Análise volumétrica de Complexação quimica Analitica quantitativa

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UNIVERSIDADE DO CONTESTADO – UnC – CAMPUS CANOINHAS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA
DISCIPLINA: QUÍMICA ANALÍTICA QUANTITATIVA 
PROFESSORA: VANESSA SAVISKI
EQUIPE: Carina Raquel da Silva, Renê Block, Silvane Fernandes Sant’Ana, Valdocir Lopes
RELATÓRIO EXPERIMENTAL – AULA PRÁTICA N° 05
Experimento realizado dia 15/12/2016
Temperatura Ambiente: 16ºC
Clima: Predominante Nublado
TÍTULO: 
Análise volumétrica de Complexação 
2. OBJETIVOS:
Determinar o teor de cálcio e magnésio presente em diferentes amostras de água.
INTRODUÇÃO 
A dureza da água é propriedade decorrente da presença de metais alcalinos terrosos e resulta da dissolução de minerais do solo e das rochas ou do aporte de resíduos industriais. É definida como uma característica da água, a qual representa a concentração total de sais de cálcio e de magnésio, expressa como carbonato de cálcio (mg L-1). Quando a concentração destes sais é alta, diz-se que a água é dura e, quando baixa, que é mole. Geralmente classifica-se uma água de acordo com a sua concentração total de sais conforme mostra a Tabela 1.
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
4.1 Materiais
- bureta 25 mL 
- Erlenmeyer 250 mL 
- Pipeta graduada 10 mL
- proveta 100 mL 
- Solução de EDTA sal dissódico 0,01 mol/L 
- Tampão de Amônio 
- Indicador Negro de Eriocromo T 
- Amostras de água 
- pHmetro
- copo plastico
- água Destilada
4.2 Metodo
Verificou-se se todas as vidrarias estavam na bancada, e as identificou.
Pesou-se separadamente em 7 copos plásticos tarados o indicador Negro de Ericocromo T. 
Preparou-se uma bureta com solução de EDTA para ser o titulante.
4.2.1Teste em Branco
Em um erlenmeyer adicionou-se 50 mL de água destilada, o indicador negro de eriocromo T e 2ml de solução tampão de Amônio para, realizar o teste em branco. 
4.2.2 Teste em amostra de água comercializada da marca Cristal Gold e do bebedouro da UnC
Em um Erlenmayer adicionou-se 50 mL de uma das amostras, o indicador Negro de Eriocromo T e 2mL de solução tampão de Amônio, e mediu-se o pH. Ambientou-se uma bureta de 25 ml com solução padronizada de EDTA, a seguir preencheu-se a bureta com a solução padronizada e aferiu-se o menisco, logo após, abriu-se cuidadosamente a torneira da bureta, deixando que o EDTA presente gotejasse no erlenmeyer com a solução, movimentando o mesmo lentamente até que percebeu-se a modificação na cor da amostra, fechou-se a torneira da bureta e anotou-se a quantidade de EDTA utilizado na titulação. Após se realizou o procedimento em triplicata para as duas amostras diferentes de água. 
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
5.1 Resultados Obtidos
A amostra de água destilada após a adição do indicador e do Amônio apresentou-se coloração azul, não sendo necessário fazer a titulação da amostra.
As amostras de água da marca Cristal após adição do indicador e do Amônio apresentou-se coloração Rosa, sendo necessário a titulação.
A amostra recolhida no bebedouro da UnC- Campus Marcilio Dias próximo ao laboratório de química após a adição do indicador e do Amônio apresentou-se coloração Rosa, sendo necessário a titulação.
 
5.2 Informações das amostras
Agua Mineral Natural Cristal Gold
Água Mineral coletada de um bebedouro escolhido aleatoriamente no na Universidade do Contestado- Canoinhas, campus Marcilio Dias, localizado próximo ao laboratório de Química.
5.2 Dados Matemáticos 
 Tabelas de valores gastos de Indicador Negro de Eriocromo T e Volume de EDTA em mL para a titulação:
1-Agua destilada
	Indicador Negro de Eriocromo T
	Volume de EDTA em mL
	0,205g
	Não foi necessário fazer titulação
2- Água da Marca Cristal Gold
	
	Indicador Negro de Eriocromo T
	
Volume de EDTA em mL
	Amostra 1
	0,201g
	1,3mL
	Amostra 2
	0,209g
	1,5mL
	Amostra 3
	0,207g
	1,1mL
Média de volume gasto de EDTA em mL: 1,3 mL
	3- Água do Bebedouro da Universidade do Contestado
	
