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Constituição da Psicologia como Ciência Grandes Correntes e seus desdobramentos 1875 1900 1925 1950 1975 2000 GESTALT > PSICOLOGIA SOCIAL e COGNITIVA BEHAVIORISMO HUMANISTA e PSICOLOGIA POSITIVA PSICANÁLISE 1 Há diversas correntes em Psicologia. Nesta disciplina, focalizaremos algumas das correntes principais, que influenciaram diversas aplicações em outras áreas, como a Educação e a Administração. 1 Objetivos do slide: Apresentar uma visão panorâmica das várias correntes psicológicas ao longo do tempo. Comentários: Aqui foram representadas apenas as correntes mais influentes da Psicologia, existem várias outras correntes que não foram representadas (por exemplo, a Psicologia Evolutiva). Este é um quadro bastante grosseiro, apenas para dar uma idéia geral. Para um diagrama mais preciso, sugiro a consulta de SCHULTZ, D.P.; SCHULTZ, S.E. História da psicologia moderna. São Paulo: Pioneira-Thomson Learning, 2005. páginas vi e vii. Apesar das correntes serem representadas didaticamente como “linhas”, há múltiplas inter-influências e hibridizações entre elas no decorrer da história da Psicologia. É importante ressaltar que algumas abordagens como o behaviorismo vêm diminuindo em influência (apesar de ainda serem muito influentes, sobretudo na Psicologia norte-americana), na medida em que novas abordagens como a cognitiva surgem. A abordagem humanista, apesar de, segundo Schultz, ter decrescido em influência, acabou por influenciar diversas abordagens atuais. O funcionalismo e o estruturalismo foram substituídos por outras abordagens. A Psicanálise, apesar de não ser nova, tem sido cada vez mais aplicada às organizações. Principalmente nos estudos e intervenções de Psicopatologia do Trabalho (ver obra de Cristophe Desjours e outros). O fundamental aqui... NÃO É: entender a história como uma sucessão de fatos e nomes a serem memorizados!! É: compreender como o contexto social, econômico, cultural, político contribuem para que as visões de determinados indivíduos surjam e se estabeleçam como correntes de pensamento, às vezes confluentes, às vezes contraditórias. O saber científico é uma construção sócio-histórica. Essas correntes de pensamento influenciarão a evolução da Psicologia Industrial/Organizacional e do CO. Para maiores detalhes sobre todas essas correntes, consulte: Schultz, D. História da Psicologia Moderna. 8.ed. São Paulo: Thomson, 2005. TEORIA COMPORTAMENTAL OU BEHAVIORISTA Psicologia Prof. Ms. Luiz Guilherme Idéias Precursoras O Condicionamento Clássico Ivan Pavlov, fisiologista russo, 1849-1936: Experimento laboratorial (1920): Ao colocar alimento na boca (estímulo não condicionado) o cão saliva (reflexo não condicionado) Apresentando estímulo neutro (campainha) imediatamente antes do alimento... repetidas vezes... o cão saliva (reflexo condicionado) sempre que ouve a campainha (agora estímulo condicionado). Comportamento reflexo ou respondente Inato = você nasce com ele; Involuntário = você não tem controle; Eliciado = o comportamento é retirado de você Ex: contração das pupilas quando uma luz forte incide sobre os olhos; a salivação provocada por uma gota de limão colocada na ponta da língua; as famosas “lágrimas de cebola” etc. Condicionamento clássico, Respondente ou Reflexo SI RI RC SN SC SI – estímulo incondicionado (não aprendido) SN – estímulo neutro SC – estímulo condicionado (aprendido) RI – resposta ou comportamento incondicionado RC – resposta ou comportamento condicionado Aprendizagem pelo condicionamento respondente Alguma fobias são aprendidas desta maneira Watson -1920, fez um experimento com o pequeno Albert, um bebê de um ano de idade, colocando um medo exagerado nele. Mary Cover Jones -1924, utilizou este procedimento para retirar o medo de um garoto de três anos, associando coisas boas a situações desagradáveis Joseph Wolpe -1973, criou a terapia de dessensibilização ensinando pessoas a relaxar diante de situações de medo, levando ao desaparecimento deste. Pioneiros do Behaviorismo Watson John Watson, psicólogo, 1878-1958: Professor de psicologia e pesquisador do comportamento animal; Contribuiu para o avanço e difusão do behaviorismo; Aos 40 anos deixou a universidade e recomeçou sua carreira na área de negócios e publicidade; Aplicou sua psicologia ao comportamento do consumidor; Influência decisiva sobre o marketing / publicidade e popularização da psicologia nos EUA. “Nunca quis usar seres humanos nas minhas pesquisas. Detestava ser cobaia. (...) Com os animais, no entanto, sentia-me em casa. (...) Aos poucos, a idéia se concretizava: será que minhas descobertas observando o comportamento dos animais não são iguais às dos demais alunos que observam os [seres humanos]?” (Watson) O DOMÍNIO DO MEIO “Deixe sob a minha responsabilidade uns 10 bebês saudáveis e bem-formados, e a um mundo especificado por mim para criá-los, e garanto escolher algum aleatoriamente e treiná-lo para tornar-se especialista de qualquer área, seja um médico, um advogado, um empresário e até mesmo um mendigo ou um bandido, independentemente do talento, da propensão, da tendência, da