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Princípios básicos para a DIAGRAMAÇÃO de impressos gráficos em arquitetura e urbanismo Projeto 9 Maurício Couto Polidori e Ana Paula Neto de Faria DIMENSÃO E PROPORÇÃO DA PEÇA GRÁFICA Muitas vezes as dimensões da peça gráfica são definidas pelo meio de veiculação (se a mídia de destino é a web, o Powerpoint, etc.) ou são pré- estabelecidas pela comissão organizadora do evento/concurso ao qual a apresentação se destina. Nestes casos resta adequar o conteúdo ao tamanho e formato pré-definido. Quando existe escolha, as dimensões da peça gráfica dependem da sensação que se pretende passar e das exigências ditadas pelo conteúdo a ser exposto. Formatos excessivamente grandes ou com uma das dimensões exageradas podem tornam-se difíceis de serem lidos e devem ser pensados em função do modo como ficarão expostos para o observador. Retângulos áureos são considerados agradáveis e de fácil estruturação compositiva: proporção 5 : 3 proporção 3 : 2 O formato quadrado deve ser evitado por dificultar uma hierarquia de leitura – a não ser quando isto é intencionalmente planejado: Formatos menos comuns podem ser utilizados para criar surpresa e sensação de novidade, mas requerem um planejamento compositivo adequado. formato A dividido ao meio pela menor face COMPONENTES DA PEÇA GRÁFIACA As peças gráficas são compostas por elementos diversos responsáveis pela veiculação das informações. As informações dizem respeito tanto ao conteúdo explicitamente inserido, quanto às sensações e impressões mais subjetivas resultantes das características fisiológicas e culturais da percepção humana. Todos os aspectos informacionais devem ser alvo de consideração na definição das características dos componentes da peça gráfica. Tipografia A tipografia a ser empregada deve ser escolhida com base no efeito que produz na peça gráfica. O tipo adotado deve refletir a natureza do conteúdo. Uma peça gráfica pode se utilizar de mais de um tipo de fonte, no entanto o uso de muitos tipos pode gerar um layout confuso e falta de unidade. Ao usar mais de um tipo, as diferenças entre tipos devem ser evidentes. A arte de amar Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma. A alma é que estraga o amor. Só em Deus ela pode encontrar satisfação. Não noutra alma. Só em Deus — ou fora do mundo. As almas são incomunicáveis. Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo. Porque os corpos se entendem, mas as almas não. Manuel Bandeira A arte de amar Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma. A alma é que estraga o amor. Só em Deus ela pode encontrar satisfação. Não noutra alma. Só em Deus — ou fora do mundo. As almas são incomunicáveis. Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo. Porque os corpos se entendem, mas as almas não. Manuel Bandeira Títulos, palavras-chaves e outros elementos especiais podem assumir formatações mais livres, onde o que interessa é a idéia/conceito vinculado ao tipo escolhido e seu modo de inserção na composição. efeitos realizados no Photoshop tutoriais em: http://www.antsmagazine.com/2009/03/101-top-photoshop- typography-tuts/ Textos requerem cuidados especiais na escolha da fonte levando em consideração principalmente sua facilidade de leitura: Legibilidade da fonte Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo Contraste adequado com o fundo (cor e claridade) Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo Tamanho - levar em consideração a distância de leitura para o observador Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo Espaçamento entre linhas Evitar o uso de itálico Já que se há de escrever, que pelo menos não se esmaguem com palavras as entrelinhas. Clarisse Lispector Já que se há de escrever, que pelo menos não se esmaguem com palavras as entrelinhas. Clarisse Lispector Já que se há de escrever, que pelo menos não se esmaguem com palavras as entrelinhas. Clarisse Lispector Já que se há de escrever, que pelo menos não se esmaguem com palavras as entrelinhas. Clarisse Lispector Evitar larguras excessivas nas colunas de texto Não fazer textos totalmente em maiúsculas Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana. Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de idéias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso. Fernando Pessoa ESCREVER É ESQUECER. A LITERATURA É A MANEIRA MAIS AGRADÁVEL DE IGNORAR A VIDA. A MÚSICA EMBALA, AS ARTES VISUAIS ANIMAM, AS ARTES VIVAS (COMO A DANÇA E A ARTE DE REPRESENTAR) ENTRETÊM. A PRIMEIRA, PORÉM, AFASTA-SE DA VIDA POR FAZER DELA UM SONO; AS SEGUNDAS, CONTUDO, NÃO SE AFASTAM DA VIDA - UMAS PORQUE USAM DE FÓRMULAS VISÍVEIS E PORTANTO VITAIS, OUTRAS PORQUE VIVEM DA MESMA VIDA HUMANA. NÃO É O CASO DA LITERATURA. ESSA SIMULA A VIDA. UM ROMANCE É UMA HISTÓRIA DO QUE NUNCA FOI E UM DRAMA É UM ROMANCE DADO SEM NARRATIVA. UM POEMA É A EXPRESSÃO DE IDÉIAS OU DE SENTIMENTOS EM LINGUAGEM QUE NINGUÉM EMPREGA, POIS QUE NINGUÉM FALA EM VERSO. FERNANDO PESSOA Evitar a colocação de textos sobre fundos com variações de cor, claridade e textura Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa. Guimarães Rosa Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa. Guimarães Rosa Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa. Guimarães Rosa Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa. Guimarães Rosa Estilos sem serifa são mais limpos e precisos, criam caixas de texto com pouca variação de textura. Transmitem sensações de credibilidade e confiança. (e.g. Ariel) O Tipo a ser escolhido deve ser apropriado ao conteúdo informativo da peça gráfica. Estilos tradicionais e mais antigos com letras largas e arredondadas são considerados familiares e confortáveis. Passam uma idéia de algo estabelecido e convencional. (e.g.fonte Courier) Estilos mais modernos, com contrastes maiores de fino/largo são mais enfáticas, criam uma caixa de texto com maior variação de textura e provocam tanto atenção quanto ansiedade. (e.g. Times New Roman) As imagens representam, em geral, a maior massa de peças gráficas para a arquitetura e urbanismo. Incluem desenhos, mapas, fotografias e elementos híbridos que podem apresentar pesos na composição bastante distintos. Desenhos técnicos tendem a apresentar menos peso ou massa que mapas e fotografias. E estas últimas têm seu peso definido em função da cor, extensão da superfície colorida e nívelde detalhe empregado. Imagens A inserção das imagens na peça gráfica depende da estrutura compositiva adotada e da importância relativa que a imagem tem para o conteúdo abordado. No entanto, alguns princípios básicos devem ser observados: Garantir a legibilidade e destaque da imagem em relação ao fundo A inserção das imagens na peça gráfica depende da estrutura compositiva adotada e da importância relativa que a imagem tem para o conteúdo abordado. No entanto, alguns princípios básicos devem ser observados: Garantir a legibilidade e destaque da imagem em relação ao fundo contraste ruim contraste adequado contraste ruim contraste adequado Adequar o tamanho ao detalhamento Linhas, pontos, setas e outros grafismos auxiliares Elementos auxiliares podem ser colocados na composição de modo a criar ênfases em locais específicos, direcionar o olhar do observador, relacionar informações, dividir assuntos ou para organizar o conteúdo da peça gráfica. Sombras Sombras podem ser adicionadas aos diversos elementos que compõem a peça gráfica como recurso para simular profundidade e sobreposição. A luz é usualmente percebida como tendo uma origem acima do observador. Assim, o uso de sombras normalmente segue este entendimento: sendo colocada para baixo e a esquerda. Textos também são textos Sombras Sombras podem ser adicionadas aos diversos elementos que compõem a peça gráfica como recurso para simular profundidade e sobreposição. A luz é usualmente percebida como tendo uma origem acima do observador. Assim, o uso de sombras normalmente segue este entendimento: sendo colocada para baixo e a esquerda. Textos também são textos Quando a sombra é empregada em elementos lineares o sentido da sombra tende a produzir a sensação de elevação se aplicada no modo tradicional e a produzir a sensação de ranhura se aplicada no sentido contrário. Outra possibilidade de uso da sombra é com a direção determinada por uma área iluminada dentro