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FARMACOS ANTIMICROBIANOS Agentes que apresentam resistência antimicrobiana: Enterococos resistente à vancomicina (VRE) Staphylococcus aureus resistente à oxacilina MRSA(até 2000) - resistência à vancomicina (VISA) Enterobactérias resistentes a cefalosporinas de 3ª geração – ESBL Pseudomonas aeruginosa resistente a carbapenêmicos Acinetobacter spp resistente a carbapenêmicos Klebsiella sp resistente a carbapenêmicos (KPC) MECANISMOS DE AÇÃO Penicilinas, cefalosporinas, ciclosserina, bacitracina, vancomicina - Inibem síntese da parede celular (bacteriostáticos) Polimixina, nistatina, anfotericina B - Alteram permeabilidade da parede (bactericidas) Cloranfenicol, tetraciclina, eritromicina e clindamicina - Afetam a síntese proteica (bacteriostáticos). Aminoglicosídeos - Alteram síntese proteica levando a morte celular (bactericidas) Rifampicina e quinolonas. - Afetam o metabolismo dos ácidos nucleicos (bactericidas) Trimetoprim e sulfonamidas - Bloqueiam enzimas essenciais do metabolismo dos folatos (bactericidas) INTERFEREM NA SÍNTESE / AÇÃO DO FOLATO SULFONAMIDAS SULFADIAZINA SULFAMETOXAZOL SULFADIMIDINA Mec de ação - competem com o PABA pela enzima dihidropteroato sintetase, impedem a síntese de ácido fólico. - inibem o metabolismo do ácido fólico, por mecanismo competitivo - bacteriostáticos Resistência - mutação, levando à produção aumentada de ácido para-aminobenzóico ou à síntese de diidropteróico sintetase que apresentam pouca afinidade pelo antimicrobiano. Farmacocinética - via oral (abs TGI) - pico plasmático 4h - atravessam barreiras (placentária e hematoencefálica) - metabolizadas no fígado - excreção é renal Indicação - (associadas a TMP) - queimaduras (sulfadiazina prata) - infecções respiratórias causadas por Nocardia - infecções urinárias. - sulfadiazina é a droga de escolha no tratamento da toxoplasmose, associado a pirimetamina, e como alternativa na malária por P. falciparum sensível ou resistente à cloroquina. Efeito adverso - GI (N/V) - cefaleia - cianose por metemoglobinemia - hepatite - reações de hipersensibilidade: erupção morbiliforme e prurido cutâneo. Contraindicado - terceiro trimestre da gestação e durante a amamentação, pelo risco de indução de kernicterius. TRIMETOPRIMA Mec de ação - inibidor da diidrofolato redutase, diminuem a síntese de ácido nucleico e potencializam ação das sulfanilamidas - bacteriostático Resistencia - alteração da permeabilidade celular, por perda da capacidade da bactéria de ligação à droga por modificação na enzima diidrofalato redutase. Farmacocinética - adm oral (abs TGI) - atravessam barreiras - alcança altas [ ] nos pulmões e rins e razoável no LCR - eliminação renal aumentada em pH ácido. Indicação - associação com sulfas - infecções urinárias e respiratórias (Pneumocystis carinii – infecção paciente com AIDS) - prostatite e vaginite. Efeito adverso - GI (N/V) - erupções cutâneas - alterações hematológicas - cristalúria - anemia megaloblástica: efeito toxico da trimetoprima (evitada com adm de ac. Folinico) FLUOROQUINOLONAS • 1ª geração: Ácido Nalidíxico (infecções baixas do trato urinário) • 2ª geração: CIPROFLOXACINO e Norfloxacino (entrar na 1ª escolha) • 3ª geração: Levofloxacino (microog. Mais resistentes) • 4ª geração: Moxifloxacino (microog. Mais resistentes) Mec de ação - atuam sobre a topoisomerase alterando a replicação do DNA bacteriano - Inibem a atividade da DNA girase ou topoisomerase II, enzima essencial à sobrevivência bacteriana. Ocorre síntese descontrolada de RNA mensageiro e de proteínas, determinando a morte das bactérias. Resistência: - por alteração na enzima DNA girase, que passa a não sofrer ação do antimicrobiano. Farmacocinética - adm oral (bem absorvidas pelo trato gastrintestinal superior) - meia vida varia de 3h (ciprofloxacina) à 10h (perfloxacina) - concentram-se nos rins, próstata, pulmões e nos fagócitos, e a maioria não atravessa as barreiras. - antiácidos interferem na absorção - biotransformadas no fígado por