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Aula 1 e 2_transicao_nutricional_2013

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Perfil Nutricional da População Brasileira 
Desnutrição, Obesidade e Transição Nutricional
Nutrição em Saúde Pública 
2013
Brasil �globalização, industrialização (séc XX) � mudanças
De população rural (anos 50) para país urbano (IBGE 2000);
Queda nas taxas de natalidade e mortalidade infantil;
Aumento da expectativa de vida→ IDOSOS
Grandes transformações sociais (redução da pobreza e da exclusão
social)→ mudanças no padrão de saúde e consumo alimentarsocial)→ mudanças no padrão de saúde e consumo alimentar
Melhorias no acesso ao sistema de saúde;
Melhorias nas condições de saneamento→ ↓doenças Infecciosas;
Maior acesso aos meios de comunicação
PERFIL ALIMENTAR DA POPULAÇÃO BRASILEIRAPERFIL ALIMENTAR DA POPULAÇÃO BRASILEIRA
Transição Demográfica
Efeitos que as mudanças na natalidade e mortalidade
provocam sobre o ritmo de crescimento populacional e
estrutura por idade.
Refere-se ao processo caracterizado pelo declínio nas taxas
de mortalidade e natalidade, levando ao envelhecimento
populacional.
Transição Demográfica
Fonte: IBGE Fonte: IBGE –– Censo Demográfico de 1980 a 2000.Censo Demográfico de 1980 a 2000.
Transição 
Demográfica
 
1960: 3,3 milhões 
> 60 anos
2010: 20,5 milhões Demográfica
Fonte: CENSO 2010 IBGE Fonte: CENSO 2010 IBGE –– Distribuição da população por sexo e grupos etários.Distribuição da população por sexo e grupos etários.
2010: 20,5 milhões 
> 60 anos
Transição Demográfica
Transição Epidemiológica
Processo caracterizado por mudanças nos padrões de 
mortalidade e morbidade (doenças) de uma população, 
concomitante à transição demográfica.
O processo engloba três mudanças básicas:
1) aumento da prevalência das doenças crônicas não-1) aumento da prevalência das doenças crônicas não-
transmissíveis e causas externas, e redução da prevalência das
doenças transmissíveis;
2) deslocamento da carga de morbi-mortalidade dos grupos
etários mais jovens para os mais idosos;
3) transformação de uma situação em que predomina a
mortalidade para outra na qual a morbidade é dominante.
Transição Epidemiológica
Artigo “A construção da vigilância e prevenção das doenças crônicas não-transmissíveis no 
contexto do Sistema Único de Saúde” [Revista Epidemiologia e Serviços de Saúde. 2006; 15(1):47-
65].
Transição Epidemiológica
Artigo “A construção da vigilância e prevenção das doenças crônicas não-transmissíveis no 
contexto do Sistema Único de Saúde” 
[Revista Epidemiologia e Serviços de Saúde. 2006; 15(1):47-65].
Definição Definição –– Transição NutricionalTransição Nutricional
Redução na prevalência da desnutrição com aumento 
generalizado na prevalência de sobrepeso/obesidade, que 
está ocorrendo nos países desenvolvidos e em 
desenvolvimento.desenvolvimento.
Refere-se à passagem da desnutrição à obesidade, devido às 
alterações nos padrões alimentares e de atividade física.
O processo da Transição Nutricional
Mudanças na forma como os homens se relacionam com a natureza
e entre si para produzir o que necessitam→ Mudanças no modo de
vida dos homens→ Mudanças no padrão de consumo alimentar→
Mudanças na distribuição e causalidade dos distúrbios nutricionais
Mudanças na economia → Mudanças no ambiente físico e sócio-
cultural → Mudanças no consumo alimentar → Mudanças no perfilcultural → Mudanças no consumo alimentar → Mudanças no perfil
nutricional da população.