habilidade, da vocação e da raça de seus ancestrais”. (Watson,1930, p. 104) Pioneiros do Behaviorismo Skinner B.F. Skinner, psicólogo,1904-1990: Um dos mais famosos e influentes psicólogos norte-americanos. Mecanicista e empirista radical. Também estudioso da psicologia animal Renova o comportamentalismo introduzindo o conceito de condicionamento operante. Imagens: Wikimedia Common Pioneiros do Behaviorismo Skinner O condicionamento clássico é passivo e depende de associação com o estímulo externo não condicionado. No condicionamento operante: não há estímulo externo observável. O animal opera no ambiente gerando conseqüências que reforçam ou inibem seus comportamentos. Exemplo: Rato preso numa caixa só recebe comida (reforço) se pressionar a alavanca. Imagem: http://salmon.psy.plym.ac.uk/year1/animbeha.htm Um ratinho foi colocado na “caixa de Skinner” – um recipiente fechado no qual encontrava apenas uma barra. Esta barra, ao ser pressionada por ele, acionava um mecanismo ( camuflado) que lhe permite obter uma gotinha de água, que chegava á caixa por meio de uma pequena haste.( Bock, 1999 p. 49) Esta aprendizagem se deu por um processo de modelagem – é o reforçamento gradativo de comportamentos que espera-se que ele faça até chegar no comportamento final. COMPORTAMENTO OPERANTE Aprendido – você aprendeu durante sua vida; Voluntário – você tem controle sobre o comportamento; Estimulado – O meio vai te provocar a fazer um comportamento Princípio básico: O comportamento é controlado pelas conseqüências contingentes (só acontecem após o comportamento ocorrer) CONDICIONAMENTO OPERANTE R S REFORÇO POSITIVO PUNIÇÃO NEGATIVO R – Resposta ou comportamento S – Estímulo conseqüente Reforço Punição Reforço Positivo Reforço Negativo Conceitos básicos Reforço – é toda conseqüência que, seguindo uma resposta aumenta a probabilidade futura de ocorrência dessa resposta (comportamento). reforço positivo – é todo evento que aumenta a probabilidade futura da resposta que o produz. Reforço negativo – é todo evento que aumenta a probabilidade futura da resposta que o remove ou atenua. Punição - é toda conseqüência que, seguindo uma resposta diminui a probabilidade futura de ocorrência dessa resposta (comportamento). Quando há apresentação de um estímulo aversivo ou remoção de um reforçador positivo. Tipos de reforços Reforços primários – são eventos que tendem a ser reforçadores para toda uma espécie. Ex: água, alimento, afeto etc. Reforços secundários – você aprende que eles são reforçadores, devido o emparelhamento com o ref. Primário. Reforços generalizados – são os que podem te levar a obter outros reforços. Ex : dinheiro No reforçamento negativo, dois processos importantes merecem destaque: a esquiva e a fuga. Comportamento de esquiva – este permite que se evite um estímulo aversivo que vai acontecer. Comportamento de fuga – este permite que se evite um estímulo aversivo que já esta acontecendo. Continuação de conceitos básicos Extinção – é um procedimento no qual uma resposta deixa abruptamente de ser reforçada. Como conseqüência, a resposta diminuirá de freqüência e até mesmo poderá de ser emitida. O tempo necessário para que a resposta deixe de ser emitida dependerá da história e do valor do reforço envolvido. Estímulo discriminativo: quando indivíduo aprende que determinados comportamentos serão reforçados mediante um dado estímulo. Ex.: ver garçon, pedir cerveja, beber cerveja Generalização e classes de estímulos: estímulos semelhantes que geram a mesma resposta. Ex. ver símbolo ou cores do seu time alegrar-se Generalização e classes de respostas: respostas semelhantes a um mesmo estímulo. Ex. ver bandeira de seu time sorrir, rir, cantar Reforço social: elogio, atenção, reconhecimento; Aprendizagem social: aprender observando os demais; Eficácia da Punição e do Reforço A punição é geralmente menos eficaz que o reforço porque: Pode extinguir comportamento indesejável MAS não faz aparecer comportamento desejável. Pode despertar forte reação emocional negativa generalizada e comportamento de esquiva. Usa-se punição para interromper comportamentos potencialmente perigosos. Ex.: multa de trânsito. Preferir reforço antagônico: reforçar comportamentos desejáveis incompatíveis com o que se quer evitar. Eficácia da Punição e do Reforço Punição ou reforço têm que ser aplicados imediatamente após o comportamento ou perdem o poder de modelar o comportamento. É importante ser claro e específico em relação às causas da punição / reforço. As respostas comportamentais dos seres humanos é muito mais complexa e menos previsível que as dos animais. A teoria behaviorista apresenta é limitada na previsão, controle e modificação de comportamentos humanos Eficácia da Punição e do Reforço O estímulo que se crê aversivo nem sempre o é. Ex.: a repreensão à criança por mau comportamento pode ser interpretada por ela como a única forma de conseguir atenção dos pais. O estímulo que se crê reforçador nem sempre o é. Ex.: não adianta maior salário se a pessoa quer reconhecimento profissional ou possibilidade de criação/desenvolvimento.
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