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FARMACOLOGIA ANTIPROTOZOÁRIOS INTRODUÇÃO: O tratamento contra protozooses é mais difícil do que bactérias, pois os protozoários são seres eucariotos o que se assemelham as nossas células, metabolicamente, do que as bactérias. Com isso podemos dizer que os fármacos que são utilizados para tratar os protozoários são mais tóxicos devido a sua falta de especificidade, e semelhança entre as nossas células e as células dos protozoários. FÁRMACOS: os fármacos são divididos de acordo com os protozoários. Existem fármacos para usar contra amebíase, malária, tripanossomíase, leishmaniose, toxoplasmose, giardíase. Amebíase: Cloroquina, desidroemetina, Emetina, iodoquinol, metronidazol, Paramocina, Tinidazol Malárico: Artemisina, Cloroquina, mefloquina, primaquina, pirimetamina, quinina/quinidina. Tripanossomíase: Benzinidazol, melarzoprol, nifurtimax, pentamidina, suramina. Leshmaniose: estibogluconato Toxoplasmose: Pirimetamina. Giardíase: Metronidazol, nitazoxanida, Tinidazol. • AMEBÍASE Forma Magna patológica; Assitomática; Colite amebiana não disentérica (diarréia); Colite amebiana disentérica: febre, fezes mucopiosanguinolentas, cólica, tenesmo, perda de peso; infecção extra intestinal: abscessos hepático; Meio de contaminação por água e alimentos. CICLO DE VIDA Entamoeba histolytica O homem ingere o cisto que conseguem ultrapassar o ácido clorídrico do estômago. Estes cistos chegam ao íleo e liberam trofozoítos, estes que podem penetrar a mucosa e alcançar o sistema e órgãos, ou podem permanecer no intestino se reproduzindo, ou podem continuar o cíclo e formar novos cistos e serem eliminados nas fezes. Com isso podemos observar que a amebíase pode agir de duas formas luminal ou sistêmica, faz necessário o estudo clínico bem feito e os exames adequados para realizar o melhor tratamento do paciente, pois há fármacos que atuam de forma apenas sistêmica, outros apenas luminal e outros mistos. Amebicidas luminais: paromomicina, iodoquinol. Amebicidas sistêmicos: Cloroquina, Emetina e desidroemetina. Amebicidas mistos: Metronidazol e tinidazol. Mecanismo de ação do metronidazol: Este fármaco possui duas formas de ação, isso depende de qual organismo ele vai atua: aeróbicos ou anaeróbicos. Em organismos Anaeróbios o transportador de eletrons fica para a ferredoxína, esta que doa seus elétrons para a cadeia transportadora de elétrons, a ferredoxina-Fe2+ (reduzida) torna-se ferredoxína-Fe3+ (oxidada) gerando assim energia na cadeia transportadora de elétrons, PORÉM quando se administra o metronidazol “rouba” o elétron da ferredoxina que seria utilizado na cadeia respiratória, com isso, além de não permitir o processo de formação energia do parasito, o próprio medicamento transforma em um radical livre que pode danificar estruturas celulares da ameba, principalmente, o DNA. Em organismos aeróbicos quem funciona como transportador de elétrons é o Oxigênio, porém, o metronidazol não capta os elétrons do O2 e sim ele insere elétron no O2 transformando-o em radical livre o que lesa e instabiliza o DNA, proteínas e lipídios de membrana. Usos terapêuticos: Agente de escolha para tratar E. histolytica; Tratamento de cocos gram negativos anaeróbios (bacteroides); Tratamento de Giardia lamblia e Trichonomas vaginalis; Bacilo gram positivo (Clostridium) Farmacocinético: • É um fármaco totalmente absorvido após administração oral; • Para se tratar amebíase é utilizado junto ao fármaco Furoato de diloxanida ( amebicída de luz intestinal); • pode ser encontrados em níveis terapêuticos nos fluidos vaginais, seminal, saliva, leite e líquido céfalo-raquidiano; • Metabolizado pelo o fígado. Efeitos adversos: A maioria dos sintomas são no TGI: náuseas, êmese, desconforto epigástrico, gosto metálico na boca, candidíase bucal. Os sintomas neurotóxicos são: tontura, vertigem, parestesia. Opções terapéuticas: portadores de cistos assintomático: iodoquinol, paromicina; dirrareia/disentérica, extraintestinal: metronidazol + iodoquinou/paromicina; Abscesso amébico hepático: cloroquina+metronidazol/emetina • MALÁRICO AGENTES ETIOLÓGICOS: Plasmodium falciparum, p. vivax, p. ovale, p. malariae, p. knowlesi. SINAIS E SINTOMAS: Febre alta periódica, persistente, hipotensão ortostática, Eritrocitose maciça, obstrução capilar e morte. O mosquito infectado injeta a partir da sua probóscide