Transição NutricionalTransição Nutricional
Consumo alimentar
ingestão de alimentos ingestão de alimentos 
ricos em calorias, ricos em calorias, 
gorduras, sal e pobres gorduras, sal e pobres 
em vitaminas e sais em vitaminas e sais 
Gasto Energético
trabalho braçal
IndustrializaçãoIndustrialização
comportamento 
sedentário
em vitaminas e sais em vitaminas e sais 
mineraisminerais
tamanho das porções
disponibilidade 
alimentar
custo
atividades do 
dia-a-dia
Drewnowski & Popkin, 1997
Fases da Transição Nutricional
Economia Dieta e Atividade 
Física
Distúrbios 
Nutricionais
Políticas
Extrativista Primitiva Variada (caça, raiz),↑ Pouco freqüentes -
Agrícola Primitiva Monótona, ↑ Def. energética Crise, diversificar a 
dietadieta
Agrícola desenvolvida - monótona (cereal), 
↑
Deficiências 
nutricionais, DMI.
Diversificar dieta
Industrial Abundante, process,↓ DM, Obesidade, 
CA, Dislipidemia
↓sal, gord, açúcar
Pós-Industrial* Variada, ↔ Raros Dieta saudável
Perfil de Saúde - Brasil
Transição Epidemiológica� mortalidade por DCNT supera doenças
transmissíveis (dupla carga de doenças)
Transição Demográfica� envelhecimento populacional acelerado e 
urbanizaçãourbanização
Globalização� difusão rápida de hábitos e padrões de comportamento
Transição Nutricional� mudanças na alimentação e redução do nível de 
atividade física
Estágios da Transição Demográfica, Epidemiológica e 
Nutricional 
Fonte: POPKIN, BARRY. Public Health Nutrition. 2002;5:93-103.
T. Demográfica T. Epidemiológica T. Nutricional
↑natalidade/mortalidade ↑ prevalência doenças infecciosas ↑ prevalência desnutrição
↓mortalidade e mudanças 
estrutura etária
↓problemas relacionados 
à pobreza
↓FOME
Foco no planejamento
familiar e controle das
doenças infecciosas
Foco na prevenção da
fome e da desnutrição
Fertilidade reduzida 
Envelhecimento populacional
Predominância das DCNT Predominância das DCNT 
associadas à dieta
Foco no envelhecimento saudável
Foco nas políticas regulatórias, atenção à saúde 
e nas mudanças comportamentais
Tendência Secular do Déficit e do Excesso de Peso na População 
Brasileira Adulta (>20 anos)
Transição Nutricional no Brasil
Déficit de Peso ���� IMC<18,5 kg/m2
Excesso de Peso ���� IMC>25 kg/m2
Fontes de Dados
Estudo Nacional da Despesa Familiar (ENDEF 1974/75)
Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição (PNSN 1989)
Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF 2002/03)
Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF 2008/09)
Pesquisa de Orçamentos 
Familiares (POF)
• mensurar as estruturas de consumo,
dos gastos e rendimentos
• Mensurar a variação patrimonial das
famílias.famílias.
Possibilita traçar, portanto, o perfil
das condições de vida da população
brasileira a partir da análise de seus
orçamentos domésticos
Pesquisa de Orçamentos 
Familiares (POF)
• A POF 2008-2009 é a 5ª pesquisa
realizada pelo IBGE sobre orçamentos
familiares.
• As pesquisas anteriores foram: o• As pesquisas anteriores foram: o
Estudo Nacional de Despesa Familiar
(ENDEF/1974-1975), a POF 1987-
1988, a POF 1995-1996; e a POF
2002-2003.
TENDÊNCIA SECULAR DO 
ESTADO NUTRICIONAL ESTADO NUTRICIONAL 
(1974–2009)
MENORES DE 5 ANOSMENORES DE 5 ANOS
ESCOLARESESCOLARESESCOLARESESCOLARES
Excesso Peso/Obesidade
+50% meninos e +40% meninas de 5 a 9 anos
ADOLESCENTESADOLESCENTES
ADULTOSADULTOS
Considerações Finais 
(POF 2008/2009)
A análise das medidas antropométricas obtidas pela POF
2008-2009 junto a mais de 188 mil pessoas de todas as
idades indica que:
• a desnutrição, nos primeiros anos de vida, e o
excesso de peso e a obesidade, em todas as demaisexcesso de peso e a obesidade, em todas as demais
idades, são problemas de grande relevância para a saúde
pública no Brasil.
