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Bioquímica clínica resumo 08.09

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Bioquímica clínica – Aula do dia 08/09/16
O diabetes mellitus é um distúrbio do metabolismo da glicose, que tem como característica comum a hiperglicemia. A glicose, quando tem um aumento no sangue, acaba sendo eliminada na urina. Esse quadro de hiperglicemia vai ser resultado de um defeito na ação ou produção da insulina. A atual classificação do diabetes é baseada na etiologia, em como essa doença está sendo gerada, e não no tratamento.
Tipo 1 – deficiência na produção de insulina, onde há destruição das células beta-pancreáticas. É adquirida normalmente na infância ou no inicio da adolescência. Obrigatoriamente, este tipo precisa de administração de insulina constante. 
Diabetes tipo 1 idiopática – Não se sabe a causa. A secreção de insulina está prejudicada porque as células beta-pancreáticas estão destruídas, mas não há um encontro de marcadores de anticorpos específicos. 
A glicose não entra na célula só quando a insulina está presente. A insulina aumenta a captação em tecidos que têm transportadores do tipo GLUT-4.
Tipo 2 – há um problema na sinalização do receptor de insulina. Isso faz com que a insulina não consiga controlar adequadamente a glicemia, que permanece alta. Pode ter um aumento nos níveis de insulina, já que o pâncreas está produzindo mais para tentar suprir esse receptor; Normalmente, o individuo não tem emagrecimento repentino e pode até ser obeso. 
Pré-diabetes – quando o individuo não consegue regular a glicose, mas ainda não está com uma hiperglicemia estabelecida. Não consegue ficar na faixa de normalidade. 
Diabetes gestacional – a mulher pode desenvolver, durante a gestação, uma dificuldade na manutenção dos níveis normais de glicose (que não tinha antes). 
O diabetes insipidus é uma patologia que tem como causa um problema na secreção do ADH (hormônio antidiurético). 
Critérios para o diagnóstico do diabetes mellitus –
Testes laboratoriais aliados aos sintomas. 
Sintomas de poliúria, polidipsia, sede aumentada, perda ponderal, glicemia casual maior que 200mg/dl (qualquer hora do dia); glicemia de jejum (coleta de sangue realizada com mínimo de 8h de jejum) igual ou maior que 126 mg/dl (em mais de uma coleta); glicemia de 2h pós sobrecarga de 75g de glicose á uma dosagem maior que 200 mg/dl; 
Pessoas que estão naquela faixa onde não são diabéticas, mas também não conseguem manter os níveis adequados de glicose (faixa de pré-diabetes), a glicemia de jejum tem valores entre 100 a 125 mg/dl e após a sobrecarga de glicose, os valores ficam maior ou igual a 140 mg/dl. 
Hemoglobina glicada –
Ferramenta utilizada para o controle do diabetes. 
A hemoglobina é a proteína presente nas hemácias, que tem a função de carrear oxigênio. Ela é uma proteína tetramérica, composta por quatro unidades: 2 cadeias alfa, 2 cadeias beta. A análise da hemoglobina demonstra que, quando submetida á altas concentrações de glicose, há a ligação entre glicose e Hb, formanda a hemoglobina glicada. 
Hemoglobina A é a principal hemoglobina ativa, onde seu componente principal é a HbA0 (não tem açúcares ligados, não glicada).
Hb1 = pode ser separada e vai levar á identificação de frações distintas, como HbA1, HbA1A2, HbA1C (corresponde á glicose associada a hemoglobina – fração de interesse, tem relação com a hiperglicemia), HbA11C. 
Serve como marcador de hiperglicemia durante o período de circulação da hemácia = HbA1C
Teste para diagnóstico do diabetes mellitus, mas com algumas limitações: pessoas com hemoglobinopatia; pessoas que sofrem de anemia hemolítica.
No diabético, a hemoglobina glicada precisa ficar abaixo de 6,5% do total.

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