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Ética E Responsabilidade Social a1e a2

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WEBAULA 1
Unidade I - Ética E Responsabilidade Social
Ao longo dos últimos anos foi possível perceber e acompanhar as transformações da sociedade advindas da globalização da economia e da revolução das tecnologias de comunicação e informação. Este processo de globalização afeta hoje todas as esferas da sociedade, seja ela econômica, política, científica, sociocultural e até mesmo educativa.
Os reflexos desse contexto para o ambiente corporativo, que exige mudanças na forma de gerenciar os processos produtivos, administrativos e também as pessoas. Cada vez mais a sociedade produz e consequentemente necessita de consumidores.
Nesse sentido percebemos a necessidade e a importância de uma postura ética, transparente e de uma responsabilidade social por parte de todas as instituições. Inclusive por parte de cada indivíduo.
O QUE É ÉTICA?
É o conjunto de valores e princípios que usamos para decidir as três grandes questões da vida:
QUERO? DEVO? POSSO?
Como diz Cortella, (2009, p. 108, grifo nosso):
Portanto, o que é ética? São os princípios que você e eu usamos para responder ao "Quero? Devo? Posso?" É preciso remarcar: isso não significa que você e eu não vivamos dilemas. Eles existem, e serão mais tranquilamente ultrapassados quanto mais sólidos forem os princípios que tivermos e a preservação da integridade que desejarmos.
Neste sentido menciona Cortella, (2009) “Tem coisa que quero, mas não devo, tem coisa que devo, mas não posso, tem coisa que eu posso, mas não quero”.  Quando você tem paz de espírito? Você tem paz de espírito quando aquilo que você quer é o que você pode, e é o que você deve.
Na literatura, tem-se a ética como um vocábulo proveniente do grego ¿θος - “êthos” que significa caráter e que designa tanto a realidade como o saber, relacionados com o comportamento responsável em que entram em jogo a bondade ou a maldade da vida humana.
A moral, assim como a ética, também é proveniente do grego ¿θος – “ethos” que significa costumes. Para Vázquez (1985, p. 49), “A moral é um conjunto de normas, aceitas livres e conscientemente, que regulam o comportamento individual e social dos homens”. De outro ângulo, Srour (2000, p. 29), compreende a moral como “[...] um feixe de normas que as práticas cotidianas deveriam observar e que, como discurso, ilumina o entendimento dos usos e dos costumes”.
Assim sem esquecer nem negar a correlação existente entre “costume” (ethos) e “carácter” (êthos), temos de dar primazia ao êthos-carácter quando se utiliza no contexto da ética.
Costuma-se empregar ethos para se referir conjunto de normas e valores aceitos por uma: - civilização; por um povo; - por uma classe social; - um grupo; uma pessoa.
Por valores, podem-se entender os princípios básicos aceitos pela sociedade, o qual são categorias conjugadas com um sentimento de pessoa, ex: A guerra é má; Exercício físico é bom; A vida é intocável; A educação é fundamental; A mentira é inaceitável; O individualismo no trabalho é prejudicial.
Segundo Aristóteles, em ambientes nos quais os vícios não prevalecem, as virtudes são os hábitos dignos de louvor, o qual são exemplos de virtudes profissionais: Zelo, honestidade, sigilo, competência e assistência ao cliente.
ÉTICA NOS NEGÓCIOS
Conforme Nash (1993, p. 6):
A ética dos negócios é o estudo da forma pela qual normas morais pessoais se aplicam às atividades e aos objetivos da empresa comercial. Não se trata de um padrão moral separado, mas do estudo de como o contexto dos negócios cria seus problemas e exclusivos á pessoa moral que atua como gerente desse sistema.
A ética é condição essencial para o cumprimento de qualquer profissão. Cada conjunto de profissão deve seguir uma ordem de conduta que permita a evolução harmônica do trabalho de todos, a partir da conduta de cada um, através de uma tutela no trabalho que conduza a regulação do individualismo perante o coletivo. A atuação empresarial de forma ética segundo o instituto Ethos (2008):
São manifestações da responsabilidade social empresarial. Numa época em que os negócios não podem mais se dar em segredo absoluto, a transparência passou ser a alma do negócio: tornou-se um fator de legitimidade social e um importante atributo positivo para a imagem pública e reputação das empresas. É uma exigência cada vez mais presente a adoção de padrões de conduta ética que valorizem o ser humano, a sociedade e o meio ambiente.
A atividade profissional é a ação produtiva de bens materiais e serviços. Devido o desenvolvimento e a expansão da atividade profissional gerou-se a necessidade de organização do trabalho.
A ética profissional é a reflexão sobre a atividade produtiva, para dali extrair o conjunto excelente de ações, relativas ao modo de produção. A atividade produtiva tem hábitos e costumes próprios; tem também acordos que asseguram a produção de justiça mínima no decorrer de seu exercício e constitui ambos, o objeto da ética profissional.
A ética de um lado, exige a deontologia, isto é, o estudo dos deveres específicos que orientam o agir humano no seu campo profissional; de outro lado, exige a diciologia, isto é, o estudo dos direitos que a pessoa tem ao exercer suas atividades.
Os códigos de éticas estruturam e sistematizam as exigências éticas de todos os profissionais no tríplice plano: de orientação, disciplina e de fiscalização.
COMO SE DEFINE A ÉTICA?
Você define através do modular, do exemplar, define através de princípios da sociedade, sejam religiosos ou não. Define através de normatizações. Por exemplo, há 20 anos nos auditórios algumas pessoas fumariam outras não. Há 10 anos haveria uma placa é proibido fumar.  Hoje não precisa mais, hoje as pessoas o fazem. Elas introjetaram aquele comportamento social. (Cortella 2009)
ÉTICA NO TRABALHO
É no trabalho e na relação com os usuários ou clientela que demonstramos ou podemos observar com mais evidência o comportamento ético das pessoas. Uma das provas mais evidentes desta observação é o fato das pessoas serem diferentes, de famílias diferentes das quais cada uma tem trajetórias de vida completamente diversificadas, com concepções de vida distintas. No entanto a ética independe dessas diversidades e sim está relacionada ao conjunto de relacionamentos que forma uma sociedade ou que convivem em um mesmo local diariamente.
A busca por algo é o que faz das pessoas demonstrarem seu caráter e sua forma de ser e de agir perante o outro. Ou seja, são nos momentos de decisões, nas atitudes, na pressão que muitas vezes demonstramos quem realmente somos. Qual a verdadeira característica que está de fato em nosso comportamento. O que surge de repente que aparentemente está dormindo, mas que faz parte de nossa essência.
	LINK:
Clique no link abaixo para aprofundar na temática de Código de Ética e visualizar alguns exemplos de códigos de ética empresariais.
<http://www.eticaempresarial.com.br/site/pg.asp?codigo=63&pag=2&subcat=2&tit=2&m=1&mdata=sim&ordenacao=DESC&mcat=2&nomecat=n&pagina=detalhe_artigo&tit_pagina=C>.
Ser ético no trabalho é algo que supera os nossos limites, cumprindo e fazendo cumprirem-se as leis, os direitos e os deveres humanos, não olhando para si, mas, para o coletivo, para o outro ou no conjunto dessas relações. No mundo empresarial conhecemos um termo que resume bem esta temática referente à prestação de contas que exige consequentemente transparência.
