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DIREITO PENAL

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DIREITO PENAL
12 – 08 – 2013
Bem jurídico: Dignidade Sexual
Alteração procedida pela lei 12015/09
Liberdade Sexual em sentindo amplo
Aumento de pena
- Antes da alteração o título era: Crime contra os costumes.
- Após a alteração: Crime contra a dignidade sexual
- Mudou a natureza
- Houve aumento de pena
*Crime de estupro – anterior
 Somente entre homem (autor) e mulher (vítima), com penetração do pênis na vagina.
*Crime de atentado ao pudor
 Poderia ocorrer tanto com homem como com mulher. Atualmente fundiu estes dois crimes, o homem tornou-se passível de estupro.
Estupro
Art. 213 – antigamente referia-se apenas à mulher, hoje se refere tanto a um quanto ao outro.
►Consumação – não cogita a introdução completa, a ejaculação e a satisfação sexual completa.
►Tentativa de estupro na modalidade conjunção carnal certamente já se passou pela consumação do ato libidinoso (ex: toque nos seios, obrigar o outro a se despir, etc.).
Obrigar uma pessoa a assistir um ato libidinoso não configura crime de estupro, pois não há envolvimento corpóreo desta vítima.
Dissenso da vítima é necessário para que haja configuração do estupro.
Grave ameaça pode ter natureza legal em alguns casos.
Ex. um policial usa de um mandado de prisão para constranger alguém a praticar o ato sexual. A natureza legal não muda a configuração da grave ameaça.
→ Fraude para obter consentimento não configura estupro.
→ Vários atos sexuais com a mesma vítima em um único momento configuram delito único. O STF é contra esta posição (HC 86110/SP).
→ Possível concurso de delitos e a continuação delitiva art. 71 CP. (ex. pai que abusa da filha durante anos).
→ Não é essencial que na conduta haja apenas intenção da satisfação sexual, pode ser também com a intenção de causa sofrimento na vítima.
→ Forma Omissiva – quando a pessoa quer que o resultado ocorra, vê acontecer e fica inerte à situação.
→ Conjunção exige um homem (ativo) e uma mulher (passivo).
14 – 08 – 2013
ESTUPRO DE VULNERÁVEL – ART. 217 A
Após alteração não deixou de ser uma presunção de estupro.
§ 1º - não basta ter enfermidade ou deficiência mental, é necessário discernimento para a prática do ato.
→ Vulnerabilidade - seja em razão da idade, ou estado ou condição da pessoa, diz respeito á sua capacidade de reagir à intervenções de terceiros quando no exercício da sexualidade.
*Vulnerável – abaixo de 14 anos.
*Enfermidade ou deficiência mental – não ter o necessário discernimento para o ato.
→ Quer por qualquer outra causa, não oferece resistência (ex. paciente sedada após intervenção cirúrgica).
→ Síndrome de down não é suficiente para torná-la incapaz, há pessoas deste tipo que podem casar.
VULNERABLIDADE:
Permanente - ex. incapacidade mental
Temporária – ex. ingestão de álcool/anestesia
Acidental – ex. ingestão acidental de álcool.
Não é necessário que o agente tenha causado a situação de vulnerabilidade, o simples fato de ele aproveitar da situação o torna estuprador.
No estupro de vulnerável não exige dissenso da vítima, o código protege o menor de 14 anos e os outros.
Pena: estupro – 6 a 10 anos.
 Estupro de vulnerável - 8 a 15 anos.
Tentativa de estupro de vulnerável é possível – é possível.
Se da conduta resulta morte, o resultado pode ser a título de dolo ou de culpa.
Resultado morte – pena de 12 a 30 anos.
19 – 08 – 2013
VIOLAÇÃO SEXUAL MEDIATE FRAUE – ART. 215
Art. 216 A – Assédio Sexual
Constranger ao estupro – é obrigar.
Constranger ao assédio – é embaraçar, ficar incomodada.
21 -08 – 2013
CORRUPÇÃO DE MENORES – ART. 218
Ação pública Incondicionada – assédio sexual contra vulnerável.
Art. 218 – Induzir alguém menor de 14 anos a satisfazer a lascívia de outrem.
