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Anamnese, Exame Físico, Linfonodos e Edema

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1 
 
Resumo de Semiologia 
Flávia Marques 
 
Anamnese 
 Significa lembrança, recordação 
 Entrevista com o paciente, o objetivo é colher informações sobre ele, estabelecer uma relação de 
confiança e apoio e fornecer a ele informações e orientações. 
Objetivos 
 Obter relação médico-paciente adequada 
 Conhecer a dimensão do espaço diagnóstico: Paciente, moléstia e circunstância 
 Auxiliar a interpretação de exames (físico e complementares) 
 Avaliar reposta a tratamentos pregressos 
 Contribuir para o tratamento 
Relação médico-paciente 
 Grau de confiança que o paciente depositará no médico 
 Qualidade das informações prestadas 
 Colaboração em relação aos procedimentos propedêuticas 
 Aceitação de possível terapia recomendada. 
Dimensão do espaço diagnóstico 
 Identificação dos sintomas 
 Sentimentos, atitudes e disposição de espirito 
 Conflitos psicológicos e padrões habituais de defesa 
 Comportamento perante médicos 
 Atitudes perante outros componentes do sistema de saúde 
Efeitos terapêuticos 
 Participar dos pensamentos e sentimentos do paciente 
 Tornar-se receptivo as mensagens verbais e não verbais 
 Temores conscientes e inconscientes, reais ou imaginários = Entender os receios e sofrimentos 
 Palavras e atitudes demonstrativas de interesse 
 Contribuir para alivio efeito 
 
 
2 
 
Limitações 
 Depende de três variáveis básicas: 
1. Condição clínica do paciente 
2. Tipo de informante (paciente ou acompanhante) 
3. Entrevistador 
 
1. Condição clínica do paciente – Limitações 
 Deficiência na fonação e audição 
 Diferenças de linguagem 
 Estado de consciência 
 Distúrbios mentais 
 Crianças = falta de objetividade = incoerência 
 Concepção errônea sobre sua moléstia 
 Simulação = rejeição a doença 
 Sensibilidade individual (dor – dispneia – sonolência, etc) 
 Falta de confiança na medicina 
 
2. Topo de informante – Participação dele 
 Familiares ou acompanhantes? 
 Podem ter muito valor quando o paciente não pode fornecer detalhes (convulsão, sincope) 
 Podem favorecer para minimizar ou valorizar a sintomatologia (carência, despreocupação, inibição, etc) 
 De preferência, anamnese obtida do paciente e dados complementares, num outro momento, de 
informantes. 
 
3. Participação do médico (entrevistador) 
 Auxiliar e orientar o paciente 
 Avaliar se as informações são fidedignas e coerentes 
 Estabelecer um grau de relação satisfatório 
 Não há normas fixas (pacientes diferentes e momentos diferentes) 
 Há princípios que são básicos para se atingir os objetivos principais. 
 
Princípios básicos 
 Motivação para ouvir o paciente 
 Evitar interrupções e distrações 
 Dispor de tempo para ouvir 
 Não desvalorizar precocemente informações 
3 
 
 Não demonstrar sentimentos desfavoráveis (impaciência, irritação, desprezo, triste) 
 Não opinar sobre assuntos estranhos moléstia (religião, política, negócios, moral, etc) 
 Observar o comportamento do paciente 
 Possui conhecimentos teóricos sobre as moléstias. 
Intervenções: 
 Com intervenções apropriadas, o médico será capaz de orientar o relato do paciente, e assim obter melhor 
rendimento diagnóstico por intermédio da anamnese, isto é, informações mais completas e fidedignas, 
com economia de tempo. 
 Intervenções inadequadas, seja pela frequência ou pelo tipo empregado, produzem efeitos opostos. 
 Intervenções não verbais: Atitudes, gestos, expressões faciais, silencia. 
 Intervenções verbais: Pronunciar interjeições 
 Repetir a última palavra 
 Elaborar a última palavra 
 Discreto comando 
 Perguntas gerais e específicas 
 
Gerar e testas hipótese diagnósticas 
 Anamnese é um processo criativo compartilhado pelo paciente e pelo médico. 
 Desde o início, o médico principia a gerar hipóteses e a testá-las e mantem esta atitude no decurso de 
todo o processo. 
 As intervenções na anamnese destinadas a testar ou a produzir hipóteses diagnósticas requerem 
experiência e conhecimento médico sobre as manifestações clinicas e aspectos biopsicossociais das 
moléstias. 
Minorar o sofrimento 
 O médico não deve se preocupar muito em extrair elementos diagnósticos, pois o paciente não é um 
receptáculo de doenças, mas sim uma pessoa que padece de sofrimentos de natureza emocional e física, 
que requerem apoio e compreensão. 
 A anamnese também é um processo que procura atender a estas necessidades, transforma-se em um 
instrumento terapêutico muito eficaz que em muito diminui os sofrimentos do paciente. 
Componentes da Anamnese 
 Apresentação e identificação 
 Queixa principal 
 História da moléstia atual 
 História pregressa 
 História familiar 
4 
 