Ética e Accountability sendo de origem inglesa, este termo significa a obrigação que as instituições têm de prestar contas dos resultados obtidos a todas as instâncias, sejam elas controladoras e seus representados ou aos stakeholders, todos aqueles que têm uma ligação direta ou indireta com a empresa.
Ao executar uma tarefa decorrente de uma delegação, só é considerada realizada e finalizada perante os resultados alcançados com a prestação de contas ao serem mensuradas pela contabilidade. 
CÓDIGO DE ÉTICA
A realização dos princípios, da visão e missão de uma empresa é o que se pretende com a elaboração de um código de ética.
Todas as ações dos colaboradoressão orientadas por estas três questões básicas que visam apresentar a postura social da empresa tanto na área interna quanto internamente. 
Normalmente, o código fornece à empresa um marco de referencia, definindo as áreas de preocupação ética e os valores básicos que devem orientar a ação. Na melhor das hipóteses, pode ser altamente inspirador, despertando orgulho nos empregados e admiração em estranhos (AGUILAR, 1996).
Cada organização estabelece um sistema de valores, explícito ou não, para que haja uma homogeneidade na forma de conduzir questões específicas e relativas a seus stakeholders, ou seja, todos os públicos que de forma direta ou indireta contribuem para o bom desempenho da empresa.
Assim, Códigos de ética fazem parte do sistema de valores que orientam o comportamento das pessoas, grupos e das organizações e seus administradores.
O código de ética das empresas, assim como o código dos profissionais, deve ser regulamentador. Não deve necessariamente contemplar os ideais, a missão, a visão da empresa, embora se apoie neles.
A razão de ser do código de ética é fornecer critérios ou diretrizes para que as pessoas descubram formas éticas de se conduzir. É mais para orientar do que solucionar os dilemas éticos da organização.
A maioria dos códigos abordam temas como: conflitos de interesse, conduta ilegal, segurança dos ativos da empresa, honestidade nas comunicações dos negócios da empresa, denúncias, suborno, entretenimento e viagem, propriedade de informação, contrato governamentais, responsabilidade de cada Stakeholder, assédio moral, assédio sexual, uso de drogas e álcool.
O código de ética deve ser fruto de consenso entre as pessoas envolvidas. Jamais deve ser elaborado por um iluminado e depois obrigar o cumprimento do mesmo.
Quando o código é fruto de consenso entre as pessoas envolvidas, a vivência e as posturas éticas serão realidades visíveis na empresa. Geralmente o código resulta do clima ético de cada organização, que se retrata nas aspirações de seus elaboradores.
ÉTICA NA FAMÍLIA
Assim como na família em que estamos em contatos diariamente com os pais, filhos, avós, cônjuges etc., não importando o grau de parentesco, podemos perceber que ser ético é conviver com as diferenças entre todos os membros, buscando a harmonia da família como um todo.
Figura 2- Família
Ou seja, o nosso limite termina quando começa o do outro. Neste sentido, de maneira geral uma pessoa ética tem como característica a transparência e a honestidade nas ações comportamentais e no diálogo com o outro.
Nesse quesito introduzimos o que chamamos de “dialética do comportamento” uma analogia comparada à “dialética de Marx”.
Como funciona a TESE, a ANTÍTESE e a SÍNTESE na dialética do comportamento?
A TESE é a situação atual da pessoa humana somadas às manias, hábitos que o indivíduo adquiriu na vida, seja na família, no trabalho, com os amigos, na igreja, na escola etc. Diante desta realidade o indivíduo criou em sua própria essência uma resistência e vícios de comportamentos o que o torna em suas concepções uma pessoa altamente conhecedora e experiente. Tem uma imagem da situação já estabelecida diante de todo o conhecimento adquirido. No entanto a velocidade com que as coisas mudam diariamente e as transformações impedem muito desses conhecimentos de serem informações confiáveis e adequadas a uma realidade presente. Um grande exemplo que podemos citar quanto à questão das experiências é o que se houve falar na educação por exemplo.
A educação escolar atual, considerando a velocidade de experiências na relação entre ensino e aprendizagem, tem uma ação mais lenta, se comparada ao dinamismo do desenvolvimento social. Na atualidade, as informações válidas, úteis, são muito mais efêmeras. E rapidamente ficam defasadas, superadas, inúteis mesmo, a partir de novas descobertas que as atropelam e superam, quase que a cada instante. É partindo deste princípio que se indaga sobre a sustentabilidade educacional e seus aspectos ontológicos. (BARBOZA, 2012, p. 13).
Portanto, aquilo que aprendemos na vida, as experiências são importantes como princípios ou como ponto de partida para se adequar a uma nova realidade. Não havendo esta adequação, certamente estas experiências podem atrapalhar o agir, as ações dos indivíduos.  Como menciona Dewey (2010), ele expõe sua teoria afirmando também que é impossível não aprender se não houver a experiência, porém experiência pode educar e deseducar. A experiência que deseduca é a que impede a continuidade ao conhecimento, às novas situações, às novas tendências.
O que seria a ANTÍTESE no comportamento dos indivíduos?
A ANTÍTESE como o próprio nome fala “ANTI” “TESE”, ou seja, aquilo que nega a TESE, a situação atual ou aquilo que se estabelece pelo conhecimento adquirido na vida. Esta negação nos direciona a um “EU REFLEXIVO” – Até que ponto estou correto nas minhas decisões? O meu agir é coerente com a realidade atual? O que faço não é algo proveniente das minhas manias e hábitos já ultrapassados diante da velocidade que se estabelece na própria dinâmica social?
Nesta relação entre a TESE e a ANTÍTESE, neste conflito entre o “EU TESE” e o “EU REFLEXIVO” surge uma nova situação, a SÍNTESE.
O que significa a SÍNTESE referente ao comportamento dos indivíduos?
É o novo resultado, é a ação lógica, compreensiva, adequada à nova realidade, é a ação consciente, é o meu “EU” melhorado, atualizado, modernizado que acompanha a realidade dos fatos em tempo real.
A ÉTICA PODE SER DISCUTIDA EM DOIS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS.
ÉTICA DA CONVICÇÃO
O ingresso na carreira política gera um dilema fundamental para políticos: seguir a sua convicção pessoal ou tomar decisões impostas pelas circunstâncias.
[...] toda a atividade orientada segundo a ética pode ser subordinada a duas máximas inteiramente diversas e irredutivelmente opostas. Pode orientar-se segundo a ética da responsabilidade ou segundo a ética da convicção. Isso não quer dizer que a ética da convicção equivalha à ausência de responsabilidade, e a ética da responsabilidade à ausência de convicção. Não se trata disso, evidentemente. Não obstante, há oposição profunda entre a atitude de quem se conforma às máximas da ética da convicção. Diríamos, em linguagem religiosa, “O cristão cumpre seu dever e, quanto aos resultados da ação, confia em Deus” — e a atitude de quem se orienta pela ética da responsabilidade, que diz: “Devemos responder pelas previsíveis consequências de nossos atos.” (WEBER, 1993, p. 113, grifo do autor).
O que vai orientar o comportamento do político? O conjunto de normas e valores considerando sua esfera privada. Ou seja, a ética da convicção. E a decisão do político? Essas são regidas pela ética da responsabilidade, são as normas e valores que decidirão suas ações enquanto governante.