enzimas P450 (embora sejam inibidores desta enzima) – excreção renal Indicação - amplo espectro, eficaz contra microorg Gram– e Gram+ e org resistentes as penicilinas e cefalosporinas. - Infecções do trato urinário (norfloxacina e ofloxacina) - infecções resp por Pseudomonas (em fibrose cística) e H. influenzae - prostatite (norfloxacina) - gonorreia (norfloxacina e ofloxacina) - otite - sinusites de repetição (levofloxacina, moxifloxacina) - osteomielite bacilos gram - - erradicação de salmonela typhi em portadores - Staphylococcus aureus resistente à meticilina (Ciprofloxacino) Efeito adverso - GI - erupções cutâneas - cefaleia - podem ocorrer interações metabólicas com a teofilina (intoxicação). Contraindicado - uso deve ser evitado em pacientes que estejam amamentando. β-LACTÂMICOS PENICILINAS • naturais - benzil fenoximetilpenicilina. • resistentes a ß-lactamase – FLUCLOXACILINA. • amplo espectro - AMPICILINA, AMOXICILINA. • espectro ampliado- CARBENICILINA. Mec de ação - interferem na síntese da parede celular bacteriana, inibem enzima de transpeptidização; - lisam a bactéria ao inibir um inativador de enzimas autolíticas da parede celular. - interferem com a síntese do peptídeoglicano da parede celular bacteriana. Farmacocinética - adm oral variável, IV ou IM com ampla distribuição - Insolúveis em lipídeos - não penetram nas células dos mamíferos nem atravessam BHE. - eliminação por secreção tubular - Meia vida curta Indicação - isoladas ou em associação, constituem fármaco de escolha na quimioterapia bacteriana; - infecções por stafilococos e streptococos - meningite bacteriana (Neisseria meningitidis, S. pneumoniae – benzilpenicilina) - endocardite - bronquite (amoxacilina) - otite média (S. pyogenes – amoxacilina) - faringite (S. pyogenes – fenoximetilpenicilina) - gonorreia (amoxacilina) - sífilis - infecção de pele e tec moles (S. pyogenes – benzilpenicilina) Efeitos adversos - hipersensibilidade causada pelos metabólitos - superinfecção (devido alteração da flora bacteriana intestinal) CEFALOSPORINAS E CEFAMICINAS • 1ª geração: CEFALEXINA, CEFALOTINA. • 2ª geração: CEFUROXIMA, CEFOXITINA, CEFACLOR. • 3ª geração: CEFOTAXIMA , CEFTRIAXONA. • 4ª geração: CEFEPIMA (>resistência a ß lactamase) Mec de ação - interferem na síntese do peptídeo da parede celular bactéria. Farmacocinética - algumas adm por via oral (cefalexina), a maioria IM ou IV - ampla distribuição - algumas atravessam barreiras (ceftriaxona* cefotaxima e cefuroxima) - maioria sofre eliminação renal - ceftriaxona: 40% eliminada na bile. - Resistência: maioria das bactérias Gram- que codificam uma ß-lactamase mais ativa na hidrólise das CEFALOSPORINAS. Indicação - bactérias Gram – e Gram + - septicemia (CEFUROXIMA, CEFOXITINA) - pneumonia - infecção urinária - meningite (CEFOTAXIMA , CEFTRIAXONA) - sinusite Efeito adverso - hipersensibilidade - nefrotoxicidade - intolerância ao álcool. AFETAM A SÍNTESE DE PROTEINAS BACTERIANAS TETRACICLINAS • TETRACICLINA • OXITETRACICLINA • DOXICICLINA (adm 1x dia e pode ser usada em paciente com comprometimento renal) • MINOCICLINA Mec de ação - inibem síntese de proteínas - são bacteriostáticos Farmacocinética - adm via oral ou parenteral - absorção intestinal irregular (alimentos), prejudicada (cálcio, ferro, magnésio, alumínio), exceto: MINOCICLINA e DOXICICLINA - ampla distribuição, atravessam barreiras - eliminação renal e na bile. (Resistência transmitida por plasmídeo) Indicação- amplo espectro (gram + e -, mycoplasma, rickettsia, chlamydia, espiroquetas) 1ª escolha em: - riquetsiose - micoplasmose - peste - clamídias - brucelose - cólera - leptospirose. 