 História psicossocial 
 Revisão de sistemas (anamnese especial) 
 
1. Identificação 
 Nome 
 Sexo 
 Idade 
 Estado civil 
 Cor 
 Profissão 
 Naturalidade e Procedência 
Exemplo: M. F. S, masculino, 66 anos, casado, leucoderma, empresário, aposentado, natural e procedente de Juiz 
de Fora. 
* Importante: Essa parte da anamnese é importante não só pelos elementos que oferece sobre a identificação do 
paciente, mas porque, se bem conduzida, favorece a relação médico-paciente. 
2. Queixa Principal 
 Definida como sendo a manifestação clinica imediata da moléstia que faz com que o paciente 
procure atendimento médico. 
 Nem sempre é o principal distúrbio que o paciente apresenta. 
 A necessidade de identifica-la decorre do fato de ser o problema que mais preocupa o paciente e 
que por isso deve ser sempre considerada pelo médico, independentemente de sua gravidade. 
Exemplo: Dor de lado. 
* A queixa deve ser registrada de modo acurado e breve, com uma ou poucas palavras ou frases curtas, de 
preferência com as próprias palavras do paciente. 
3. História da moléstia atual 
 Deve ser um relato claro e em ordem cronológica dos problemas que levaram o paciente a 
procurar auxílio médico. 
 O paciente informa e o médico organiza. 
 Deve constar o modo como os problemas do paciente começaram, como se desenvolveram, os 
sintomas que apareceram e os tratamentos feitos. 
 Sintomas mais relevantes devem incluir (atributos da dor) 
 Localização 
 Qualidade 
 Intensidade 
 Início 
5 
 
 Duração 
 Frequência 
 Situações em que aparecem e se se agravam ou se atenuam, 
 Sintomas associados. 
Exemplo: Dor cervical, início há dois meses, dolente e contínua, leve a moderada intensidade, sem fator 
desencadeante, alívio com analgésico simples, sem alívio noturno, progressiva. 
Exemplo 2: Dor abdominal, localização em hipocôndrio direito, início há um mês, tipo cólica e intermitente, 
moderada a forte intensidade, sem fator desencadeante, alivio parcial com analgésicos e acompanhada de 
vômitos. 
 
HMA – Redação 
 Constituir uma síntese concisa, fiel e organizada, legível e bem redigida dos fatos relatados pelo 
paciente, segundo a cronologia da ocorrência. 
 A redação adequada inclui o uso correto de termos médicos que expressam com exatidão as expressões 
leigas usadas pelo paciente. 
 A redação, assim como o resto da anamnese e exame físico, apenas se destina a descrever os fatos e 
não as opiniões ou impressões do médico. 
 
4. História Pregressa 
 Acontecimentos prévios importantes para o diagnóstico e o tratamento da moléstia atual e para 
o médico ter uma visão global do seu paciente. 
 Doenças prévias 
 Presença de outras doenças 
 Traumatismos, cirurgias e incisões previas 
 Alergias e imunizações 
 Medicações em uso 
Exemplo: HAS e Diabetes tipo II, em tratamento (remédios e doses), apendicectomiaaos 14 anos, acidente de 
moto há 4 anos com fratura exposta de fêmur D, história de hemorragia retiniana (sic), nega alergias. 
5. História Familiar 
 Estado de saúde ou causa da morte dos avós, pais, tios, irmãos e filhos, e a idade que tinham 
quando morreram. 
 Pesquisar especialmente sobre doenças cardiovasculares (morte súbita, angina e IAM, AVC), 
diabetes, hipertensão arterial, hipercolesterolemia, câncer e tuberculose. 
Exemplo: Pai falecido aos 70 anos por IAM, mãe vive e hipertensa, 4 irmãos hígidos, nega atopia familiar. 
6 
 
6. História Psicossocial (fatores sociais) 
 Local de nascimento 
 Atividades diárias habituais 
 Sono, lazer, trabalho, outras tarefas 
 Educação, cultura, religião, família 
 Moradia, condições financeiras 
 Relacionamento com parentes e amigos 
 Vida sexual, álcool, drogas. 
 
7. História Psicossocial (fatores psicológicos) 
 Tipo de personalidade 
 Ansiedade, depressão, medo 
 Frustrações, ambições, interesse 
 Percepção, avaliação e reação à moléstia 
 
8. Revisão de Sistemas 
 Última parte da história clínica 
 Realização de uma série de perguntas sobre sintomas específicos ligados aos diversos aparelhos, 
sistemas e regiões do corpo. 
 Pele, cabeça, olhos, ouvidos, nariz e seios paranasais, garganta e boca, pescoço 
 Mamas, sistema respiratório, sistema cardíaco, TGI, trato urinário, sistemas genitais 
 Sistema vascular periférico, sistema musculoesquelético, sistema nervoso 
 Problemas endócrinos e hematopoiéticos e distúrbios psíquicos. 
 
