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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA DEPARTAMENTO DE FÍSICA DISCIPLINA: FÍSICA EXPERIMENTAL II PROFESSOR: DR. JOEL BATISTA DA FONSECA NETO EXPERIMENTO: CAMPO MAGNÉTICO DA TERRA GRUPO: ALESSANDRA ALVES CIBELLY MARIA SANTOS DE DOLIVEIRA ERLYVANIA DEBORA HENRIQUE DE OLIVEIRA MESA 04 JOÃO PESSOA 2017 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................... 1 2 OBJETIVOS............................................................................................. 3 3 MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................ 4 3.1 Material ................................................................................................. 4 3.2 Procedimento ....................................................................................... 4 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................... 5 4.1 Descrição das Condições Operatórias e Resultados ............................ 5 4.2 Tratamento dos Resultados e Discussão ................................................ 6 5 CONCLUSÃO .......................................................................................... 9 REFERÊNCIAS .............................................................................................. 10 APÊNDICE. Valores de corrente e deflexão (grau) medidos na aula prática para diferentes resistências. ...................................................................................... 11 1 1 INTRODUÇÃO Campo magnético terrestre Suspendendo-se uma agulha magnética de modo que possa girar livremente, ela sempre se orienta em uma direção definida. Esse comportamento leva a admitir a existência do campo magnético terrestre. A cada ponto desse campo fica associado um vetor BT. As linhas de indução do campo magnético vão do Sul Geográfico pra o Norte Geográfico, então, assumindo que a Terra é um grande imã, o pólo sul magnético é próximo do norte geográfico e o pólo norte magnético é próximo do sul magnético. Campo magnético em uma bobina A intensidade do campo 𝑑�⃗� produzido por um elemento corrente-deslocamento 𝑖𝑑𝑠 é dado por 𝒅𝑩 = 𝝁𝟎𝒊𝒅�⃗� 𝒔𝒆𝒏𝜶 𝟒𝝅𝒓𝟐 (1) 𝛼 → Ângulo entre as direções 𝑑𝑠 e 𝑟 . 𝑟 → Vetor que se estende de 𝑑𝑠 até o ponto onde o campo é produzido. 𝜇0 → Constante de permeabilidade. 𝝁𝟎 = 𝟒𝝅𝒙 𝟏𝟎 −𝟕 = 𝟏, 𝟐𝟔𝒙 𝟏𝟎𝟔 𝑻 ∙ 𝒎/𝑨 Para um fio de formato circular tem-se Figura 1 Sabendo que 𝒅�⃗� = 𝑹𝒅�⃗⃗� , 𝜶 = 𝟗𝟎𝟎 → 𝒔𝒆𝒏𝟗𝟎𝟎 = 𝟏 (o raio R é perpendicular ao vetor tangente à curva, 𝑑𝑠 ) e r equivale a R, A equação (1) fica: 𝒅𝑩 = 𝝁𝟎𝒊 𝑹𝒅�⃗⃗� 𝟒𝝅𝑹𝟐 = 𝝁𝟎𝒊𝒅�⃗⃗� 𝟒𝝅𝑹 2 Então, 𝑩 = ∫𝒅𝑩 = ∫ 𝝁𝟎𝒊𝒅𝝋 𝟒𝝅𝑹 = 𝝁𝟎𝒊 𝟒𝝅𝑹 ∫ 𝒅𝝋 𝝋 𝟎 𝝋 𝟎 𝑩 = 𝝁𝟎𝒊𝝋 𝟒𝝅𝑹 Para um campo no interior de um circulo completo de corrente: 𝝋 = 𝟐𝝅 𝑩 = 𝝁𝟎𝒊𝟐𝝅 𝟒𝝅𝑹 𝑩 = 𝝁𝟎𝒊 𝟐𝑹 Quando sem tem uma bobina, o campo magnético total é dado pelo campo magnético do circulo completo de uma volta vezes o número de voltas, N. A equação, então, fica: 𝑩 = 𝝁𝟎𝑵 𝒊 𝟐𝑹 (2) Calculando o campo magnético da Terra A agulha da bússola sempre está orientada para uma direção definida devido à presença do campo magnético terrestre. Sendo assim, se outro campo magnético estiver presente, a agulha sofrerá uma deflexão θ e um campo magnético resultante, BR, aparecerá. No caso da bobina o campo magnético que passa no seu centro é perpendicular ao seu plano. Se alinharmos a agulha da bússola ao raio da bobina, o campo magnético resultante apresentará a seguinte configuração: Figura 2 𝑩𝑻 = 𝑩 𝐭𝐚𝐧𝜽 (3) 3 2 OBJETIVOS Costruir um gráfico Bbobina versus tgθ (campo magnético da bobina versus a tangente do ângulo entre o campo magnético resultante e o campo magnético da Terra). Usar o método da regressão linear para determinar a inclinação da reta encontrada. Esse valor representa a componente horizontal do campo magnético terrestre. Determinar a componente horizontal do campo magnético terrestre utilizando as equações (2) e (3), demonstradas adiante. Comparar os valores obtidos para o campo magnético terrestre pelos dois métodos citados acima. 