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26/02/2013 1 Motor de Combustão Interna UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS Prof. Dr. Jorge Wilson Cortez Motor de combustão externa Histórico • 1860 Lenoir (1º MCI por gás) • 1862 Beau de Rochas (princípios e patente do MCI) • 1878 Nikolaus A. Otto – (primeiro trator em 1889) • 1892 Rudolph Diesel - (primeiro trator em 1906) Motores de combustão interna Propósito de motores em geral converter a energia química do combustível em energia de movimento para qualquer aplicação desejada Maneira mais simples de conseguir este feito combustão dos combustíveis dentro de uma câmara fechada motores veiculares motores de combustão interna apresentam relativamente o alta eficiência o baixo custo o facilidade de abastecimento MOTOR Motor: Cummins 190 cv 220 cv Conceitos 1 hp: Potência necessária para elevar a altura de 1 pé, em 1 segundo, uma carga de 550 libras 1 cv: Potência necessária para elevar a altura de 1 metro, em 1 segundo, uma carga de 75 kg 26/02/2013 2 • PARTES FUNDAMENTAIS: • Bloco • Cilindro • Junta do cabeçote • Cabeçote • Tampa de válvula • Cárter Bloco Cabeçote Cárter 26/02/2013 3 • Êmbolo ou Pistão • Anéis • Pino do êmbolo Partes móveis • Biela • Árvore de manivelas • Volante ADM e Volante Válvulas e comando 26/02/2013 4 Válvulas e comando Válvulas e comando Bico injetor Câmara de combustão Pistão Bomba injetora PMS Princípio básico de funcionamento – motor 2 tempos • Curso do pistão em 360º Princípio básico de funcionamento – motor 2 tempos Primeiro curso PMI - PMS Segundo curso PMS - PMI Princípio básico de funcionamento – motor 4 tempos Uma pequena quantidade de combustível de alto poder calorífico é injetada em uma pequena câmara fechada e em seguida queimada, liberando uma grande quantidade de energia na forma de gás em expansão. Este movimento de expansão é transferido a um cilindro conectado a um eixo. Mais comum operação em “4 tempos” Ciclo Otto 1. Admissão 2. Compressão 3. Combustão 4. Exaustão Ciclo Otto Motor de Ciclo Otto: gera uma mistura de combustível e ar no coletor de admissão de combustão e utiliza velas para produzir a faísca necessária para a combustão taxa de compressão de 8:1 à 12:1 26/02/2013 5 Como funciona o ciclo do motor: 1º Estágio: ADMISSÃO O pistão começa na posição mais elevada, a válvula de admissão abre e o pistão desce, permitindo que toda a câmara seja preenchida com ar misturado com uma quantia muito pequena de combustível (como por exemplo gasolina); Como funciona o ciclo do motor: 2º Estágio: COMPRESSÃO O pistão então começa a ascender, comprimindo o ar e o combustível dentro da câmara (aumentando a pressão e a temperatura da mistura); Como funciona o ciclo do motor: 3º Estágio: EXPLOSÃO/ EXPANSÃO Quando o pistão alcança a posição mais elevada de seu curso, a vela de ignição libera uma pequena faísca que inflama a gasolina. O combustível então libera uma pequena explosão de gás em expansão empurrando o pistão em seu curso descendente; Como funciona o ciclo do motor: 4º Estágio: ESCAPE Assim que o pistão atinge a posição mais baixa em seu curso a válvula de exaustão se abre, permitindo que o gás residual da combustão seja exaurido da câmara pelo movimento ascendente do pistão. Assim que o pistão alcançar novamente sua posição mais alta o ciclo recomeça. Motor Diesel: Motor Ciclo Diesel: comprime o ar dentro da câmara para depois injetar o combustível; o calor gerado pela compressão do ar inflama espontaneamente o Diesel. taxa de compressão de 14:1 até 25:1 taxa de compressão melhor eficiência de combustão Ciclo do motor Diesel: 1º Admissão: De maneira similar ao motor a gasolina, o pistão descende e o ar é admitido para dentro da câmara através de uma válvula que se abriu quando o pistão se encontrava na extremidade superior de seu curso. Entretanto, o ar admitido puro, sem a mistura com o combustível. 