Roteiro 
 Controverso se é conveniente durante a anamnese 
 Desvantagens: Risco de transformar a anamnese em um ato mecânico 
 Perder a oportunidade de perceber as mensagens não verbais do paciente 
 Suposição de que o paciente possa considerar o médico incompetente. 
 Vantagens: Tornar o aluno mais confiante durante a anamnese 
 Contribui para o treinamento de formação mais completo do aluno 
 Motiva o aluno quando cria o hábito de reconhecer suas deficiências e corrigi-las. 
 A fase do interrogatória é agilizada (hesitação do aluno no que perguntar diminui) 
 
 
7 
 
Exame Físico 
 Parte essencial do exame clínico. 
 Oferece elementos capazes de testar hipóteses geradas durante a anamnese 
 Fornece subsídios que permitem o diagnóstico. 
 Deve ser abrangente e objetivo, porém sem minucias desnecessárias e seguindo uma sistemática 
preestabelecida. 
 Em casos de emergência, a ordem da exploração física pode sofrer modificações. Pegar dados de 
importância para a conduta. 
 Inspeção, palpação, percussão e ausculta. 
 
1. Inspeção 
 Começa a partir do primeiro contato com o paciente 
 Já começa a observar dados importante quando a atitude, posições e estado mental 
 Se faz diretamente, sem uso de instrumentos 
 Exige ambiente confortável, iluminação adequada 
 Examinar doente inteiramente, se possível despido e coberto por lençol. 
 Recomendável sistematizar, sendo feita no sentido craniocaudal. 
 Observar: Pele, mucosas, postura, face, biótipo, peso e altura, marcha, estado nutricional, tecido 
subcutâneo (edema), linfonodos superficiais. 
 
 Icterícia: 
 Caquexia: 
 Exoftalmia (proptose): Observar se vem acompanhada de alterações da direção dos olhos, sinais de 
inflamação, comprometimento sistêmico, bi ou unilateral, pulsátil ou não, deve ser observado de frente 
e de perfil. 
 Enoftalmia: Sindrome de Horner (enoftalmia, constrição pupilar, ausência de suor e rubor do lado, 
diminuição da fenda palpebral, ocorre na paralisia do simpático cervical) 
 Bócio: Tireoidiano (aumento difuso, consistência, sensibilidade, dor, temperatura, aumento nodular). 
 Linfonodos superficiais 
 Linfonodos inguinais 
 
 Fácies: Expressão fisionômica, pode orientar sobre estado de ansiedade, depressão, euforia e outros. 
Algumas podem ser bem características. 
 Fácies cushingoide: Rosto em forma de lua cheia, rosto congesto e cianótico, estria atróficas, acompanha 
obesidade do tronco, pescoço e abdome. Sugere hiperplasia do córtex da suprarrenal ou iatrogenismo. 
 Fácies acromegálica: Extremidade cefálica hiperdesenvolvida, mandíbula volumosa, prognatismo, lábios 
orelhas e línguas volumosos. Sugere adenoma hipofisário. 
8 
 
 Fácies mixedematosas: Rosto infiltrado pelo mixedema, torna-se arredondado, nariz e lábios volumosos, 
pele pálida, olhos profundos, expressão apática. 
 Fácies leoninas: Lábios e nariz grossos, ausência ou redução dos supercílios, infiltração facial, mais 
comum na Hanseníase (forma virchowiana). 
 Fácies neurotóxicas (ofidismo) 
 
 Prurido: Senil, icterícia colestática, uremia, gravidez, psicológico, drogas, agrotóxicos, inseticidas, 
hipotireoidismo, mixedema, linfomas, polictemia, doenças dermatológicas. 
 
 Circulação colateral 
 Ginecomastia 
 Galactorreia 
 Mamas supranumerárias 
 Baqueteamento digital 
 Posturas: Ativa, passiva, antálgica, genupeitoral, posições bizarras. 
 Biótipo: Normolíneo, longilíneo, brevilíneo. 
 
 
2. Palpação 
 Realizada com a palma das mãos, uni ou bi, ou com a ponta dos dedos 
 Modalidades especial de palpação realizada com introdução de dois dedos na cavidade, sendo 
denominado toque (ginecológico, urológico ou proctológico). 
 Deve começar superficial, aprofundando no abdome e de acordo com as necessidades. 
 
 A palpação permite: Delimitar áreas, observar consistências, forma e temperatura; Mobilidade, 
sensibilidade, expansão e características de pele e anexos. 
 Se confirma: A presença de edemas, flutuações (abcessos), crepitações (enfisema subcutâneo, infecções 
por anaeróbios, fraturas). 
 
