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Bélvio Bernardo Francisco.
Estes sermões foram extraídos do sit:Palavra da verdade do Reverendo Hernandes Dias Lopes.
Como viver à luz da verdade
INTRODUÇÃO
1. Esta carta aprsenta alguns problemas que precisamos resolver antes de considerar o seu conteúdo. Primeiro, para quem João está escrevendo?
a) Para uma mulher cristã e seus filhos – Os versos 1,4,5,13 estão no singular.
b) Para uma mulher chamada Electa e seus filhos – Uma mulher escolhida de Deus e seus filhos.
c) Para Maria – visto que Maria foi assistida por João e este escreve para Éfeso.
d) Entendemos, entretanto, que João está escrevendo para a igreja – João usava o plural nesta carta (v. 6,8,10,12).
e) Pode ser que João tem em mente tanto a irmã que tinha a igreja em sua casa, quanto à comunidade toda que estava em sua casa – 1 Co 16:19; Cl 4:15; Rm 16:5; Fm 2.
2. Por que João usou a expressão “irmã eleita” sem citar seu nome ou o nome da igreja? Por que João usou esse disfarce? Nós só temos conjeturas sobre a razão. Pode ter sido por razões de prudência em dias em que a perseguição à igreja já se tornava tão furiosa.
3. Esta carta bem como a terceira carta tratam da questão da hospitalidade aos pregadores itinerantes. No primeiro século os hotéis ou pensões eram quase desconhecidos. Também as pensões antigas ficam a pequena distância das casas de má fama. As pensões eram notoriamente sujas e infestadas de pulgas. Era natural assim que os cristãos, em suas viagens fossem hospedados nas casas dos membros das igrejas locais. No Novo Testamento vemos isso: Paulo foi hospedado por Lídia em Filipos, por Jasom em Tessalônica, por Gaio em Corinto, por Filipe em Cesaréia por Mnason em Jerusalém (At 16:15; 17:7; Rm 16:23; At 21:8,16).
4. O propósito de João é alertar os crentes para não hospedarem em suas casas pessoas que estão pregando heresias (v. 10,11).
5. Nesta breve carta João nos dá um perfil de uma família e de uma igreja fiel:
I. NÓS DEVEMOS CONHECER A VERDADE – V. 1-3
1. João usou a palavra verdade quatro vezes nesta saudação. Portanto, esta é uma importante para palavra. Ela representa realidade em oposição a mera aparência. Jesus é a verdade (Jo 14:6). A Palavra de Deus é a verdade (Jo 17:17). Deus revelou a verdade na Pessoa do seu Filho e na sua Palavra escrita. Ele deu-nos o Espírito da Verdade para ensinar-nos e capacitar-nos a conhecer a verdade (Jo 14:16:17); 16:13).
2. Mas a verdade não é apenas uma revelação objetiva do Pai, mas também uma experiência subjetiva em nossas vidas. Nós devemos não apenas conhecer a verdade, mas também amar na verdade e viver por amor da verdade. Assim, conhecer a verdade é muito mais do que simplesmente dar um assentimento intelectual a um corpo de doutrinas, mas é viver controlado pelo amor da verdade e desejar magnificar a verdade. João abrindo esse carta com uma nota sobre a verdade porque havia falsos mestres pregando heresias no meio da igreja. João os chamou de enganadores e anticristos (v. 7). João estava dizendo que havia uma mortal diferença entre verdade e erro e que os crentes não podiam tolerar o erro.
3. Como os crentes podem conhecer a verdade e se tornar filhos de Deus? É através da graça e da misericórdia de Cristo. Não é o amor de Deus que nos salva, mas a obra de Cristo. Quando experimentamos a graça e a misericórdia, recebemos a paz! (v. 3). João estabelece aqui com clareza a divindade de Cristo. Veja que ele une o Pai e o Filho (v. 3). João não diz: “… da parte de Deus Pai e do profeta Isaías”. Assim, quem nega o Filho também não tem o Pai” (1 Jo 2:23).
4. A fé cristã mantém-se de pé ou cai dependendo da maneira como ele vê a doutrina da divindade de Cristo. Se ele é somente um homem ele não pode salvar-nos. Se ele não se encarnou também não pode se identificar conosco. Se queremos ser uma igreja que se mantém fiel à verdade de Deus precisamos nos agarrar à verdade revelada na Palavra. Devemos não apenas aprender a verdade com a mente, mas também amá-la com o nosso coração e vivê-la com a nossa vontade.
5. Que Deus nos ajude a ser uma família e uma igreja que tenham o compromisso de ensinar a verdade, de amar a verdade, de viver na verdade.
II. NÓS DEVEMOS ANDAR NA VERDADE – V. 4-6
1. Andar na verdade significa obedecer a verdade e permitir que ela controle cada área da nossa vida. Este parágrafo abre e fecha com uma ênfase sobre obediência. Não basta apenas estudar a verdade e discutir a verdade, precisamos sobretudo praticar a verdade. Há crentes que ao mesmo tempo que defendem a verdade, desobedecem a verdade.
2. Há pessoas ortodoxas de cabeça e hereges de conduta. Há pessoas que ainda combatem o pecado em público e o praticam em secreto. Os pecados do líder são mais hipócritas e perniciosos que os pecados dos demais. Mais hipócritas porque eles pecam contra um maior conhecimento e mais perniciosos, porque ao mesmo tempo que eles o combatem em público, eles o praticam em secreto.
3. Há um abismo entre o que as pessoas professam e o que as pessoas vivem. Entre o que crêem e o que vivem.
a) A alegria do apóstolo – v. 4a
• A alegria do apóstolo é que alguns crentes ou filhos estavam andando na verdade – Certamente alguns crentes haviam se desviado e seguido os enganadores, mas havia também aqueles que se mantinham fiéis e permaneciam firmados na verdade. Poucas coisas quebram tanto o coração de um pastor do que ver alguns crentes desobedientes ou rebeldes que não se submetem à autoridade da Palavra de Deus. Exemplo: Minha experiência em Itapeva e Uberlândia.
b) O argumento do apóstolo – v. 4b
• João argumenta que Deus tinha dado um mandamento para andarmos em verdade e amor – A palavra mandamento – aparecem 4 vezes neste parágrafo. Os mandamentos de Deus focalizam a verdade sobre áreas específicas da vida. Veja que os mandamentos são dados pelo Pai – Cada mandamento é uma pressão de amor e não simplesmente uma lei. Assim, a obediência deve ser uma expressão do nosso amor e não do nosso medo (1 Jo 5:3). Os falsos mestres tentam fazer os mandamentos de Deus parecer muito pesados e difíceis, então, eles oferecem aos conversos uma “verdadeira liberdade” (2 Pe 2:19). Mas a maior liberdade está na obediência à perfeita vontade de Deus. Quem ama a Deus não acha os seus mandamentos penosos.
c) O apelo do apóstolo – v. 5-6
• O apelo do apóstolo é que nos amemos uns aos outros – O amor ao próximo é antigo, é da lei (Lv 19:18,34), mas em Cristo esse mandamento recebe uma nova ênfase e um novo exemplo (Jo 13:34). O fruto do Espírito é amor. A essência do Cristianismo é amor. Sem amor não podemos dizer que amamos a Deus nem ao próximo. Quem não ama está morto. Quem não ama está nas trevas. O amor cristão não é sentimento e emoção, mas um ato da vontade. Isso significa tratar as outras pessoas do mesmo jeito que Deus nos trata. Assim, quando as pessoas são rudes conosco, nós podemos ser amáveis com elas. Quando elas nos dirigem uma palavra dura, podemos oferecer uma resposta branda. Quando elas nos maldizem, podemos abençoá-las. Quando elas nos perseguem, podemos nós orar por elas. Para João amor e obediência caminham juntos. Não podemos separar o nosso relacionamento de Deus do nosso relacionamento com os irmãos (1 Jo 4:20). Assim, este parágrafo mostra a importância da verdade, da obediência e do amor.