da peça gráfica, como se a mesma irradiasse luz. Fundo O fundo da peça gráfica pode ser definido como uma base neutra ou como elemento ativo na composição. São consideradas bases neutras fundos cromáticos ou acromáticos em uma única cor. O fundo pode apresentar gradientes de cor. O fundo também pode apresentar figuras abstratas que ajudam a definir zonas de informações afins ou relacionadas. O fundo pode se utilizar de imagens vinculadas ao conceito de projeto, a temática, ao local de intervenção ou solução adotada. Palheta cromática A palheta cromática possui um importante efeito no layout de peças gráficas. Define muito do impacto que será observado. A cor tem valores simbólicos e pode ser utilizada para dar o “clima” ou atmosfera do trabalho. Por isso é importante definir a palheta de cores a ser utilizada. A palheta cromática deve levar em consideração as cores que não podem ser modificadas dos componentes como imagens de satélite, fotografias, elementos que seguem regras cromáticas, etc. A palheta pode ser formada com base em diferentes critérios de agrupamentos harmônicos. O importante é ter claro o efeito gerado em função da proporção entre cores e do comportamento visual e psicológico das mesmas. Exemplos de sistemas cromáticos Os círculos de cores são organizados tendo em conta três atributos: Matiz Claridade Saturação As cores são afetadas pela extensão da superfície ocupada e pela proximidade com outras cores. Cores próximas ou análogas tendem a se fundir enquanto cores opostas tendem a se reforçar mutuamente. Por isso a importância de planejar a disposição e quantidade das cores na peça gráfica. Exemplos de combinações básicas utilizando o circulo das cores: Exemplos de combinações por contraste: Exemplos de combinações por nuance: Exemplos de palhetas cromáticas: Erros freqüentes no uso das cores: Cores com alto valor de saturação tendem a se espalhar visualmente nas regiões circundantes. O resultado é que as bordas ficam borradas e indefinidas – um problema significativo quando se trata de elementos finos. Este efeito é mais forte em cores onde o vermelho está presente ou quando as cores do entorno são de baixa saturação. Combinações de cores adjacentes que variam somente pela matiz também criam efeitos de bordas imprecisas. Isto se deve a que o sistema visual determina as bordas pela percepção de claro/escuro. Para serem vistas devem variar tanto em matiz quanto em claridade. O azul constitui uma exceção: independente da claridade ele sozinho não consegue contribuir para a definição dos contornos. A cor azul também apresenta problemas para ser observada em detalhes e componentes muito pequenos ou finos. Cores dão a impressão de avançar e recuar no espaço. Quando se trabalha com sobreposições de elementos esta característica deve ser levada em conta. Cores dão a impressão de avançar e recuar no espaço. Quando se trabalha com sobreposições de elementos esta característica deve ser levada em conta. Cores vibrantes e saturadas devem ser usadas com moderação. Excessos criam cansaço e distraem o observador, principalmente quando combinações complementares são usadas. A BASE DA ESTRUTURA COMPOSITIVA A repartição do espaço da peça gráfica e o modo de inserir os elementos da composição devem levar em consideração os aspectos da visão humana. Existem diversas regras que servem para definir a estrutura de base para a composição de uma peça gráfica. Estas regras valem tanto para a peça como um todo quanto para as imagens (fotografias e desenhos) inseridos na mesma. Orientação horizontal e vertical Tanto a peça gráfica quanto as informações nela dispostas podem ser colocadas de modo a ter uma leitura estruturada de modo horizontal ou vertical. Orientações horizontais passam mais a idéia de estabilidade, força e repouso. Orientações verticais sugerem elegância, ênfase e ânimo. Peça gráfica horizontal com organização horizontal Peça gráfica vertical com organização vertical Peça gráfica horizontal com organização vertical Peça gráfica vertical com organização horizontal Os pontos de interesse ou “ponto de ouro” A regra dos terços é uma ferramenta de composição que se utiliza da noção