26/02/2013 6 Ciclo do motor Diesel: 2º Compressão: As válvulas se fecham, encerrando o ar dentro da câmara. O cilindro ascende, comprimindo o ar, à medida que o ar se comprime a temperatura aumenta Ciclo do motor Diesel: 3º Injeção do Combustível e Combustão: Quando o cilindro alcança a posição mais alta de seu curso e o ar comprimido encontra-se em alta temperatura, o bico injetor injeta o Diesel que inflama espontaneamente. Ciclo do motor Diesel: 4º Exaustão: Quando o cilindro alcança a posição mais baixa de seu curso a válvula de exaustão é aberta, permitindo que a gás residual da combustão seja exaurido da câmara de combustão e permitindo que o ciclo recomece. O r d em d e  n g u l o T em p os d os C i l i n d r os ex p l os ã o ( a d m ) N o 1 N o 2 N o 3 N o 4 0 o - 1 8 0 o E xp l os ã o E s ca p e C om p r es s ã o A d m i s s ã o 1 - 3 - 4 - 2 1 8 0 - 3 6 0 o E s ca p e A d m i s s ã o E xp l os ã o C om p r es s ã o 3 6 0 - 5 4 0 o A d m i s s ã o C om p r es s ã o E s ca p e E xp l os ã o 5 4 0 - 7 2 0 o C om p r es s ã o E xp l os ã o A d m i s s ã o E s ca p e 0 o - 1 8 0 o E xp l os ã o C om p r es s ã o E s ca p e A d m i s s ã o 1 - 2 - 4 - 3 1 8 0 - 3 6 0 o E s ca p e E xp l os ã o A d m i s s ã o C om p r es s ã o 3 6 0 - 5 4 0 o A d m i s s ã o E s ca p e C om p r es s ã o E xp l os ã o 5 4 0 - 7 2 0 o C om p r es s ã o A d m i s s ã o E xp l os ã o E s ca p e Sistemas Complementares • Sistema de válvulas – responsável pelo controle da entrada e saída de gases entre a câmara do cilindro e o meio externo. – Direto – Indireto 26/02/2013 7 Sistemas Complementares • Sistema de Alimentação, – fornecer ao motor quantidades adequadas de ar e combustível Sistema de alimentação • Alimentação de ar – Banho de óleo – Ar seco Motores – Tipos de Aspiração 1 - Motor de aspiração Natural 2 – Motor aspirado 3 - Compressor 4 - Motor Turbinado 5 - Intercooler Sistema de alimentação - Sobrealimentação Aspiração natural O ar é aspirado pelo pistão, durante a etapa de admissão do motor Motor aspirado As válvulas permanecem mais tempo abertas. Motor Turbinado 1- A turbina possui duas sessões distintas e interligadas por um eixo, onde que uma sessão é girada com a saída dos gases do escapamento, enquanto que na outra sessão acontece a admissão e compressão do ar no coletor de admissão 2- Com este processo põe-se mais ar na câmara de combustão, e adicionando-se mais combustível, consegue-se aumentar em até 25% de potência. Turbina 1- Turbina 2- Rotor 3- Compressor 4- Válvula limitadora de pressão 26/02/2013 8 INTERCOOLER Sistemas Complementares • Sistema de arrefecimento, – Ar – Água – Ar + água Componentes 1 – Passagem de derivação 2 – Válvulas termostáticas 3 – Tampa do radiador 4 – Bomba Centrifuga 5 – Sensor de Temperatura 6 – Indicador de temperatura 7 – Ventilador 8 – Aletas do radiador 2 Sistemas Complementares • Sistema de partida. Sistemas Complementares • Sistema de lubrificação – Borrifo – Sob pressão – Borrifo + sob pressão Componentes 1 – Bomba 2 – Válvula de alívio 3 –Filtros 4 – Trocador de calor 5 – Galeria de distribuição Funções do óleo lubrificante: - Eliminação de contato metal com metal; - Protege contra oxidação; -Vedação entre anéis; -Auxilia no arrefecimento do motor. 