a forma esporozoítos que é levado ao sistema através dos vasos, até alcançar o fígado. No fígado, dentro do hepatócito, sofrem transformação de esporozoítos para merozoítos, eles crescem e se reproduzem até ocorrer a lise da célula hepatócito, com isso voltam aos vasos até invadirem os eritrócitos, dentro deles, surge uma nova mudança de merozoítos para trofozoítos. Os trofozoítos se multiplicam até promover a lise celular e com isso transformar em merozoítos depois disso em gametócito (macho ou fêmea), no qual o mosquito sadio vai se infectar ao picar o ser humano infectado, OU/E permanecer na circulação e infectar outros eritrócitos. FÁRMACOS ANTIMALÁRICOS: ESQUIZONTICIDA SANGUÍNEO OU AGENTE SUPRESSOR: Farmacos que atuam sobre as formas assexuadas sanguíneas do parasito. • Cloroquina; • Quinica; • Amodiaquina; • Artemisinina; • Antifolatos. O plasmódio utiliza os aminoácidos existentes na hemoglobina, porém o grupo Heme é toxico para ele, contudo o parasito é capaz de polimerizar o heme em hemozoína, está forma que não é tóxico para o parasito, e com isso ele sequestra no vacúolo alimentar. A cloroquina atua justamente impedindo a formação da hemozoína, com isso aumentará a concentração de grupos hemes intracelular o que começa a degradar os plasmódios. EFEITOS ADVERSOS: Disturbios TGI, urticárias cutâneas, cefaléia e visão borrada. ESQUIZONTICIDA TECIDUAL OU PROFILÁTICO CAUSAL: Fármaco que atua nas formas assexuadas nos tecidos, como exemplo:fígado. • Primário: atua nas formas pré-eritrocíticas, evitando a invasão dos eritrócitos- Primaquina- • Secundário: Atua nas formas exo-eritrocítica secundárias ou latentes evitando recaídas -primaquina- Primaquina: elimina as formas exoeritrocíticas de P. falciparum e P. vivax. Elimina as formas sexuadas circulantes (gametocíticas); o mecanismo de ação é devido a estresses oxidativos causado pelos fármacos. EFEITOS ADVERSOS: Anemia hemolítica por deficiência de G6PD. Devido a deficiência dessa enzima não há grande quantidade de NADPH e GSH o que aumenta o estresse oxidativo celularo que provoca a hemólise. OBS: DEVIDO AOS MECANISMOS DE RESISTÊNCIAS DA MALÁRIA TORNA-SE DIFICIL O TRATAMENTO DA DOENÇA, PRINCIPALMENTE A CLOROQUINA. OPÇÕES TERAPÊUTICAS: PARA TODAS AS FORMAS, MENOS P. FALCIPARUM E RESISTENTES: CLOROQUINA. PARA FALCIPARUM E RESISTENTES: QUININA+PIRIMETAMINA-SULFADOXINA OU DOXICICLINA OU CLINDAMICINA. ALTERNATIVA: MEFLOQUINA. PARA RECAÍDAS: P. VIVAX E P. OVALE: PRIMAQUINA; PREVENÇÃO DA MALÁRIA ÁREAS GEOGRÁFICAS COM CLOROQUINA SENSÍVEIS: CLOROQUINA; ÁREAS GEOGRÁFICAS COM CLOROQUINA RESISTENTES: MEFLOQUINA; NA GESTAÇÃO: CLOROQUINA OU MEFLOQUINA. • TRIPANOSSOMÍASE: Tripanossoma cruzi Americana: Trypanosoma cruzi : Causador da cardiopatia, comum em crianças, transmitidas pelas fezes do inseto contaminado, tratado com nifurtimox. Africana: Trypanosoma brucei: transmitida pela mosca tse-tse e causa a doença do sono. Trypanosoma brucei gambiense: lento para entrar no sistema nervoso, suramina e pentamidina são usadas no início da doença. Trypanosoma brucei rhodesiense: invade precocimente o SNC, Fatal se caso não for tratado, melarsoprol é usado quando há envolvimento no SNC. FÁRMACOS: SURAMINA: Usada para o tratamento precoce e profilática da Triponossomíase africana. Age inibindo o metabolismo energético incluindo glicerol fosfato desidrogenase MERLASOPROL: Asenical trivalente, usado para tratartrypanosoma com comprometimento SNC. O fármaco atua nos grupos de SH (pontes sulfídricos) de diversas enzimas. PENTAMIDINA: ATIVO CONTRA: trypanosoma , leshmania, fungo- pneumocytis carinii. Atua interferindo a síntese de RNA, DNA e Proteínas. É administrado intra venoso ou aerosol. Nefrotoxicidade é o que limita o seu uso. NIFURTIMOX: é usado para o tratamento de Trypanosoma cruzi. Age produzindo superóxidos e peróxidos que são radicais tóxico para o parasito, pois não possui a enzima catalase. É bem absorvido por via oral. • LESHMANIOSE: É transmitida por picada de mosquito. Existem 3 tipos : cutânea, mucocutânea e visceral (calazar). FÁRMACOS : Antimoniais pentavalentes – Estibogluconato de sódio. Pentamidina- Anfotericina B. Estibogluconato de sódio: Atua inibindo a glicólise e a oxidação de ácidos graxos; Admnistrado: Intra muscular, intra venoso. Efeitos adversos: arrtimia cardíaca e nefrotoxicidade.
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