III. NÓS DEVEMOS NOS APEGAR À VERDADE – V. 7-11
1. João agora se volta dos filhos, para os enganadores e falsos profetas. Os enganadores eram mais que que pessoas que ensinam falsas doutrinas, eles também conduziam as pessoas a uma vida errada. Isso porque verdade e vida caminham juntas. Doutrina errada e vida errada caminham juntas.
2. De onde esses falsos mestres saíram? 1) Do mundo – Atos 20:29; 2) Da igreja – Atos 20:30; 1 Jo 2:19
3. Observe que são muitos enganadores. Por que? 2 Pedro 2:2 mostra que é porque eles abrem o caminho para a prática do pecado. Nada de preceitos. Nada de princípios. Tudo é permitido. Nada é proibido. É vida liberal. Vale tudo. Nada tem nada aver.
4. Os enganadores são também anticristos (no lugar de + contra) . Eles não apenas negam a verdade, mas a substituem e oferecem um outro Cristo que não o Cristo Filho de Deus. Os enganadores se apartaram da doutrina de Cristo e da igreja de Cristo. João aponta para três perigos que a igreja e os membros enfrentram em relação aos enganadores:
a) O Perigo de voltar atrás – v. 8
• Este é o perigo de perder aquilo que já se ganhou. Os falsos mestres oferecem alguma coisa que você não tem, quando na realidade eles tiram o que você já tem. Satanás é ladrão e não seu ajudador. João quer que seus filhos na fé recebam pleno galardão em ver de ser espoliados. Que coisa triste é ver um obreiro investir sua vida para a edificação de uma igreja e de repente ela é minada pelo veneno enganador das falsas doutrinas (Gl 4:11).
b) O Perigo de ir além – v. 9
• O perigo aqui é ir além dos limites da Palavra de Deus e acrescentar à ela alguma coisa. A Palavra de Deus é inerrante, infalível e suficiente. Ela tem uma capa ulterior. Tudo que Deus tem para nós já está revelado. Ainda que um anjo venha revelar algo que está além deve ser anátema. Algumas pessoas estão ensinando coisas novas. Dizem que é uma nova unção de Deus, é um novo ensino de Deus, que é uma nova revelação de Deus. Isso é cair nas malhas dos enganadores! Exemplo: Os apóstolos que se reuniram para ungir o Brasil.
• Tanto o Liberalismo como o Misticismo pragmático estão descanbando para esse engano. Os liberais são chamados de Modernistas. Mas não tem nada de moderno nisso. Isso é tão antigo como o diabo (Gn 3:1).
c) O Perigo de ir junto – 10-13
• Não ofereça hospitalidade aos enganadores – A hospitalidade era uma prática de amor cristão (Rm 12:13; 1 Tm 3:2; 5:3-10; Hb 13:2; 1 Pe 4:8-10), mas hospedar os falsos mestres é desobedecer a Palavra de Deus. A doutrina de Cristo é um teste da verdade, uma base para a comunhão e um vínculo para a mútua cooperação. Exemplo: As testemunhas de Jeová, as doutrinas forâneas às Escrituras hoje.
• O motivo para não oferecer a hospitalidade – Dar boas vindas é ser conivente e partícipe e cúmplice das suas obras iníquas. A heresia não é apenas um infortunado erro, mas também uma obra iníqua. Pode enviar almas à ruína eterna. Se não queremos favorecer essa obra iníqua, é preciso que não ofereçamos nenhum incentivo ao que a realiza.
LIÇÕES IMPORTANTES DA GENEALOGIA DE JESUS
A Bíblia nos apresenta a genealogia de Jesus em duas perspectivas. Mateus apresenta Jesus como descendente de Abraão e Lucas retrocede sua linhagem até Adão. Mateus apresenta Jesus como o Rei dos judeus e Lucas como o Homem perfeito. Marcos e João não tratam da genealogia de Jesus Cristo, por causa do propósito para o qual escreveram. Marcos, escrevendo para os romanos, apresenta Jesus como servo e destaca suas obras mais do que suas palavras. João, escrevendo um evangelho universal, tem como escopo apresentar Jesus como o Filho de Deus e como tal, ele não tem genealogia.
Tanto no registro de Mateus como no de Lucas, vemos na genealogia de Jesus Cristo pessoas más, que se insurgiram contra Deus.
Destacaremos aqui, alguns pontos:
Em primeiro lugar, vemos na genealogia de Jesus Cristo mulheres em cuja vida há marcas reprováveis. Tamar, coabitou com o seu próprio sogro Judá e gerou dele dois filhos gêmeos Perez e Zera; Raabe era prostituta em Jericó; Rute era moabita e Bate-Seba, mãe de Salomão, adulterou com Davi. Mui provavelmente nenhum personagem gostaria de destacar em sua biografia mulheres com esse passado. Mas por que elas estão inseridas na genealogia de Jesus Cristo? Para reforçar a verdade de que o Filho de Deus se identificou com os pecadores a quem veio salvar.
Em segundo lugar, vemos na genealogia de Jesus homens em cuja vida há marcas de mentira. Os patriarcas mencionados aqui, Abraão, Isaque e Jacó tiveram momentos de fraqueza na área da mentira. Eles não só se omitiram, mas esconderam a verdade e inverteram os fatos com medo de sofrerem com as consequências de seus atos. Foram fracos e repreensíveis. Isso prova que Deus nos escolhe não pelos nossos méritos, mas apesar dos nossos deméritos.
Em terceiro lugar, vemos na genealogia de Jesus homens em cuja vida há marcas de violência. Na lista da genealogia de Jesus há homens como Davi, cujas mãos estavam cheias de sangue. Roboão governou Judá com truculência. O rei Acaz queimou seus filhos, perseguiu seu próprio povo e cerrou ao meio o profeta Isaías. Manassés foi muito violento. Ele encheu Jerusalém de sangue. Foi um monstro. Um tormento para seu próprio povo. Oh, jamais escolheríamos homens dessa estirpe para integrar nossa família. Oh, a genealogia de Jesus Cristo aponta-nos para a infinita misericórdia de Deus! Ele ama com amor eterno os mais indignos.
Em quarto lugar, vemos na genealogia de Jesus homens em cuja vida há marcas de idolatria.
Salomão, por causa de suas muitas mulheres, sucumbiu à idolatria. Roboão, fez um bezerro de ouro e construiu novos templos em Israel para desviar o povo de Deus. Acaz fechou a casa de Deus e encheu Jerusalém de ídolos abomináveis. Manassés foi astrólogo, idólatra e feiticeiro. Levantou altares pagãos e prostrou-se diante de todo o exército dos céus. Oh, na esteira da genealogia de Jesus Cristo temos pessoas que nos deixam perplexos por causa de sua afrontosa rebeldia a Deus. Isso prova, de forma incontestável, que Deus ama os objetos de sua ira e enviou Jesus para identificar-se com os pecadores e salvá-los de seus pecados.
Mas, antes de ficarmos mais chocados com essa assombrosa lista, olhemos para nós mesmos. Somos indignos. Somos pecadores. Somos culpados. Nosso coração é desesperadamente corrupto. Por que Deus nos escolheu? Por que ele nos amou? Por que ele não poupou o seu próprio Filho, antes por todos nós o entregou, para morrer em nosso lugar? A resposta é: Por causa de sua graça, que é maior do que o nosso pecar!