• A desnutrição na infância está concentrada nas famílias
com os mais baixos rendimentos e, do ponto de vista
geográfico, na Região Norte do País.
• O excesso de peso e a obesidade são encontrados com
grande frequência, a partir de 5 anos de idade, em todos
os grupos de renda e em todas as regiões
brasileiras.
Considerações Finais 
(POF 2008/2009)
A comparação com resultados obtidos por inquéritos
anterioresconfirma a tendência de declínio da
desnutrição infantil, observada desde a década de
1980, e ratifica a aceleração recente desse declínio
na década de 2000, em particular nos estratos
populacionais tradicionalmente mais afetados pelo
problema.problema.
• É extremamente relevante constatar que o crescimento
físico das crianças na Região Nordeste não mais se
distingue do observado na Região Sudeste e que,
em todas as regiões brasileiras, crianças que vivem
nas áreas rurais crescem de forma semelhante às
que vivem no meio urbano.
• Embora, ainda presentes em 2008-2009, as
desigualdades quanto à nutrição infantil foram
substancialmente diminuídas na década de 2000.
Considerações Finais 
(POF 2008/2009)
A mesma análise temporal com relação ao excesso de peso e
à obesidade aponta quadro diverso:
Em todas as idades, a partir de 5 anos, confirma-se a
tendência de aumento acelerado do problema.
Em crianças entre 5 e 9 anos de idade e entreEm crianças entre 5 e 9 anos de idade e entre
adolescentes, a frequência do excesso de peso, praticamente
triplica nos últimos 20 anos, alcançando entre um quinto e
um terço dos jovens.
Em adultos, o excesso de peso vem aumentando
continuamente desde meados da década de 1970 e, no
momento, é encontrado em cerca de metade dos brasileiros.
Considerações Finais 
(POF 2008/2009)
Nos últimos seis anos (comparando
resultados da POF 2008-2009 com os da
POF 2002-2003), a frequência de pessoas
com excesso de peso aumentou em maiscom excesso de peso aumentou em mais
de um ponto percentual ao ano, o que
indica que, em cerca de dez anos, o
excesso de peso poderia alcançar dois
terços da população adulta do Brasil,
magnitude idêntica à encontrada na
população dos Estados Unidos.
Considerações Finais 
(POF 2008/2009)
• O excepcional declínio da DN infantil na década de 2000
ocorreu associado às melhorias no poder aquisitivo das
famílias de menor renda, na escolaridade das mães e na
cobertura de serviços básicos de saúde e saneamento.
• Tais melhorias decorreram de políticas públicas, incluindo a• Tais melhorias decorreram de políticas públicas, incluindo a
valorização do salário mínimo e os programas de
transferência de renda, a universalização do ensino
fundamental e a expansão da estratégia de saúde da família.
• A manutenção dessas políticas e o reforço de outras,
como a expansão dos serviços de saneamento, serão
essenciais para que a desnutrição infantil seja
definitivamente resolvida no Brasil.
• Na medida em que o excesso de peso e a obesidade
aumentam, a explicação para essa tendência deve ser
procurada em mudanças nos padrões de
alimentação e de atividade física da população:
POF 2002/2003 revela:
• tendência crescente de substituição de alimentos
básicos e tradicionais na dieta brasileira (como
arroz, feijão e hortaliças) por bebidas e alimentosarroz, feijão e hortaliças) por bebidas e alimentos
industrializados (como refrigerantes, biscoitos,
carnes processadas e comida pronta), implicando
aumento na densidade energética das refeições e
padrões de alimentação capazes de comprometer o
balanço energético dos indivíduos e aumentar o risco
de obesidade na população.
Considerações Finais 
(POF 2008/2009)
• A Estratégia Global em Alimentação, Atividade Física e
Saúde (aprovada em 2004) deixa claro que o enfrentamento
do problema pelos governos nacionais requer políticas
públicas e ações intersetoriais que vão além de
informar e educar os indivíduos.