Induzir – convencer alguém a um ato libidinoso
- Não exige o propósito específico de corromper.
- O ato em si, de satisfazer a lascívia de outrem, é a corrupção.
Dolo direto – tipo subjetivo.
Consumação – além da criação é necessário que se pratique o ato (maioria da doutrina). Criar somente a ideia (NUCCI).
Tentativa – possível.
Art. 240 e 241/ECA.
26 – 08 - 2013
Formas de Exploração Sexual
Turismo Sexual 
Pornografia
Tráfico
Art. 218B – submeter, induzir ou atrair.
Consumação – 
Ação Penal – pública Incondicionada.
Art. 225 – ação penal condicionada a representação. Título I e II.
Parágrafo Único – pública incondicionada contra menor de 18 e vulnerável.
(Há um erro no código, porém, considerar-se-á aplicação da pena incondicionada quando for contra menor e vulnerável).
Privada – o advogado dá início ao processo, e ao final o mesmo diz se representa contra o réu.
Representação – somente á vítima caberá a denúncia contra o acusado (crimes condicionado a representação somente no Título I).
Ação mediante queixa → ação privada (através de advogado)
Ação complexa – fere dois bens jurídicos
Súmula 608 do STF.
28 – 08 -2013
Estupra e causa morte sem intenção de matar (responde por estupro com aumento de pena).
Estupro e causa morte intencionalmente (responde por estupro + homicídio).
Art. 226 – Concurso de pessoas predomina a ideia de duas pessoas no momento/local do crime.
Ato Obsceno – art. 233 –Conduta Verbal não caracteriza.
Ação penal – pública incondicionada.
09 – 09 – 2013
CRIMES DE PERIGO 
Juízo de probabilidade que se funda na normalidade dos fatos, vale dizer, o que z usualmente costuma acontecer.
 *o perigo tem que voltar ao momento do fato.
*perigo é uma regra que baseia na experiência dos fatos (baseado na normalidade dos fatos). Ex. Você cortar 50 árvores da floresta Amazônica, não faz diferença, porém considerando que você e mais mil pessoas cortando 50 árvores, logo, logo se chegarão a um milhão de árvores cortadas.
Incêndio –art.250
Explosão – art. 251
Uso de Gás – art. 252
Crime de perigo abstrato e concreto. 
Abstrato –presume que é perigoso.
(ex. porte ilegal de arma de fogo é proibido).
Comum/Individual → para uma pessoa
 ↓
Para várias pessoas
O perigo é objetivo e subjetivo.
Como probabilidade de dano é uma situação objetiva. Mas a probabilidade embora sendo real, deve também, ser conhecida.
Crimes de perigo abstrato – arts. 269, 270, 282.
A diferença entre abstrato e concreto é que no abstrato é que no abstrato a lei presume o perigo.
Ex. exercício ilegal da profissão de médico é crime (é abstrato, pois causando ou não dano ao paciente, o agente será punido), para que este fosse real a lei deveria dizer: exercer ainda que a título gratuito a profissão de médico.....vindo a causar danos.
Incêndio é crime de perigo comum.
11 – 09 - 2013
Exercício ilegal da medicina.
Art. 282 – exercer medicina ilegalmente.
Além do Registro do Diploma no MEC e no CRM.
Exercer a profissão fora do domicílio registrado não configura exercício ilegal da profissão.
Ex. registrado co CRMG e exercer profissão em SP.
CHARLATARISMO
Art. 283 – meio secreto e infalível é elementar do crime.
Consumação – com ato de inculcar ou com o anúncio.
CURANDEIRISMO 
Cura por meio grosseiro sem conhecimento. Venda de ervas medicinais não é curandeirismo.
Ex. curar picada de cobra com água benta.
Médico não pode ser curandeiro, mas pode praticar charlatanismo.
Ação pública incondicionada.
25 – 09 – 2013
Quadrilha ou Bando – art. 288
Deve ter 3 ou + pessoas para configurar quadrilha.
Conceito – associarem –se mais de 3 pessoas, em quadrilha ou bando para o fim de cometer crimes.