A Ética da Convicção é ancorada nos valores absolutos. O problema das consequências é pouco relevante; É a ética dos deveres, das obrigações de consciência, das certezas, dos imperativos categóricos, das ordenações incondicionais. A ética da convicção, de carácter deontológico, apresenta a virtude como estando submetida ao respeito pelo da lei moral. Segundo (VÁZQUEZ, 2001, p. 84):
A moral é um conjunto de normas, princípios e valores, segundo o qual são regulamentadas as relações mútuas entre os indivíduos ou entre estes e a comunidade, de tal maneira que estas normas, dotadas de um caráter histórico e social, sejam acatadas livre e conscientemente, por uma convicção intima e não de uma maneira mecânica, externa e impessoal.
Trata-se, portanto, de uma ética do dever, atendendo que os seus princípios se traduzem em obrigações ou imperativos aos quais se deve obedecer.
ÉTICA DA RESPONSABILIDADE
Já a ética da responsabilidade é necessária para se observarem as decisões e os resultados a serem atingidos; Induz o homem a se posicionar diante de suas próprias decisões, não cabendo remeter aos outros suas responsabilidades. É a ética dos propósitos, da razão, dos resultados previsíveis, dos prognósticos, das análisesde circunstâncias, dos fatores condicionais.
Essa análise levará em conta o bem que pode ser feito a um número maior de pessoas assim como evitar o maior mal possível. Espera-se, portanto que uma ação se traduza na maior felicidade possível para o maior número de pessoas possível.
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É o equilíbrio entre a ética da convicção e a ética da Responsabilidade. O indivíduo ou o grupo pesa na “balança” os seus atos provenientes das suas convicções e das responsabilidades cujas consequências são lhes atribuídas às suas ações.
No entanto, na sociedade atual, esta cada vez mais difícil se organizar em torno dos três princípios (QUERO? DEVO? POSSO?). A competição acirrada faz com que as organizações busquem, cada vez mais, maximizar seus resultados, privilegiando o individualismo e os interesses próprios.  Qual é a causa? Certamente esse cenário traz impactos para a sociedade considerando os diversos enfrentamentos como, por exemplo, o desemprego, as desigualdades sociais, violência, corrupção, a quebra da solidariedade entre as pessoas, classes e regiões. Os problemas sociais parecem estar sendo banalizados, a avareza e a esperteza estão sendo glorificadas e o caráter das pessoas contaminado, levando à negligência do exercício da cidadania. Vamos assistir ao vídeo a seguir sobre “O que é Ética” e os “dois princípios fundamentais da ética”.
Aula 1 - Sem Libras
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Aula 1 - Com Libras
 
O objetivo deste tema: Ética da Responsabilidade e Ética da convicção é propor uma reflexão acerca destas duas éticas weberianas, que visam a possibilitar uma melhor compreensão do conceito de políticas das empresas e ao mesmo tempo da forma de ser de cada individuo ou grupos. Desta forma, procuramos fixar uma adequada análise sobre a atuação do profissional. Buscar-se-á identificar uma base teórica que justifique o controle e o agir deste profissional, que o torne independente e autônomo, que o torne um profissional especialista diante de suas convicções e responsabilidade.
Pretende-se mostrar, pelo menos, os contornos iniciais, uma racionalidade quanto à forma para as decisões de controle de políticas empresariais na área de atuação.  A problemática dessa reflexão comporta um debate sobre a justificação e responsabilidade social. 
Este estudo pretende funcionar como uma teoria de base para se justificar e se fundamentar como possíveis bases de políticas empresariais voltadas para uma atuação mais sustentável e constitucional, já que visa a garantir os direitos de todos, assim como à saúde e ao trabalho.
Considerando que a instrumentalidade é uma característica central da ação, entendemos que ela não é um fim em si mesmo, mas deve ser funcionalizada para determinadas metas e objetivos.
A Constituição aparece como o principal instrumento normativo norteador das políticas, sejam elas públicas ou privadas, principalmente quando se trata de políticas públicas voltadas à satisfação e proteção de direitos fundamentais. Pode-se, a partir daí, concluir, por exemplo, que a política pública deve ser guiada por uma racionalidade instrumental, da mesma forma as políticas empresariais mediante as duas éticas cujo equilíbrio se percebe em ambas em que se identifica o senso de proporção.
No plano da responsabilidade, ou seja, o suporte de ética de responsabilidade, essa reflexão buscará oferecer alguns elementos para aferir os limites e as possibilidades fáticas do controle de políticas voltadas para as áreas de atuação da empresa, analisando as circunstâncias pelas quais elas são aferidas e as consequências por elas tomadas.
Convém mencionar que dentro das concepções éticas serão abordadas políticas voltadas à satisfação e proteção dos direitos fundamentais à saúde do profissional, enfim de todos os stakeholders direito, aqueles que fazem a empresa existir. 
No entanto, a instrumentalidade das políticas elaboradas pelas empresas contemporâneas não pode conduzir a uma técnica vazia colocada a qualquer fim, ou seja, sob o ponto de vista do empresário com base em suas convicções políticas, pois o suporte normativo das políticas são os valores, as metas e as diretrizes previstas constitucionalmente, visto que as normas constitucionais orientam as políticas empresariais tanto quanto à finalidade, bem como quanto ao conteúdo.
Neste contexto, a empresa não pode estar condicionada às convicções puramente do empresário e suas pretensões alheias ao verdadeiro propósito da sociedade já que ela está inserida no próprio sistema.
O suporte de justificação e o suporte de responsabilidade derivam da necessidade de se conceber a política da empresa a partir de uma racionalidade instrumental que procura satisfazer e proteger as disposições constitucionais, nomeadamente os direitos fundamentais.
Portanto, em termos weberianos, a política ou as ações das empresas, deve combinar ética de responsabilidade e ética de convicção. Assim sendo, o controle da ação empresarial também deve se guiar a partir dessas éticas; para tanto, o garantismo do sucesso empresarial estará para a ética de convicção, e a análise das circunstâncias para a ética de responsabilidade.
Tanto em relação à garantia quanto às circunstâncias, temos problemas quando o assunto é o efeito responsável das empresas no Brasil. O que se percebe, no entanto, é a ausência das duas éticas, se levarmos em consideração a sua existência enquanto uma empresa responsável que se preocupa com a qualidade de vida de seus funcionários ou da comunidade.
A ética da responsabilidade é necessária para se observarem as decisões e os resultados a serem atingidos. As ações, em termos de meios-fins, devem ser máximas entrelaçadas e interdependentes em todos os sentidos do sistema empresarial. Ou seja, não se devem utilizar os stakeholders diretos ou indiretos apenas como meios, considerando apenas o foco da lucratividade na perspectiva da responsabilidade social. Embora a mais-valia seja fundamental para a existência da empresa, hoje outros valores são agregados para a sua sustentabilidade. Esta relação deve ser vista a partir do todo. É desta forma que se encontra a eficácia, que se define pela escolha dos meios ajustados ao fim que se pretende.
A ética da responsabilidade induz o homem a se posicionar diante de suas próprias decisões, não cabendo remeter aos outros a responsabilidade futura pelos seus atos.
Para os efeitos aplicativos das duas éticas (Convicção e Responsabilidade), pode-se afirmar que a ética teleológica determina o que é correto de acordo com a finalidade que se pretende atingir. Ou seja, procura o êxito da ação. Já na ética deontológica, a análise das consequências de um ato ou comportamento não deve influir no julgamento moral sobre as ações das pessoas; orienta-se pela convicção. Os postulados da ética deontológica respondem pelo vir a ser, mas não totalmente pelas tomadas de decisões teleológicas no âmbito das instituições.  A proibição à exclusividade da própria conservação sugere a ética da responsabilidade, com o intuito de superar a noção do êxito e da convicção.