• Tais políticas devem, essencialmente, propiciar um ambiente
que estimule, apoie e proteja padrões saudáveis de
alimentação e de atividade física. Por exemplo, por meio
de medidas fiscais que tornem mais acessíveis os
alimentos saudáveis, de normas que limitem a
publicidade de alimentos não saudáveis e de
intervenções no planejamento urbano que facilitem a
prática cotidiana de atividade física
Considerações Finais 
(POF 2008/2009)
A Política Nacional de Alimentação e Nutrição –
PNAN, ao direcionar esforços para a construção de
uma agenda integrada da nutrição, não deixa dúvidas
quanto à gravidade do problema representado pelaquanto à gravidade do problema representado pela
obesidade em nosso meio.
A PNAN reconhece, também, a natureza complexa da
obesidade e define um conjunto de ações, no
âmbito da Saúde e de outros setores, para assegurar
ambientes propícios a padrões saudáveis de
alimentação e nutrição para todos.
Mudanças no Padrão de Consumo Alimentar Mudanças no Padrão de Consumo Alimentar –– São PauloSão Paulo
Fonte: CLARO et al. Evolução da disponibilidade domiciliar de alimentos no município de São
Paulo no período de 1979 a 1999. Rev. Nutr. Campinas. 2007; 20(5):483-490.
Fonte: CLARO et al. Evolução da disponibilidade domiciliar de alimentos no município de São
Paulo no período de 1979 a 1999. Rev. Nutr. Campinas. 2007; 20(5):483-490.
Fonte: CLARO et al. Evolução da disponibilidade domiciliar de alimentos no município de São
Paulo no período de 1979 a 1999. Rev. Nutr. Campinas. 2007; 20(5):483-490.
Fatores associados à Transição Fatores associados à Transição 
NutricionalNutricional
•• MaiorMaior disponibilidadedisponibilidade ee diversidadediversidade dede
alimentosalimentos
Mudança nos padrões alimentares
- Combinação de uma dieta “tradicional” (baseada
no arroz com feijão) com alimentos ultra-
processados, com altos teores de calorias,
gorduras, sódio, açúcares e baixos teores degorduras, sódio, açúcares e baixos teores de
micronutrientes.
- O consumo médio de frutas e hortaliças ainda é
metade do recomendado pelo Guia Alimentar
para a População Brasileira e manteve-se estável
na última década
- O consumo de alimentos ultra-processados, como
doces e refrigerantes, aumenta a cada ano.
•• SedentarismoSedentarismo
Fatores associados à Transição NutricionalFatores associados à Transição Nutricional
PERFIL DE CONSUMO ALIMENTAR
Diferenças por renda
- A dieta dos brasileiros de mais baixa renda apresenta melhor
qualidade nutricional.
- O consumo de alimentos de baixa qualidade nutricional (doces,
refrigerantes, pizzas e salgados) tende a crescer com o aumento da
renda das famílias.
Diferenças por grupos etários
- Entre os mais novos, é maior o consumo de alimentos ultra-- Entre os mais novos, é maior o consumo de alimentos ultra-
processados, que tende a diminuir com o aumento da idade.
- Os adolescentes apresentam o pior perfil da dieta (menor consumo
de feijão e saladas)→ prognóstico de excesso de peso e DCNT.
Diferenças por regiões do país
- Residentes da zona rural apresentam maiores frequências de
consumo de alimentos básicos, com melhor qualidade da dieta.
- Na zona urbana, observa-se maior consumo de alimentos ultra-
processados.
- As regiões geográficas ainda imprimem a sua identidade alimentar.
Entretanto, em algumas regiões as tradições culturais estão sendo
descaracterizadas.