3. Percussão 
 Emissão de sons em uma determinada região que é posta em vibração através de batimentos 
sobre elas. 
 Características do som variam de acordo com a intensidade da percussão e da constituição do 
corpo que vibra. 
 O ambiente deve ser silencioso, paciente colocado em posição mais adequada para a região a ser 
percutida. 
 Pode ser direta ou indireta (interposição de um elemento entre o dedo que percute e a região 
percutida). 
9 
 
 São percebidos os seguintes tipos de som: Macicez, submacicez e timpanismo. 
 
4. Ausculta 
 Primordial no estudo dos sistemas respiratório e circulatório 
 Ausculta do abdome é útil se houver suspeita de abdome agudo e em condições que originam 
sopros vasculares. 
 O silencio abdominal significa paralisia intestinal 
 
 Erro na ausculta: Falta de contato adequado do estetoscópio sobre a pele 
 Ausculta sobre pelos e roupas 
 Compressão demasiada com a campânula ou diafragma 
 Falta de conexão entre as peças 
 Barulho ambiental e tremor muscular 
 
Sinais Vitais 
 
 O exame físico se completa com aferição dos sinais vitais 
 Pressão arterial 
 Pulso (frequência cardíaca) 
 Temperatura 
 Frequência respiratória 
 São aqueles que evidenciam o funcionamento e as alterações da função corporal. Estão relacionados a 
existência da vida. 
Pressão Arterial 
 Parâmetro de suma importância na investigação diagnóstica, sendo obrigatória em TODA consulta de 
QUALQUER especialidade. 
 Relacionando-se com o coração, traduz o sistema de pressão vigente na árvore arterial. 
 É medida com a utilização do esfingmomanômetro e do estetoscópio. 
 É determinada pela equação: PA = DC x RP 
 O débito cardíaco por sua vez, é resultante de: DC = VS (vol. Sistólico) x FC 
 
 Resistência periférica: Representada pela vasoconstrição da rede arteriolar, sendo este fator importante 
na regulação da PA diastólica 
 Vasocontratilidade: Depende das fibrasmusculares na camada média dos vasos, dos esfíncteres pré-
capilares e de substância humorais (renina, angiotensina, catecolaminas). 
10 
 
 Distensibilidade: Característica dos grandes vasos e a perda dela em idosos resulta em aumento da 
pressão sistólica sem elevação da diastólica. 
 A volemia interfere de maneira direta e significativa nos níveis da PA sistólica e diastólica. 
 A viscosidade sanguínea também é um fator determinante, porem de menor importância. 
Técnica 
 Paciente em repouso por pelo menos cinco minutos, sem ter fumado ou bebido cafeína por 30 minutos. 
 O braço selecionado deve estar livre de vestimentas, relaxado e mantido ao nível do coração 
 Paciente sentado: Coloca-se o braço por sobre uma mesa. 
 O pulso braquial deve ser palpado para o diagnóstico de sua integridade. 
 Bolsa inflável sobre a artéria braquial. Margem do manguito a 2 a 3 cm acima da prega cubital. 
Modo Palpatório 
 Insufla o manguito, fechando a válvula e apertando-se a pera rapidamente até o pulso radial 
desaparecer. 
 Verifica-se o valor e acrescente-se 30mmHg 
 Desinfla lenta e completamente o manguito até o aparecimento do pulso, o que é considerado a 
PA sistólica. 
 Só permite ver a PA sistólica. 
Modo auscultatório 
 Insufla o manguito, fechando a válvula e apertando-se a pera rapidamente até o pulso radial 
desaparecer. 
 Verifica-se o valor e acrescente-se 30mmHg 
 Desinfla-se lentamente e verifica-se o nível no qual os ruídos (de Korotkoff) são auscultados, o 
que corresponde à PA sistólica. 
 Continua-se baixando a pressão até o abafamento das bulhas e a seguir o desaparecimento 
completo dos ruídos de korotkoff, o que corresponde à PA diastólica. 
* Se a pressão arterial poderá estar falsamente elevada caso a artéria braquial fique abaixo do nível do coração. 
* Deve ser medida em ambos os braços 
* As diferenças de pressão acima de 10 mmHg sugerem obstrução ou compressão arterial do lado de menor 
pressão. 
* A presença de arritmias interfere na medida da PA 
* Em pacientes obesos, a maior circunferência do braço determina níveis pressóricos falsamente elevados 
* A PA pode ser medida nas coxas, porém com manguitos especiais e com estetoscópio localizado na fossa 
poplítea. 
11 
 