SEM PODER NÃO HÁ EFICÁCIA NA PREGAÇÃO
O evangelista Lucas encerra seu primeiro livro (o Evangelho), tratando da grande comissão. Jesus deixou claro para seus discípulos que eles deveriam, em seu nome, pregar arrependimento para remissão de pecados, a todas as nações, começando de Jerusalém (Lc 24.47). Em seguida, mostra a necessidade da capacitação de poder para pregarem: “Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder” (Lc 24.49). Lucas começa seu segundo livro (Atos dos Apóstolos), retomando o assunto da grande comissão e mostrando mais uma vez a necessidade do revestimento do poder do Espírito Santo: “Mas recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8). Não há missão, sem pregação e não há pregação sem poder. Não há testemunho eficaz sem o poder do Espírito Santo. Primeiro a igreja é revestida de poder, depois ela prega com eficácia. Quatro lições podem ser aprendidas dos textos acima:
Em primeiro lugar, o conteúdo da pregação (Lc 24.47). A mensagem que a igreja deve pregar não é prosperidade nem milagres, mas o arrependimento para a remissão de pecados. A menos que o homem reconheça que é pecador, jamais sentirá falta do Salvador. Só os doentes reconhecem que precisam de médico. Sem arrependimento não há perdão de pecados. Oh, que Deus abra nossos olhos para o conteúdo da grande comissão.
Em segundo lugar, o alcance da pregação (Lc 24.47). Lucas diz que a igreja deve pregar arrependimento para remissão de pecados a todas as nações. O evangelho deve ser pregado por toda a igreja, em todo o mundo, a todo o tempo. Nenhuma visão que não abarque o mundo inteiro não é a visão de Deus, pois o seu Filho morreu para comprar com o seu sangue aqueles que procedem de toda tribo, língua, povo e nação (Ap 5.9). Muito embora a pregação tenha começado em Jerusalém, não foi destinada apenas ao povo judeu, pois foi endereçada a todas as etnias da terra.
Em terceiro lugar, o compromissocom a pregação (Lc 24.48; At 1.8). Tanto no Evangelho como no livro de Atos, Lucas enfatiza que os pregadores são testemunhas (Lc 24.48; At 1.8). Quem prega a palavra deve falar do que ouviu, do que viu e do que experimentou. Não é uma mensagem divorciada de sua vida. A vida do pregador está inalienavelmente comprometida com a mensagem que proclama. Por essa mensagem ele vive e ele morre. Muitas vezes, ela sela com o seu sangue a mensagem que anuncia. Todos os apóstolos de Jesus foram mártires desse mensagem, exceto João, que foi exilado na Ilha de Patmos. Ainda hoje, muitas testemunhas adubam o solo para a semente do evangelho com o seu sangue!
Em quarto lugar, a capacitação para a pregação (Lc 24.49; At 1.8). No Evangelho, Lucas fala da promessa do Pai. Em Jerusalém os discípulos deviam aguardar a promessa do Pai, o revestimento de poder, com uma espera obediente, perseverante e cheia de expectativa. Em Atos, Lucas fala que só depois de receberem poder, com a descida do Espírito Santo sobre eles, é que seriam testemunhas até aos confins da terra. Com isso, Lucas está ensinando que a capacitação precede a ação. O revestimento de poder precede a pregação do arrependimento para remissão de pecados. Não há pregação eficaz sem revestimento de poder. Primeiro, a igreja recebe poder do alto, depois ela vai cumprir a missão. Antes de Jesus enviar a igreja ao mundo, ele enviou o Espírito Santo para ela. Hoje, tristemente, nós temos negligenciado essa busca de poder. Substituímos o poder do Espírito pelos nossos métodos. Pregamos belos sermões, mas vazios de poder. Usamos os recursos mais modernos da comunicação, mas não alcançamos os corações. Fazemos muita trovoada, mas não há sinal da chuva restauradora. Oh, que Deus nos faça entender que há tempo para esperar e tempo para agir. Tempo para ser revestido pelo poder do Espírito e tempo para pregar com gloriosos resultados!
A FESTA DO PECADO TERMINA EM TRAGÉDIA
O Carnaval é a maior festa popular do Brasil. Essa festa faz propaganda de seu luxo e alegria, mas termina em cinzas. De igual modo, o livro do profeta Daniel, registra a festa promovida pelo rei Belsazar, com mil de seus ilustres convidados, na orgulhosa e inexpugnável cidade da Babilônia, capital do mais poderoso império do mundo. Festejaram, beberam e deram louvores a seus deuses na própria noite em que o rei foi morto e a Babilônia caiu nas mãos dos medos e dos persas. Esse episódio enseja-nos algumas lições:
Em primeiro lugar, a festa do pecado profana as coisas sagradas (Dn 5.1-4). Belsazar insatisfeito com o glamour de sua festa e com a bebedeira ao lado dos grandes de seu império, bem como de suas mulheres e concubinas, mandou trazer os utensílios sagrados, saqueados do templo de Jerusalém, para beber com eles. Nessa festa do pecado, profanaram as coisas sagradas, ultrajaram o nome de Deus e acumularam sobre si mesmos a justa ira de Deus. Ainda hoje, aqueles que se rendem aos apetites desenfreados da carne não hesitam em profanar as coisas de Deus e em escarnecer das coisas sagradas.
Em segundo lugar, a festa do pecado enfrenta a visitação do juízo divino (Dn 5.5-9). No mesmo instante que Belsazar estava blasfemando contra Deus, usando os utensílios do templo para sua diversão carnal, apareceu uns dedos de mão de homem, escrevendo palavras misteriosas na caiadura da parede do rico salão onde estavam festejando. O semblante do rei descaiu e seus pensamentos foram turbados. O pânico tomou conta daquele ambiente dominado pela diversão. Pensando estar no controle da situação, o rei ordena que se traga os encantadores para decifrarem as palavras misteriosas. O rei ofereceu riquezas e prestígio em seu reino a quem pudesse trazer luz às suas densas trevas. Tudo em vão, os encantadores não puderam explicar para o rei o significado das palavras misteriosas. Isso apenas acrescentou mais temor ao seu coração já sobressaltado.
Em terceiro lugar, a festa do pecado é confrontada pelo profeta de Deus (Dn 5.10-29). Aquilo que os encantadores não puderam explicar, Daniel explicou. O rei ofereceu a ele presentes e prestígio, e ele recusou. Daniel não era um profeta da conveniência nem tinha vendido sua consciência por dinheiro. Mostrou ao rei que o reino da Babilônia havia sido dado por Deus a Nabucodonosor, seu pai. Toda a grandeza e riqueza daquele vasto império era obra de Deus e não engenho político do grande monarca. Mostrou, ainda, que em virtude do ensoberbecimento de Nabucodonosor, Deus o tirou do trono e o fez comer erva como aos bois, até que reconhecesse que Deus, o Altíssimo, tem domínio sobre o reino dos homens e a quem quer constitui sobre ele. Agora, Daniel confronta Belsazar, dizendo que ele, sendo testemunha de tudo isso, não se humilhou, antes se levantou contra o Senhor do céu e profanou os utensílios sagrados, tirados do templo de Jerusalém. Daniel diz a Belsazar, que agora, o Deus em cuja mão está a vida do rei, enviou a mão para escrever na parede uma mensagem de juízo. A escritura foi essa: MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM. Esta é a interpretação: Contou Deus o teu reino e deu cabo dele. Pesado foste na balança e achado em falta. Divido foi o teu reino e dado aos medos e aos persas. Oh, quão trágica foi aquela festa! Naquela noite, Deus pesou Belsazar na balança e o achou em falta. Naquela noite, Deus contou o reino da Babilônia e disse: acabou! Naquela noite, o reino da Babilônia foi dividido e entregue nas mãos dos medos e dos persas.