A ética da responsabilidade é pautada como o eixo da reflexão por entender que ela constitui uma referência para o cuidado com aquilo que se aplica pela ação empresarial. Ou seja, os cuidados com as consequências das ações tomadas pelos stakeholders diretos e indiretos. Quanto a ética da convicção, menciona (WEBER, 1993, p. 113, grifo do autor):
A ética da convicção é ancorada em valores absolutos, sendo assim, para quem se conforma com essa modalidade de ética, o problema das consequências é pouco relevante. Nesse sentido, temos o cristão que cumpre seu dever confiando exclusivamente a Deus os resultados da ação. Quando as consequências de uma ação praticada pela ética da convicção se revelam desagradáveis, o sujeito da ação não atribui a responsabilidade dessas consequênciasa si, mas transfere essa responsabilidade “ao mundo, à tolice dos homens ou à vontade de Deus, que assim criou os homens”
Nestas condições, há um reencontro com o pensamento kantiano, com as ideias de moralidade e dignidade. Para Kant, “as pessoas, em geral qualquer espécie racional, deve existir como um fim em si mesmo e jamais como um meio, a ser arbitrariamente usado para este ou aquele propósito.” (SÃO PAULO, 2004, p. 330).  Nessas condições, reportamo-nos às teorias deontológicas, para as quais, de acordo com Furrow (2007 apud CALDEIRÃO, BAZOLI; BRUNETTA, 2009, p. 60), “[...] as pessoas individuais têm um status especial, e devido a este status, lhes devemos respeito que não deve ser violado independentemente das consequências”.
A autonomia deve ser articulada com o progresso da carreira profissional cuja política profissional não deve ser ligada à funcionalização, mas aos valores devidos e incondicionais, à importância que deve ser dada a este profissional.
Weber fala da política da profissão, não como a “arte de governar”, mas a respeito das habilidades nas relações humanas para obter os resultados desejados.
Estas considerações sobre valor incondicional das pessoas levam diretamente a uma das três formulações de Kant do imperativo categórico (1995, p. 69): “haja como se tratasse a humanidade seja em sua própria pessoa ou na de outra, nunca como um meio somente, mas sempre ao mesmo tempo como um fim em si próprio.”
Os trabalhadores, por exemplo, tendem a exigir uma maior autonomia no exercício profissional, assim como reivindicar mais garantias dos meios adequados quanto aos instrumentais de trabalho e sua autonomia enquanto profissional especialista. Da mesma forma, a empresa deve transformar a teoria em prática quando se diz responsável socialmente referente à sua função social na comunidade à qual pertence. Porém, os programas e os procedimentos empresariais muitas vezes são elaborados de forma generalizada, sem contemplar as especificidades e as regionalidades. É necessário adequar tais condições às características das comunidades em que as empresas estão inseridas.
Considerando-se que a confiança entre o empregado e o empregador é primordial no processo de trabalho, ambos devem considerar que a única maneira de ajudar o homem, em sua vocação ontológica, a inserir-se na construção da sociedade e na direção da mudança social, é substituir esta captação principalmente mágica da realidade por uma captação mais e mais crítica. Como chegar a isto? Esta é a essência da responsabilidade social  ou de uma empresa responsável socialmente.
É bem a propósito, inclusive que através de um método ativo de administração, um método de diálogo– crítico e participativo que automaticamente convide à crítica. Este é o primeiro passo para que seja possível iniciar qualquer processo de mudança: transpor uma relação mais transparente para uma ação ética e responsável.
A Responsabilidade da empresa é social, representando seu primeiro compromisso com a sociedade. Sua responsabilidade, frente aos novos tempos e a uma nova era que se impõe, é a de preparar os indivíduos na prática para se tornarem cidadãos ativos e participantes sejam na família, no trabalho e na vida cultural e política. É, portanto, uma atividade fundamentalmente social, porque contribui para a conscientização e a conquista democrática.
Desta maneira além do setor público, o setor privado ou as instituições de forma geral, incluindo principalmente todos os participantes do processo empresarial, devem caminhar juntos para a efetivação de uma verdadeira responsabilidade social. Todos os participantes devem ter em mente os aspectos da responsabilidade social, para que, neste conjunto, se proceda ao resultado desejado.
No processo empresarial na sociedade contemporânea não há espaço e nem vocação para marketing político, individualista ou desejos personalistas.
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Para que possamos entender melhor as questões éticas vamos aprofundar a definição de Responsabilidade Social.
De acordo com o Instituto Ethos (2012, p.01) podemos entender Responsabilidade Social como:
É a forma de gestão que se define pela relação de ética e transparência da empresa com todos os públicos com que ela se relaciona e pelo estabelecimento de metas empresariais compatíveis com o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais.
Vejamos a seguir como podemos identificar uma instituição ética e Responsável Socialmente:
Quadro 01 Relação entre responsabilidade social e irresponsabilidade social
Fonte: Caldeirão; Bazoli; Brunetta, (2009, p. 35).
Como podemos perceber a sociedade hoje? Qual ética prevalece?
É a ética do dinheiro e que abriga uma massa de excluídos que vivem em situação de precariedade por todo este país e também ao redor do mundo.
É a partir dos anos 90 que a Responsabilidade ganha impulso em decorrência das inúmeras organizações não governamentais. Esta realidade é proveniente de um aumento significativo das demandas sociais e em contrapartida da deficiência do Estado.
Portanto, temos atualmente:
1º Setor - público – governamental – Tenta suprir as demandas através de suas políticas públicas. Por outro lado, as empresas;
2º Setor – mercado - Historicamente é vista como causadora de efeitos prejudiciais à sociedade, o que requer uma transformação no seu modo de fazer negócios e de se relacionar com a sociedade, assumindo seu papel como corresponsáveis pelo desenvolvimento dessa sociedade.
É nesse contexto, conforme vimos no quadro 01 sobre a Responsabilidade e Irresponsabilidade social é que vemos a existência das desigualdades sociais resultantes de uma grande massa de excluídos. Neste sentido a reação da sociedade civil vai proporcionar o surgimento do 3º setor da economia, as Instituições não governamentais,
3º. Setor – Não Governamental - sem fins lucrativos, com o objetivo de ajudar nas questões sociais gerando serviços de caráter público.
Quem são as empresas responsáveis socialmente? Sejam elas do setor público (1º. Setor), do mercado (2º. Setor) e das instituições não governamentais (3º. Setor)?
	O site Filantropia.org traz vários artigos e informações sobre o 3º setor, em especial o artigo intitulado O que é o terceiro setor, escrito por Stephen Kanitz.
<http://www.filantropia.org/OqueeTerceiroSetor.htm >.
 
Leia também o artigo sobre as origens e as bases do terceiro setor, acessando o link: O que é o Terceiro Setor .
 
ÉTICA EMPRESARIAL
Ética está relacionada com os juízos morais. Geralmente encontramos empresas que apresentam seus códigos de conduta. O objetivo aqui é mostrar à sociedade a sua conduta ética, demonstrando em suas ações ser uma empresa responsável socialmente.
As empresas modernas ancoram-se na exploração da atividade econômica com o objetivo principal a lucratividade. No entanto, atualmente, se percebe que além dos interesses das empresas estão também os interesses sociais.