Pulso 
 Um dos procedimentos mais antigos, representa também um gesto simbólico, pois é um dos primeiros 
no contato físico entre o médico e o paciente. 
 Contração do ventrículo esquerdo: Ejeção do volume de sangue na aorta, e dali, para a arvore arterial, 
sendo que uma onda de pressão se desloca rapidamente pelo sistema arterial, onde pode ser percebida 
como pulso arterial. 
 É a contração e expansão alternada de uma artéria. 
 Radial, carótida, braquial, pediosa, temporal, poplítea e tibial posterior. 
 Pode ver as características do pulso: Estado da parede arterial, frequência, ritmo, amplitude, comparação 
com artéria contralateral. 
 Parede arterial: Não deve ter tortuosidades, sendo facilmente depressível na aterosclerose. 
 Frequência: Contagem por período de um minuto, sendo que a frequência varia com idade e condição 
física. Traquisfigmia e bradisfigmia. 
 Ritmo: Sequência das pulsações, sendo que quando ocorrem a intervalos iguais, chamados ritmo regular. 
Irregularidade = alteração do ritmo cardíaco. 
 Amplitude: Avaliada pela sensação captada em cada pulsação e está relacionada com o grau de 
enchimento da artéria na sístole e esvaziamento da diástole. 
 Comparação com artéria contralateral: Obrigatória, pois a desigualdade dos pulsos pode identificar 
lesões anatômicas. 
Temperatura 
 Os locais mais comuns: Axila, prega inguinal, boca e reto. 
1. Orientar o paciente quanto ao procedimento 
2. Deixar ele deitado ou recostado confortavelmente 
3. Limpar termômetro 
4. Enxugar axila 
5. Descer a coluna de mercúrio e depois colocar na axila, mantendo com o braço bem encostado no tórax. 
6. Retirar o termômetro após 5 minutos. 
7. Limpar novamente o termômetro. 
Frequência Respiratória 
 Troca de gases dos pulmões com meio exterior, que tem como objetivo a absorção do oxigênio e a 
eliminação do gás carbônico. 
 Frequência normal varia de acordo com a idade, 30 a 40 respirações por minuto na criança e de 12 a 20 
no adulto. 
 Taquipnéia e bradipnéia 
 Apnéia é a ausência de respiração. 
12 
 
1. Não deixar o paciente perceber que os movimentos respiratórios estão sendo contados 
2. Necessário tirar vestes e lençóis as vezes 
3. Observar movimentos torácicos u abdominais ou menos auscultar os sons respiratórios 
4. Contagem pelo período de 1 minuto 
 
Linfonodos 
 Linfonodos = órgãos secundários do sistema linfático, 3º mês de vida fetal 
 Tecido linfoide primitivo forma os seios periféricos e os demais componentes dos linfonodos (linfócitos) 
derivam da célula tronco pluripotencial da medula óssea. 
 O tecido linfoide é o elemento principal dos linfonodos, e também o componente principal do baço, 
amigdalas, timo e placas de peyer nos intestinos. 
 A distribuição dos linfonodos tem uma relação direta com a região de maior contato da pessoa com o 
meio externo. 
 Se distribuem de forma abundante no corpo, fazendo de forma especial no pescoço, onde se encontram 
1/3 deles. 
 
 Quantidade de tecido linfoide mantem relação definida com a idade. O seu desenvolvimento máximo 
ocorre no período da vida na qual as infecções agudas dos aparelhos respiratórios e digestivos são mais 
comuns. Assim, o tecido linfoide aumenta rapidamente durante a infância, atingindo o seu pico de 
crescimento na puberdade, e diminui progressivamente a partir dessa idade. 
 
Fisiologia 
 Além de participarem na formação da circulação linfática, tem como função primordial a defesa do 
organismo contra 
 Agressões originárias no meio ambiente 
 Processos infecciosos 
 Tumores malignos 
 Substâncias toxicas de origem vegetal e animal 
 Os linfonodos têm capacidade de reter, algumas vezes destruir, ou pelo menos retardar, a difusão pelo 
organismo humano de bactérias, vírus e metástases de câncer. 
 Eles são ativos na produção de anticorpos, através dos plasmócitos e linfócitos, constituindo a principal 
fonte dos linfócitos periféricos e também dos linfócitos T. 
 
 
 
13 
 
Anatomia 
 Circulação linfática realiza a absorção de líquidos intersticiais, bem como de substâncias nutritivas 
derivadas da digestão dos alimentos e produtos finais do metabolismo celular. 
 Normais: Ovoides 
 Difícil palpação 
 Móveis 
 Elásticos 
 Superfície lisa 
 Alguns milímetros a 1,5 cm. 
 