Em quarto lugar, a festa do pecado termina com a morte do rei e a queda do reino (Dn 5.30,31). Naquela mesma noite, Belsazar, o rei dos caldeus, foi morto e Dario, o medo, se apoderou do reino. O jovem rei, cercado de riqueza e poder foi ceifado pela morte imediatamente e a orgulhosa e inexpugnável Babilônia caiu nas mãos de outro império. Oh, quão vulnerável é a força do braço da carne! O quão tola é a confiança do homem nos poderes da terra! Oh, que quão passageiras são as alegrias do pecado! Oh, quão trágico é o homem chegar ao final da vida e não estar preparado para se encontrar com Deus!
ESCUTE A VOZ DE DEUS, ELE FALOU E AINDA ESTÁ FALANDO
“Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho…” (Hb 1.1,2).
A Carta aos Hebreus, com singular beleza e não menor profundidade, de forma decisiva e peremptória, declara a existência de Deus. Por mais que os ateus neguem sua existência e os agnósticos acentuem a impossibilidade de conhecê-lo, Deus existe. Deus não apenas existe, mas, também, se revelou. O conhecimento de Deus não se dá por meio da investigação humana, mas pela auto-revelação divina. Só conhecemos a Deus porque ele revelou-se a nós. Deus fala e sua voz é poderosa. Como Deus se revelou?
Em primeiro lugar, Deus se revelou na obra da criação. O salmista Davi foi enfático em dizer: “Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras de suas mãos” (Sl 19.1). O universo vastíssimo e insondável, com mais de noventa e três bilhões de anos-luz de diâmetro é o palco onde Deus reflete a glória de sua majestade. Vemos as digitais do criador nos incontáveis mundos estelares, bem como na singularidade de uma gota de orvalho. Tanto o macrocosmo como o microcosmo falam da grandeza de Deus. Cada entardecer e cada novo amanhecer pintam diante dos nossos olhos uma paisagem nova, refletindo quão grande e quão sábio é o nosso Deus.
Em segundo lugar, Deus se revelou na consciência do homem. O filósofo alemão Emmanuel Kant, disse: “Há duas coisas que me encantam: o céu estrelado acima de mim e a lei moral dentro de mim”. Deus colocou dentro do homem um sensor, chamado consciência (Rm 2.15). É uma espécie de alarme que toca sempre que o homem transgride um preceito moral. Essa consciência acusa-o e defende-o. Porém, em virtude do pecado, a consciência do homem pode tornar-se fraca e até cauterizada, sendo, portanto, insuficiente para revelar-lhe, claramente, a pessoa de Deus.
Em terceiro lugar, Deus se revelou progressivamente pelasEscrituras proféticas. Deus falou muitas vezes e de muitas maneiras aos pais pelos profetas. Usou muitos métodos e vários instrumentos para comunicar aos nossos antepassados sua lei e sua vontade. A antiga dispensação foi dada ao povo de Deus, pelo próprio Deus, por meio de seus servos, os profetas. A antiga dispensação, porém, foi parcial, incompleta e fragmentada. Ela era preparatória e não final. A lei nos foi dada não em oposição à graça, mas para nos conduzir à graça. O Antigo Testamento não está em oposição ao Novo. Ao contrário, aponta para ele é tem nele sua consumação. Nas palavras de Aurélio Agostinho: “O Novo Testamento está latente no Antigo Testamento e o Antigo Testamento está patente no Novo Testamento”. No Antigo Testamento temos o Cristo da promessa; no Novo Testamento temos o Cristo da História. Na plenitude dos tempos, ele nasceu sob a lei, nasceu de mulher, para remir o seu povo de seus pecados e trazer-lhe a plena revelação de Deus.​
Em quarto lugar, Deus se revelou completamente em seu Filho. O Filho é a última e completa revelação de Deus. Não há mais revelação por vir. No Filho, vemos o próprio Deus de forma plena. O Verbo divino se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai. Ele é a exata expressão do ser de Deus. Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade. Ele é da mesma substância de Deus. Tem os mesmos atributos de Deus. Realiza as mesmas obras de Deus. Agora, nestes últimos dias, Deus nos falou pelo Filho. Portanto, Deus não tem mais nada a acrescentar em sua revelação. Assim, o Novo Testamento não é a apenas a sequência natural da revelação progressiva do Antigo Testamento, mas sua consumação plena. A lei não está em oposição à graça, mas tem sua consumação nela. Cristo é o fim da lei. Agora a Bíblia está completa. Tem uma capa ulterior. E isso nos basta: ela é inerrante, infalível e suficiente!
COMO SERÁ O CORPO DA RESSURREIÇÃO?
“Pois assim também é a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita-se na incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita em glória” (1Co 15.42)
Os gregos acreditavam na imortalidade da alma, mas não na ressurreição do corpo. Os filósofos epicureus, por sua vez, acreditavam que a morte tinha a última palavra e punha fim à carreira humana. A igreja de Corinto, influenciada pela cultura grega, estava vivendo uma crise de fé, pensando que os mortos em Cristo não tinham esperança de ressurreição. Para esclarecer esse ponto, Paulo escreveu este robusto capítulo 15, mostrando que a ressurreição de Cristo é um fato incontroverso (15.1-11), uma verdade essencial da fé cristã (15.12-19) e possui uma ordem lógica: Cristo como primícias dos que dormem e os que são de Cristo na sua vinda (15.20-34). Os mortos em Cristo ressuscitarão com um corpo de glória (15.35-49) e esse auspicioso acontecimento dar-se-á na segunda vinda de Cristo (15.50-58).
Vamos tratar aqui da natureza da ressurreição. Uma pergunta foi feita naquela época e ainda é feita hoje: “Como ressuscitam os mortos? Em que corpo vêm?” (15.35). Para responder a essa pergunta, Paulo usa três figuras: a figura da semente (15.36-38), a figura da carne (15.39) e a figura dos astros (15.40,41). Limitar-nos-emos à figura da semente. O corpo é como uma semente, que ao morrer e ser sepultado, é semeado no ventre da terra, mas ao ressurgir, embora mantenha a mesma identidade, será um corpo totalmente novo. Ao mesmo tempo que há continuidade, há, também, descontinuidade. Vejamos:
Em primeiro lugar, semeia-se na corrupção, ressuscita-se na incorrupção (15.42). Nosso corpo hoje nasce, cresce, envelhece e morre. O tempo vai esculpindo em nosso corpo rugas indisfarçáveis. Ficamos cansados, doentes, caquéticos. Nosso corpo está sujeito à fraquezas e doenças. É surrado pelas intempéries do tempo e pela ação das enfermidades. Mas, o corpo da ressurreição não terá corrupção, ou seja, jamais ficará cansado, enfermo ou senil. Será um corpo perfeito, sem defeito, com absoluto vigor.
Em segundo lugar, semeia-se em desonra, ressuscita-se em glória (15.42). Nosso corpo hoje é escravizado por pecados, vícios e mazelas de toda sorte. Sofre o golpe da nossa insensatez e recebe a paga do nosso pecado. Nosso corpo fica desfigurado pela iniquidade, abatido pela doença e sem qualquer beleza ou fulgor por causa do peso dos anos que nos esmaga. Porém, o corpo da ressurreição brilhará como as estrelas no firmamento. Jamais ficará envelhecido ou cansado. Será um corpo semelhante ao corpo da glória do Senhor Jesus (Fp 3.21).