de que as composições mais interessantes são aquelas em que os elementos principais estão fora do centro. Define como princípio que os centros de interesse ficam nas linhas que dividem a peça em três partes iguais. A regra dos terços Qual destas fotografias parece melhor enquadrada? Centro ótico Centro matemático Centro ótico O centro ótico é o centro visual de uma página. Fica localizado acima e a esquerda do centro matemático da folha. Este é o local onde a visão naturalmente se foca ao observar uma peça gráfica. O centro ótico pode ser alterado em função do direcionamento dado pelos componentes da composição. Objetos que orientam a atenção para a direita deixam o centro óptico situado acima do matemático e para a esquerda. Objetos que orientam a atenção para a esquerda mudam o centro óptico para a direita. Esta solução contradiz a tendência natural da visão humana e, com isso, cria tensões. Sentido de leitura Estrutura Fundamental 1 Estrutura Fundamental 2 Estrutura Fundamental 3 Sistemas de ordenamento baseados no centro de visão: O sistema de ordenamento em grelha baseia-se no alinhamento e na divisão matemática da página, levando em consideração, ou não, a regra dos terços. Organizao conteúdo de uma peça gráfica por meio de uma combinação de margens, guias, linhas e colunas. É muito utilizado quando existe a presença de textos na composição. A grelha geratriz não precisa ficar explícita no produto final. Uma vez estabelecida a estrutura em gelha, a mesma pode ser quebrada onde e quando se achar adequado. A ocupação de duas ou mais colunas em determinados pontos, eliminação ou ampliação das margens em locais específicos estão entre os exemplos de quebra da grelha. O ordenamento em grelha Grelha regular Grelha regular Grelha com ocupação irregular ORGANIZAÇÃO DOS COMPONENTES Existem princípios básicos que podem ajudar na organização dos componentes a serem incorporados na peça gráfica. São critérios que ajudam a definir o arranjo a ser dado aos componentes na composição. Determinam a efetividade da mensagem vinculada e muito da agradabilidade da composição. Estes princípios são concepções que servem como apoio para a comunicação do tema da composição. Como tais podem ser aplicados a cada elemento do design ou à composição como um todo. Não existem soluções únicas. A aplicação destes princípios requer o desenvolvimento de habilidades específicas de consciência visual que permitem uma análise crítica das estruturas presentes na informação visual e seus princípios ordenadores. Os componentes da página devem estar visualmente conectados. Nada deve estar posicionado de modo arbitrário. Quando os elementos estão alinhados eles se conectam entre si, mesmo quando espacialmente separados. O uso de alinhamento ajuda a criar ordem, equilíbrio e unidade na composição. O modo como o texto e os componentes são alinhados em relação a página e entre si pode tornar o layout mais fácil ou difícil de se ler. Torna a composição familiar ou traz sensações de novidade a composições tradicionais. Alinhamentos podem ser quebrados intencionalmente para criar tensões ou direcionar as atenções para um elemento específico na página. Alinhamentos pelo centro devem ser usados com cautela. A mistura de diversos tipos de alinhamento pode gerar um aspecto confuso. Alinhamento Alinhamento simples Alinhamento em curva Alinhamento com contraponto gráfico Alinhamento com quebras Alinhamento com quebras Proximidade A distância entre elementos sugere a relação ou falta de relação entre estes. Quando um conjunto de elementos gráficos estão próximos espacialmente uma relação entre eles é criada. Se os elementos estão coerentemente posicionados eles se conectam para formar uma unidade, gerando uma hierarquia visual dentro da estrutura compositiva da peça gráfica. Itens relacionados ou de uma mesma natureza devem ser agrupados. Ao agrupar os elementos afins, estas informações se tornam unidades visuais, facilitando a compreensão e provendo o observador com pistas do ordenamento das informações. Deve-se evitar o uso de espaçamentos iguais entre elementos que não fazem parte de um mesmo conjunto. Unidades visuais criadas por