REPERCUSSÕES DO PROGRAMA 
BOLSA FAMÍLIA NA SEGURANÇA 
ALIMENTAR E NUTRICIONAL (SAN) ALIMENTAR E NUTRICIONAL (SAN) 
DAS FAMÍLIAS BENEFICIADAS
Fonte: Ibase. Repercussões do Programa Bolsa Família na Segurança Alimentar e 
Nutricional das Famílias Beneficiadas. Ibase: Rio de Janeiro, 2008. Disponível em: 
http://www.ibase.br/userimages/ibase_bf_sintese_site.pdf
USO DOS RECURSOS E GASTOS
FAMÍLIAS BENEFICIADAS
1. Alimentação – 87% (NE chega a 91%, Sul a 73%);
2. Material escolar – 46% (N chega a 63,5%, NE a 40%);
3. Vestuário – 37%;
4. Remédios – 22%;
5. Gás – 10%;
6. Luz – 6%;
7. Tratamento médico – 2%;
8. Água – 1%;
9. Outras opções – menos de 1%.
USO DOS RECURSOS E GASTOS COM ALIMENTAÇÃO
FAMÍLIAS BENEFICIADAS
� As famílias beneficiadas pelo PBF gastam, em média, R$
200 mensais com alimentação, o que representa 56% da
renda familiar total.
� QuantoQuantomaismais empobrecidaempobrecida forfor aa família,família, maiormaior aa
proporçãoproporção dada rendarenda gastagasta comcom alimentaçãoalimentação..
MUDANÇAS NO CONSUMO ALIMENTAR 
APÓS RECEBIMENTO DO PBF
1. Açúcares – 78% (dos titulares passaram a comprar mais deste
grupo alimentar);
2. Arroz e cereais – 76%;
3. Leite – 68%;
4. Biscoitos – 63%;
5. Industrializados – 62%;
6. Carnes – 61%;
7. Feijões – 59%;
8. Óleos – 55%;
9. Frutas – 55%;
10. Ovos – 46%;
11. Raízes – 43%;
12. Vegetais – 40%.
OBESIDADE INFANTIL AVANÇA E ATINGE CRIANÇAS 
DO BOLSA-FAMÍLIA
São 300 mil beneficiados com excesso de peso; no
Sul e Sudeste, problema prevalece sobre
desnutrição. 07 DE MARÇO DE 2009 | 19H 12
Em dezembro de 2006, 11% das crianças de 0 a 9 anos atendidas peloEm dezembro de 2006, 11% das crianças de 0 a 9 anos atendidas pelo
Bolsa-Família estavam desnutridas no Sul e no Sudeste, ante 10,4%
com risco de sobrepeso. Essa relação se inverteu em dezembro do ano
passado – 10,2% ante 11,3%. Com a renda mínima oferecida pelo
programa, milhões de famílias passaram a comprar mais tipos de
alimentos, o que nem sempre se traduz em qualidade nutricional. Quase
300 mil crianças brasileiras do programa estão com sobrepeso.
Equivalem a 11,2% dos avaliados. O avanço do fenômeno, chamado de
transição nutricional, preocupa, já que o Brasil tem de lidar com as duas
situações – obesidade e desnutrição.
Conclusões:
• O desenvolvimento econômico do país
deve ser acompanhado pelo setor saúde
para que as populações com incremento
de renda também tenham melhorias de
acesso e condições de saúde.acesso e condições de saúde.
• O enfrentamento do atual cenário
epidemiológico nutricional do país requer
a adoção de ações intersetoriais.
Ministério da Saúde (2012)
Para consultar:
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa de Orçamentos
Familiares. Antropometria e Estado Nutricional de Crianças, Adolescentes e
Adultos no Brasil. IBGE: Rio de Janeiro, 2010. Disponível em:
http://www.ibge.com.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/pof/2008_2009
_encaa/pof_20082009_encaa.pdf
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa de Orçamentos
Familiares. Despesas, rendimentos e condições de vida. IBGE: Rio de Janeiro,
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa de Orçamentos
Familiares. Despesas, rendimentos e condições de vida. IBGE: Rio de Janeiro,
2010. Disponível em:
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/pof/2008_2009/
POFpublicacao.pdf
Monteiro CA. Velhos e Novos Males da Saúde no Brasil: a evolução do país e de
suas doenças. São Paulo: HUCITEC, 2000.
Ministério da Saúde. Política Nacional de Alimentação e Nutrição. MS: Brasília,
2012. Disponível em: http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/pnan2011.pdf

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