Em terceiro lugar, semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder (15.43). Nosso corpo tem muitas fraquezas. Temos limitações intransponíveis. À medida que os anos passam, nosso corpo vai ficando débil, enrugado e impotente. Nossos olhos ficam embaçados, nossas mãos descaídas e nossos joelhos trôpegos. Todavia, o corpo da ressurreição será um corpo poderoso. Não terá limitações. Quando Jesus ressuscitou e recebeu um corpo de glória, ele entrava numa casa fechada sem precisar abrir a porta. Ele saía de Jerusalém e aparecia na Galileia sem precisar percorrer essa longa distância. Ele foi assunto aos céus entre nuvens. Assim será o corpo que recebemos na ressurreição, um corpo poderoso!
Em quarto lugar, semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual (15.44). O nosso corpo foi feito do pó, é pó e voltará ao pó. Nosso corpo é terreno e não pode sobreviver senão nesse ambiente. Porém, o corpo da ressurreição será um corpo espiritual e celestial, completamente governado pelo nosso espírito glorificado. Então, habitaremos os novos céus e a nova terra. Reinaremos com Cristo e o serviremos pelo desdobrar da eternidade. Assim como no corpo terreno trazemos a imagem do primeiro Adão, em nosso corpo espiritual traremos a imagem de Jesus, o segundo Adão, a imagem do celestial. Oh, quão belo, quão perfeito e quão glorioso será o nosso corpo!
O homem a quem Deus usa
INTRODUÇÃO
1. A maior necessidade do mundo é de Deus que sejam usados por Deus. Deus não unge métodos, Deus unge homens. Não precisamos de melhores métodos, mas de melhores homens.
2. Havia 400 anos que a Nação de Israel estava sem ouvir a voz profética. Ele não veio da classe sacerdotal. Não veio no palácio. Mas veio a Palavra do Senhor a João, no deserto. Deus usa gente estranha, em lugares estranhos.
3. João Batista era fruto de profecia, resposta de oração, milagre do céu.
I. É UM HOMEM COM UMA MISSÃO – V. 4
1. Por que Deus usou este homem?
a) Porque ele não era um caniço balançado pelo vento (Mt 11:7-11)
Hoje estamos vendo líderes vendendo seu ministério, negociando valores absolutos, mercadejando o evangelho. João não transigia com a verdade. Ele denunciava o pecado na vida do rei, dos religiosos, dos soldados e do povo.
Ele não era um profeta da conveniência. Seus inimigos diziam: Tem demônio; Jesus dizia: É profeta!
b) Porque era uma lâmpada que ardia e alumiava (Jo 1:6-9)
Ele não era a luz, mas uma lâmpada que ardia e alumiava. Ele apontou para Jesus: “Eis o Cordeiro de Deus”. Ele não buscou glórias para si mesmo. Disse: “Convém que ele cresça e eu diminua”.
Ele era como uma vela: iluminou com intensidade enquanto viveu.
c) Porque ele não era um eco, mas uma voz (Jo 1:22,23)
João não apenas proferia a verdade, ele era boca de Deus. Ele falava com poder. Hoje, há muitas palavras, mas pouco poder; as pessoas escutam belos discursos, mas não vêm vida. Ele prega o conhece e experimenta. Ele não era da elite sacerdotal. Ele não estava no templo. Mas havia poder em sua vida.
Não basta ser um eco, é preciso ser uma voz. Não basta carregar o bastão profético como Geazi, é preciso ter poder como Eliseu. Não basta falar aos homens, é preciso conhecer a intimidade de Deus.
“Se Deus não falou com você, não fale a nós.”
d) Porque ele era um homem humilde (Mt 3:11)
João Batista disse: “eu não sou digno de desatar-lhe as correias das sandálias”. Disse ainda: “Convém que ele cresçae eu diminua”.
Lata vazia é que faz barulho. Espiga chocha é que fica empinada.
O albatroz voa baixo porque tem o papo muito grande.
e) Porque ele era um homem corajoso (Lc 3:19)
João Batista não aplaudiu Herodes quando ele casou-se com a mulher do seu irmão. Ele denunciou o pecado do rei. Ele preferiu ser preso e ser degolado do que transigir com a verdade. Ele preferiu a morte à infidelidade.
Hoje, há pastores que vendem o ministério e a própria alma por dinheiro. Em vez de denunciar o mal, praticam-no.
f) Porque era um homem cheio do Espírito Santo (Lc 1:15)
João Batista era um homem cheio do Espírito Santo desde o ventre materno.
Aos 5 meses de idade, estremeceu de alegria no ventre da sua mãe. Aos 5 meses já vibrava por Cristo. Há muitos que envelhecem frios e indiferentes ao Salvador.
2. Como Deus usou este homem?
a) Deus usou este homem para aterrar os vales (Lc 3:5)
Vale é uma depressão, um buraco – Há abismos na vida do povo: impureza, desânimo, comodismo, mundanismo.
Vale separa dois montes – Falta de comunhão, mágoa, contendas, maledicência.
b) Deus usou este homem para niver os montes (Lc 3:5)
Montes falam de soberba – O orgulho são montanhas que impedem a passagem do Senhor. Onde há soberba Deus não se manifesta. Nabucodonosor foi comer capim. Herodes foi comido de vermes.
Montes falam de incredulidade – A increduldade nos afasta de Deus e de suas bênçãos.
c) Deus usou este homem para endireitar os caminhos tortos (Lc 3:5)
Caminho torto fala de duplicidade, hipocrisia, e desonestidade – Muitas pessoas são impedimentos para a manifestação de Cristo, porque têm vida dupla. São uma coisa na igreja e outra em casa.
d) Deus usou este homem para aplainar os caminhos escabrosos (Lc 3:5)
Caminho escabroso fala de algo que está fora do lugar – Há algo fora do lugar em sua vida: vida devocional? Namoro? Casamento? Dinheiro? Dízimo?
II. É UM HOMEM COM UMA MENSAGEM – Lc 3:8
1. A Palavra que ele prega é Palavra de Deus e não palavras de homens – Lc 3:2
Depois de 400 anos de silêncio profético, João aparece pregando sobre arrependimento. A nação havia se desviado de Deus. A religião estava corrompida. Os palácios estavam corrompidos. Os que trabalhavam na secretaria da fazenda estavam corrompidos. Os soldados estavam corrompidos.
A mensagem do arrependimento não é popular. Não é palatável. Mas, João não quer agradar a homens, mas a Deus.
Nossa nação está vivendo um tempo de crise sem precedentes. Estamos de luto. Nossas instituições estão doentes. A corrupção está no DNA da Nação.
a) Numa época de crise moral na nação
Os líderes religiosos da nação estavam corrompidos: Anás e Caifás eram sumo sacerdotes, mas não conheciam a Deus.
A polícia extorquia o povo para engordar o salário e fazia denúncias falsas.
Herodes, era um homem devasso e adúltero.
Nosso país atravessa uma aguda crise moral: lares sendo destruídos; o tráfico de drogas crescendo, o nosso parlamento se enchendo da lama da corrupção. A corrupção ganhando o cérebro e o coração da nação.
b) Numa época de crise social na nação
O povo trabalhava, mas Roma ficava com o lucro. Reinava a pobreza, a fome, o desespero. O Brasil é o segundo país do mundo com o pior distribuição de renda.
Vivemos a crise da pobreza, da fome, da violência, da impunidade.
c) Numa época de crise política na nação
A nação estava nas mãos de homens maus. Pôncio Pilatos e Herodes eram um espelho da nação.
Nossa representação política agoniza num dos níveis mais baixos de descrédito, de desmoralização, de aviltamento da honra.
d) Numa época de crise espiritual na nação
O povo era religioso, mas não convertido. Eles não produziam frutos dignos de arrependimento.