26/02/2013 9 Características Características dimensionais influenciam na potência dos motores agrícolas Cilindrada (C) corresponde ao volume deslocado pelo êmbolo (V) do cilindro durante o seu curso este volume pode ser calculado considerando-se o raio (r = cm) e o curso (d= cm) do cilindro: A = .d2 /4 V = A.d C = V.n Características dimensionais Taxa de compressão (Tc) característica definida em projeto indica a relação o volume total do cilindro (Vt) e o volume da câmara de combustão (Vcc) cc t c V V T cc cc c V VV T motores do ciclo diesel a taxa de compressão varia de 14:1 a 22:1 motores do ciclo Otto varia entre 7:1 e 11:1 1º Curva de potência 2º Linha vertical do ponto de potência máxima 3º Curva de torque 4º Linha vertical do ponto de torque máximo 5º Reserva de torque 6º Curva do consumo especifico Desempenho do motor Exercícios • Calcule a cilindrada: – Motor de seis cilindros com diâmetro x curso (84,0 mm x 89,6 mm) C = 3,0 L (3.000 cm³) – Motor de quatro cilindros com diâmetro x curso (94,0 mm e 80,5 mm). C = 2,2 L (2.200 cm³) – Motor de oito cilindros com diâmetro x curso (101,6 x 92 mm). C = 6,0 L (6.000 cm³) – Motor de um cilindro com diâmetro x curso (56,5 x 49,5 mm) C = 0,1 L (125 cm³) 26/02/2013 10 Manutenção do trator e implementos Prof. Dr. Jorge Wilson Cortez UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS Lubrificação • Lubrificar é aplicar uma substância (lubrificante – líquido ou pastoso) entre duas superfícies em movimento relativo, formando uma película, que evita o contato direto entre as superfícies, com a finalidade de reduzir o atrito. • Tipos: – Óleos minerais – Óleos graxos – Óleos compostos – Fluidos sintéticos Lubrificação • Propriedades dos óleos – Viscosidade – Índice de viscosidade – Ponto de fluidez – Ponto de fulgor • Os óleos são classificados de duas maneiras: – Viscosidade: SAE (Society of Automotive Engineers) – Pelo tipo: API (American Petrolium Institute) SAE • Óleos monoviscosos: – Ex: 5W, 10W, 20W, 20, 30, 40 e 50 • Óleos multiviscosos: – Ex: 5W/40, 10W/40, 20W/40 – W: winter API • Ciclo Otto: – identificados pela letra S, de Service Station • Ciclo Diesel: – identificados pela letra C, de Commercial Lubrificante pastoso (Graxa) • Mistura de um líquido lubrificante (óleo mineral ou sintético) com um produto sólido ou semi- sólido (agente espessante) e aditivos. • Graxas podem ser classificadas como: – Tipo: agente espessante – Consistência: varia com a penetração de um cone em um recipiente contendo graxa 26/02/2013 11 TIPO Agente Resistência à Água Temperatura Alta rotação Cálcio Ótimo Pobre (até 80ºC) Pobre Sódio Pobre Bom (até 110ºC) Bom Lítio Bom Bom (até 120ºC) Bom Complexo de lítio Bom Ótimo (até 180ºC) Bom Sem sabão Pobre Ótimo (> 200ºC) Ótimo Consistência Classe NLGI Consistência Principais aplicações 0 Semi fluida Engrenagens 1 Fluida Mancais e rolamentos 2 Mole Mancais de deslizamento 3 Média 4 Dura 5 Muito dura Vedação 6 Extra dura • Classificação – Manutenção Preventiva • realizada com o objetivo de manter o trator em bom estado de funcionamento. – Manutenção Corretiva • realizada para repor uma peça ou elemento danificado Manutenção Preventiva do trator novo – Trator novo • aquele que ainda se encontra no período de garantia. – Exige cuidados especiais: • Troca de óleos em intervalos mais curtos • Funcionamento em velocidades menores • Evitar sobrecargas para o motor • Cuidados específicos para cada tipo manual de instruções -Amaciamento: - assentamento dos componentes móveis e lubrificáveis - Troca de óleo: - remoção de partículas metálicas - drenagem na temperatura de trabalho - Períodos de troca: a) Troca de óleos e filtros Intervalos mais curtos Troca do óleo e filtro de óleo do motor 60 hs. Troca do óleo da transmissão, diferencial,freios e sistema hidráulico 100 hs. Troca ou limpeza dos filtros do controle remoto, bomba de direção 60 hs. Troca do óleo de direção 100 hs. Troca do óleo dos redutores finais 100 hs. - Serviço de 10 horas de trabalho: b) Outros serviços Verificar o curso livre dos pedais da embreagem e dos freios Reapertar os parafusos das rodas Verificar a tensão e o estado de conservação das correias do ventilador