	Indicador Negro de Eriocromo T
	
Volume de EDTA em mL
	Amostra 1
	0,201g
	0,5mL
	Amostra 2
	0,203g
	0,7mL
	Amostra 3
	0,201g
	0,8mL
Valor de Dureza
O valor da dureza é obtido pela expressão: 
Dureza (mgCaCO3/L) = (A . M . 5000) / Vam
1-Dureza da água da marca Cristal Gold
Dureza (mgCaCO3/L) = (A . M . 5000) / Vam 
1,3 . 0,01 . 5000 / 50mL = 1,3mg/L
2- Dureza da água do bebedouro da Universidade do Contestado
Dureza (mgCaCO3/L) = (A . M . 5000) / Vam 
0,6667mL . 0,01 . 5000 / 50mL = 0,6667mg/L
5.3 Questionário
1 – Em que se baseia o método de volumetria por complexação?
R: A complexometria abrange todos os métodos de análise volumétrica que se baseiam em reações de complexações. Baseia-se na formação de complexos ao longo da titulação.
2- Por que é necessário agilizar o ensaio a partir da adição do tampão de amônio na amostra?
R: Devido a rápida evaporação do Amônio na amostra.
3 – Com base nos resultados obtidos, como se classificam as amostras analisadas em termos de dureza?
R: Todas as amostras analisadas se encaixam no padrão de dureza, e são próprias a consumo humano. Elas são classificadas como águas moles, devido o seu valor de dureza ser <50mg/L de CaCO3.
4- Qual a importância do ensaio de controle de dureza de água na rotina farmacêutica?
R: A utilização da água dura, água que contém elevada quantidade de sais, pode trazer diversos problemas tanto para a saúde da população quanto para o uso industrial. Para o abastecimento industrial, a dureza na água pode causar problemas nos sistemas de água quente como caldeiras e trocadores de calor, pois com o aumento da temperatura os carbonatos precipitam-se e incrustam na tubulação, que necessita de maior manutenção. Caso contrário, essa incrustação pode causar entupimentos, perda de eficiência e pode chegar até mesmo a explodir. Ao ser Humano existem indícios de que o consumo de água dura possa causar uma maior incidência de casos de cálculo renal, também as concentrações elevadas de cálcio e magnésio produzem na água um gosto salobro e efeitos biológicos adversos, não eliminam a sede e podem ter efeitos laxativos.
6. CONCLUSÃO 
De acordo com a Legislação Brasileira, os níveis ideais de dureza da água situam-se entre 40mg/L e 170mg/L de carbonato de cálcio (CaCO3), sendo o valor médio de 80mg/L de CaCO3, não apresentando assim, risco à saúde humana.
Como o valor obtido, na prática, para avaliação da dureza das amostras de águas foram de 1,3 mg/L e 0,6667mg/L pôde-se afirmar que a mesma apresenta uma dureza fora dos padrões exigidos pela Legislação Brasileira, estando consideravelmente abaixo do valor mínimo exigido, assim sendo classificada como água “muito branda” ou “muito mole”.
REFERÊNCIAS 
BACCAN, N; ANDRADE, J. C. de; GODINHO, O. E. S.; BARONE, J. S.,Química  Analítica Quantitativa Elementar. Vol. Único, Ed. 1. São Paulo:Edgard Blücher, 1979.
BAIRD, Colin. Química Ambiental. 2 ed. Editora Bookman, 2002.
HARRIS, D. C. “Análise Química Quantitativa”. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2005. 876p
PEREIRA, A. V.; VALUS, N.; BELTRAME, F. L.; GARRIDO, L. H.,Determinação de ferro (III) em produtos farmacêuticos por titulação fotométrica. Acta Scientiarum. HealthSciences. v. 33, n. 1, p. 65-70, 2011. 
Portaria MS nº 1.469, de 29 de dezembro de 2000, NORMA DE QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO. Disponível em http://www.anvisa.gov.br/anvisalegis/portarias/1469_00.htm. Acesso 16/12/2016
SKOOG, Douglas A.; WEST, Donald M.; HOLLER, F. James; CROUCH,Stanley R., Fundamentos de Química Analítica. Vol. Único, 8 ed. São Paulo: Cengage Learning, 2012.
VOLUMETRIA	DE	COMPLEXAÇÃO.	UFJF.	Disponível	em: www.ufjf.br/baccan/files/2011/05/Aula_pratica_10.pdf>. Acesso em 15 dez 2016