O povo estava descansando numa falsa segurança (v. 8).
O povo estava indo para o juízo, sem se preparar (v. 7,9).
Hoje, a igreja evangélica cresce, mas a nação não muda. As pessoas estão entrando para um outro evangelho, o evangelho da conveniência.
2. O cenário em que ele prega e quem ele é demonstram que Deus pode trazer restauração para a nação a partir do próprio caos (Mt 3:5)
e) O local parecia impróprio – Era no deserto – João não pregava no templo, nas sinagogas, nas praças floridas de Jerusalém, mas no deserto árido da Judéia.
f) A apresentação pessoal parecia imprópria – Vestia-se não de terno, mas de peles de camelo. Não comia nos restaurantes requintados de Jerusalém, mas alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre. Não aperou um só milagre. Não se assentou aos pés dos grandes mestres. Não se apresentava como Exmo. Sr. Dr. Professor João. Mas ele abalou uma nação! Fez tremer o palácio de Herodes.
g) Mas a multidão é atraída – Vinha a ele Jerusalém, toda a Judéia e toda a circunvizinhança do Jordão. Oh! Que Deus levanta homens nessa Nação com a fibra de João. Que as multidões possam ser confrontadas!
3. As pessoas que ele chama ao arrependimento revelam sua ousadia espiritual
a) Os fariseus e saduceus (Mt 3:7-9) – Ele denunciou os conservadores fariseus e os liberais saduceus. A religião judaica estava tomada por um bando de homens não convertidos.
b) A multidão (Lc 3:10) – “Que havemos de fazer?” Quem tiver duas túnicas reparta com quem não tem. Quem tiver comida, faça o mesmo.
c) Os Publicanos (Lc 3:12) – “Não cobreis mais do que o estipulado”. Honestidade nas transações. Deixem de lado as superfaturações.
d) Os soldados (Lc 3:14) – “A ninguém maltrateis, não deis denúncia falsa, contentai-vos com o vosso soldo”.
e) Herodes (Lc 3:19) – João denunciou o pecado do rei. Chamou-o de adúltero.
f) O arrependimento é grande manchete de Deus – a) Na preparação – João Batista diz: Arrependei-vos; b) Na Inauguração – Jesus vem e conclama: Arrependei-vos; c) No Pentecostes – Pedro prega: Arrependei-vos.
g) O arrependimento envolve: 1) Generosidade no dar (v. 10,11); 2) Honestidade nos negócios (v. 12,13); 3) Justiça nos relacionamentos (v. 14); 4) Integridade na palavra; 5) Ausência de ganância
III. É UM HOMEM COM UMA CONVICÇÃO – Lc 3:9: “Mas já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo”.
1. A mensagem de Deus é arrepender e viver ou não arrepender e morrer
A mensagem do evangelho traz salvação e condenação.
O ímpio não permanecerá na congregação dos justos.
Quem não estiver trajado de vestes nupciais será lançado fora.
A figueira sem fruto secou desde à raiz.
A figueira estéril será cortada.
2. A mensagem de Deus é um apelo urgente a todos
O apelo de Deus alcança os religiosos, a multidão, os soldados, os publicanos. Deus desnuda a todos. As máscaras caem. Deus diz o machado já está posto na raiz. Não dá mais para esperar. O tempo é agora. O reino já chegou.
Deus espera agora frutos dignos de arrependimento!
Você tem produzido frutos dignos de arrependimento?
3. A mensagem Deus mostra o juízo inevitável para quem deixa de arrepender-se – v. 7-8
O tempo de João era de profunda crise espiritual. Os próprios líderes eram homens não regenerados. A multidão estava perdida. Havia crise nos políticos, nos comerciantes, na polícia. João diz que a ira vindoura chegará.
Os que escapam dos tribunais da terra, jamais escaparão da ira de Deus!
CONCLUSÃO
1. O arrependimento prepara o caminho para uma grande bênção
a) Uma bênção sem limites – “toda a carne vera a salvação de Deus”
Quando a igreja se arrepende, o mundo vê a salvação de Deus.
Quando a igreja se volta para Deus, o mundo experimenta a salvação de Deus.
b) Uma bênção inequívoca – “toda a carne VERÁ”
Quando a igreja se arrepende, a salvação de Deus irromperá além das quatro paredes. Multidões virão a Cristo.
O avivamento que alcança o mundo com a salvação, começa com a igreja através do arrependimento.
c) Uma bênção indizível – “toda a carne verá a salvação de Deus”
Quando a igreja acerta sua vida com Deus, algo tremendo e extraordinário pode acontecer no mundo.
Se queremosver nossa cidade impactada, precisamos acertar nossa vida com Deus. Precisamos aplicar os princípios de Deus em nossa própria vida.
NÃO SOMOS MAIS ESCRAVOS, O REINADO DO PECADO ACABOU!
“Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões” (Rm 6.12).
Todo aquele que pratica o pecado é escravo do pecado. O pecado é um rei que governa a vida de todo aquele que ainda não nasceu de novo. O homem não regenerado é um servo desse tirano. O pecado é um rei cruel, que coloca seus súditos debaixo de suas botas sujas. O homem nasce escravo desse carrasco impiedoso. Vive debaixo de sua ditadura implacável. Nenhum escravo pode libertar a si mesmo dessa escravidão.
Deus, porém, por meio de Cristo, nos libertou do poder do pecado (Rm 6.1-5). Onde o pecado abundou, superabundou a graça. Por ser a graça maior do que o nosso pecado, entretanto, ela não é um incentivo ao pecado. Ao contrário, não podemos viver no pecado, nós os que para ele já morremos. Estamos unidos com Cristo em sua morte, sepultamento e ressurreição. Morremos com ele, fomos sepultados com ele e ressuscitamos com ele. Estamos nele. Essa união com Cristo, destronou o pecado em nossa vida. Esse rei tirano perdeu seu poder sobre nós. Agora, somos livres do pecado e não mais escravos dele. O apóstolo Paulo, usa três argumentos para nos levar à essa gloriosa conclusão:
Em primeiro lugar, nós devemos saber (Rm 6.6-10). O que nós devemos saber? Devemos saber que já foi crucificado com Cristo o nosso velho homem. Fomos sepultados com ele e ressuscitamos com ele para uma nova vida. Portanto, não precisamos mais servir o pecado como escravos. O pecado não é mais nosso patrão. Sua coroa foi tirada. Ele não é mais nosso rei. Não precisamos mais nos ajoelhar a seus pés para obedecer suas ordens. Fomos libertos dessa escravidão. O pecado foi destronado de nossa vida. Outrora, sob a lei, o pecado nos dominava, mas agora, sob a graça, somos livres!
Em segundo lugar, nós devemos considerar (Rm 6.11). Aquele que morreu com Cristo deve se considerar morto para o pecado. Deve andar com a certidão de óbito no bolso. Um morto não obedece o pecado, o seu antigo rei. Foi liberto do jugo. Assim, devemos nos considerar mortos para esse rei tirano. Seu governo cruel sobre nós acabou. Seu domínio opressor chegou ao fim. Não estamos mais com uma coleira no pescoço. O pecado não manda mais em nós. Agora, devemos nos considerar vivos para Deus. Temos um novo rei. Somos servos da justiça. Fomos libertos da casa do valente, do império das trevas, da tirania do diabo, do reinado do pecado. Estamos sob as ordens de um novo Senhor, aquele que morreu por nós e ressuscitou para nos libertar da escravidão do pecado.