CUIDADOS ESPECIAIS: - Funcionamento em velocidades menores - Evitar sobrecargas para o motor - Cuidados específicos para cada tipo MANUAL DE INSTRUÇÕES 26/02/2013 12 Manutenção Preventiva do trator usado –Trator usado • Fora do período de garantia estipulado pelo fabricante –Exige cuidados periodicamente • Horas de trabalho indicadas no horímetro • Horas-relógio Planilhas Observações Cronograma de Manutenção – Diário (8-10 horas) – Semanal (40-50 horas) – Mensal (100-200 horas) – Semestral (400-500 horas) – Anual (700 -1000 horas) a) Manutenção diária (8-10 horas) i. NÍVEL DE ÓLEO DO CARTER DO MOTOR –Vareta –Piso horizontal nivelado –Motor desligado –Não misturar tipos ou marcas diferentes de óleo –Verificar se há vazamentos de óleo –Não usar estopa. • NÍVEL DE ÓLEO DO CARTER DO MOTOR – Nível abaixo do recomendado: • maior desgaste • maior aquecimento – redução da viscosidade – proteção ineficiente às peças do motor – Nível acima do recomendado • Maior quantidade de óleo subirá pelas paredes do cilindro – aumento do consumo – formação de carvão que poderá emperrar os anéis 26/02/2013 13 ii. VERIFICAÇÃO DO NÍVEL DE ÁGUA DO RADIADOR ii. VERIFICAÇÃO DO NÍVEL DE ÁGUA DO RADIADOR iii. VERIFICAÇÃO DO FILTRO DE AR 1. Indicador de restrição estado de limpeza do filtro de ar 2. Vermelho o filtro deverá ser limpo. iV. DRENAGEM DO FILTRO DE COMBUSTÍVEL Eliminar a água Evitar danos à bomba injetora 26/02/2013 14 v. LUBRIFICAÇÃO Um dos pontos mais importantes de todo programa de manutenção das máquinas agrícolas A falta ou uso de lubrificante inadequado, ocasiona desgastes nas peças e conseqüente diminuição da vida útil da máquina ou implemento agrícola Com graxa: pino central do eixo dianteiro e mecanismo de direção mangas de eixo e cubos das rodas dianteiras buchas dos pedais de freio e da embreagem manivela niveladora e braços verticais de ligação do SHTP Com óleo SAE – 90 HD: buchas do eixo transversal da tampa hidráulica. Lubrificante pastoso vi. Reabastecimento vii. Tela do radiador viii. TDP 26/02/2013 15 b) Manutenção semanal (40-50 horas) i. REAJUSTE DA TENSÃO DA CORREIA DO VENTILADOR – Deve ceder cerca de 2 cm quando pressionada com o dedo no ponto entre as polias do ventilador e a árvore de manivelas, para o não comprometimento do funcionamento do sistema de arrefecimento do trator. ii.VERIFICAÇÃO DO NÍVEL DE ÓLEO – caixa de marchas, hidráulico, direção e diferencial iii. Sistema elétrico iv. Reaperto de porcas c) Manutenção mensal (100- 200 horas horas) • Substituição do óleo e o elemento filtrante do cárter do motor • Substituição do elemento do filtro de combustível do motor, • Calibração da pressão dos pneus • Lastragem • Verificação do nível de óleo das reduções finais • Reajuste do curso livre do pedal da embreagem e dos pedais de freio • Limpeza do elemento principal do filtro seco de ar Filtro 26/02/2013 16 Filtro do hidráulico Elemento do filtro Calibragem Lastro Redução final Ajuste dos pedais 26/02/2013 17 Elemento do filtro de ar e) Manutenção semestral (500 horas) • Troca o óleo da caixa de direção • Troca a água e aditivo do radiador • Limpeza de suspiros • Limpeza do tanque de combustível Caixa de direção Troca da água e aditivo do radiador Suspiros Válvula de respiro Limpeza do tanque de combustível Tanque inferior Tanque superior 26/02/2013 18 f) Anual (700-1000 horas) • Teste e reajuste dos bicos injetores • Teste e reajuste da bomba injetora • Troca do elemento secundário do filtro de ar • Troca do óleo da transmissão e hidráulico Bicos injetores e bomba Troca do elemento do filtro de ar Óleo do hidráulico Drenagem Vareta Drenagem g) Outros Limpeza Proteção/Abrigo 26/02/2013 19 Equipamentos agrícolas 26/02/2013 20 26/02/2013 21
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