4 3 MATERIAL E MÉTODOS 3.1 Material Bobina Bússola Fonte de tensão Amperímetro Régua Reostato Cabos de conexão 3.2 Procedimento 1) Fez-se uma montagem, como a da figura 2. Alinhou-se a agulha da bússola contida no centro da bobina (direção Norte-Sul). Verifique o numero de espira da bobina 2) Fixou-se o reostato em 5Ω. 3) Determine, para dez (10) tensões, variando a fonte de 0 a 12V e, a corrente que percorre a bobina e o ângulo correspondente que a agulha magnética faz com a direção Norte-Sul . 4) Construa o gráfico Bbobina Versus Tg(θ). Aplicando o método da regressão linear, determine a inclinação da reta encontrada, esse valor representa a componente horizontal do campo magnético terrestre Tb. 5) Determine a componente horizontal do campo magnético Bt, utilizando as equações 1 e 2,para cada escala medida. Construa uma tabela para os resultados, com a media e o desvio médio. 6) Compare o valor obtido para Bt no item 4 com o intem 5 7) Repetiu-se o procedimento para a resistência de 15Ω. Figura 3 – Esquema da Montagem 5 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 Descrição das Condições Operatórias e Resultados Tabela 1- Valores da corrente e da deflexão determinados experimentalmente Diâmetro = 29,2 cm Diâmetro (Cm) Medida Resistência 5Ω Resistência 15Ω Corrente (A) Ângulo (grau) Corrente (A) Ângulo (grau) 1 0,10 11 0,05 5 30,50 2 0,20 22 0,10 10 27,00 3 0,30 31 0,17 17 29,00 4 0,40 41 0,20 20 31,50 5 0,50 49 0,26 26 29,90 6 0,60 52 0,30 30 31,50 7 0,70 59 0,34 34 29,50 8 0,80 62 0,38 28 30,70 9 0,90 63 0,40 32 29,60 10 1,00 68 0,44 34 29,00 A partir dos valores obtidos na tabela 1 obteve-se o campo magnético gerado pela corrente que passa pela bobina e a tangente do ângulo da deflexão. Tabela 2 - Valores do campo magnético da bobina (BB) e da tangente da deflexão (θ). Medida Resistência 5 Ω Resistência 15 Ω BB (T) Tan θ BB (T) Tan θ 1 1,5062𝑥 10ˉ 5 0,3639 2,1517𝑥 10ˉ 6 0,0349 2 2,1517𝑥 10ˉ 5 0,5773 4,3035𝑥 10ˉ 6 0,0699 3 2,7973𝑥 10ˉ 5 0,8390 6,4553𝑥 10ˉ 6 0,1051 4 3,4428𝑥 10ˉ 5 1 8,6071𝑥 10ˉ 6 0,1405 5 4,0883𝑥 10ˉ 5 1,2749 1,0758𝑥 10ˉ 6 0,2493 6 4,7339𝑥 10ˉ 5 1,4825 1,2910𝑥 10ˉ 6 0,3639 7 5,3794𝑥 10ˉ 5 1,6003 1,5062𝑥 10ˉ 6 0,4877 8 6,0249𝑥 10ˉ 5 1,7320 1,7214𝑥 10ˉ 6 0,5317 9 6,6705𝑥 10ˉ 5 1,8807 1,9365𝑥 10ˉ 6 0,6248 10 7,3160𝑥 10ˉ 5 2,7474 2,1517𝑥 10ˉ 6 0,67456 Usando-se as equações (2) e (3) e sabendo-se os valores do campo magnético da bobina, bem como a tangente da deflexão, determinou-se o campo magnético terrestre. Tabela 3 - Valores do campo magnético da terra (B) e da tangente da deflexão (θ). Medida Resistência 5 Ω Resistência 15 Ω B (T) Tan θ B (T) Tan θ 1 1,5062𝑥 10ˉ5 0,3639 6,1653𝑥 10ˉ5 0,0349 2 2,1517𝑥 10ˉ5 0,5773 6,1566𝑥 10ˉ5 0,0699 3 2,7973𝑥 10ˉ5 0,8390 6,1420𝑥 10ˉ5 0,1051 4 3,4428𝑥 10ˉ5 1 6,1260𝑥 10ˉ5 0,1405 5 4,0883𝑥 10ˉ5 1,2749 4,3152𝑥 10ˉ5 0,2493 6 4,7339𝑥 10ˉ5 1,4825 3,5476𝑥 10ˉ5 0,3639 7 5,3794𝑥 10ˉ5 1,6003 3,0883𝑥 10ˉ5 0,4877 8 6,0249𝑥 10ˉ5 1,7320 3,2375𝑥 10ˉ5 0,5317 9 6,6705𝑥 10ˉ5 1,8807 3,0990𝑥 10ˉ5 0,6248 10 7,3160𝑥 10ˉ5 2,7474 3,1900𝑥 10ˉ5 0,6745 4.2 Tratamento dos Resultados e Discussão Encontrando a componente