Em terceiro lugar, nós devemos oferecer (Rm 6.12-14). Quando sabemos que fomos crucificados, sepultados e ressuscitados com Cristo. Quando nos consideramos mortos para o pecado, então, podemos dizer ao pecado: Agora você não reina mais sobre nós. Agora não obedecemos mais às paixões carnais. Agora não oferecemos mais os membros do nosso corpo ao pecado, como instrumentos de iniquidade. Pelo contrário, agora oferecemos a nós mesmos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os nossos membros a Deus como instrumentos de justiça. Não estamos mais debaixo da lei, mas vivemos no reinado da graça. O poder da nova vida não vem mais do nosso inútil esforço, mas sim, de Cristo. Morremos com ele, ressuscitamos com ele. Vivemos nele. Dele nos vem o poder para uma nova vida. Ele é o nosso libertador. Foi ele quem quebrou o poder do pecado em nossa vida. Foi ele quem arrancou a coroa do pecado e destronou-o da nossa vida. Ele é o nosso Rei e o seu reino é o reino da graça. Agora, somos livres, verdadeiramente livres. Nele temos vida, e vida em abundância. Outrora, vivíamos debaixo de amarga escravidão, rendidos ao pecado. Agora, livremente oferecemo-nos a Deus. Outrora, caminhávamos com uma coleira no pescoço, para uma condenação eterna. Agora, cheios de contentamento e gozo, marchamos para o céu!
SIMPLESMENTE, OBEDEÇA!
A fé não é cega, pois está edificada sobre Deus. Por isso, a fé não discute, apenas obedece. Abraão foi chamado o pai da fé e ele demonstrou essa verdade em sua vida. A fé em Deus é provada pela obediência. Não somos o que falamos nem o que sentimos. Somos o que fazemos. Destacaremos, aqui, três episódios na vida de Abraão:
Em primeiro lugar, Abraão sai de sua terra para ir para uma terra que Deus lhe mostraria. Abraão não discutiu com Deus, não avaliou os riscos nem adiou a decisão. Simplesmente obedeceu. Tinha setenta e cinco anos, quando começou uma nova empreitada em sua vida, movido pela fé. Precisava romper laços, deixar para trás sua terra, seu povo, sua cultura, sua religião. Movido, entretanto, pela confiança em Deus, obedece sem tardança, para formar uma nação e ser o pai de uma grande multidão. A fé é certeza e convicção. Não está edificada sobre sentimentos, mas sobre a maior de todas as realidades, o caráter de Deus. Você tem obedecido a Deus? Tem andado pela fé? Tem descansado no cuidado divino? Onde está sua segurança: em sua nação, em sua família, em sua cultura, em seus bens? Ponha seus olhos em Deus e viva pela fé!
Em segundo lugar, Abraão, sendo o líder da família, dá a Ló a liberdade de escolha. Houve um conflito entre os pastores de Abraão e os pastores de Ló. Não podiam viver em harmonia mais. Abraão poderia ter despedido Ló, mas deu a ele a liberdade de escolher para onde queria ir. Ló escolheu as campinas verdejantes e deixou para Abraão os lugares secos. A confiança de Abraão não estava na geografia de suas terras, mas em Deus. Não confiava na provisão, mas no provedor. Não tinha seus olhos postos nos campos da terra, mas no Senhor do céu. Foi nesse momento que Deus prometeu dar a ele tudo quanto podia avistar no Norte e no Sul, no Leste e no Oeste. Mais tarde, Ló foi capturado e levado cativo pelos reis daquela terra e Abraão não hesitou em sair em sua defesa. Enfrentou riscos para salvar seu sobrinho e sua família. Obteve retumbante vitória. Foi-lhe oferecido despojos, mas Abraão recusou. Ele não queria nenhuma riqueza que não viesse das mãos do próprio Deus. Seus olhos não estavam na recompensa dos homens, mas na dádiva de Deus. Coisas materiais não seduziam o coração deste homem, cujo coração estava em Deus.
Em terceiro lugar, Abraão atende a voz de Deus e oferece a ele seu filho amado. Abraão abriu mão de sua terra, de seus bens e agora, abre mão de seu filho Isaque. Deus ordena Abraão a ir ao monte Moriá, para ali oferecer Isaque em holocausto. Abraão não argumenta com Deus nem adia a viagem de três dias rumo ao monte do sacrifício. Aquele supremo sacrifício era para o pai da fé um ato de adoração. Havia no seu coração a plena convicção de que Deus providenciaria um cordeiro para o sacrifício. Acreditava até mesmo que Deus poderia ressuscitar seu filho. Sua fé não é vacilante. Sua confiança é inabalável. Seus olhos não estão nas circunstâncias nem depende de seus sentimentos. Abraão tem seus olhos em Deus e vive pela fé. Renuncia tudo por Deus. Entrega tudo a Deus. Confia plenamente em Deus. Então, Deus poupa seu filho, providencia um substituto para o holocausto e amplia ainda mais suas promessas e bênçãos a esse veterano da fé. Oh, que Deus nos faça conhece-lo na intimidade! Que Deus nos capacite a viver nessa absoluta dependência! Que tenhamos total desapego das coisas para dependermos plenamente de Deus! Que tenhamos a coragem de entregar tudo a Deus, inclusive nossa vida, nossos bens, nossa família, nossos filhos, nosso futuro. Deus jamais desampara aqueles que nele esperam. Ele jamais fica em dívida com aqueles que nele confiam. Em Deus podemos confiar!
POR QUE UMA NOVA REFORMA É NECESSSÁRIA HOJE?
Um dos lemas da Reforma Protestante do século XVI foi: “Igreja Reformada, sempre reformando”. O que isso não significa? Não significa que a igreja deve sempre buscar mudanças e novidades, aderindo às últimas novidades do mercado da fé. O que significa?Significa que a igreja precisa constantemente examinar sua teologia e sua ética para saber se estão alinhadas com as Escrituras.
Ao examinarmos a igreja contemporânea pelo crivo das Escrituras, chegamos à conclusão inequívoca, que ela precisa de uma nova reforma e isso, por algumas razões:
Em primeiro lugar, porque há na igreja contemporânea sinais de infidelidade às Escrituras. O liberalismo teológico, fruto do Racionalismo e do Iluminismo, tem devastado igrejas em todos os continentes. Seminários teológicos que formaram pastores, missionários e teólogos de grande envergadura foram tomados de assalto pelos liberais e hoje espalham seu veneno letal, negando a inerrância, a infalibilidade e a suficiência das Escrituras. Por outro lado, vemos avançar no meio evangélico o sincretismo religioso. O misticismo pagão adentrou os portais das igrejas e práticas completamente estranhas à palavra de Deus são adotadas nos cultos, desviando as pessoas da sã doutrina. Se o liberalismo tira das Escrituras o que nelas estão, o sincretismo acrescenta a elas o que nelas não pode estar. Assim, liberalismo e sincretismo atentam contra a eterna palavra de Deus, empurrando a igreja para o abismo da apostasia.
Em segundo lugar, porque há na igreja contemporânea evidência de graves desvios morais. A teologia é a mãe da ética. O homem pratica o que o que ele crê. Se a crença está errada, a vida estará errada. Se a doutrina é falsa, a ética será trôpega. Se os marcos doutrinários são arrancados, o relativismo moral se estabelece. As pessoas entram para a igreja, mas não são transformadas. Há muita adesão e pouca conversão. Muito ajuntamento e pouco quebrantamento. Há igrejas lotadas de pessoas vazias de Deus. Há pastores que são lobos disfarçados. Seu propósito não é alimentar as ovelhas, mas destruir as ovelhas. São camelôs da fé. Mercadejam a palavra. Buscam avidamente o lucro. Querem um império financeiro. Não amam o Supremo Pastor das ovelhas nem cuidam das ovelhas do Supremo Pastor. Entregam-se a todo desvario moral, sucumbem às seduções deste mundo e tornam-se guias cegos de pessoas cegas.