 Circunscritos por uma capsula de tecido conjuntivo, que é perfurada por vasos linfáticos aferentes que 
desaguam no seio periférico de localização subcapsular. 
 Seio periférico emite prolongamentos para o interior dos linfonodos que terminam no seu hilo, de onde 
saem os vasos linfáticos eferentes a outros linfonodos ou ductos linfáticos que terminam por atingir os 
ductos torácicos. 
 Estes, por sua vez, desaguam na veias subclávias, completando assim, o ciclo da circulação linfática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vasos aferentes 
Septo 
Córtex 
Medula 
Zona paracortical 
Nódulo 
Cápsula 
Seio subcapsular 
Artéria 
Vaso linfático eferente 
14 
 
Patologia 
 Na maioria das vezes se envolvem de forma secundária nos processos infecciosos e neoplásicos. 
 A exceção a essa regra são os linfomas. 
 3 mecanismos de aumento dos linfonodos: 
1. Hiperplasia reacional: Proliferação de suas estruturas intrínsecas resultante de um estimulo 
antigênico (processo infeccioso). 
2. Invasão do linfonodopor células extrínsecas: MO com invasão de macrófagos, podendo formar 
abcessos ou necrose, e de células malignas. 
3. Neoplasia primária: Linfomas. 
 Manifestam-se por aumento do volume de um linfonodo ou de uma cadeia linfonoidal, em uma ou várias 
regiões do corpo. O aumento pode ser progressivo e continuo, ou intercalado por períodos de regressão. 
Pode ou não estar associado a sinais fisiológicos que podem evoluir ou progredir até a formação de um 
abcesso. 
 A dor, espontânea ou provocada, dependerá da presença ou ausência de processo inflamatório, velocidade 
do aumento de volume do linfonodo, ou de compressão de nervos. 
 Sinais comuns: Alteração da forma 
 Consistência 
 Aspecto palpatório da superfície 
 Mobilidade 
 Coalescência 
 Fixação total ou parcial a estruturas anatômicas vizinhas 
 
 Linfadenomegalias crônicas: Afecções inflamatórias inespecíficas, tuberculose, sífilis, AIDS, 
toxoplasmose, rubéola, mononucleose, citomegalovírus e linfomas. 
Faixa etária 
 Pacientes abaixo de 40 anos: Linfadenopatias agudas = hiperplasia transitória reacional secundária a 
infecção virótica ou bacteriana. 
 Em crianças = comum a presença de linfonodos palpáveis. 
 Pacientes acima de 40 anos: Prevalecem causas anteriores, mas deve-se excluir possibilidade de 
malignização 
Anamnese nas Linfadenopatias 
 Inicialmente toma-se a história da moléstia atual 
 A seguir faz-se uma anamnese dirigida, quando se obtém informações complementares para a melhor 
caracterização possível da linfadenopatia. 
 Não se pode esquecer os fenômenos clínicos que antecederam o quadro atual e outras alterações 
fisiopatológicas, assim como exposição a algum agente etiológico ou uso de medicamentos. 
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 Questionar na entrevista: Época do aparecimento da linfadenomegalia 
 Modo como os linfonodos foram notados 
 Sintomas e sinais causados pela linfadenopatia 
 Alteração previa ao aparecimento do linfonodo 
 
Exame Físico dos linfonodos 
 Palpação nos casos superficiais, seguido de ectoscopia. 
 Nos casos de cadeias profundas, o exame físico não é muito bom, então precisa de exames 
complementares de imagem. 
 Deve-se pesquisar sinais que tem importância na diferenciação entre os linfonodos sem alterações, 
inflamatórios e neoplásicos. 
 Localização 
 Número de linfonodos 
 Cor da pele e temperatura local 
 Sensibilidade a palpação 
 Forma, dimensões, superfícies e bordas 
 Consistência 
 Flutuação 
 Relação com estruturas vizinha e o estado dessas estruturas. 
 
Linfonodos inflamatórios Linfonodos malignos 
Evolução rápida e sem presença de sinais flogisticos Evolução progressiva, inicialmente silenciosa 
Doloroso Indolor 
Pele local hiperemiada Pele sem alteração de cor 
Pele quente Normotermia local 
Múltiplos desde o inicio Únicos no início do processo 
Superfície regular, lisa Superfície irregular 
Menores que 2 cm Maiores que 2 cm 
Flutuações com poucos dias Flutuação nos avançados 
Celulites nos tecidos vizinhos Ausência de celulites 
Sinais sistêmicos da infecção Sem sinais sistêmicos de infecção 
 
Linfadenomegalia generalizada 
 Afecção de caráter sistêmico 
 Descrever cadeias comprometidas, assim como suas características. 
 Encontrada associada a doenças do colágeno, como LES, processos infecciosos e neoplasias primárias. 
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 AIDS, citomegalovírus, blastomicose, toxoplasmose, tuberculose, mononucleose, doenças do colágeno, 
neoplasias do sistema reticuloendotelia, medicamentos (captopril, penicilina). 
 
Linfadenomegalia axilar 
 Drenam a linfa de MMSS, parede torácica, abdominal lateral e superior e parede das mamas. 
 Quatro grupos: Axilares anteriores (primeiros acometidos pelo carcinoma mamário) 
 Principais causas: Inespecífica de MMSS, parede torácica, abdominal e mamas 
 Sífilis 
 Tuberculose 
 Doença da arranhadura do gato 
 Esporotricose 
 Metástase das mamas e pele 
 Linfomas 
 
Linfadenomegalia mediastinal 
 Assintomáticos e achado casual em radiografias de tórax ou toracotomias indicadas por outros motivos. 
 São profundos – diagnostico de suas alterações depende de sinais e sintomas indiretos ou de exames de 
imagem. 
 