2ª escolha: - infecções respiratórias - acne - meningite - diarreia. Efeitos adversos - GI - defic de vitam B - manchas, hipoplasia dentária e deformidades ósseas - aplasia medular - fototoxicidade - tontura. - lesão renal (elevada dose de tetraciclina) - alt med óssea em tratamento a longo prazo Contraindicado - crianças - gravidas (hepatotoxicidade) - lactantes CLORANFENICOL Mec de ação - inibe síntese de proteínas, liga-se a unidade 50S do ribossomo da bactéria, assim como a ERITROMICINA e CLINDAMICINA - bacteriostático para maioria dos microrg. Farmacocinética - adm oral, com pico plasmático em 2hs - ampla distribuição, atravessa barreiras - metabolismo hepático - eliminação renal. (Resistência causada pela produção de cloranfenicol acetiltransferase, mediada por plasmideo) Indicação - amplo espectro bactérias Gram– e Gram+ e riquetsias - bactericida para H. influenzae - meningite (onde penicilina n pode ser usada) - febre tifoide - conjuntivite. Efeitos adversos - aplasia medular (pancitopenia) - hipersensibilidade. - usar com cautela em recém-nascido, devido inativação e eliminação inadequada síndrome do bebe cinzento AMINOGLICOSÍDEOS • ESTREPTOMICINA* (Streptomyces griseus) • GENTAMICINA* • TOBRAMICINA* • CANAMICINA • METILMICINA • AMICACINA • NEOMICINA. Mec de ação - inibem a síntese de proteínas bacterianas (bactericidas dose-dependente). - transportada para o interior da célula (oxigênio dependente), inibe a translocação do RNAm. - pouco efeito sobre microorganismos anaeróbicos (resistência devido inativação por enzimas microbianas) Farmacocinética - extremamente polares não são absorvidas no TGI (adm IM ou IV) - após adm IM absorção rápida pelos tecidos (pico 30 min) - cruzam placenta, mas não BHE. - baixa distribuição nos tecidos, concentram-se no ouvido interno e no córtex renal - meia vida é de 2-3h - eliminação renal por filtração glomerular Indicação ESTREPTOMICINA: - endocardite bacteriana - tuberculose - tularemia (febre do coelho) GENTAMICINA: - pneumonia - sepse - infecções urinárias - meningite - endocardite - queimados TOBRAMICINA: - oftalmologia CANAMICINA: - tuberculose (pouco uso). NEOMICINA: - preparação do intestino para cirurgias (oral) - uso tópico. Efeito adverso - grave ototoxicidade e nefrotoxicidade (dose-dependente - a METILMICINA é a menos tóxica); - monitorar concentrações plasmáticas - rara paralisia causada por bloqueio da junção neuromuscular MACROLÍDEOS ERITROMICINA CLARITROMICINA AZITROMICINA Mec de ação - inibem a síntese de proteínas bacterianas, ao ligarem-se a unidade 50S do ribossomo. Competem com o CLORANFENICOL. - inibem a síntese proteica bacteriana por um efeito na translocação. - efeito bactericida ou bacteriostático (depende da [ ] e do microrg - cocos e bacilos Gram +) Resistência : - metabolismo por metilases; - hidrólise por esterases; - mutação alterando unidade 5OS. - por alteração controlada por plasmideo do local de ligação para a eritromicina no ribossomo bacteriano. Farmacocinética - adm oral - ERITROMICINA: pouco estável em meio ácido, embora IV possa ocorrer tromboflebite local. - absorção no intestino - ampla distribuição mas não atravessam barreiras - meia vida da eritromicina é de 3h, CLARITROMICINA é 3 x maior , AZITROMICINA é 10 x maior. - Concentram-se nos fagócitos, potencializam a destruição das bactérias. - inativados no fígado enzima P450 (CLARITROMICINA forma metabólito ativo) - excreção renal e biliar. Indicação - principalmente tuberculose e pneumonias - infecções por Streptococos: faringite, sinusite e erisipela. - infeccão por Helicobacter pylori: úlcera péptica - sífilis e tétano - alternativa segura e efetiva para pacientes sensíveis a penicilina Fármacos Eritromicina - bactérias e espiroquetas gram + - microg gram – (N. gonorrhoae, H. influenzae, Mycoplasma pneumoniae, Legionella. Azitromicina - mais efetiva contra H. influenzae - mais ativa contra Legionella - ação contra Toxoplasma gondii. Claritromicina - lepra - Helycobacter pylori Efeitos adversos - GI - reações de hipersensibilidade - distúrbios da audição - icterícia colestática - superinfecção. Interação med - Inibem a enzima CYP3A4 com importantes interações farmacológicas na clínica. Miscelânea Lincosaminas CLINDAMICINA Mec de ação - bacteriostático - liga-se a subunidade 50S do ribossomo e inibe a síntese de proteínas. - alteram a superfície bacteriana, facilitando a opsonização, fagocitose e destruição