Em terceiro lugar, porque há na igreja contemporânea indícios de uma ortodoxia sem vigor espiritual. Se alguns descambam na teologia e na ética, outros mantêm-se fiéis à doutrina, mas perderam o fervor. Como a igreja de Éfeso, são firmes na palavra, são zelosos na ética e perseveram nas tribulações, mas já abandonaram o seu primeiro amor. Falta-lhes não luz na cabeça, mas fogo no coração. Falta-lhes brilho nos olhos. Estão áridos como um deserto e secos como um poste. Sua ortodoxia está ossificada. Há um abismo entre o que creem e o que vivem, pois a verdade que professam não aquece mais seu coração. Conseguem ver os desvios dos outros, mas não a falta de amor neles mesmos. Conseguem suportar perseguição por causa do evangelho, mas não se deleitam no evangelho nem o proclamam com senso de urgência. A vida cristã foi colocada no piloto automático. As coisas acontecem dentro de uma rotina enfadonha. Nada muda. Nada acontece. Estão tão acostumados com o sagrado que não sentem mais deleite nas coisas lá do alto. Perderam a visão do sublime. Perdem a alegria da adoração. Deixaram o fogo se apagar no altar do incenso. Não oram mais com fervor. Ah, sim, nós precisamos de uma nova reforma, uma reforma que nos leve de volta à doutrina dos apóstolos. Uma reforma que nos leve de volta ao deleite na adoração e ao fervor na oração. Uma reforma que nos tire do conforto das quatro paredes e nos leve aos recônditos da nossa cidade, aos pontos cardeais da nossa nação e aos lugares mais longínquos do mundo. Oh, que nosso coração se volte para Deus em sincero arrependimento! Oh, que Deus derrame sobre nós do seu Espírito, trazendo restauração para sua igreja!
 Rev. Hernandes Dias Lopes
Joe Thorn – 25 Marcas de um Cristão Desviado.
Cuidado com o Desvio
Eu não ouço falar muito sobre o perigo do “desvio” hoje em dia. Parece que isso é algo com que meus amigos e eu nos preocupávamos 20 anos atrás. Nós falávamos sobre isso, orávamos contra isso, e procurávamos manter Jesus sempre diante de nós como nossa grande esperança e satisfação. A preocupação não era com cair totalmente fora do mapa espiritual, negando Jesus e mergulhando em pecados escandalosos, mas nós sabíamos que de fato temos corações que são, como o hino diz, “inclinados a se desviar”. E eu não sou melhor hoje do que era naquele tempo.
Se há uma consideração particularmente humilhante para um crente com uma mente espiritual, é que, depois de tudo o que Deus fez por ele – depois de todas as ricas demonstrações de sua graça, a paciência e ternura de suas instruções, a repetida disciplina de sua aliança, os emblemas de amor recebidos, e as lições da experiência aprendidas –, ainda existe no coração um princípio, uma tendência para um secreto, perpétuo e alarmante afastamento de Deus.”
– Octavius Winslow, Personal Declension
Mas mesmo que reconheçamos que permanecemos pecadores e que podemos nos encontrar em um perigoso estado espiritual, acaso sabemos como se parece esse estado? Não estou bem certo disso. Alguns o assemelham a um fracasso público, e isso os deixa pensando que estão seguros quando, na verdade, podem estar em um caminho muito ruim. No clássico Vital Godliness (Piedade Vital), William Plumer diz: “Muitos são impedidos de vencer seus desvios porque são misericordiosamente guardados de pecados abertos. Se eles tivessem publicamente caído em manifesta iniquidade, eles ficariam vermelhos de vergonha; eles lamentariam sua perversidade diante de Deus e dos homens. Mas, por enquanto, é tudo segredo. Eles são meramente desviados no coração”.
Como se Parece o Desvio?
No seu livro, Revival (Avivamento), Richard Owen Roberts apresenta 25 evidências de uma condição desviada. Ele elabora cada uma delas, mas eu vou apenas dar-lhe os pontos aqui. Considere-os seriamente.
1. Quando a oração deixa de ser uma parte vital de uma vida cristã professa, o desvio está presente.
2. Quando a busca pela verdade bíblica cessa e a pessoa se torna contente com o conhecimento de coisas eternas já adquirido, não pode haver dúvida quanto à presença do desvio.
3. Quando o conhecimento bíblico possuído ou adquirido é tratado como um fato externo e não aplicado internamente, o desvio está presente.
4. Quando pensamentos ardentes sobre as coisas eternas deixam de ser regulares e consumidores, isso deveria ser como um sinal de alerta para o desviado.
5. Quando os cultos da igreja perdem seu deleite, uma condição de desvio provavelmente existe.
6. Quando discussões espirituais profundas são um constrangimento, há certamente uma evidência de desvio.
7. Quando os esportes, a recreação e o entretenimento são uma parte grande e necessária de seu estilo de vida, você pode concluir que está ocorrendo um desvio.
8. Quando os pecados do corpo e da mente podem ser praticados sem uma revolta na sua consciência, a sua condição de desviado é certa.
9. Quando as aspirações por uma santidade semelhante à de Cristo param de dominar sua vida e seu pensamento, o desvio está ali.
10. Quando a aquisição de dinheiro e bens materiais se torna uma parte dominante de seu pensamento, você tem uma clara confirmação de desvio.
11. Quando você pode pronunciar canções e palavras religiosas sem o coração, tenha certeza de que o desvio está presente.
12. Quando você pode ouvir o nome do Senhor ser tomado em vão, questões espirituais ridicularizadas e questões eternas tratadas de forma frívola, sem ser levado à indignação e ação, você está desviado.
13. Quando você pode assistir a filmes e programações de televisão degradantes e ler literaturas moralmente debilitantes, você pode estar seguro de seu desvio.
14. Quando quebras de paz na irmandade não são motivo de preocupação para você, isso é uma prova de desvio.
15. Quando a menor desculpa parece suficiente para afastar você do dever e da oportunidade espiritual, você está desviado.
16. Quandovocê fica satisfeito com sua falta de poder espiritual e não mais busca repetidos revestimentos de poder do alto, você está desviado.
17. Quando você desculpa seu próprio pecado e preguiça dizendo que o Senhor entende e lembra que somos pó, você revela sua condição de desviado.
18. Quando não há mais música em sua alma e em seu coração, o silêncio testifica de seu desvio.
19. Quando você se ajusta alegremente ao estilo de vida do mundo, seu próprio espelho vai lhe dizer a verdade sobre seu desvio.
20. Quando a injustiça e a miséria humana existem ao seu redor e você não faz nada para aliviar o sofrimento, fique certo de seu desvio.
21. Quando a sua igreja caiu em declínio espiritual e a Palavra de Deus não é mais pregada ali com poder e você permanece satisfeito, você está em uma condição de desviado.
22. Quando a condição espiritual do mundo declina ao seu redor e você não consegue percebê-lo, isso é testemunho da sua situação de desvio.
23. Quando você está disposto a enganar seu empregador, o desvio é patente.
24. Quando você se acha rico em graça e misericórdia e se maravilha com sua própria piedade, então você caiu profundamente em desvio.
25. Quando suas lágrimas estão secas e a realidade espiritual dura e fria de sua existência não é suficiente para fazê-las rolar, veja isso como um terrível testemunho da dureza de seu coração e da profundidade de seu desvio.
(extraído de Revival [Avivamento], Richard Owen Roberts)

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