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Nutrição Materno-infantil DIABETES GESTACIONAL Intolerância aos carboidratos, diagnosticada pela primeira vez durante a gestação, podendo ou não persistir após o parto. Gestação → alterações hormonais → Resistência à Insulina Prematuridade, macrossomia (hiperglicemia materna →lipogênese fetal), pré-eclâmpsia, morbidade materna, traumatismo de nascimento, hipoglicemia neonatal, hiperbilirrubinemia e mortalidade perinatal. Fatores de risco para DG: > 35 anos, obesidade ou ganho excessivo de peso na gestação, antecedente pessoal de DG, histórico familiar de DM (parentes de 1º grau), antecedentes obstétricos (macrossomia, óbito fetal, malformação fetal), uso de drogas hiperglicemiantes (corticoides), síndrome do ovário policístico, hipertensão arterial crônica, suspeita de crescimento fetal excessivo ou polihidrâmnio na gestação atual (excesso de líquido amniótico) RASTREAMENTO E DIAGNÓSTICO Não existe consenso sobre método diagnóstico mais eficaz O rastreamento deve ser iniciado pela anamnese para identificar os fatores de risco. Recomenda-se o rastreamento de diabetes gestacional (DG) para todas as gestantes, independentemente da presença de fatores de risco (FR), utilizando-se a glicemia de jejum antes da 20ª semana gestacional (1ª consulta). RASTREAMENTO E DIAGNÓSTICO Glicemia de jejum (1ª consulta) < 85 mg/dL sem FR > 85 mg/dL e/ou FR rastreamento negativo Repetir entre a 24ª e 28ª semana rastreamento positivo Duas glicemias de jejum > 126 mg/dL confirmam o diagnóstico de DG, sem necessidade de TOTG (Teste Oral de Tolerância a Glicose) Confirmação do diagnóstico de DG entre gestantes com glicemia de jejum entre 85 e 125 mg/dL e/ou com fator de risco → TOTG (75g 2h) Ministério da Saúde (2010) RASTREAMENTO E DIAGNÓSTICO Teste Oral de Tolerância à Glicose Apenas 1 valor alterado → repetir o teste na 34ª semana de gestação Ministério da Saúde (2010) TRATAMENTO Dieta + insulinoterapia em alguns casos Hipoglicemiantes orais são contra-indicados DG e eutrofia: 30 a 35 kcal / kg peso / dia DG e excesso de peso: 24 kcal/ kg peso / dia DG e baixo peso: 40 kcal / kg peso / dia ganho adequado de peso Dietas abaixo de 1200 Kcal/dia são contra-indicadas pelo risco de cetose (elevada mobilização de depósitos de gordura → corpos cetônicos → danos ao SN do feto. Ministério da Saúde (2010) DIETOTERAPIA Fracionamento em 6 refeições diárias. VET distribuído em: 10-20% café da manhã; 10% colação; 20-30% almoço; 10% lanche da tarde; 20-30% jantar e 10% ceia. Lanche noturno → importante para evitar cetose durante o sono. Distribuição energética: - 40 a 50% CHO complexos ricos em fibras - 20% proteínas - 30 a 40% gorduras insaturadas Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (2008); Ministério da Saúde (2010) RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS ÚTEIS: Limitar o consumo de frutas a duas unidades por dia, ou 300g; Não consumir sucos de frutas como rotina e, se ingeri-los, diluí- los em água; A quantidade de açúcar simples (glicose, frutose, sacarose) não deve ultrapassar 10 a 15% da quantidade total de CHO; Os horários das refeições devem ser respeitados diariamente (inclusive sábado e domingo), com intervalos de 2 a 3 horas; Incluir verduras e legumes ricos em fibras nas principais refeições; Todas as refeições devem conter CHO com a presença de proteínas, lipídios ou fibras (IG da refeição). O uso de edulcorantes ou produtos dietéticos é permitido desde que seja controlado (verificar quadro). Ministério da Saúde (2010) Recomenda-se o uso moderado de edulcorantes uma vez que não existem estudos conclusivos realizados com humanos. O consumo de frutose, sob a forma de adoçante, deve ser desestimulado, por aumentar os níveis de lipídeos plasmáticos. Porém, não se recomenda que indivíduos evitem a frutose naturalmente presente nos alimentos. BIBLIOGRAFIA: Ministério da Saúde. Gestação de alto risco: manual técnico. Brasília: MS, 2010. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/gestacao_alto_risco.pdf Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (2008). Diabetes Mellitus Gestacional. Rev Assoc Med Bras. 2008;54(6):471-86. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ramb/v54n6/v54n6a06.pdf Vitolo MR. Nutrição da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: Rubio, 2008.
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