A cultura da cooperação é o que se estabelece e sustenta uma empresa em seu compromisso ético e consequentemente o sucesso.
 
ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL - RSE
Esse é o ponto de partida para desenvolver as pessoas, para estabelecer canais de comunicação eficazes e para promover as mudanças culturais necessárias, incorporando o comportamento ético e a responsabilidade social como um dos valores corporativos que devem guiar as ações e as práticas organizacionais e que devem ser compartilhados por todos: gestores e funcionários. É mais um desafio que se coloca para os profissionais de todas as áreas de conhecimento. O objetivo principal é desenvolver o ser humano como pessoa, como profissional e também como cidadão. Segundo o Instituto Ethos:
Ética empresarial é o conjunto de princípios e valores adotados pela empresa. Ética empresarial é a base da Responsabilidade Social. Uma empresa que não remunera bem seus funcionários, que faz propagandas enganosasdos seus produtos, que fixa preços desleais, etc., não é uma empresa que tem uma postura ética. Sem ética nos negócios, não há Responsabilidade Social, já que a empresa que quer investir em projetos sociais deve seguir uma linha de coerência entre a ação e o discurso (INSTITUTO ETHOS, 2012).
Uma empresa verdadeiramente ética e responsável socialmente é aquela que tem suas ações iniciadas internamente. Ou seja, a Responsabilidade social interna é considerada o estágio inicial da cidadania empresarial.  Vamos assistir ao vídeo sobre “RESPONSABILIDADE SOCIAL E OS VALORES HUMANOS NAS RELAÇÕES COM PARCEIROS E A CADEIA DE SUPRIMENTOS”.
Melo Neto e Froes (2001) apontam três estágios de gestão da responsabilidade corporativa.
Gestão Social Interna
Gestão Social Externa
Gestão Social Cidadã
A Gestão Social Interna refere-se às ações direcionadas aos funcionários ou todos os stakeholders internos. Como exemplo: saúde e segurança, qualidade do ambiente de trabalho.
A Gestão Social Externa com foco nas questões de impactos negativos no aspecto social e ambiental. As questões com relação à qualidade e segurança dos produtos ao consumidor e, no quesito ambiental, a poluição e a utilização dos recursos naturais pela organização.
A Gestão Social Cidadã é o terceiro estágio que envolve as ações de filantropia e a implementação de projetos sociais que vão além do atendimento à comunidade local, contribuindo para a sociedade como um todo.
É importante lembrar que uma empresa responsável socialmente não são aquelas que plantam uma árvore, ou entregam algumas cestas básicas para famílias carentes em um determinado período do ano. Uma empresa responsável socialmente tem seus projetos de RSE incluso no planejamento estratégico da empresa. Ou seja, há uma continuidade, a empresa precisa prestar contas (Accountability), fazer uso do balanço social, ser transparente em suas ações.
O Accountability determina que quem desenvolve funções de importância na sociedade deve regularmente explicar as suas ações, ou seja, como faz, por que faz, quanto gasta e o que vai fazer a seguir.
Quando se trata do desempenho de cargos pagos pelo dinheiro dos contribuintes, a responsabilidade ainda se amplia, o que determina a necessidade não apenas de prestar contas em termos quantitativos, mas de auto avaliar a obra feita.
Na prática o Accountability é um conceito com significado variado e pertencente a uma esfera ética. Frequentemente, é usado em situações que denotam Responsabilidade Social.
A palavra accountability é de origem inglesa e representa a obrigação que a organização tem de prestar contas dos resultados obtidos, em função das responsabilidades que decorrem de uma delegação de poder. Também pode ser considerada a obrigação que membros de um órgão administrativo ou representativo têm de prestar contas a instâncias controladoras ou a seus representados. (CALDEIRÃO, 2009, p. 45)
Qual é o retorno das empresas responsáveis socialmente?
Uma empresa que apresenta comportamento ético, respeito ao consumidor, transparências nas relações com seus públicos, respeito ao meio ambiente, tem automaticamente a credibilidade dadas às suas ações. Considere-se, portanto, que esta empresa sabe ouvir seus stakeholders, há uma administração participativa.
Enfim, os gestores visam mudanças e identificam necessidades, implantando e administrando as transformações na organização. Nasce uma nova cultura empresarial.
Podemos praticar a Responsabilidade Social de diversas formas, contanto que esteja no planejamento estratégico e não seja apenas de forma filantrópica. Este conceito, na sua prática, pode ser realizado por indivíduos, instituições de ensino e empresas, porém seu foco sempre será as pessoas e terá como resultado a sustentabilidade e sua emancipação.
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INFRAESTRUTURA E SUPERESTRUTURA EMPRESARIAL
O objetivo de uma empresa responsável socialmente é retribuir à natureza e à população daquilo que ela recebe dos mesmos. Portanto esta retribuição tem a ver com os objetivos das instituições em formar cidadãos aptos a atuar e contribuir para o bem comum da sociedade onde todos estão inseridos, incluindo-se aí o próprio ambiente da empresa, formada por um conjunto de pessoas as quais chamamos de stakeholders, ou seja, todos aqueles que têm com regularidade certa relação com a sustentação da empresa, até mesmo aqueles que sofrem interferência causada pelos produtos produzidos por ela. Podemos citar como exemplo os stakeholders educacionais para melhor compreendermos seu significado:
Os stakeholders são, portanto, aqueles que podem afetar ou ter o seu interesse afetado pelo funcionamento, desempenho e resultados presentes e futuros da organização em questão. No ambiente escolar, cada um dos agentes internos e externos que interagem com a escola é considerado como um stakeholders: professores, funcionários, alunos, pais e membros da comunidade. Esses agentes formam a comunidade escolar e interagem no processo de planejamento e execução dos processos administrativo-pedagógicos da escola dentro de um modelo de gestão escolar participativa. (BRITO; CARNIELLI, 2011, p. 30). 80
Como vimos neste exemplo, uma educação de qualidade depende de como cada ator cumprirá com suas funções. O accountability educacional depende de como cada um de seus componentes operará de forma consistente. Hoje, a educação escolar está prestando conta mais ao mercado do que aos outros setores da sociedade.
Em conta disso o mercado não pode ser mero receptor de mão de obra alienada, para uma globalização que nas palavras de Paulo Freire, (2008, p. 127) “O Discurso da Globalização que fala da ética esconde, porém, que a sua é a ética do mercado e não a ética universal do ser humano, pela qual devemos lutar bravamente se optarmos, na verdade, por um mundo de gente”.
Cabe aos stakeholders de todas as áreas sejam os educacionais, os empresariais, governamentais, privados etc. exercerem esta prática e cobrar mais dos seus respectivos sistemas.
É na relação infra e superestrutura que iremos analisar esse novo conceito de responsabilidade social das instituições.
Figura 3– Infraestrutura e Superestrutura Empresarial
Fonte: Adaptado de BARBOZA, (2012, p. 80).
Todos aqueles que são interessados ou afetados no contexto de uma empresa, não sendo, porém, necessariamente relacionado aos assuntos econômicos são os que caracterizamos como stakeholders.
Neste sentido temos tanto na base da infraestrutura como na superestrutura os stakeholders diretos e indiretos.
Os stakeholders diretos relacionados nas duas estruturas são aqueles pertencentes aos grupos mais diretos como os funcionários, acionistas, diretores, cliente etc. Os mais indiretos são as comunidades, governo, mídia, os concorrentes e demais grupos de interesses.
