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Contestação c/c Pedido Contraposto

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Fábio Jr. Cardoso – OAB/PR: 74.036 Eduardo T. Lipreri – OAB/PR: 74.043
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUÍZ SUPERVISOR DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE MARMELEIRO - ESTADO DO PARANÁ
JACKSON DEIVID VEIGA, já qualificado nos autos de processo eletrônico de número 0000226-33.2017.8.16.0181, por seu procurador legalmente habilitado, que ao final subscreve, vem, a Vossa Excelência, apresentar: 
 CONTESTAÇÃO C/C PEDIDO CONTRAPOSTO
Apresentada em face de 
CLAUDINEI BOENO ACCO, já qualificado, pelos fundamentos de fato de direito a seguir delineados: 
I – DOS VÍCIOS OCULTOS
O autor socorre-se deste Juizado como forma de compelir o requerido a proceder o pagamento da importância de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) referente ao inadiplemento das prestações da compra de Chevrolet Kadett 1.8, modelo 1997, o qual era de propriedade do autor.
No que tange a ocorrência do inadimplemento, o réu deixou de pagar as prestações que haviam sido acordadas entre as partes em um contrato verbal, isso se deve aos gastos inesperados provenientes de problemas na parte mecânica do veículo, especificamente no motor do mesmo. Além disso, o réu também teve de arcar com multas que o veículo possuía, estas, não eram de resposabilidade do réu, pois as mesmas são de datas anteriores a compra do veículo, sendo assim, as multas seriam de responsabilidade do autor.
O autor em audiência de Conciliação assumiu o conhecimento de tais problemas mecânicos, tal afirmação inclusive resta comprovada na ata da referida audiência. Contudo, no momento da venda o mesmo absteve do comprador as informações.
Sendo assim, vejamos oque os entendimentos juridicionais dizem acerca de tal assunto:
APELAÇÃO CÍVEL - RESSARCIMENTO - COMPRA E VENDA - VEICULO - RESPONSABILIDADE CIVIL - VÍCIO REDIBITÓRIO EM AUTOMÓVEL USADO - RESSARCIMENTO VALORES CONSERTO - POSSIBILIDADE - DANO MORAL - CONFIGURAÇÃO - O vício existente no motor do veículo não é daqueles facilmente visíveis, eis que se trata de defeito que somente profissional com capacidade técnica em mecânica poderia constatar, e que foge à atenção do homem médio. - Não obstante o veículo não ser novo, era preciso que se garantisse um mínimo de funcionamento, pelo que não há como se excluir a responsabilidade do vendedor pelos vícios ocultos que se constataram após a aquisição, ainda mais quando se deixa de informar falhar e/oudefeitos existentes. - Verificado tratar-se de vicio oculto e de responsabilidade da vendedora, e tendo o comprador promovido o conserto, a restituição do valor é medida que se impõe - Restando configurado o vicio e o dever de reparar o fato da negativação com a necessidade de paralisação do veiculo adquirido para trabalho é gerador de dano moral.(TJ-MG - AC: 10702110261519001 MG , Relator: Alexandre Santiago, Data de Julgamento: 26/03/2014, Câmaras Cíveis / 11ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 31/03/2014)
Ora, não há como se atribuir qualquer responsabilidade ao réu pelo inadimplemento, haja vista que foi o autor foi quem negligenciou essas informações, de suma importância, no momento da venda.
Neste sentido, cumpre colacionar o que o Código Civil relata sobre o caso apresentado, vejamos:
Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.
Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento no preço.
Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato.
Art. 444. A responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa pereça em poder do alienatário, se perecer por vício oculto, já existente ao tempo da tradição.
Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade.
§ 1o Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis.
Com efeito, como será apresentada através de prova documental anexada e também testemunhal, a qual será apresentada em audiência, o Réu comunicou o autor que não pagaria mais as prestações devido o gasto que obteve. 
Consta também que um dos gastos inesperados obtidos pela parte ré, foi causado pelo autor em uma das conversas que ambos tiveram, quando este chutou a porta do Kadett, tendo que levar o carro até uma funilaria para conserto (notas em anexo). 
ANTE O EXPOSTO, requer-se seja julgado improcedente o pedido do autor, tendo em vista as provas trazidas aos autos, bem como aquela que se produzirá em audiência.
II - DO PEDIDO CONTRAPOSTO
Com efeito, o réu teve que desembolsar a importância de R$ 4.187,25 (quatro mil cento e oitenta e sete reais e vinte e cinco centavos) à título de gastos com a repintura lateral, concerto do motor e multas atrasadas do automóvel.
Como se não bastasse, no período em que foram feitas as reparações no automóvel o réu ficou impossibilitado de utilizar o veículo, o qual servia de meio de transporte até o trabalho e demais afazeres da vida cotidiana. 
Neste diapasão, conforme se depreende dos documentos anexos a parte ré requer que sejam devolvidos os valores gastos com o conserto do veículo, gastos esses que poderiam ser evitados se o autor tivesse sido honesto com o réu na hora de fazer o negócio, forma essa que também não resultaria no inadimplemento do réu.
FACE AO EXPOSTO, reiterando-se no contraposto as argumentações de mérito relatadas em contestação, requer-se a procedência do mesmo, condenando o autor no pagamento de R$ 4.187,25 (quatro mil cento e oitenta e sete reais e vinte e cinco centavos a título de gastos obtidos com o veículo e multas atrasadas. Além do recebimento
III) DOS PEDIDOS
Recebimento da presente contestação assim como seu processamento, e juntada das provas em anexo;
requer-se seja julgado improcedente o pedido do autor, tendo em visto vício redibitório de difícil comprovação no veículo, que resta provado nos documentos em anexo, bem como naquelas provas que se produzirão em audiência;
requer-se a procedência do pedido contraposto, condenando o autor ao pagamento de R$ 4.187,25 (quatro mil cento e oitenta e sete reais e vinte e cinco centavos).
Nos termos, pede-se deferimento.
Francisco Beltrão-PR, 12 de Maio de 2017.
XXXXXXXXXXXXXXX
OAB/PR XXXXXX
Rua Vereador Romeu Lauro Werlang, 1 0 5 6, Centro – Francisco Beltrão – PR – CEP: 8 5 . 6 0 1 – 0 2 0
Telefone: ( 4 6 ) 3 0 5 5 – 2 3 8 6

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