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Gestantes e Lactantes

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Gestantes
As gestantes devem ser incentivadas a realizar check-up odontológico como parte do pré-natal pois ocorre muitas alterações na cavidade bucal nesses períodos tais como: Gengivite gravídica ou gestacional, granuloma gravídico, perda dos dentes. O melhor argumento é mostrar que existem sim, certas restrições ao tratamento odontológico no período de lactação(amamentação), relacionadas ao uso de certas medicações que se eliminadas pelo leite materno poderá causar efeitos adversos ao feto.
Os fármacos de uso odontológico, como os anestésicos locais, os ansiolíticos, os analgésicos, os anti-inflamatórios e os antibióticos, passam com certa facilidade da fase materna para a fase fetal, por serem moléculas de baixo peso molecular e lipossolúveis por isso a insegurança do CD em pacientes gestantes.
FDA(Food and Drug Administration), órgão que estabelece normas sobre o uso de medicamentos nos EUA propôs uma classificação dos medicamentos tendo como critério o risco potencial de malformação no feto.
Tipos de procedimentos
Todo tratamento odontológico essencial pode ser feito durante a gravidez, incluindo exodontias não complicadas, tratamento periodontal básico, restaurações dentarias, tratamento endodôntico, colocação de prótese, etc. Por questão de bom senso, as reabilitações oclusais extensas e as cirurgias mais invasivas devem ser programadas para o período pós-parto. 
HORÁRIOS E DURAÇÃO DAS CONSULTAS E POSICIONAMENTO NA CADEIRA.
Horários das sessões de atendimento devem ser mínimas, agendadas para a segunda metade do período da manhã, quando os enjoos são menos comum.
Evitar o atendimento quando crianças estiverem por perto, prevenindo dessa forma o possível contagio com doenças viróticas da infância(rubéola, sarampo, etc.)
A partir do 6º mês de gestação, o feto pode exercer uma pressão sobre as veias abdominais, diminuindo o retorno venoso dos membros inferiores, predispondo a grstante à hipotensão postural(ou seja, queda da pressão arterial). Como medida preventiva, deve-se colocar a paciente sentada ou deitada de lado(preferencialmente o esquerdo) por alguns minutos, antes de sair da cadeira e assumir a posição em pé.
Anestesia local
Todos os anestésicos locais, por serem lipossolúveis, atravessam facilmente a placenta por meio de difusão passiva. Os fatores que determinam a quantidade e a velocidade de transferência placentária dos anestésicos são:
Tamanho da molécula: a prilocaína atravessa a placenta mais rapidamente do que os demais anestésicos locais. Se doses excessivas de prilocaína forem empregadas nas gestantes, pode ocorrer o fenômeno de metemoglobinemia na grávida ou no feto, alteração que será mais bem detalhada adiante. 
Grau de ligação do anestésico às proteínas plasmáticas: quando um anestésico local é absorvido para o sangue materno, uma proporção deste liga-se às proteínas plasmáticas, restringindo sua passagem pela placenta, ou seja, o agente anestésico somente atravessa a placenta se estiver na forma livre. Teoricamente, quanto maior for o grau de ligação proteica, maior o grau de proteção ao feto.
 A lidocaína, após absorção, apresenta uma ligação proteica de ~ 64%, maior do que a da prilocaína (55%) e menor do que a bupivacaína (95%). Com base nesses dados, a bupivacaína seria o anestésico mais seguro para uso em gestantes. Entretanto, a longa duração de sua ação anestésica limita seu emprego em pacientes grávidas.
 Uma vez na circulação fetal, a toxicidade dos anestésicos locais vai depender da quantidade livre(não ligada às proteínas plasmáticas) e da velocidade de metabolização. Como o sangue fetal tem menor quantidade de globulinas, a ligação proteica é ~ 50% daquela observada em adultos. Como consequência, tem-se mais anestésico livre na circulação.
 O metabolismo dos agentes anestésicos na forma livre também é uma fase importante de sua farmacocinética. Como o fígado do feto ainda não possui um sistema enzimático maduro, a metabolização dos anestésicos é mais demorada do que nos adultos. Sabe-se, por exemplo, que a metabolização hepática da mepivacaína é 2-3 vezes mais lenta do que a da lidocaína,10 daí a preferência desta última para uso em gestantes. 
A articaína, por suas características farmacocinéticas (baixa lipossolubilidade, alta taxa de ligação proteica e rápida metabolização e eliminação renal), parece reunir as condições ideais de se tornar o anestésico de escolha para uso rotineiro em gestantes e lactantes. Porém, faltam ainda evidências clínicas para confirmar tal assertiva.
 Estudos laboratoriais de reprodução animal em ratas e coelhas, empregando-se doses de articaína 10 vezes maiores do que a dosagem máxima recomendada em humanos (7 mg/kg de peso), por via parenteral, não mostraram evidências de dano fetal ou alterações de outros aspectos da reprodução. Além disso, em quatro modelos de estudo de mutagenicidade in vitro e in vivo, não foi observado potencial mutagênico da articaína, mesmo quando empregada em concentrações citotóxicas ou doses acima da máxima tolerada.

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