Desnaturação das Proteínas Quando as proteínas são submetidas à elevação de temperatura, a variações de pH ou a certos solutos sofrem alterações na sua configuração espacial, e sua atividade biológica é perdida. Geralmente, as proteínas se tornam insolúveis quando se desnaturam. Desnaturação das proteínas Agentes desnaturantes Temperatura pH Solventes orgânicos O QUE OCORRE COM O OVO? Solvente orgânico Proteína na água Aas hidrofóbicos (amarelos) no interior Proteína no hexano Aas hidrofóbicos (amarelos) no exterior Proteínas dos ovos Proteínas da gema % Propriedades Fosvitina 4 Fixa Ferro, formando complexos de reserva Lipovitelina HDL 16 Lipoproteínas com 18% de lipídios Lipovitelina LDL 68 Lipoproteínas com 90% de lipídios Livetinas 10 Proteínas hidrossolúveis YRBP ( Yolk Riboflavin Binding Protein ) 1,5 Liga-se à biotina Proteínas dos ovos Proteínas da clara % MS Propriedades Ovalbumina 54 Agente gelificante Conalbumina (ovotransferrina) 12 Liga-se à metais, inibidor de bactérias Ovomucóide 11 Inibidor da tripsina Ovoglobulinas 4 Formação de espuma Lisozima 3,5 Bactericida Ovomucina 3 Fator de viscosidade Ovoinibidor 1,5 Inibe proteases a Serina Ovoglicoproteína 1,0 Fator de viscosidade Flavoproteína 0,8 Fixa a riboflavina (Vit. B2) Ovomacroglobulina 0,5 Alto poder antigênico Inibidor de ficina 0,05 Inibe proteases a SH Avidina 0,05 Complexa-se com a biotina Propriedades funcionais Formação de espuma Ovoalbumina, ovoglobulina e ovomucina açúcar estabiliza a espuma, quando adicionado no final lipídios contaminantes (0,1%) colocam-se na interface, dificultando a formação de espuma Desnaturação protéica Consequências Perda ou ganho do valor nutricional Perda de função biológica Alteração da aparência Alteração do sabor 4. Geleificação Formação de rede tridimensional que retém moléculas de água em seu interior Geleificação induzida pelo calor Desnaturação Agregação 4. Geleificação gelatina Propriedades Funcionais Poder geleificante estado nativo: fracamente hidratado após desnaturação térmica ruptura das pontes de H que estabilizam a estrutura helicoidal aumenta a reatividade com a água gelatina solúvel tem alto poder ligante. Colágeno hidrolisado-95%ptn Propriedades Funcionais 1. Hidratação 2. Solubilidade 3. Viscosidade 4. Geleificação 5. Formação de rede 6. Emulsificação 7. Formação de espuma Capacidade de retenção de água Fontes protéicas mais estudadas Proteínas do leite Caseína Proteínas do soro Soja ovo DETERMINAÇÃO DE PROTEÍNAS Microdigestor de Kjeldahl ANÁLISES ELEMENTARES Análise de nitrogênio é a determinação mais utilizada; considera que as proteínas têm 16% de nitrogênio em média (vai depender do tipo de proteína); Destilador de Nitrogênio Kjeldahl Qualidade nutricional das proteínas Relaciona-se a sua digestibilidade e seu valor biológico. um índice que considera tanto a digestibilidade quanto o valor biológico é o NPU (Net Protein Utilization) o NPU mede a quantidade de nitrogênio que é ingerido, absorvido e retido. NdpCal% = NPU x P% O NdpCal representa o valor percentual do VCT de uma dieta/refeição na forma de proteína utilizável. Para estimativa do valor do NPU (utilização proteica líquida) pode-se multiplicar os seguintes fatores pelo respectivo P% das proteínas da dieta segundo sua origem: proteína de origem animal – 0,7 proteína de leguminosas – 0,6 proteína de cereais – 0,5 Para uma dieta/refeição mista com fontes de proteínas de diferentes origens, calcula-se: NdpCal%= (P%animal x 0,7) + (P%leguminosas x 0,6) + (P%cereais x 0,5) p%: é o percentual do valor calórico total fornecido pelas proteínas p% = Kcal proveniente de proteínas X 100 VCT da dieta NDpCal%: representa o quanto do total calórico de uma dieta está em forma de proteína utilizável. Segundo Platt et al. (1961): NDpCal% 9% - recomendado para grupos vulneráveis 6% - recomendado para grupos não vulneráveis Calcule o Valor Calórico Total (VCT), P% e o NDPcal% das refeições do quadro abaixo. Utilize os resultados para avaliar a qualidade proteica das refeições Almoço 1 Almoço2 Almoço3 Arroz cozido– 150g Feijão cozido – 90g Alface – 15g Tomate – 50g Batata – 80g Óleo vegetal – 15g Arroz cozido–170g peixe magro – 100g Alface – 15g Tomate – 50g Óleo vegetal – 15g Arroz cozido–170g Carne de vaca magra – 150g Alface – 15g Tomate – 50g Óleo vegetal – 15g BOBBIO, F. O.;BOBBIO, P. A. Introdução à Química de Alimentos. 2ª.ed. São Paulo: Varela, 1995. BOBBIO, F. O.;BOBBIO, P. A. Química do Processamento de Alimentos. 3ª.ed. São Paulo: Varela,1992. IAL. Instituto Adolfo Lutz. Normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz. 4ª.ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2005. Ref bibliograficas Indicação de leitura
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