Pessoas? Cabe inimputável, menor? Qual fim? Tem cometer crime? Quantos crimes? Pode ser contravenção?
Agravante - § único – a pena aplica-se em dobro, se a quadrilha ou bando é armado.
Todos devem estar armados? Ou quantos apenas devem estar armados? Que tipo de arma?
Quadrilha ≠ Concurso Eventual
Tem estabilidade,	ajustede vontades, aqui não há estabilidade.
permanência
Objetivo: Contravenção e crimes imorais → não é quadrilha, quadrilha exige crime.
Preterdolosos e culposos – não são quadrilhas.
Inimputável – Comparsa morto – Desconhecido não identificado → são contados na composição, porem no caso de desconhecido deve-se haver provas de haviam 4 elementos, não basta a presunção. O art. Fala em pessoas, mas não há distinção.
Os elementos da quadrilha não precisam se conhecer, mas devem saber da existência um do outro.
Consumação – no momento da associação. 
30 - 09 – 2013
CRIMES DE FALSIDADE
Falsidade grosseira não é crime.
Falso é o que tenta se assemelhar ao verdadeiro.
Falsidade pressupõe imitação da verdade.
Art. 289 – Moeda Falsa.
Moeda nacional e estrangeira/ no país ou fora.
Falsidade de Moeda ≠ Falsidade Documental
Atinge nº indeterminado 	 atinge um nº determinado de pessoas
de pessoas
Consumação – com a falsificação em si, não depende de passá-la, por em circulação.
Ação Penal – pública incondicionada.
Modalidade – não admite dolo eventual (assumi o risco de produzir o resultado).
02 -10 – 2013
FALSIDADE DOCUMENTAL
Deve ser papel escrito que contenha declaração juridicamente relevante. Ex.CNH, RG , diplomas, etc.)
Fitas Magnéticas – CDs, DVDs,....não se considera documentos, porém servem de provas.
Instrumento - já nasce para servir de prova do negócio realizado (contrato de compra e venda).
Papel pode servir de prova, mas não é idealizado (nasce) como tal.
Requisitos do Documento
- Forma escrita
- Autor determinado
- Conteúdo (deve ter manifestação de vontade)
- Relevância jurídica (não necessita que seja na língua pátria, desde que seja possível a tradução).
Xérox sem autenticação – não cabe processo a quem passou.
Documentos preenchidos a lápis não servem como documento
Falsidade Material – é também ideológica.
Falsidade material ≠ Falsidade ideológica
Cheque é um documento privado.
§2º - para efeitos penais, equiparam-se a documento público emanado de entidade paraestatal.
Falsificação da autenticação é pública.
Documento emitido pela igreja não é público. Igreja é órgão privado.
Tipicidade objetiva.
Natureza; fé pública.
Falsificação parcial ≠alteração.
28 – 10 – 2013
Matéria da Prova Final – a partir de moeda falsa – art. 289 até o final.
USO DE DOCUMENTO FALSO
Art. 304 – fazer uso de qualquer dos pápeis falsificados ou alterados, previstos nos arts. 297 a 302.
Pena – cominada no próprio crime.
- Quem responde pelo uso do documento falso? Quem usa. 
- E quando quem usa é a mesma pessoa que falsificou? Responderá esta por falsificação, pois este será o crime que cometeu primeiro.
- Trazer consigo é usar o documento? Não. Usar é apresentar o documento, servir-se dele enquanto documento para qualquer fim relacionado com o fato a que o documento se refere.
É uma norma penal em branco (tipo penal que não é completo, necessita de outra lei que a complemente).
Bem Jurídico – fé pública.
FALSA IDENTIDADE
Art. 307
- em proveito próprio ou para causar dano a outra pessoa;
- tanto pode ser uma identidade existente ou fictícia.
O que é a identidade? Podem ser consideradas outras qualidades ou condições próprias (estado civil, filiação, etc) ou se resume ao nome?
Há autores que dizem que sim, outros que não. Segundo o professor pode sim.
Pode ser verbal ou escrita.
O silêncio não configura. Se se nega a informar também não.
Se fornece identidade falsa para polícia – POLÊMICA. Discute-se neste caso o direito a autodefesa.
