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1 Responsabilidade Social A verdade, como descrita na poesia, depende no sujeito do seu “capricho, ilusão, miopia”, porém está sendo constantemente refutada e ressignificada, permitindo que a ciência e a técnica comandem as inovações que são absorvidas pelas pessoas. Forquin (1993, p. 19) ressalta a importância da crítica, da avaliação para que se possa acompanhar esse movimento que é peculiar à época que estamos vivendo, do gosto pelo novo. A novidade é encarada como sinônimo de modernidade, de atualidade. Por isso é necessário realizar a crítica do novo. Dias Sobrinho (2000) por outro lado, ressalta em seu livro que a escola deve ser encarada como um patrimônio de uma comunidade e que os seus integrantes possuem a tarefa de legitimá-la enquanto instituição responsável pela formação humana: Enquanto na vida cotidiana todos os indivíduos realizam atos corriqueiros de avaliação, em circunstâncias fortuitas e sobre assuntos não previamente estruturados, na avaliação institucional os atores são sujeitos de relações inscritas em códigos sociais reconhecidos, de forma que se apresentam como consentidos os papéis, as funções e as competências. São agentes concretos cuja habilitação para o desenvolvimento das atividades é institucionalmente constituída. Reafirmar isso é importante para aprofundar o sentido da legitimidade institucional, da responsabilidade social e do caráter público do processo. (p.116) Nesse trecho, fica muito claro que há uma vinculação entre a avaliação institucional e a garantia da realização da missão da instituição. O autor fala da universidade, que tem a missão de formação do homem habilitando-o para exercer uma profissão em nível superior e por inseri-lo no domínio dos códigos mais sofisticados da vida moderna. 2 No entanto, as suas ideias podem ser transportadas para todas as instituições sociais que guardem em suas finalidades algum objetivo educacional. Uma avaliação objetivando a melhoria do trabalho realizado com vista a garantir a qualidade do processo e do seu resultado, mesmo que não seja denominada de institucional, sempre terá uma vinculação com o aperfeiçoamento do trabalho realizado naquele espaço. Podemos problematizar com base nas afirmações de Dias Sobrinho (2000, p.117) que essa tessitura de relações mais ou menos conviviais, existentes na universidade, nem sempre dentro de padrões harmônicos, é muito rica e é necessária porque confere um caráter plural à comunidade educativa e a avaliação participativa não precisa ser consensual, pois quando assumida por todos democraticamente, permite aprofundar a dimensão pedagógica da instituição, garantindo o cumprimento da sua função social. Assim é importante você entender que o autor nesse capítulo defende a avaliação ter um caráter social e público porque é na mudança de atitude dos sujeitos sociais, mediante o debate público, que se pode realizar as transformações na sociedade, aperfeiçoando o processo educacional para formar um homem cada vez mais solidário e humano. Não se pode aceitar o novo, pela novidade que representa. Devemos examinar com rigor as mudanças propostas e tentar avaliá-las dentro de um cenário educacional mais amplo que apenas dentro dos objetivos políticos de um governo transitório.
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