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Estudo dirigido fisiopatologia do diabetes

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Sabrina Carvalho 
ESTUDO DIRIGIDO FISIOPATOLOGIA DO DIABETES 
1º Caracterize as funções metabólicas abaixo, especificando qual hormônio é responsável 
por tal processo e em que condição ocorre. 
Exemplo: 
a) Glicólise: 
consiste na quebra de moléculas de glicose provenientes da alimentação para obtenção de 
energia imediata. O hormônio envolvido pelo processo é a insulina, e o processo ocorre na 
condição após uma refeição (entrada de glicose no organismo). A insulina capta a glicose da 
circulação proveniente da alimentação e a transporta para os tecidos alvos para geração de 
energia a partir da glicólise. 
 b) Glicogênese 
conversão da glicose proveniente da alimentação na qual não terá uso imediato e será estocado 
em glicogênio para uma fonte futura de energia. Esse processo de síntese de glicogênio no 
fígado e músculos, no qual moléculas de glicose são adicionadas à cadeia do glicogênio, é ativado 
pela insulina em resposta aos altos níveis de glicose sanguínea. 
c) Glicogenólise 
Em um processo de jejum, onde as taxas de glicose no sangue são baixas, o glucagon quebra as 
reservas de glicogênio fracionando em um processo metabólico para liberar moléculas de 
glicose para produção de energia. 
d) Gliconeogênese 
Formação de glicose a partir de macromoléculas como aminoácidos, glicerol ou lactato devido 
a baixa taxa de glicose no sangue. Ocorre em jejum e é regulado pelo glucagon no fígado e nos 
rins. 
2º Em uma situação de jejum, quais dos hormônios estarão mais elevados? Insulina ou 
glucagon? 
Em uma situação de jejum, as taxas de glicose no sangue são baixas e logo há a necessidade de 
transformação da reserva energética, o glicogênio, em glicose. Esse processo é chamado de 
glicogenólise e é regulado pelo glucagon e ocorre no fígado. Além disso, quando esgota a reserva 
energética, ocorre a produção de glicose proveniente de outras macromoléculas como 
aminoácidos, glicerol e lactato que também é regulado pelo glucagon e ocorre no fígado e nos 
rins em pequena quantidade. Logo, em uma situação de jejum, as taxas de insulina estão em 
baixos níveis e as taxas de glucagon em altos níveis para a produção de glicose hepática. 
3º Explique como ocorre a produção de insulina a partir das células ß-pancreáticas. 
Isso acontece porque na célula beta pancreática, assim como em outros tecidos, existe uma 
porta de entrada denominada glut2. Sendo assim, a glicose entra na célula beta pancreática 
onde passará pelo processo de formação de energia, onde o ATP irá inibir a saída do potássio da 
célula e essa inibição favorece a entrada do cálcio, permitindo somente o influxo de cálcio, 
deixando a célula despolarizada. Com isso, a insulina é produzida e liberada. 
4ª É correto dizer que o excesso de carboidratos na alimentação se transforma em gordura? 
Explique. 
Sabrina Carvalho 
Sim, pois se eu tenho uma dieta muito rica em carboidratos a insulina irá fazer essa captação da 
glicose e transportar para o fígado, um dos principais tecidos alvo. No fígado, esse excesso de 
glicose se transformará em triglicerídeos e irá se deslocar até o seu tecido alvo que é o tecido 
adiposo em forma de VLDL (pois o triglicerídeo não pode ser armazenado no fígado). Desse 
modo, o excesso de carboidrato pode ser transformado e armazenado em forma de gordura. 
5ª Caracterize a diferença entre diabetes tipo 1 e diabetes tipo 2 quanto a: patogenia, faixa 
etária mais frequente, fatores que podem desencadear a doença. 
Diabetes tipo 1: É uma doença autoimune – é uma resposta desencadeada por um vírus mas 
existe um forte componente genético - na qual ocorre a destruição (mediada por linfócitos 
TCD8) completa das células beta pancreáticas ocasionando a deficiência absoluta de insulina. 
São mais frequentes em crianças e adolescentes e são influenciados principalmente por fatores 
genéticos e ambientais. Corresponde, em média, entra 5 a 10% dos casos de diabetes melito. 
Diabetes tipo 2: É uma doença na qual consiste em uma resistência periférica à ação da insulina 
juntamente com uma resposta secretora inadequada das células beta pancreáticas, geralmente 
está associada a hiperglucagonemia, ou seja, aumento da secreção de glucagon. É frequente a 
partir da 4ª de vida, mas pode ocorrer tanto em crianças como em adultos. Possui uma forte 
herança familiar e corresponde a 90/95% dos casos. 
6º Por que antes os pacientes com diabetes tipo 1 eram chamados de insulinodependentes? 
Estes pacientes podem receber tratamento com hipoglicemiantes orais? Explique. 
Pois eram os pacientes que necessitam de tratamento por meio da insulinoterapia. Essa 
denominação caiu em desuso porque tanto os pacientes com diabetes do tipo 1 quanto os 
pacientes com diabetes do tipo 2 fazem uso de insulinoterapia. Pacientes com diabetes do tipo 
2 fazem tratamento inicial com hipoglicemiantes orais. À medida que responde ao tratamento 
e se não obtiver boa tolerância com a medicação, o médico poderá prescrever outra classe de 
hipoglicemiante oral ou concomitar com a insulina. 
Os pacientes diagnosticados com diabetes do tipo 1 não podem fazer tratamento com 
hipoglicemiantes orais. Isso porque esse medicamento tem a função de potencializar a produção 
de insulina e eles não possuem as células beta pancreáticas, logo, eles não têm a capacidade de 
potencializá-la. 
7ª Por que a doença de diabetes tipo 1 tem sintomatologia com inicio abrupto? Explane de 
forma sucinta como ocorre a destruição das células ß-pancreáticas. 
Tem início abrupto porque a destruição de células ocorre de modo progressivo e quando chega 
a 90% é quando ocorre a sintomatologia. Por ser uma doença autoimune e influenciada por 
conta de uma resposta viral com forte componente genético, os linfócitos TCD8 (citotóxicos) 
destroem as células beta pancreáticas produtoras de insulina, ocasionando a deficiência desse 
hormônio. 
8ª Durante o desenvolvimento do diabetes tipo 2, por que ocorre o hiperfuncionamento 
compensatório das células ß-pancreáticas? 
Na pré-diabetes, a célula beta pancreática tenta acompanhar a quantidade de glicose, gerando 
um estado de hiperinsulinemia para acompanhar o estado de hiperglicemia. Desse modo, 
gerando um mecanismo compensatório para acompanhar a quantidade de glicose proveniente 
da alimentação. Na ausência de um acompanhamento, essas células beta pancreáticas regridem 
Sabrina Carvalho 
de tamanho, vão ficar defeituosas e volta a quantidade normal de insulina que era produzida, 
volta ao estado de insulina normal mas continua o estado de hiperglicemia. 
9º O que significa um paciente em estado de pré-diabetes? Este paciente pode retornar ao seu 
estado euglicemico? Quais os valores de referência devem ser levados em consideração para 
diagnosticar um paciente neste estado? E quais recomendações você faria a este paciente? 
Um paciente pré-diabético faz com que suas células beta pancreáticas tentem acompanhar a 
quantidade de glicose no sangue, ou seja, gera um estado de hiperinsulinemia para acompanhar 
o estado de hiperglicemia por meio de um hiperfuncionamento compensatório. No entanto, é 
possível reverter esse estado e voltar as taxas euglicêmicas desde que haja uma adequação da 
dieta ligada a pratica de exercícios físicos e até medicamentos. Caso não haja essa adequação, 
haverá falha nas células beta com retorno de insulina em níveis baixos com estado de 
hiperglicemia. Em jejum, os valores de referência são de 100 a 125 mg/dL; para o teste da 
hemoglobina glicada entre 5,7 a 6,4 % (prof falou que era mg/dL); para a prova de tolerância à 
glicose oral é de 140 a 199 mg/dL. 
10ª Explique em que condições uma gestante pode receber o diagnostico de diabetes melitos 
gestacional? Isso significa que ela terá diabetes melitos após a gestação? Quanto ao recém 
nascido, quais consequências podem ocorrer em caso de a gestante não receber os cuidados 
devidos durante a gestação? 
Uma gestante irá ter diabetes gestacional caso tenha diabetes pré-existente e engravide ou 
mulheres não diabéticasque desenvolveram a tolerância limitada a glicose e diabetes pela 
primeira vez durante a gravidez. Se não houver os cuidados necessários, a diabetes gestacional 
pode se desenvolver para diabetes tipo 2. Para regular essa diabetes descompensada é preciso 
que haja tratamento com insulinoterapias para que haja um estado euglicêmico e caso não haja 
o recém nascido poderá desenvolver diabetes e/ou obesidade futuramente, crescimento fetal 
excessivo (macrossomia fetal), hipoglicemia neonatal. 
Glicemia em jejum: entre 92 e 126 mg/dL – Diabetes gestacional 
11º Qual a sintomatologia clássica considerada como tríade do diabetes? Além destes, quais 
outros sintomas o paciente diabético pode ter? 
A Tríade do diabetes é composta por: poliúria, polidipsia e polifagia. O paciente pode ter como 
sintomas também a glicosúria, dificuldade de cicatrização, fadiga, náusea, vômito, perda de 
peso, cegueira. 
12º O que são corpos cetonicos? Em que condições são gerados? Por que estes podem causar 
cetose e cetonuria? 
Corpos cetônicos são produzidos a partir de acetilcoA no fígado e ocorre quando os carboidratos 
estão tão escassos que a energia deve ser obtida através da quebra de ácidos graxos. 
A gordura será degradada por um processo denominado de beta oxidação, onde triglicerídeos 
são degradados para formar ácidos graxos e acontece no fígado. A beta oxidação é a quebra dos 
ácidos graxos para poder originar ATP. No entanto, para formar ATP é preciso reduzir em 
acetilcoA que entra na via do ácido cítrico e formar ATP. Este processo é mais demorado. No 
entanto, o uso de corpos cetônicos como o acetoacetado, acetona e D-beta-hidroxibutirato é 
a forma de energia mais rápida caso haja ausência de glicose (fome crônica ou jejum 
prolongado). 
Sabrina Carvalho 
O acúmulo de corpos cetônicos nos tecidos acaba sendo tóxico para o corpo e se não houver 
melhora, ocasionará uma diminuição do pH sanguíneo e o estado de cetose, cetoacidose e 
cetonúria. 
13º Cite as complicações que um paciente diabetes descompensada pode desenvolver ao 
longo do anos? 
Doenças cardiovasculares, placas de arteriosclerose, cardiopatias, neuropatia periférica, 
retinopatia diabética, gangrena, infecções fúngicas. 
14º Como é realizado o diagnostico para diabetes mellitus tipo 2? Quais os testes e valores de 
referencia que são utilizados? É correto em um único teste determinar o diagnostico do 
paciente? 
Para diagnosticar da diabetes mellitus tipo 2, deve-se analisar o contexto geral do paciente e ele 
deve apresentar seus níveis de glicose em jejum maiores que 126 mg/dL (o paciente deve ter 
cumprido com o jejum e orientações devidas antes do exame). Não é correto diagnosticar 
apenas com um exame. É preciso confirmar com o teste da hemoglobina glicada e o teste oral 
de tolerância a glicose. Em jejum, os valores de referência são de 100 a 125 mg/dL; para o teste 
da hemoglobina glicada entre 5,7 a 6,4 % (prof falou que era mg/dL); para a prova de tolerância 
à glicose oral é de 140 a 199 mg/dL. 
15º Explique como pode ser realizado o diagnostico diferencial do diabetes tipo 1 e tipo 2. 
Explique a importancia de realizar este diagnóstico diferencial. 
Diabetes Tipo I: o exame desse paciente apresenta taxas glicêmicas muito elevadas, sintomas 
abruptos, avaliar faixa etária (jovem), paciente magro, forte componente genético. No 
diagnostico laboratorial existe a presença de auto-anticorpos e determinação de cetonúria, 
cetonemia e cetoacidose. 
Diabetes tipo II: início assintomático, pacientes com obesidade ou acúmulo de gordura visceral, 
cetose rara e histórico familiar frequente, diagnostico por meio de exames laboratoriais. 
Pesquisa de anticorpos - Presença de anticorpos – diabetes tipo I

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