intracelular dos microrganismos. Resistencia: - alterações no sítio receptor do ribossomo - mudanças mediadas por plamídeos Farmacocinética - adm via oral, EV ou tópica (abd intestinal 90%) - com pico de concentração plasmática em 1h. - meia vida de 3h - ampla distribuição e pouca passagem para o SNC e grande para a placenta - alta ligação com proteinas plasmáticas, acumula-se em leucócitos, macrófagos e abcessos - biotransformação hepática - eliminação na bile (maior parte) e na urina. - administração tópica ou oral no tratamento da acne e vaginose bacteriana. Indicação - infecções graves por cocos Gram + aeróbicos - tratamento de abscesso pulmonar/infecções pleurais - infecções intra-abdominais, infecções pélvicas (incluindo abortamento séptico) - infecções odontogênicas, sinusites, otite crônica, osteomielites (causadas por estafilococos sensíveis à oxacilina ou anaeróbios) - Erisipela e infecções de partes moles em pacientes alérgicos a penicilina. Efeito adverso - diarreia - colite grave (pseudomembranosa – C. difficile) - bloqueio junção neuromuscular - exantema Glicopeptideos VANCOMICINA Mec de ação - bactericida - inibindo a síntese do peptideoglicano, além de alterar a permeabilidade da membrana citoplasmática e interferir na síntese de RNA citoplasmático. - inibe a síntese da parede celular de bactérias sensíveis Resistência - enterococos: devido a alterações genéticas na bactéria (gen vanA) que diminuíram o tropismo da droga pelo microrganismo. - estafilococos: espessamento da parede celular bacteriana. Farmacocinética - adm IV infusão lenta - EV: S. aureus resistente a meticilina - meia vida de 6hs - ampla distribuição, 30% ligada a proteínas plasmáticas - excreção renal. Indicação - Usada como alternativa aos beta-lactâmicos em pacientes alérgicos - É uma alternativa no tratamento de infecções por estafilococos resistentes a oxacilina. - osteomielite - endocardite - infecções em próteses (válvulas cardíacas) - meningites pós-neurocirúrgicas - pneumonia - abcessos - infecções causadas por cepa de estafilococo sensível à oxacilina, esta deve ser a droga de escolha pela maior potência e menor toxicidade quando comparada com os glicopeptídeos. Efeitos adversos - hipersensibilidade - infusão venosa rápida pode causar eritema, urticária, hipotensão, taquicardia, ototoxicidade e nefrotoxicidade. - febre, calafrios e flebites associados ao período de infusão. POLIMIXINAS Polimixina B Colistina (Polimixina E) Mec de ação - Detergentes catiônicos que interagem com a membrana fosfolipídica e a desestruturam. - Interagem com a molécula de polissacarídeo da membrana externa das bactérias gram- negativas, retirando cálcio e magnésio, necessários para a estabilidade da molécula de polissacarídeo. Resulta em aumentode permeabilidade da membrana com rápida perda de conteúdo celular e morte da bactéria. - atividade bactericida e antiendotoxina Resistencia: - bactérias gram-positivas: incapacidade da droga de penetrar na parede celular. - gram-negativos: diminuição na ligação à membrana celular. Farmacocinética - extremamente nefrotóxicas, restrita ao uso tópico - concentram-se no fígado e rins - pequena passagem através da barreira liquórica, mesmo na presença de inflamação - excretadas lentamente por filtração glomerular Indicação - bactéria Gram – - uso tópico: infecções na pele, ouvido, olho e membranas submucosas. - Infecções graves por bacilos gram-negativos multirressitentes como P.aeruginosa e A.baumannii, principalmente, no tratamento de pneumonias associadas à assistência à saúde, infecções da corrente sanguínea relacionadas a cateteres, nas infecções do sítio cirúgico e nas infecções do trato urinário. Efeitos adversos - toxicidade limita a ampla utilização - lesão renal, que se caracteriza por necrose tubular aguda ANTIMICOBACTERIANOS - Doenças crônicas necessitam tratamento prolongado; - microorganismo fagocitado pode sobreviver no interior dos macrófagos; - resistência. • Fármacos para tratamento da tuberculose ISONIAZIDA Mec de ação - pró-droga que