Para melhor compreendermos os atores responsáveis socialmente, dividimos a empresa em duas grandes áreas: a infraestrutura e superestrutura. A nossa intenção não é caracterizar ou dar ênfase à empresa dentro de uma forma piramidal, mas mostrar as responsabilidades e a necessidade de interação entre os atores, ou seja, entre os que estão no âmbito da legislação, das ideologias apresentadas e sancionada pela classe política e instituições representativas das classes empresariais e trabalhadoras. Aqueles, porém que representam os stakeholders diretos nas duas estruturas de cujas empresas por esses são representados proporcionam ou não uma administração democrática, participativa, e flexiva; Na infraestrutura, encontram-se stakeholders diretos, aqueles que traduzem a legislação sobre as normas, trabalhando com o propósito de produzir a própria existência da empresa (prática); são eles: os funcionários, os setores, os fornecedores etc., enfim todos os que estão ligados diretamente à base da empresa, transformando a teoria em prática. É nessa base que se encontram, portanto, as traduções sobreas reais necessidades e toda a estrutura que visa a realização das metas e dos propósitos estipulados pela instituição empresarial na prática.
Na superestrutura, estão os stakeholders indiretos que legislam sobre o que se pretende com as empresas (teoria) de forma geral. Para concluir os processos empresariais no âmbito da legislação, é necessária a participação conjunta das duas bases; no entanto, é aqui que geralmente encontramos uma administração personalista, não participativa, não democrática.
Para que a administração seja realmente democrática, parte daqui a conscientização de que todas as partes interessadas no processo empresarial devem estar de acordo; todos os stakeholders ligados direta ou indiretamente são elementos essenciais ao planejamento estratégico da empresa.
Qual o propósito da Responsabilidade Social? Pensar sobre uma nova forma de administrar em que se contemplam todos os seus stakeholders diretos e indiretos.
É nesta relação entre infraestrutura e superestrutura empresarial que procuramos ampliar os conhecimentos acerca das questões que envolvem as problematizações acarretadas pelo mundo moderno principalmente na relação meio ambiente e sociedade. A empresa atualmente não pode se desenvolver com base apenas na lucratividade, embora seja importante para a sobrevivência da instituição, porém não pode esquecer-se daqueles que estão envolvidos diretamente com a empresa que a faz existir.
COMO IMPLEMENTAR UM PROCESSO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS EMPESAS
A empresa que você trabalha pratica a responsabilidade social? Que tal iniciar este processo?
É no mundo empresarial que surge o conceito de Responsabilidade Social. A prática agrega valor a empresas e produtos que se denominam socialmente responsáveis. A implantação de um programa de responsabilidade social empresarial não acontece através de um decreto, portaria e/ou comunicado interno, como também pela realização de grandes eventos e/ou campanhas publicitárias. A implantação destes programas de maneira efetiva significa uma mudança de mentalidade e/ou cultura, fazendo com que todos os stakeholders e todos os demais envolvidos na rede de relacionamentos da empresa acreditem e internalizem a ética como a única maneira de realizar negócios e atingir seus resultados, de forma sustentável.
A grande questão da instituição que se diz responsável socialmente é que não é possível avaliar, com certeza, se uma empresa realmente cumpre os requisitos necessários para ostentar esse título. É neste momento que entra em ação o papel de todos os stakeholders que trabalharemos mais adiante. Cabe àqueles que têm ligação direta com a instituição fiscalizar a conduta, afastar-se do senso comum e ter uma visão mais crítica quanto ao comportamento desta com a sociedade.
QUEM SÃO OS STAKEHOLDERS?
Os stakeholders são, portanto, aqueles que podem afetar ou ter o seu interesse afetado pelo funcionamento, desempenho e resultados presentes e futuros da organização em questão. (BRITO; CARNIELLI, 2011, p. 30).As empresas são organizações embora o objetivo primeiro seja o lucro, atualmente exigem-se das empresas maior responsabilidade social que buscam contribuir para o bem comum da sociedade onde todos estão inseridos, incluindo-se aí o próprio ambiente empresarial, formada por um conjunto de pessoas os quais chamamos de stakeholders: os diretores, os funcionários, os clientes, fornecedores etc.
Retratamos aqui a importância dos stakeholders, que são todos aqueles que têm alguma ligação direta ou indireta com a instituição e, ao mesmo tempo, a responsabilidade de cobrar dela a transparência (accountability) para com todos os participantes e coparticipantes da gestão institucional. A accountability remete a esta mesma obrigação, a prestação de contas. Segundo Caldeirão et al. (2009, p. 45), “representa a obrigação que a organização tem de prestar contas dos resultados obtidos em função das
A ISO 26000
Com o intuito de regularizar essa situação, foi concluída em novembro de 2010, em Genebra (Suíça), após dez anos de seu início, a formatação da ISO 26000 (International Organization for Standartization – Organização Internacional 28 de Normatização), que pretende ser Guia Normativo das Diretrizes Internacionais de Responsabilidade Social.
Num estudo mais aprofundado do conceito de Responsabilidade Social a partir da ISO 26000, percebe-se que este conceito não se remete apenas às empresas, mas a todas as instituições, inclusive à educação. O que é ISO 26000? É um dos principais guias para as organizações no tocante a práticas de gestão social e ambientalmente responsável com participação de diversas entidades de 90 países. O Brasil, onde o lançamento está sob responsabilidade da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, e a Suécia são os países que lideram o grupo que trabalha sobre esta norma.
Ao contrário de outras ISOs, esta Norma não irá certificar as empresas, apenas indicar os conceitos sobre a ética da Responsabilidade Social. Os países representantes e membros da ISO têm como maior complexidade vencer as diferenças sociais, econômicas, culturais, ambientais, jurídicas para que esta norma seja adaptável a qualquer organização.
A ISO 26000 trabalha com as várias partes interessadas (multistakeholders). É um processo também com ONGs, com organizações, com governo, com a sociedade de modo geral. Quando os líderes de cada um desses seis setores participavam conjuntamente das discussões referentes à ISO 26000, eles acabavam formando os multistakeholders.
Multistakeholders – é um processo de troca mútua. Os stakeholders de um determinado setor se reúnem com líderes dos outros setores da sociedade e trocam experiências. Exemplo: os stakeholders do setor de educação apresentam sua experiência de Responsabilidade Social e, ao mesmo tempo, colhem o que os outros stakeholders (de outros setores) tiveram para contribuir. Assim, este líder ganha mais conhecimento, e o grupo como um todo também. 
O Brasil, através da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, e a Suécia, representada pelo SIS – Swedish Institute of Standardization, são os países que lideram o grupo de trabalho internacional da International Organization for Standartization (ISO), responsável pelo desenvolvimento da futura norma internacional de responsabilidade social: a ISO 26000. A construção da ISO 26000 apresenta duas características inéditas. Pela primeira vez, um país em desenvolvimento está na liderança de um grupo de trabalho para a elaboração de uma norma técnica internacional no âmbito da ISO. Ainda, esse grupo de trabalho tem uma estrutura especial de funcionamento, da qual participam seis grupos de stakeholders: indústria, trabalhadores, consumidores, organizações não governamentais, governo e serviços de suporte de normalização, consultorias e instituições acadêmicas. Além, de multistakeholders, o grupo de trabalho é representado por cerca de 400 especialistas de cerca de 90 países (CARVALHO, 2009, p. 01, grifo nosso).