 Sinais e sintomas: Tosse, hemoptise 
 Calcificação de linfonodos 
 Obstrução brônquica (síndrome do lobo médio) 
 Obstrução da VCS 
 Mediastinite 
 Disfagia por compressão 
 Fístula broncoesofagiana 
 
 Principais causas: Infecções do pulmão, tuberculose pulmonar, histoplasmose 
 Sacoidose 
 Pneumoconioses (silicose, asbestose) 
 Linfomas 
 Metástase (pulmão, mama, rins, esôfago, testículo, fígado, cabeça e pesc) 
 
 
 
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Linfadenomegalia da cabeça e pescoço 
 Subdivisão dos linfonodos: Submentonianos 
 Submandibulares 
 Jugulares altos, médios e baixos 
 Trígono posterior 
 Compartimento anterior ou viscerais (supraclaviculares). 
 
 Principais causas: Infecções regionais (vias aéreas, dentárias, pele, face, couro cabeludo) 
 Igual ao generalizado 
 Metástases (mama, abdome, testículo, ovário, pele, couro cabeludo, etc) 
 Linfoma 
 Sarcoidose 
 
 
 
 
 
 
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Linfadenomegalia inguinal 
 Superficiais e profundos 
 Superficial: Área de maior drenagem. Pele da parede anterior abdominal abaixo do umbigo, pênis, 
escroto, vulva, períneo, região glútea, canal anal e mucosa da vagina. MMII. 
 Linfonodo de Cloquet: Cadeia profunda por onde passa quase toda a linfa da região, e que é afetado por 
todas as patologias da região. 
 
 Causas principais: Sífilis, uretrites, linfogranuloma venéreo, cancro de Duckey 
 Zooparasitoses e dermatoses (Tinea curis e pedis, pediculose pubiana) 
 Metástase do pênis, vulva, pele de escroto, canal anal, pele 
 Linfomas 
 Infecções inespecíficas, pós-traumáticas, tifo exantemático, leptospirose, doença da 
arranhadura do gato. 
 
 
Linfadenomegalia abdominal 
 O diagnóstico de suas alterações é muito difícil nas fases iniciais do desenvolvimento da afecção que os 
comprometa. 
 Ao exame físico só serão detectados quando atingirem volume considerável, a ponto de poderem ser 
palpados através da parede abdominal. 
 Podem produzir uma série de sinais e sintomas indiretos. 
 
 Sinais e sintomas: Desconforto abdominal 
 Febre 
 Dor abdominal e dorso-lombar 
 Edema de MMII 
 Icterícia 
 Alterações urinárias 
 Ascite 
 Constipação e obstrução intestinal 
 
 Principais causas: Infecções (linfadenite mesentérica, secundária e tuberculose) 
 Metástase de tumores dos órgãos abdominais 
 Neoplasias primarias dos linfonodos 
 
 
 
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Edema 
 Tumefação 
 Expansão do volume do componente extravascular do liquido extracelular 
 No tecido nervoso é disfunção da bomba de Na/K 
 Pode ser localizado ou generalizado 
 O acumulo pode se dar no tecido subcutâneo, na intimidade de órgãos e nas cavidades pré-formadas do 
corpo (hidrotórax, ascite, hidropericárdio, hidrocele, hidrartrose, etc.) 
 Edema subcutâneo: Intumescimento das partes atingidas 
 Tendência ao arredondamento das formas 
 Perda do pregueamento cutâneo. 
 Pele brilhante e rompe-se com facilidade 
* Locais de maior proeminência óssea produz-se uma depressão na pele por digitopressão chamada “sinal do 
cacifo” ou de Godet. 
 
 A coexistênciade processo inflamatório fará com que a pele se apresente hiperemiada e quente, ou 
pálida e fria. 
 Do ponto de vista do paciente: um anel se tornou muito apertado, a dificuldade para calçar sapatos, 
mais evidente ao final da tarde, ou ganho de peso. 
 Identificação de acumulo de liquido no interior de órgãos ou cavidades = uso de exames complementares 
ou procedimentos: Punções diagnósticas (toracocentese, paracentese, punção articular) que permitem 
comprovar a presença de liquido e determinar sua natureza (transudato ou exsudato). 
 No edema generalizado: o controle do peso é muito importante. 
 
