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Aula 06 (anexo) Análise e interpretação do relatório do MEC Inep

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Análise e interpretação do relatório do MEC/Inep 
 
 
Todas as escolas deveriam iniciar pela reflexão: melhorar em que sentido? 
Quais as mudanças devem ser discutidas para que o projeto da escola se aproxime do 
ideal expresso na Constituição Federal para termos uma educação plena, revestida 
dos princípios democráticos, que resultem na formação de um homem produtivo, 
cidadão cumpridor dos seus deveres e capaz de exigir os seus direitos nas situações 
em que se sentir prejudicado? 
 
O aluno, por sua vez, deve receber a sua nota e analisar os próprios erros sob a 
orientação da escola ou individualmente, levando em conta que pode obter sucesso 
em outras oportunidades estabelecendo um plano pessoal de trabalho para corrigir as 
suas deficiências e lacunas relativas aos conteúdos em que não foi bem. 
 
No entanto, observa-se que é comum a escola não trabalhar as informações recebidas 
ou considerar apenas os aspectos quantitativos, as tabelas apresentadas no relatório. 
Falando de aprendizagem de qualidade, a leitura que normalmente a escola faz, inclui 
apenas os dados de desempenho em números: nota do aluno, média do Saeb, 
aprovação no vestibular etc. A escola se prende às notícias divulgadas e com o fato de 
ter se saído bem com a média de seus alunos. Quando seu resultado é negativo, 
procura ignorar e nega ter conhecimento do fato. 
 
Pedro Demo (2002), em seu livro, observa que há em geral, uma precariedade 
metodológica na análise dos dados apresentados. Para ele qualquer análise deve 
extrapolar a questão quantitativa, no entanto, ele aponta que o conceito de 
qualidade é variável. Quase sempre é definida pelo que ela não é. Dificilmente há 
clareza de parâmetros para aferição da qualidade. O autor destaca que a qualidade 
 
 
 
 
 2 
 
tem uma característica mais perceptível que é o seu sentido de intensidade e isto a 
distingue da quantidade. Ele inclui um exemplo esclarecendo o seu pensamento: 
“Saber pensar” também exige tempo de estudo, mas é, 
sobretudo qualidade da aprendizagem ligada a habilidades 
básicas do ser humano, à capacidade de aprofundamento e 
raciocínio completo, à versatilidade da argumentação e do 
espírito crítico, à criatividade de propostas próprias e 
autônomas, à conquista da emancipação, e assim por diante. (p. 
69) 
 
Continuando essa reflexão, entendemos como ele que o fato do aluno permanecer na 
escola por um tempo maior não garante que tenha desenvolvido as competências 
necessárias para que possa ser considerado um aluno crítico ou reflexivo. Para 
sabermos, a partir do seu nível de escolarização e das suas notas, se ele realmente 
atendeu às características apontadas por Demo (2002), teremos que realizar uma 
análise do significado qualitativo das suas aprendizagens. Ele sugere haver caminhos 
que possibilitam uma análise da qualidade, pautando-se na quantidade sem, no 
entanto, ficar preso no universo dos dados concretos, mas principalmente, 
elaborando-se interpretações a partir desses dados. 
 
A escola deve pautar o seu currículo em conteúdos e atividades que possibilitem ao 
aluno desenvolver plenamente as suas capacidades e talentos, deve oportunizar ações 
em que desperte um sentido de humanidade e compreensão com a fraqueza do outro, 
que ele entenda o valor do trabalho como realização pessoal.

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