No caso da ISO 26000, podemos considerar que, em nível nacional, os stakeholders dos segmentos mais importantes de cada sociedade se reúnem, formam o workgroup (grupo de trabalho), formulam debates, discutem pontos específicos; enfim, tomam uma decisão consensual, para só então levá-la ao conhecimento das partes interessadas de todo o mundo, nas reuniões internacionais da norma. Os seis principais setores considerados pela ISO 26000 em cada país foram: Governo; Trabalhadores; Consumidores; Indústria; Organizações da sociedade civil, como ONGs; Outros (universidades, institutos científicos, centros de pesquisa).
	PARA DISCUTIR NO FÓRUM:
Contribuem com seus colegas sobre qual projeto de Responsabilidade Social sua empresa executa.
 
TERMINAMOS A 1º. UNIDADE – PARABÉNS
AGORA ESTUDAREMOS NA SEGUNDA UNIDADE:
LOGÍSTICA REVERSA E O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
DESENVOLVIMENTO? SUSTENTÁVEL?
Modelo que visa suprir as necessidades atuais da humanidade, No entanto, este cuidado não se refere apenas em relação à sociedade atual, mas tambéma preocupação em não se colocar em risco a capacidade das gerações futuras. Elas também precisam viver de forma sustentável. Sendo assim a nossa responsabilidade ainda é maior porque o futuro está em nossas mãos. Somos responsáveis pelas futuras gerações.
O QUE PLANTAMOS HOJE É O QUE ELES COLHERÃO AMANHÃ...
Pode se entender da seguinte maneira: ‘sustentável’ porque o planeta precisa se manter habitável de tal maneira que as futuras gerações possam viver com qualidade de vida, e ‘desenvolvimento’ porque as futuras gerações não deverão ser condenadas a viver na pobreza e nas consequências provenientes da exploração atual do meio ambiente.  Isso significa não esgotar os recursos naturais.
É neste sentido que diferenciamos crescimento econômico com desenvolvimento econômico.
Um país pode ter um crescimento econômico considerável e não necessariamente um desenvolvimento econômico. Crescimento econômico é a expansão do produto real ao longo do tempo já vimos que em curto prazo o aumento do consumo ou dos gastos do governo é importante para a expansão do produto. Mas em longo prazo o crescimento depende de outras variáveis, como “acumulação de capital”, “Inovações tecnológicas”, “Elevação da eficiência do trabalho”.
O crescimento econômico diz respeito somente a elevação do produto agregado do país, mas desenvolvimento econômico é um conceito bem mais amplo que leva em consideração a qualidade de vida da sociedade e as diferenças econômicas e sociais entre as pessoas.
Há países que conseguem um crescimento muito rápido, mas essas riquezas geradas não chegam as camadas mais pobres da população, ou seja, o crescimento rápido não vem acompanhado na mesma velocidade de desenvolvimento econômico.
Portanto, a primeira grande dimensão que deve ser repensada é quanto à sustentabilidade social que está ligada às demais dimensões. Se falarmos em meio ambiente, economia, espaço, cultura, todas essas dimensões estão ligadas ou deveriam estar direcionadas à qualidade de vida das gerações presentes e futuras. Para tanto é necessário resolvermos as questões sociais e econômicas a partir de suas causas.
A responsabilidade é de todos, mas principalmente daquele que deveria ser o responsável pela causa primeira, ou aquele que deu início ao “efeito dominó”.
Esse “efeito dominó” leva a uma série de acontecimentos (causas) que dão origem a outra sequência de acontecimentos (efeitos) o que torna um cíclico cujos efeitos são reflexos das causas, que são as que realmente devem ser revistas.
Figura 1 – Efeito dominó
 
Fonte: BARBOZA (2012).
Ou seja, o que vemos atualmente é resultado de uma reação em cadeia. Um acontecimento faz com que uma mudança semelhante ou a recriação de novas situações, proveniente da anterior, ocorre numa sequência linear. Esta sequência encadeada de eventos onde o tempo entre eventos sucessivos podem ser pequeno ou apresentar sequelas em um tempo mais longo. São relações causais dentro dos sistemas globais ou política. O que a sociedade passou a viver já é o processo a ser rediscutido, tendo como consideração o processo histórico da atual realidade.
Sustentabilidade tem relação direta com Desenvolvimento Sustentável?
Sim, desenvolvimento sustentável é a modalidade de evolução que podemos incluir simultaneamente a economia, o meio ambiente, o social, o espaço e a cultura de forma estruturada e continuada, ou seja, uma evolução que a sustentam sem voltar à situação degradada anteriormente, preservando os recursos disponíveis.
Vamos entender um pouco sobre cada uma das cinco principais dimensões de sustentabilidade. Mas antes vamos assistir ao vídeo:
É importante destacar que Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável são complementares, não tendo, no entanto o mesmo significado.
Não podemos considerar como dicotomia essas duas temáticas, apenas como um processo onde o primeiro é o fim e o segundo como meio para se atingir este fim.
Portanto, é percebido que a sustentabilidade se configura em um ambiente onde se pode desenvolver algo de forma que este sempre exista ou tenha a possibilidade de ser desenvolvido novamente. Ou seja, é basicamente produzir sem comprometer a capacidade de produções futuras. O desenvolvimento, para que seja sustentável, deve-se considerar os aspectos econômicos, o desenvolvimento social e o desenvolvimento ambiental.
Figura 2- As Dimensões de Sustentabilidade
Fonte: Adaptada de Sachs apud Kraemer (2012)
A sustentabilidade social – Reduz o abismo entre os padrões de vida dos ricos e dos pobres; As melhorias na qualidade de vida das pessoas; Entende-se que sem justiça social não há ambiente propício para criarmos Sociedade Sustentável.
A sustentabilidade Econômica – Prevê o gerenciamento e alocação mais eficientes dos recursos e de um fluxo constante de investimentos públicos e privados.
A sustentabilidade Ecológica - Aumento da capacidade de utilização dos recursos; Limitação do consumo de combustíveis fósseis; Limitação de recursos e outros produtos que são facilmente esgotáveis; Redução da geração de resíduos e de poluição.
A sustentabilidade Espacial - que deve ser dirigida para a obtenção de uma configuração rural-urbana mais equilibrada e uma melhor distribuição territorial dos assentamentos humanos e das atividades econômicas.
A sustentabilidade Cultural – A incorporam de princípios básicos da sociedade e a sua forma de vida; A transmissão de valores; fundamentais e do sentido de responsabilidade e ordem social; Criação de competências para enfrentar os seus riscos e desafios.
A natureza é destruída constantemente em nome do progresso, e as cidades produzem lixos diariamente. Portanto, é neste contexto entre a natureza e o progresso que o homem deve estar consciente de suas ações. O Brasil gera o maior volume de lixo eletrônico entre os emergentes. Neste sentido temos que cuidar do planeta como se cuida de uma empresa.
	
O Conceito de Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável
<http://www.catalisa.org.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=30&Itemid=59>.
Como podemos contribuir para o Desenvolvimento sustentável?
MOSTRAREMOS UM EXEMPLO PILOTO:
Nome da empresa: SGB CONSULTORIA E PROJETOS
No primeiro momento pensaremos no que a SGB CONSULTORIA E PROJETOS pode fazer para criar uma rede de desenvolvimento sustentável. Algumas perguntas são necessárias:
 Que ações são importantes para a comunidade?
 E como essas ações podem ser postas em prática?