horizontal do campo magnético através do gráfico Para uma resistência de 5 Ω Figura 4 – Gráfico BBobina versus tan θ para a resistência de 5 Ω Analisando o gráfico acima se tem que o coeficiente angular (m) é 0,000015 0,000023 0,000031 0,000039 0,000047 0,000055 0,000063 0,000071 0,000079 0,3000 0,8000 1,3000 1,8000 2,3000 2,8000 B (T) tan (θ) Gráfico BB x tanθ Resistência de 5 Ω 7 𝑚 = 𝐵 𝑡𝑎𝑛𝜃 O coeficiente angular é a componente horizontal do campo magnético terrestre, como mostra a equação (3) demonstrada na introdução, assim: 𝑚 = 𝐵𝑇 𝐵𝑇 = 𝐵 𝑡𝑎𝑛𝜃 Logo o coeficiente da reta é: 𝑚 = 1,9365𝑥 10ˉ5 0,6396 𝑚 = 0,00003 Como 𝑚 = 𝐵𝑇 Então, a componente horizontal do campo magnético em um resistor de 5Ω é 𝐵𝑇 = 0,00003 𝑇 Para uma resistência de 15 Ω Figura 5 - Gráfico BBobina versus tan θ para a resistência de 15 Ω Pelo mesmo raciocínio anterior o coeficiente angular é a componente horizontal do campo magnético. Assim, 𝐵𝑇 = 0,00004 𝑇 0,000002 0,000005 0,000008 0,000011 0,000014 0,000017 0,00002 0,000023 0,0300 0,1300 0,2300 0,3300 0,4300 0,5300 0,6300 B (T) tan (θ) Gráfico B x tanθ Resistência de 15Ω 8 Encontrando a componente horizontal do campo magnético pelas equações (2) e (3) Obs.: Todas as medidas obtidas, bem como os valores encontrados estão nas tabelas do trabalho. Para uma resistência de 5Ω Pela equação (2) 𝐵 = 𝜇0𝑁 𝑖 2𝑅 Encontraram-se os valores do campo magnético da bobina (B) para cada corrente medida (tabela 1). Substituindo-se estes valores, bem como os da tangente do ângulo de deflexão da bússola (tabela 1), na equação (3) 𝐵𝑇 = 𝐵 tan𝜃 Encontram-se os valores da componente horizontal do campo magnético terrestre, que fazendo a média obtém-se: 𝐵𝑇 = 0,000034078 T Para uma resistência de 15Ω O mesmo procedimento realizado para a resistência de 5Ω foi realizado. Assim, a média dos valores da componente horizontal do campo magnético terrestre é: 𝐵𝑇 = 0,000045059 T Comparação dos valores obtidos de 𝐵𝑇 Para uma resistência de 5Ω O valor da componente horizontal do campo magnético terrestre obtido pelo coeficiente angular do gráfico 1 foi: 𝐵𝑇 = 0,00003 𝑇 Enquanto que o valor obtido pelas equações (2) e (3) foi: 𝐵𝑇 = 0,000034078 T 9 Os dois valores podem ser considerados próximos. Para uma resistência de 15Ω O valor da componente horizontal do campo magnético terrestre obtido pelo coeficiente angular do gráfico 2 foi: 𝐵𝑇 = 0,00004 𝑇 Enquanto que o valor obtido pelas equações (2) e (3) foi: 𝐵𝑇 = 0,000045059 T Os dois valores são próximos. 5 CONCLUSÃO Os valores da componente horizontal do campo magnético terrestre podem ser determinados graficamente tendo-se a tangente do ângulo de deflexão da bússola e o campo magnético produzido pela bobina, ou pelas fórmulas expostas no decorrer do trabalho. A agulha da bússola sempre está apontando na direção do norte geográfico (sul magnético). Alinhando-se a agulha, qualquer campo magnético que venha a ser acrescentado na região fará a agulha da bússola se deslocar em um determinado ângulo e um campo magnético resultante será produzido. Esse campo magnético acrescentado provém, nesse experimento, da bobina e através de relação trigonométrica a componente horizontal do campo magnético terrestre pode ser obtida. 10 REFERÊNCIAS HALLIDAY; RESNICK; WALKER. Fundamentos de Física – Eletromagnetismo. 6ed. Rio de Janeiro, LTC, 2003. RAMALHO; NICOLAU; TOLEDO. Os fundamentos da Física 3. 8ed. São Paulo, Moderna, 2004 11 APÊNDICE. Valores de corrente e deflexão (grau) medidos na aula prática para diferentes resistências.
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