proximidade Unidades visuais criadas por proximidade e elementos de união A composição deve levar em conta a relevância das informações e posicioná-las de modo a direcionar a atenção do observador para os elementos mais significativos. A estrutura da composição deve criar pontos focais e compatibilizar a hierarquia visual criada com a relevância das informações. A manipulação consciente de escala e cores define o peso visual dos elementos e pode ajudar a criar a hierarquia visual desejada. Hierarquia Visual Hierarquia visual por escala dos componentes Hierarquia visual por escala e cor Hierarquia visual por introdução de elemento gráfico e cor Profundidade visual Profundidade visual é a simulação de distância em profundidade numa superfície plana. A profundidade visual é utilizada para indicar a importância de uma informação ou sugerir progressão temporal das informações. Existem diversos modos de indicar profundidade, entre estes: Tamanho – elementos maiores aparentam estar mais próximos. Sobreposição – os elementos que encobrem parcialmente outros aparentam estar na frente dos demais. Contraste, claridade, brilho, textura – incremento sem qualquer destas características fazem o objeto parecer mais próximo. Sombra – seu uso descola o elemento do fundo. Profundidade visual por sobreposição, textura e cor Destaque se refere ao ponto focal ou centro de interesse de uma composição. A área que é visualmente dominante. A geração de destaque deve estar associado a hierarquia visual definida na composição e pode ser usada para estabelecer um foco principal e definir ênfases secundárias em outras áreas. As áreas de destaque de uma composição devem ser planejadas com intencionalidade. O destaque é atingido por se conseguir separar visualmente um dado componente dos demais. Pode-se gerar um ponto de destaque na composição por contraste em escala, cor, granulometria ou forma. Também pode ser gerado pela quebra na estrutura básica ou no ritmo visual da composição como um todo. Destaque Destaque por cor, escala e componentes gráficos Destaque por textura, cor, e posição Destaque por cor, repetição e posição Destaque por cor e posição Destaque por cor, escala e repetição Contraste ocorre quando dois elementos são fortemente diferenciados – quanto maior a diferença, maior o contraste. O uso do contraste é um modo de definir ênfases em elementos específicos da peça gráfica. A aplicação do contraste permite a criação de composições mais impactantes ou vibrantes. O elemento contrastante torna-se naturalmente o ponto focal que capta a atenção do olho. Para se conseguir um contraste o elemento a ser destacado deve ser fortemente diferenciado em termos de luminosidade ou claridade, por grupo cromático, forma, peso ou escala. A questão chave é o nível e a obviedade da diferenciação. O uso equivocado do princípio gera confusão visual. Contraste Contraste por cor Contraste por escala A repetição de elementos na composição pode ser usado para reforçar e dar clareza à informação. Repetição adiciona interesse visual e ajuda a identificar elementos que pertencem juntos. Pode ser considerado um modo de adicionar consistência e unidade visual ao layout. Os elementos repetidos podem ser a cor, a relação espacial, a forma, a textura, os espaços vazios ou a tipografia. As repetições podem se dar com elementos similares. O uso de repetição ajuda a simplificar e ordenar a composição. Repetições podem ser usadas para criar ritmos na composição. Repetição e Constância Repetição de formas, cores e espaçamentos Repetição no ordenamento Repetição de formas e cores A dinâmica da composição é obtida pelo arranjo dos elementos de modo a sugerir a sensação de movimento ou direcionamento. Criar uma composição dinâmica envolve o uso de padrões ou a repetição de elementos de modo intencional. O uso da dinâmica pode adicionar sensações, sugerindo placidez e tranqüilidade ou então atividade e energia. Rítmico – repetição uniforme - que cria previsibilidade e ordem. Arrítmico – ritmo intercalado - adiciona interesse visual na composição. Aleatório – sem uma definição estruturada ou ordem estabelecida - cria a sensação de