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Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) do Trabalho da         Vara de _______-__.
RECLAMANTE, nacionalidade, estado civil, profissão, nascido em xx/xx/xxxx, portador da CTPS nº xxxx, série xxxx, inscrito no CPF/MF sob nº xxx.xxx.xxx-xx, portador do PIS nº xxxxx, residente e domiciliado na Rua xxxxxx, n° xx, bairro, cidade-Estado, por seus Advogados que esta subscrevem, mediante instrumento de mandato em anexo, com escritório profissional localizado na Rua xxxxx, nº xx,  cidade-Estado, onde recebem as comunicações processuais, vem, perante Vossa Excelência, propor a presente  RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, em face de RESTAURANTE X, sociedade empresária inscrita no CNPJ/MF sob nº XXXX, com sede localizada na Rua XXXX, N° XX, Cidade-Estado, aduzindo os fundamentos fático-jurídicos a seguir expostos:
1- REQUERIMENTOS PRELIMINARES
Inicialmente requer os benefícios da gratuidade de justiça, consoante dispõe o § 3º do art. 790 da CLT, haja vista não poder demandar contra seu ex-empregador sem prejuízo do sustento próprio e da sua família. Salientando que se encontra desempregado, até o presente momento. Fazendo tal declaração ciente dos termos da lei.
Tendo em vista ser o entendimento doutrinário e jurisprudencial majoritário que a submissão dos conflitos trabalhistas à comissão de conciliação prévia, prevista na CLT em seus artigos 625-A e seguintes, é uma faculdade do trabalhador, vem o reclamante a este juízo para buscar a solução de seu conflito. 
2- DOS FATOS
2.1. ADMISSÃO, FUNÇÃO, REMUNERAÇÃO E DISPENSA
O Reclamante foi admitido pela reclamada em 15/09/2010, para laborar na função de auxiliar de cozinha, mediante a remuneração mensal de R$ xxxx,00 (xxxxxxxxxxx reais), tendo sido dispensado sob alegação de furto de alimentos do restaurante, imotivadamente e sem pré-aviso em 01/08/2013, sendo que o mesmo esclareceu que só levava restos de alimentos que não mais seriam reaproveitados. 
Até o presente momento não recebeu o pagamento das verbas rescisórias a que faz jus, pelo que, torna-se devida a multa prevista no § 8º do art. 477 da CLT, por descumprimento do prazo estabelecido no § 6º do mesmo artigo consolidado.
Não teve a CTPS anotada, bem assim, não houve recolhimento do fundo de garantia por tempo de serviço.
2.2. DA JORNADA DE TRABALHO
Durante o vínculo empregatício o reclamante laborava de segunda à sábado das 9h00min às 20h00min, com apenas 20 minutos de intervalo para almoço e trabalhava mensalmente dois domingos, pagando apenas 01 (uma) hora extra por dia, a 50% todas elas.
3. DO DIREITO
3.1. DO CONTRATO DE TRABALHO
Conforme acima exposto, o reclamante foi dispensado pela reclamada sem justa causa, e, ao contrário do que determina a lei, esta não lhe pagou as verbas devidas no prazo determinado também pela lei. 
 É inadmissível demissão por justa causa por furto de alimento. Por unanimidade, assim decidiu a 5ª Câmara do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região - Campinas, ao determinar que o Município de Espírito Santo do Pinhal, interior de São Paulo, reintegrasse servidora concursada. Logo após ser demitida por justa causa, a servidora municipal ajuizou reclamação na Vara do Trabalho de São João da Boa Vista alegando que, por necessidade, tentou levar para casa um pacote de salsichas. Pediu sua reintegração, já que não teria causado qualquer prejuízo ao empregador.
O Empregador não observou a devida proporcionalidade entre a pena aplicada e a falta cometida. Conforme constatado nos autos do processo, a empregada, além de humilde e de pouca instrução, prestava serviços no período supracitado, sem nunca ter sido advertida por qualquer motivo. "Além disso, o objeto do alegado furto era alimento que não mais seria reaproveitado pelo restaurante, além do ínfimo valor, era destinado única e exclusivamente para a alimentação da trabalhadora ou de sua família, conforme se presume ante a condição social da empregadal.