Importância Clínica 
 A importância clínica do edema reside, sobretudo, na identificação das causas. 
 Em alguns casos pode, na dependência de sua localização, interferir em processos fisiológicos essenciais: 
Edema cerebral = Herniação intracerebral 
 Edema pulmonar = Insuficiência respiratória 
 Angioedema = Asfixia mecânica 
 Derrame pericárdico = Tamponamento cardíaco 
 Derrame pleural = Colapso pulmonar 
 Ascite = Compressão diafragmática 
 
 
 
 
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Patogênese 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Mais de 95% do sódio corporal e dos ânions associados situam-se no extravascular. 
 A albumina e outras macromoléculas estão contidas, no compartimento intravascular. 
 As forças que regulam a disposição de líquido entre os dois componentes (intravascular e intersticial) do 
compartimento extracelular são denominadas Leis de Starling e dependem de: 
 Gradientes de pressão que atuam através do endotélio capilar 
 Área de superfície disponível para a transferência de líquido 
 Permeabilidade da parede capilar às proteínas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Na extremidade arteriolar predominam as forças de filtração (Pc e Poi) e na extremidade venular a 
reabsorção se faz pela predominância da Pi e Pop. 
 Os gradientes de pressão hidrostática e oncótica determinam a fuga de cerca de 20 litros/dia para o espaço 
intersticial e a reabsorção de cerca de 18 litros/dia de volta para o intravascular. Os restantes 2 litros são 
removidos pelos vasos linfáticos. 
 Os vasos linfáticos podem aumentar seu fluxo de 10 a 50 vezes, sempre que houver tendência ao acúmulo 
de líquido no interstício. O aumento do fluxo linfático e a “lavagem” das proteínas do interstício 
funcionam como fatores de segurança capazes de impedir, ou pelo menos, dificultar a formação do 
edema. 
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 O mecanismo básico que determina a formação do edema consiste em alterações das forças de Starling 
que atuam na microcirculação. 
 Aumento da filtração na extremidade arteriolar 
 Diminuição da reabsorção na extremidade venular 
 Bloqueio da drenagem linfática 
* O desequilíbrio das forças de Starling explica, por si só, as formas localizadas de edema, mas não as 
generalizadas. 
* Para explicar o generalizado impõe-se um balanço positivo (primário ou secundário) de sódio a água, mediado 
por complexos mecanismos neuroendócrinos e tendo o rim como órgão efetuador. 
 
Classificação 
 O desequilíbrio das forças de Starling explica, por si só, as formas localizadas de edema, mas não as 
generalizadas 
 Há quem os classifique a partir da provável patogênese do acúmulo de líquidos: 
 Aumento da pressão hidrostática capilar 
 Diminuição da pressão oncótica do plasma 
 Aumento da permeabilidade capilar 
 Bloqueio da drenagem linfática 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Edema na ICC 
 Inicia-se geralmente ao nível dos tornozelos, na região maleolar interna 
 Adquire caráter ascendente 
 Pode chegar até à raiz das coxas e se generalizar, associando-se a derrames nas cavidades serosas e 
configurando um quadro de anasarca. 
 Predomina nos MMII por obedecer à ação da gravidade, sendo mais acentuado ao entardecer e 
diminuindo à noite, com o repouso no leito. 
 É um edema mole, frio, indolor e que se associa a outras manifestações próprias da ICC: 
 Dispnéia e ortopnéia 
 Tosse noturna 
 Taquicardia 
 Congestão hepática 
 Creptação pulmonares 
 Ritmo de galope pré-sistólico (terceira bulha) 
 
 
 
 
 
 
 
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Edema nas nefropatias 
 Proteinúria maciça = hipoalbuminemia = redução da pressão oncótica do plasma = aumento da fuga de 
líquido para o interstício = diminuição do volume circulante efetivo = retenção hidrossalina. 
 A retenção hidrossalina exterioriza-se clinicamente pelo edema, persistindo a proteinúria, o líquido 
retido, no sentido de restabelecer o volume circulante efetivo, não pode ser mantido dentro do 
compartimento vascular. 
 O edema da síndrome nefrótica costuma ser mais evidente nas pálpebras e na face e tende a ser mais 
intenso pela manhã. 
 Na síndrome nefrítica aguda (GNDA), o edema acompanha-se de hematúria e hipertensão arterial. 
 O edema resulta sobretudo da retenção primária de sódio e água que acompanha a redução do rítmo de 
filtração glomerular. 
 Na insuficiência renal aguda e crônica avançada o edema é muito expressivo e deve-se ao balanço 
hidrossalino positivo que ocorre sempre que a ingestão excede a capacidade de excreção renal. 
 No caso da IRC avançada, podem contribuir também para o edema a descompensação cardíaca, a anemia 
e a hipoproteinemia secundária ao mau estado nutricional dos pacientes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
Edema nas Hepatopatia 
 
Edema Nutricional 
 
 
 
Gastroenteropatias 
 
 
Edema da Gravidez 
 
 
 
Edema Idiopática 
 
 
 
Edema por Estase Venosa 
 
 
 
Trombose Venosa Profunda 
 
 
Sindrome da cava superior 
 
 
25 
 
Edema Linfático – Linfedema 
 
 
Edema Inflamatório 
 
 
Angioedema 
 
 
 
Edema Pulmonar

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