espontaneidade. Direcional – uso dos elementos gráficos de modo a criar uma conexão visual que direciona o olhar de um modo particular. Dinâmica Dinâmica por repetição rítmica Dinâmica por repetição criando direcionamento Dinâmica por repetição arrítmica – desenhos e fotografias intercaladas As composições precisamde espaços vazios. Os princípios de composição numa peça gráfica estão baseados no controle dos intervalos entre elementos em termos espaciais – entre formas, tamanhos, cores, etc. Excessos de informação amontoados num espaço restrito criam dificuldades de leitura e são desconfortáveis. Adicionar espaços em branco cria locais de respiro na composição. Os métodos fundamentais de organizar intervalos em peças gráficas são: Repetição – uso de intervalos iguais de modo repetido, gerando previsibilidade e reforçando padrões. Harmônico – alternância ritmada, dando ênfase aos agrupamentos. Discordante – uso de intervalos contrastantes, maximizando as tensões geradas e reforçando o reconhecimento. Espaços vazios Espaços vazios repetidos Espaços vazios discordantes Unidade é referente a combinação de todos os componentes funcionando conjuntamente para alcançar um senso de harmonia e união. A unidade se refere tanto ao conjunto de regras compositivas aplicadas quanto aos elementos da peça gráfica. O princípio da unidade dita que tudo numa pagina deve estar visualmente conectado com outros elementos dando a sensação de completude, de um todo unitário. Unidade pode ser atingida pelo uso consistente dos elementos gráficos tais como a repetição, ritmo ou criação de padrões reconhecíveis. Outra possibilidade é o uso de um terceiro elemento para conectar os conjuntos de componentes. Este terceiro elemento pode ser o pano de fundo assim como o uso de figuras ou linhas que unem os diversos subgrupos da composição. Unidade Equilíbrio é o que dá estabilidade à composição. O equilíbrio visual é alcançado com a combinação de elementos opostos na estrutura da peça gráfica de modo a resultar em estabilidade visual. Equilíbrio pode ser atingido com o arranjo dos elementos de modo a que as diversas seções da peça gráfica apresentem o mesmo peso visual, dando fluidez à composição. O peso visual de um elemento é definido pelo seu tamanho, densidade e cor (onde principalmente o nível de claridade está associada ao peso). Equilíbrio mM m A presença de muitos elementos com pesos distintos dificulta o arranjo dos componentes de modo equilibrado. Uma opção é tentar reduzir as diferenças de peso entre elementos. Pode-se colocar intencionalmente os elementos fora de equilíbrio para criar tensões ou gerar certas sensações de dinâmica ou inquietação. As considerações sobre equilíbrio se aplicam a diversas noções conforme descrito a seguir. A simetria pode ser formal ou informal. A simetria formal se refere ao alinhamento dos componentes de modo igual ou similar em relação a um eixo horizontal ou vertical. A simetria informal diz respeito ao alinhamento dos componentes de modo desigual em relação ao eixo, mas mantendo um equilíbrio dos pesos visuais colocados em cada lado. O equilíbrio assimétrico diz respeito ao uso de pesos visuais distintos em cada lado do eixo. Direciona a atenção para um lado da composição. Equilíbrio simétrico e assimétrico Equilíbrio por simetria formal Equilíbrio por simetria formal Equilíbrio por simetria informal Equilíbrio por simetria informal Equilíbrio assimétrico O equilíbrio pode ser definido em relação ao centro ótico. Pode-se pensar num equilíbrio simétrico, com pesos iguais em todas as direções a partir do centro ótico. E também pode-se definir um equilíbrio assimétrico, com os elementos mais pesados concentrados junto ao centro ótico e mudanças de pesos na direção horizontal, vertical ou diagonal. A solução simétrica produz uma composição mais estável e calma, enquanto a solução assimétrica torna a composição progressivamente mais dinâmica conforme a direção dada seja horizontal, vertical ou diagonal. Equilíbrio ao redor do centro ótico Equilíbrio assimétrico em relação ao centro ótico Equilíbrio assimétrico em relação ao centro ótico Equilíbrio dos espaços cheios e vazios Pensar no