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Fenilcetonúria: aspectos gerais

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UFMG – COLTEC 
BIOLOGIA – Profa. CARMEN DE CARO 
GRUPO (301): Cristina Santos, Esther Iolanda, Julia Maria Alvarenga, Nayara Rufino. 
FENILCETONÚRIA 
Sinônimos: FNC, PKU, Doença de Fölling e Fenilcetonúria neonatal. 
Definição: Fenilcetonúria (FNC) é um erro inato do metabolismo, de herança autossômica recessiva, cujo defeito metabólico 
(geralmente na fenilalanina hidroxilase) leva a acúmulo de fenilalanina (FAL) no sangue e a aumento da excreção urinária de 
ácido fenilpirúvico e fenilalanina. Foi a primeira doença genética a ter um tratamento realizado a partir de terapêutica dietética 
específica. Trata-se de uma doença rara entre descendentes de africanos e comum entre descendentes de europeus. 
Prevalência: 1:5.400 na Irlanda, 1:11.000 nos USA, 1:15.000 no Brasil e 1:16.000 na Suíça. 
Histórico: A PKU foi descrita primeiramente em 1934 por Asbjorn Folling, um doutor norueguês. 
Uma mãe de duas crianças com deficiência no aprendizado, tendo uma 7 e outra 4 anos, contou para o Dr. Folling que a urina das 
meninas tinha um cheiro estranho. Esse fato levou o Dr. Folling a investigar as crianças em detalhes. Depois de obter um pouco 
de urina das crianças, ele adicionou à amostra um pouco de Cloreto Férrico. Este composto geralmente é utilizado para a 
determinação de corpos cetônicos em diabéticos. Normalmente, a solução ficava castanha quando há presença de corpos 
cetônicos, porém as amostras analisadas ficaram verdes. Usando os métodos da química orgânica, ele conseguiu isolar a 
substância da urina das crianças e finalmente identificou a anomalia como uma phenylketone. Devido a esse achado que deu-se 
nome de fenilcetonúria para a patologia. 
Fenilalanina (PHE) e Tirosina: A fenilalanina (PHE) é um aminoácido presente em todas as proteínas vegetais ou animais. O 
corpo humano necessita da fenilalanina, pois faz parte de todas as proteínas do corpo, porém não consegue sintetizá-la. Por isso é 
um componente essencial da nossa dieta diária. Uma pequena parte da fenilalanina que ingerimos é incorporada pelo organismo 
na síntese protéica, mas o excedente, que geralmente corresponde à maior parte, é convertido em outro aminoácido, a tirosina, por 
uma enzima produzida no fígado e denominada fenilalanina hidroxilase (PAH). A tirosina, por sua vez, além de ser utilizada na 
síntese protéica, é precursora de substâncias importantes como melanina, neurotransmissores e hormônios. 
Genética: A fenilcetonúria é uma doença autossomica recessiva. A doença ocorre devido à mutação de um único gene no 
cromossomo 12. Este gene - chamado PAH - contém instruções para a síntese da enzima fenilanalina hidroxilase (PAH). É uma 
doença muito heterogênea a nível molecular com mais de 500 mutações diferentes descritas. Mutações diferentes têm efeitos 
diferentes na enzima: algumas mutações mudam a forma da enzima, fazendo com que esta não reconheça mais a fenilalanina, 
outras mutações mudam a forma da enzima fazendo com que a ela trabalhe muito lentamente e existem também mutações que 
mudam a enzima de forma a deixá-la instável, acarretando na degradação da mesma. 
 Patogenia: O excesso de Phe no organismo: 
o É convertido, através de vias metabólicas secundárias, em fenilpiruvato, um metabólito tóxico pro cérebro. 
o Inibe das enzimas triptofano hidroxilase e tirosina hidroxilase, gerando uma queda na produção de dopamina e 
serotonina, contribuindo para um estado de retardo mental e distúrbios comportamentais. 
o Aumenta a produção de metabólitos como o fenilacetato que, quando excretada na urina, confere um cheiro forte 
característico de pacientes fenilcetonúricos. 
o Há a deficiencia de melanina. Um dos pré-cursores da melanina é a tirosina que, na fenilcetonúria, devido à deficiencia 
da fenilalanina hidroxilase é produzida em pequenas quantidades. 
Tratamento: A PKU é uma doença tratável. O tratamento consiste basicamente de uma dieta com baixo teor de FAL, porém com 
níveis suficientes deste aminoácido para promover crescimento e desenvolvimento adequados. Uma dieta isenta de FAL poderia 
levar à Síndrome da Deficiência. A fenilalanina é encontrada significantemente em leite, ovos e outros alimentos comuns, como 
todos os peixes, frango, arroz e feijão. Adoçantes com aspartame (nome comercial: NutraSweetÒ), ao serem metabolizados no 
corpo, produzem fenilalanina. Todos os produtos que contém aspartame devem ser evitados. 
Prevenção: Feito através de mapeamentos genéticos com médicos geneticistas é possível descobrir se os pais carregam o gene da 
PKU. Exames de amostras de vilosidades coriônicas podem ser realizados durante a gestação para determinar se o feto tem PKU. 
É muito importante que mulheres com PKU sigam rigorosamente uma dieta de baixa fenilalanina antes de engravidarem e durante 
a gestação, uma vez que o aumento dessa substância vai prejudicar o desenvolvimento do feto, mesmo que ele não tenha herdado 
o gene defeituoso. 
 
 
Referencias Bibliográficas: 
BIETE, Camila. Fenilcetonúria. Disponível em: <http://biobio-pku.blogspot.com.br/2008/10/o-que-fenilcetonria.html> . 
Acesso em: 30 Ago. 2014. 
Bioquímica da nutrição. Fenilcetonúria. Disponível em: 
<http://bioquimicanutricao.blogspot.com.br/2010/08/fenilcetonuria.html>. Acesso em: 31 Ago. 2014. 
CHEMELLO, Emiliano. Fenilcetonúria. Disponível em: <http://www.quimica.net/emiliano/fenilcetonuria.html>. Acesso 
em: 30 Ago. 2014. 
GONÇALVES, Vivian S.; FERREIRA, Thelma R.; LASSMAR, Bruno. Fenilcetonúria: abordagem reflexiva e 
transdiciplinar no programa de genética para cursos de nutrição.Disponível em: 
<http://www.ibb.unesp.br/Home/Departamentos/Educacao/Simbio-
Logias/fenilcetonuria%20Abordagem%20reflexiva%20e%20transdisciplinar.pdf>. Acesso em: 30 Ago. 2014. 
MENEZES, Bruno. Doenças genéticas. Disponível em: <http://slideplayer.com.br/slide/363405/#>. Acesso em: 30 Ago. 
2014. 
Minha vida. Fenilcetonúria. Disponível em: <http://www.minhavida.com.br/saude/temas/fenilcetonuria>. Acesso em: 30 
Ago. 2014. 
Ministério da Saúde. Protocolo clínico e diretrizes terapeuticas: Fenilcetonúria. Disponível em: 
<http://dtr2001.saude.gov.br/sas/dsra/protocolos/do_f20_01.pdf> 
SOARES, Antonio. Apresentação sobre fenilcetonúria. Disponível em: 
<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAeutUAE/apresentacao-sobre-fenilcetonuria#>. Acesso em: 31 Ago. 2014.

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