O furto famélico não é considerado crime, porque a pessoa age sob estado de necessidade. "Com muito maior razão não se pode considerar legítima a dispensa por justa causa de trabalhadora que furta alimento de reduzido valor com o único e exclusivo intuito de alimentar a si ou a sua família, eis que a falta praticada, ainda que condenável, não detém a gravidade necessária para ensejar a aplicação da pena máxima", 
Conforme RO 00750-2003-034-15-00-8, a empresa deve observar a proporcionalidade entre o ato praticado e a pena a ser aplicada, cabendo penas mais leves, como advertência ou suspensão, para atos de pouca gravidade. Ainda mais quando o empregador não teve prejuízo com a conduta, já que o objeto apropriado foi descartado ao lixo. 
O contrato de trabalho é protegido pela própria Constituição Federal, que em seu artigo 7º, I, determina ser devida indenização ao trabalhador quando imotivadamente dispensado. No inciso XXI do mesmo artigo constitucional, foi também garantido ao trabalhador o período de no mínimo 30 dias de aviso prévio à demissão, sendo que a CLT, em seu artigo 487, parágrafo 1º, estabelece que o empregado que for dispensado de trabalhar durante este período deverá receber o valor do salário correspondente. 
A doutrina é pacífica quanto aos direitos do empregado dispensado sem justa causa, o que se pode extrair da lição do doutrinador Sérgio Pinto Martins: 
"O empregador pode dispensar o empregado sem justa causa, cessando assim, o contrato de trabalho. Para tanto, porém, deverá pagar as reparações econômicas pertinentes." E assim prossegue, enumerando a quais verbas fazem jus tal empregado: "Terá direito o empregado a aviso prévio, salário proporcional, férias vencidas e proporcionais, saldo de salários, saque do FGTS, indenização de 40% e direito ao seguro desemprego." (Direito do Trabalho, São Paulo: Altas, 2004, p. 639.)
No tocante ao prazo para o pagamento do valor devido, a CLT estabelece em seu artigo 477, parágrafo 6º, que as referidas verbas deverão ser pagas em até dez dias úteis quando dispensado o cumprimento do aviso prévio, cominando, em seu parágrafo 8º, multa equivalente a um salário do trabalhador em caso de descumprimento desta determinação. 
Ora, este é o caso do reclamante que até a presente data não recebeu qualquer valor, pelo que também faz jus ao recebimento da referida multa. 
3.2. DA JORNADA DE TRABALHO
É assegurada constitucionalmente a jornada de trabalho de 8 horas diárias e 44 horas semanais para os trabalhadores urbanos, sendo que qualquer trabalho acima do fixado na CF importará em prorrogação da jornada, devendo o empregador remunerar o serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% à do normal, consoante prevê o art. 7º da CF, abaixo transcrito. 
"Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...)
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal;"
Estabelece, também, o art. 58 da CLT: "A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite".
Diante da leitura dos artigos supramencionados, conclui-se que toda vez que o empregado prestar serviços após esgotar-se a jornada normal de trabalho haverá trabalho extraordinário, que deverá ser remunerado com o adicional de, no mínimo, 50% superior ao da hora normal.
No caso em apreço, verifica-se que a Reclamante cumpria diariamente 2 (duas) horas E 40(Quarenta) minutos extraordinários durante o período de vigência do contrato de trabalho, sendo que a Reclamada jamais lhe efetuou o pagamento destas horas extraordinárias e seus reflexos, nem tampouco em sua rescisão contratual, valores estes que faz jus a Reclamante em receber, conforme demonstrado acima.
Considerando que a reclamante sempre trabalhou em sobrejornada, essas horas prestadas com habitualidade integram a remuneração para todos os efeitos legais, de modo que devem refletir nas férias, 13ºsalários, D.S.R.’s., F.G.T.S. e verbas rescisórias, conforme entendimentos jurisprudências cristalizados nos Enunciados de Súmula do E. TST - 45, 63, 76, 94,151 e 172. 