equilíbrio entre espaços cheios e vazios é necessário quando existe uma quantidade significativa de espaços vazios na composição. Nestes casos somente as considerações sobre a distribuição dos pesos pela peça gráfica não garantem necessariamente um equilíbrio adequado. Para dar equilíbrio onde existe uma grande quantidade de espaço vazio é preciso amarrar os componentes da composição por meio de um fundo ou de elementos gráficos como linhas e figuras simples. Isto evita que os componentes pareçam flutuar sem rumo na composição. Sem equilíbrio de cheios e vazios Com equilíbrio de cheios e vazios Equilíbrio de cheios e vazios por meio de fundo e figuras Equilíbrio nas cores O equilíbrio nas cores é referente aos resultados alcançados na aplicação da palheta cromática. Para verificar o equilíbrio alcançado interessa tanto a combinação de matizes quanto a sua saturação, claridade e quantidade na composição. As palhetas escolhidas podem requerer ajustes em função do tamanho e distribuição dos elementos na peça gráfica. Em geral poucas cores dão melhores resultados que muitas cores. Muita cor – dá um aspecto mais infantil Quantidade menor de cores – aspecto mais equilibrado O equilíbrio nas cores é mais fácil de atingir quando a dinâmica cromática da palheta é minimizada. Mas palhetas mais dinâmicas criam efeitos mais memoráveis. Combinações de cores tornam-se menos dinâmicas na medida em que as combinações variam menos em matiz e dependem mais de nuances. Palheta mais dinâmica Palheta menos dinâmica Palheta pouco dinâmica Palheta pouco dinâmica Palheta pouco dinâmica Palheta com maior dinâmica Cores quentes avançam para a frente e chamam a atenção. Evocam reações dinâmicas e enfáticas. Cores frias recuam no espaço e adquirem o status de fundo, sugerem repouso, calma e tranqüilidade. Princípios básicos para a Slide Number 2 Slide Number 3 Slide Number 4 Slide Number 5 Slide Number 6 Slide Number 7 Slide Number 8 Slide Number 9 Slide Number 10 Slide Number 11 Slide Number 12 Slide Number 13 Slide Number 14 Slide Number 15 Slide Number 16 Slide Number 17 Slide Number 18 Slide Number 19 Slide Number 20 Slide Number 21 Slide Number 22 Slide Number 23 Slide Number 24 Slide Number 25 Slide Number 26 Slide Number 27 Slide Number 28 Slide Number 29 Slide Number 30 Slide Number 31 Slide Number 32 Slide Number 33 Slide Number 34 Slide Number 35 Slide Number 36 Slide Number 37 Slide Number 38 Slide Number 39 Slide Number 40 Slide Number 41 Slide Number 42 Slide Number 43 Slide Number 44 Slide Number 45 Slide Number 46 Slide Number 47 Slide Number 48 Slide Number 49 Slide Number 50 Slide Number 51 Slide Number 52 Slide Number 53 Slide Number 54 Slide Number 55 Slide Number 56 Slide Number 57 Slide Number 58 Slide Number 59 Slide Number 60 Slide Number 61 Slide Number 62 Slide Number 63 Slide Number 64 Slide Number 65 Slide Number 66 Slide Number 67 Slide Number 68 Slide Number 69 Slide Number 70 Slide Number 71 Slide Number 72 Slide Number 73 Slide Number 74 Slide Number 75 Slide Number 76 Slide Number 77 Slide Number 78 Slide Number 79 Slide Number 80 Slide Number 81 Slide Number 82 Slide Number 83 Slide Number 84 Slide Number 85 Slide Number 86 Slide Number 87 Slide Number 88 Slide Number 89 Slide Number 90 Slide Number 91 Slide Number 92 Slide Number 93 Slide Number 94 Slide Number 95 Slide Number 96 Slide Number 97 Slide Number 98 Slide Number 99 Slide Number 100 Slide Number 101 Slide Number 102 Slide Number 103 Slide Number 104Slide Number 105 Slide Number 106 Slide Number 107 Slide Number 108 Slide Number 109 Slide Number 110 Slide Number 111 Slide Number 112 Slide Number 113 Slide Number 114 Slide Number 115 Slide Number 116 Slide Number 117 Slide Number 118 Slide Number 119 Slide Number 120 Slide Number 121 Slide Number 122 Slide Number 123 Slide Number 124 Slide Number 125 Slide Number 126 Slide Number 127 Slide Number 128 Slide Number 129 Slide Number 130 Slide Number 131 Slide Number 132 Slide Number 133 Slide Number 134 Slide Number 135 Slide Number 136 Slide Number 137 Slide Number 138 Slide Number 139 Slide Number 140 Slide Number 141
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