O preso que mente para não ser preso não comete crime de falsa identidade.
Tentativa é possível.
Ação penal pública incondicionada.
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Crimes Funcionais – funcionários públicos no exercício da função. 
Crime Próprio - quando tira a elementar deixa de ser crime.
Crime Imprópio - mesmo sem elementar continua sendo crime (peculato).
PECULATO
art. 312 – apropriar-se do bem público ou particular em razão do cargo, ou desviá-lo em proveito próprio ou alheio.
É necessário que seja em razão do cargo.
30- 10 -2013 
ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA (NOVA LEI)
Mudou o nome 
Quadrilha e bando → Associação criminosa
Alterou a quantidade de pessoas – era a partir de 4 → 3 ou +.
Art. 288 – associarem-se 3 ou mais pessoas par o fim específico de cometer crime.
CONSTITUIÇÃO DE MILÍCIA PRIVADA
Art. 288ª – constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão com finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos neste código.
Definir:
Milícia particular
Grupo
Esquadrão
Organização paramilitar
Art. 312
Funcionário Público → peculato
Elementar – apropriar-se ou desviar dinheiro ou bem móvel público ou particular em razão do cargo.
Prefeito não incide no art. 312. Ele tem lei própria, não tem peculato de desvio nem peculato de uso.
Peculato de furto – funcionário não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai ou concorre para que seja subtraído.
Se o funcionário utilizar o bem (infungível) e o devolve posteriormente, não haverá crime. Haverá improbidade.
Peculato de uso no bem fungível - existe crime 
Peculato de uso no bem infungível – não responde por peculato, mas sim incide o crime de improbidade administrativa.
Peculato culposo – quando não a dolo na ação do funcionário.
Concussão – exigir
Corrupção Passiva– solicitar ou receber 
Corrupção Ativa - o particular oferece vantagem
06 – 11 – 2013
PREVARICAÇÃO
Art. 319.
Prevaricar - retardar ato de ofício
 Deixar de praticar ato de ofício
 Praticar ato contra disposição expressa em lei (não cabe regulamento, portaria, decreto,...)
É um crime contra a administração praticada por funcionário. Se o ato praticado não for atribuição do servidor não configurará prevaricação.
Bem jurídico – normal funcionamento da administração pública.
É um crime doloso.
Forma omissiva e comissiva. A forma comissiva cabe tentativa.
Ação pública incondicionada.
Conceito de funcionário público (na esfera penal)
Art. 327- quem, mesmo que transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
Ex: mesário, jurado, estagiário no exercício da função, prefeito, vereador, ....
Engloba todos os gêneros de agentes por equiparação.
O funcionário do Banco do Brasil é considerado funcionário público.
Não são funcionários públicos – tutor, curador, inventariante...
Funcionário Público só se aplica na condição de sujeito ativo, não pode ser passivo.
Ex: funcionário do banco quando pratica ato de ofício ilegalmente, está na posição de sujeito ativo, porém quando é agredido verbalmente por um terceiro (cliente) não haverá o crime de desacato e sim injúria ou outros.
Prova: a partir do art. 289.
11 - 11 – 2013
Cai em prova – identificação do tipo penal.
- Crimes Cometidos por particulares contra a administração.
RESISITÊNCIA – art. 329 – opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo.
A resistência será admitida quando se tratar de um ato manifestamente ilegal.
Gestos provocantes, provocar ou xingar não configura resistência, poderá configurar desacato.
Consumação – no momento da prática da violência ou da ameaça.
DESOBEDIÊNCIA – desobedecer (não cumprir, não aceitar) ordem legal.
Pedido e solicitação – não é ordem.
Testemunha faltosa – configura crime de desobediência.
Pena administrativa ou civil não configura desobediência. Ex. jurado que não comparece recebe multa.
Consumação – no momento que deixa de agir.
13/ 11 /201
CORRUPÇÃO PASSIVA – art. 333
CORRUPÇÃO ATIVA - art. 317
DenunciaçãoCaluniosa – art. 339
Testemunha comete falso testemunho e não denunciação caluniosa.
18 – 11 – 2013
Falso testemunho

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