3.3. DO INTERVALO INTRAJORNADA 
A Reclamante não dispunha de intervalo para refeição e descanso, sendo frontalmente descumprido o que determina o artigo 71 da CLT, tendo-se com ininterrupta a jornada de trabalho, cabendo à mesma, o recebimento de 01 hora extra referente aos 60 minutos destinados à alimentação e repouso, não desfrutado, como hora extraordinária , com reflexos nas férias + 1/3, 13º salários, DSR’s, FGTS + 40% e verbas rescisórias, conforme jurisprudência a qual pedimos "venia" para transcrever a seguir: 
" SE A EMPREGADORA CONCEDE MENOS QUE SESSENTA MINUTOS DE DESCANSO INTRAJORNADA, O OBREIRO SUJEITO A OITO HORAS DE TRABALHO POR DIA, HÁ DE SER CONDENADA NO PAGAMENTO DE UMA HORA EXTRA, POR VIOLAÇÃO AO QUE DISPÕE O ARTIGO 71 DA CLT"( TRT 2º Região - 1ª Turma - Ac. 0291000743 - DJE, 07.06.91 - pag. 85 ). 
" A INOBSERVÂNCIA DA CONCESSÃO DO INTERVALO INTRAJORNADA POR NÃO SE TRATAR DE INFRAÇÃO MERAMENTE ADMINISTRATIVA, ASSEGURA AO EMPREGADO O DIREITO DE RECEBER A CORRESPONDENTE REMUNERAÇÃO COMO EXTRA "( TRT 12ª Região - 1ª Turma - Ac. 1780/90 - DJSC 07.06.91 - pg.28). 
Assim, comprovado o seu gozo parcial, resta violado o disposto no artigo 71, da CLT, o que gera o direito à remuneração do interregno integral, em conformidade com a Orientação Jurisprudencial nº 307, da SDI – 1, do Colendo Tribunal Superior do Trabalho, esta de seguinte teor:
“INTERVALO INTRAJORNADA (PARA REPOUSO E ALIMENTAÇÃO). NÃO CONCESSÃO OU CONCESSÃO PARCIAL. LEI Nº 8.923/94. Após a edição da Lei nº 8.923/94, a não concessão total ou parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, implica o pagamento total do período correspondente, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT).” (sem grifo no original)
Ante o exposto, protestando provar o alegado pela produção de todos os meios em direito admitidos, notadamente o depoimento pessoal de representante legal da reclamada, sob pena de confissão, prova testemunhal, pericial, documental, requer seja expedida a notificação da reclamada para o endereço citado anteriormente, para comparecer a audiência designada, sob pena de aplicação dos efeitos da revelia, respondendo, querendo, aos termos da presente sob pena de confissão ficta quanto a matéria fática, requerendo, ainda, o deferimento da gratuidade de justiça, nos termos da fundamentação expendida e, ao final, seja a presente julgada totalmente procedente nos termos dos pedidos abaixo:
4. DOS PEDIDOS:
a) Aviso prévio com integração ao tempo de serviço;
b) 13º salário proporcional;
c) Férias proporcionais, acrescidas de 1/3;
d) Horas extras, com o adicional de 50%, às horas extras de segunda a sexta-feira, e de 100%, referentes às horas de sábado, sua integração ao salário e reflexo nas parcelas de: aviso-prévio, férias com 1/3, 13º salário, repouso semanal remunerado e FGTS com 40%;
e) Diferença de Repouso Semanal Remunerado em face da integração das horas extras;
f) Depósito e liberação do FGTS pelo código 01, ou pagamento de indenização substitutiva;
h) Multa de 40% sobre o FGTS;
i) Multa prevista no § 8º do art. 477 da CLT, em face da inobservância do prazo previsto no § 6º do mesmo artigo consolidado;
j) Pagamento das verbas rescisórias incontroversas, na primeira audiência, sob pena de pagá-las acrescidas de 50%, conforme determina o artigo 467 da CLT;
l) Anotação e baixa na CTPS do autor.
Dá-se à causa o valor R$ xx,00 ( xxxxxx reais).
                                       
Termos em que,
                                       
Pede Deferimento.
                                        
Local, Data 
ADVOGADO
OAB/(SECCIONAL) N° XX
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
FACULDADE DE DIREITO
ATIVIDADE FINAL DE PRÁTICA SIMULADA III – TRABALHO
ANDREY BORBA
SANDRA FARIAS
MANAUS – 10/03/2014

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