As respostas para esta pergunta podem ser obtidas através de um diagnóstico. Um questionário que ajudará a identificar as principais necessidades ou deficiências existentes no ambiente do qual a empresa faz parte.
São essas informações que nortearão os investimentos da empresa.
No caso da SGB CONSULTORIA E PROJETOS há um gasto considerável de papel e não tem como diminuir.  O QUE FAZER ENTÃO?
Sabendo-se que há um déficit de vagas de emprego na comunidade, a SGB CONSULTORIA E PROJETOS resolveu montar uma cooperativa para reciclagem de papel. Os cooperados seriam moradores da cidade, capacitados para o serviço e toda a renda obtida seria revertida para essas famílias, gerando renda e aquecendo a economia local.
 
	PARA DISCUTIR NO FÓRUM:
Na sua empresa, quais são os principais problemas e quais as possíveis práticas necessárias para resolvê-los?
 
 
LGUNS OUTROS EXEMPLOS:
De acordo com LEANDRO, Evelyne (2008) Consultoria e Projetos, mostramos a seguir alguns exemplos de projetos:
RECICLAGEM DE PAPEL – Neste caso busca-se a solução de gastos incessantes de papel nas empresas. A sugestão é uma cooperativa para reciclagem de papel, resolveria consequentemente o déficit de vagas de emprego na comunidade onde toda a renda obtida seria revertida para as famílias – temos aí a geração de renda e o aquecimento da economia local.
EDUCAÇÃO – Os funcionários da empresa e os membros da comunidade se beneficiariam do projeto de educação para adulto. Neste sentido os benefícios se reverteriam inclusive para a própria empresa, pois funcionários alfabetizados são mais facilmentecapacitados para o exercício de suas funções. Também teria na comunidade mão-de-obra disponível na para futuro emprego.
HORTAS ORGÂNICAS – Famílias capacitadas na produção de produtos orgânicos. Geração de renda para as famílias, aquecimento da economia local e fornecimento de alimentos saudáveis nos refeitórios da empresa.
LOGÍSTICA E LOGÍSTICA REVERSA
Você sabe o que é Logística? E Logística Reversa? Ok, vamos primeiramente entender o que é logística para compreendermos melhor a logística reversa.
O QUE É LOGÍSTICA?
A logística no Brasil está passando por um período de extraordinárias mudanças. Pode-se mesmo afirmar que estamos no limiar de uma revolução, tanto em termos das práticas empresariais quanto da eficiência, qualidade e disponibilidade da infraestrutura de transportes e comunicações, elementos fundamentais para a existência de uma logística moderna (RAZZOLINI FILHO; BERTÉ, 2009, p. 23-4).
Todas as atividades de uma empresa são executadas pela área de gestão responsável, a logística.  Vários são os cursos das áreas humanas ligadas a esta gestão que possui uma visão organizacional holística.
Pela definição do Council of Supply Chain Management Professionals, "Logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semi-acabados e produtos acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes" (CARVALHO, 2002, p. 31, grifo do autor).
O desenvolvimento sustentável, atualmente vem sendo um tema bastante discutido quando se trata de cuidar do meio ambiente. E sustentabilidade é o resultado que se espera do projeto elaborado de Responsabilidade social. Ou seja, toda empresa necessita tem como propósito a sustentação, a preservação e a qualidade de vida da população.  Neste sentido, sabe-se que, independente de qualquer situação a porta de entrada para que se caracterize a empresa como uma instituição responsável é a sua atuação ética. Portanto, ética responsabilidade social e sustentabilidade andam de mãos juntas e são estas as bases da concepção do trabalho. A logística voltada para o social, embora seja uma temática recente é a base da Responsabilidade Social Empresarial.
E A LOGÍSTICA REVERSA?
Como deve ser entendida pela empresa?
Deve ser entendida como uma oportunidade de adicionar valor à empresa, com relação aos seus serviços prestados, consequentemente favorece a competitividade. O retorno da empresa se dá pela sua identificação enquanto uma empresa responsável socialmente considerando as dimensões de sustentabilidade, principalmente aos aspectos ambientais e sociais.
A sociedade atual está preocupada com o meio ambiente e cresce cada vez mais a preocupação com os materiais e embalagens produzidas pelas empresas. Portanto uma das ações que vai diferenciar suas ações enquanto uma empresa competitiva é a sua responsabilidade social e ambiental tendo em vista amenizar os seus impactos ao meio ambiente. Neste sentido as empresas colocam em prática a reutilização de embalagens, ou seja, a logística reversa trata de retornos de produtos, materiais ou embalagens ao centro de sua produção.
Sabe-se que o objetivo fundamental das empresas é o lucro, no entanto, a empresa responsável socialmente é aquela que entende que além do lucro é importante o agir socialmente, ou seja, ao mesmo tempo em que visa o lucro, pode também contribuir para o cumprimento dos objetivos sociais e ambientais mediante a conexão e a integração da responsabilidade social no planejamento estratégico de suas organizações.  Uma empresa responsável socialmente vai além do simples cumprimento da lei, é neste sentido que ela se apresenta como uma empresa competitiva.
Não se pode confundir responsabilidade social com filantropia. Lembrando que para uma empresa ser responsável socialmente ela precisa estabelecer em seu plano estratégico, projetos que tenham continuidade e que visa a sustentação do alvo a ser empreitado.
Consequentemente, as empresas precisam satisfazer interesses de todos os stakeholders, ou seja, os acionistas, funcionários, fornecedores, clientes etc. neste contexto a logística reversa pode contribuir como diferencial ante os concorrentes. Qual é a tendência atual no mundo empresarial? É exatamente o trabalho com os indicadores que agregam valor, que vai além dos aspectos econômicos do qual garantem a sobrevivência da empresa. Nesta perspectiva trabalham-se as informações e o relacionamento da empresa com a comunidade em geral. 
QUAIS AS VANTAGENS DA LOGÍSTICA REVERSA?
Considerando que não são todas as empresas que praticam a logística reversa, esta ação a torna privilegiada na competição entre os concorrentes, consequentemente, as empresas, além de serem intituladas como empresa responsável socialmente que se responsabilizam pelo meio ambiente e pelo bem estar da sociedade, também economizarão em produtos. Portanto o grande diferencial dessas empresas está no cuidado que elas têm com os produtos após a sua utilização, reutilizando-as novamente e diminuindo os seus custos e os impactos ambientais.
Segundo Razzolini e Zarpelon (2003) explicam o fato de a logística reversa atentar aos “aspectos de gestão ambiental, adequada com padrões de ecodesenvolvimento, além de gerar impulso para novas tecnologias e bioprocessos de reaproveitamento e reciclagem”, o que, por si só, é importante para gerar uma imagem positiva para as organizações que a empregam.  (RAZZOLINI FILHO; BERTÉ, 2009, p 62).
	 
Acesse o site da: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LOGÍSTICA. Disponível em:<http://www.aslog.org.br >.
Este site é fundamental se você pretente atuar na área da logística ou aprofundar seus conhecimentos sobre essa atividade, uma vez que se trata do sítio oficial da assiociação Brasileira de Logística, apresentando todas as informações relevantes e atuais sobre esta área. Além disso, disponibiliza artigos e casos de sucesso que podem ser úteis em suas pesquisas.
(RAZZOLINI FILHO; BERTÉ, 2009, p. 23-4).
Vamos compreender melhor sobre Logística Reversa assisitndo ao vídeo explicativo: