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Interações Medicamentosas

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Interações Medicamentosas
Prof.ª Thaisa Almeida Pinheiro
Introdução
Em pacientes graves, idosos e de unidades de terapia, a prescrição médica envolve diversas drogas. Nestes casos, não raramente os pacientes apresentam insuficiência renal e/ou hepática, que favorece o desencadeamento de inúmeras interações entre os medicamentos alterando o efeito farmacológico, aumentando a eficácia terapêutica ou provocando reações adversas e nocivas.
Introdução 
As interações entre drogas podem ser significativas se a doença tratada é grave ou potencialmente fatal.
A incidência das interações oscila de 3 a 5% nos pacientes que recebem poucos medicamentos e até 20% naqueles que recebem de 10 a 20 drogas.
 As interações podem ser classificadas em farmacocinéticas e farmacodinâmicas.
Interações Farmacocinéticas
São interações que modificam os parâmetros de absorção, distribuição, metabolismo e excreção.
Pode-se ter aumento na absorção do fármaco, com elevação de seu efeito farmacológico e risco de toxicidade, ou redução na velocidade de absorção do fármaco e repercussão na sua eficácia terapêutica.
 Ex: Inibidores da bomba de próton (omeprazol) e modificadores de motilidade digestória (metoclopramida).
Interações Farmacocinéticas
As interações que modificam a distribuição de fármacos caracterizam-se pelas alterações no equilíbrio dinâmico na ligação do fármaco às proteínas plasmáticas e na sua concentração livre no sangue. 
 Ex: Fenitoína e Varfarina, onde a primeira desloca a segunda das proteínas plasmáticas e o paciente corre o risco de apresentar hemorragias.
Interações Farmacocinéticas
As interações que envolvem metabolismo estão ligada a processos de indução ou inibição enzimática.
 Ex: fenobarbiltal e álcool, ambos são indutores enzimático, levando o paciente a um maior risco de apresentar crises convulsivas durante o tratamento com este medicamento.
Interações Farmacodinâmicas
Ocorrem no sítio receptor, pré-receptor, e pós-receptor, sendo conhecidas como interações agonistas e antagonistas.
Classificação das Interações Medicamentosas
Em relação aos riscos: Nível 1, 2 , 3, 4 ou 5.
Em relação ao tempo de instalação: rápida ou retardada.
Em relação ao nível de gravidade: maior, moderada ou menor.
Em relação à documentação: estabelecida, provável, suspeitada, possível, improvável.
Interações mais importantes na prática diária do farmacêutico
 1-Uso concomitante de drogas depressoras do sistema nervoso central (SNC)
 
 Ex:Quando forem associadas drogas como analgésicos opiáceos, benzodiazepínicos, antipsicóticos, barbitúricos e álcool, o paciente pode apresentar um aumento da depressão do SNC, depressão respiratória e hipotensão.
Interações mais importantes na prática diária do farmacêutico
2-Associação de antibióticos
 Ex: amicacina e cefaltonia: possível aumento da nefrotoxicidade.
 Ex: Sulfas diminuem o efeito das ciclosporinas.
 Ex: cloranfenicol diminui o efeito da ampicilina.
 Ex: Penicilínicos podem reduzir a eficácia dos contraceptivos orais.
Interações mais importantes na prática diária do farmacêutico
3-Interações com anticolinérgicos
 Ex: A associção de drogas anticolinérigicas (atropina, biperideno) com outras drogas que possuem atividade anticolínérgica secundária (clorpromazina) pode apresentar efeito anticolinérgico aditivo, sendo necessário diminuir as doses de ambas as drogas.
Interações mais importantes na prática diária do farmacêutico
4-Interações com drogas anticoagulantes
 Ex: Sem sombra de dúvida a varfarina sódica é uma das campeãs de interações medicamentosas, quase sempre tem um aumento do efeito anticoagulante e risco de hemorragia
 
 Ex: Varfarina e metronidazol
Interações mais importantes na prática diária do farmacêutico
5-Interações com anticonvulsivantes
 Ex: Quando anticonvulsivantes (como o fenobarbital, ácido valpróico, carbamazepina) são associados a antipsicóticos (como clorpromazina e haloperidol), pode haver uma diminuição do efeito anticonvulsivante, com risco do aparecimento de crises epilépticas.
Interações mais importantes na prática diária do farmacêutico
6-Interações com agentes betabloqueadores
 Ex: A associação de betabloqueadores à clonidina pode resultar em um aumento da pressão arterial (PA).
 Ex: Propanolol com bloqueador de canal de cálcio (como verapamil), pode-se ter um efeito anti-hipertensivo aumentado de ambas as drogas, que leva a um descontrole da PA.
Interações mais importantes na prática diária do farmacêutico
7- Interações com agentes antiinflamatórios não-esteroidais (AINE)
 Ex: Diclofenaco associado ao lítio, pode ocasionar aumento do nível sérico deste, levando ao risco de intoxicação por este eletrólito.
 Ex: AINE com anticoagulante orais podem aumentar o risco de hemorragias dos pacientes.

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