se converte a um metabólito ativo por ação da catalase das micobactérias; - sua ação primária é inibir a síntese de elementos formadores da parede celular da bactéria. - destrói as microbactérias que se multiplicam ativamente no interior das cel hospedeiras Farmacocinética - adm oral, prejudicada por antiácidos - pico plasmático 1-2h - ampla distribuição no organismo, atravessa barreiras - penetra bem nas lesões tuberculosas “caseosas” - biotransformada no fígado - eliminação renal. - não há resistência cruzada com outros agentes Indicação - tratar infecções ativas com uso intermitente, exige outros agentes associados - na profilaxia: uso isolado. Efeitos adversos - erupções cutâneas - febre - hepatite - artrite RIFAMPICINA Mec de ação - inibe a RNA polimerase da micobactéria, formando um complexo (droga-enzima) que inibe a síntese proteica. Em altas doses pode inibir a síntese de RNA em mamíferos. - entra na célula fagocitica e pode destruir microrg intracelulares (bacilo TB) Resistência: - modificação química da RNA polimerase microbiana dependente de DNA, devido mutação cromossômica. Farmacocinética - adm oral com pico plasmático em 2-4h - ciclo enterohepático, sofre desacetilação com metabólito ativo e pouco reabsorvido - distribuição ampla, inclusive atravessa barreiras (LCR) - eliminação nas fezes e na urina. Indicação - em associação com isoniazida para tuberculose - isoladamente na profilaxia da meningite meningocóccica ou por H. influenzae. Efeitos adversos - são raros - febre - náusea - vômito - erupções cutâneas Contraindicado - indivíduos hepatopatas ETAMBUTOL Mec de ação - inibe a atividade da arabinosil transferase na síntese da parede das micobactérias. - bacteriostático - inibe crescimento das microbactérias Farmacocinética - adm oral com pico de concentração de 2h. - pode alcançar [ ] terapêuticas no LCR, na meningite tuberculosa - meia vida de 3 à 4h. - Eliminação renal. Indicação - tratamento da tuberculose em associação a isoniazida. Efeito adverso - diminuição da acuidade visual - aumento de urato sanguíneo - reações cutâneas - dores estomacais. PIRAZINAMIDA Mec de ação - atividade bactericida em pH ácido, útil pois a bactéria habita o interior de fagossomas ácidos no macrófago. - Inibe a sintase I que forma ácidos graxos bacterianos. Farmacocinética - adm oral, com ampla distribuição pelo organismo e barreiras - penetra bem nas meninges - eliminação por filtração glomerular. Indicação - principalmente para o esquema de terapia múltipla rápida Efeito adverso - efeito hepatotóxico - inibe excreção de uratos - artralgias - náusea e vômitos. CICLOSERINA Mec de ação - análogo da D-alanina , e impede a síntese da parede do Mycobacterium e outras bactérias - inibe o crescimento bacteriano. - age inibindo competitivamente a síntese da parede celular bacteriana, evitando a formação da D-alanina, impedindo a complementação da construção do peptideoglicano - inibe estagio precoce na síntese de peptigeoglicano. Farmacocinética - absorção oral com pico de concentração de 3 à 4h. - distribuição ampla - eliminação pela urina. Indicação - somente para indivíduos resistentes aos outros fármacos. Efeitos adversos - sonolência - tremores - confusão mental - irritabilidade - desaparecem com a retirada do tratamento. Contraindicada - pacientes depressivos ou epilépticos - associada ao álcool. PROFILAXIA DA TUBERCULOSE - Tratamento da infecção latente previne a progressão para doença ativa - Expostos simplesmente ; tuberculina+ ; pacientes imunossuprimidos ; história de tuberculose anterior ; contato íntimo • ISONIAZIDA : 6 meses reduz o risco em 65% • RIFAMPICINA : 4 meses • RIFAMPICINA + PIRAZINAMIDA : 2 meses TRATAMENTO DA HANSENÍASE - lepra do tipo tuberculoide possuem poucos bacilos e é tratada durante 6 meses com dapsona e rifampicina, enquanto a lepra lepromatosa , multibacilar é tratada pelo menos por 2 anos com os dois anteriores e mais clofazimina. DAPSONA Mec de ação - quimicamente relacionada com as sulfonamidas, inibe a síntese de folato. Farmacocinética - adm oral - bem abs e distribuída pela agua corporal em todos os tecidos - acumula-se nos ríns e fígado - ciclo entero-hepático - eliminação na urina sob forma acetilada Indicação - para ambos os tipos de lepra - evitar resistência associando a outros fármacos Efeitos adversos - metemoglobinemia - anemia - vômitos - dermatite - neuropatia. CLOFAZIMINA Mec de ação - possui também atividade antiinflamatória - parece atuar sobre DNA Farmacinética - adm oral - acumula –se no organismo especialmente no sistema mononuclear fagocitário - meia vida pode atingir 8 semanas. Indicação Útil nos pacientes nos quais a dapsona causa efeitos colaterais inflamatorios Efeitos adversos - coloração na pele e na urina - náusea - vertigem - cefaleia - alterações gastrintestinais Rifampicina MONOBACTÂMICOS AZTREONAM Mec de ação - inibição as síntese proteica (Subunidade 30S ribossomal) Farmacocinética - adm IM ou IV (Não é absorvido por via oral) - boa distribuição tecidual - excreção renal Indicação - Gram – (Pseudomonas), resistentes às beta-lactamases, hipersensíveis à penicilinas. - infecções do trato urinário; - bacteremias; - infecções pélvicas; - infecções intra-abdominais; - infecções respiratórias. - alternativa útil aos aminoglicosídeos por não ser nefro ou ototóxico - alternativa às penicilinas e cefalosporinas, nos pacientes alérgicos. Efeitos adversos - reações locais relacionados à administração da droga - flebite - erupção cutânea - aumento de transaminases CARBAPENÊMICOS IMIPENEM MEROPENEM ERTAPENEM DORIPENEM Mec de ação - inibem a síntese de parede (transpeptidases) Farmacocinética - adm IV - ampla distribuição (inclusive nas meninges inflamadas) - metabólito tóxico gerado nos rins (Imipenem + Cilastatina). - Pelo fato de não ser degradado pelas peptidases renais, o meropenem não apresenta nefrotoxicidade. - excreção predominantemente renal Indicação - infecções hospitalares (tratamento empírico – amplo espectro). - organismos multirresistentes Efeitos adversos - GI (imipenem + cilastatina) - Geralmente são bem tolerados. METRONIDAZOL Mec de ação - formação de compostos citotóxicos que se ligam às proteínas e ao DNA, resultando emmorte celular - Após a entrada na célula, por difusão passiva, o antimicrobiano é ativado por um processo de redução. O grupo nitro da droga atua como receptor de elétrons, levando à liberação de compostos tóxicos e radicais livres que atuam no DNA, inativando-o e impedindo a síntese enzimática das bactérias. Farmacocinética - Rápida absorção após adm.oral; - Pico de ação é atingido em 1 a 3 horas - Meia-vida de eliminação: 7 horas - Ampla distribuição nos tecidos corporais - Metabolização hepática - Excreção renal - Atravessa a placenta atingindo no feto as mesmas concentrações que na mãe, devendo ser evitado na gravidez. Indicação - infecções por anaeróbios, como abscesso cerebral, pulmonar, bacteremia, infecções de partes moles, osteomielite, infecções orais e dentárias, sinusite crônica, infecções intra- abdominais - terapia inicial no tratamento da colite pseudomembranosa (por via oral) - tratamento do tétano - vaginose bacteriana (Gardnerella vaginalis) Efeitos adversos - distúrbios do TGI - gosto metálico na boca - cefaleia - vertigens - zumbidos - neuropatias (parestesias) - efeito dissulfiram (desconforto abdominal, rubor, vômitos e cefaléia e ocorre quando o paciente ingere bebidas alcoólicas durante o tratamento com metronidazol) Terapia PROFILÁTICA: – TRIMETOPRIMA + SULFAMETOXAZOL = Pneumocistis jirovecii (pneumonia em transplantados) – AZITROMICINA = Mycobacterium avium em pacientes HIV avançados – CEFAZOLINA = pré-cirúrgico para prevenção de infecção local por Staphylococcus. Terapia EMPÍRICA: – LEVOFLOXACINO = paciente com pneumonia comunitária. – CEFTRIAXONA = suspeita de pielonefrite. – VORICONAZOL = paciente em risco de aspergilose pós-transplante – VANCOMICINA, TOBRAMICINA E MEROPENEM = paciente com provável pneumonia contraída em ambiente hospitalar (UTI)
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