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Fichamento do livro O Processo

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1
	UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE BARRA DO BUGRES
FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS, TECNOLÓGICAS E JURÍDICAS
CURSO DE DIREITO
Fichamento do livro O Processo-Franz Kafka
ALMEIDA, Laís de Souza
Acadêmica do curso de Direito
Email: lais-sa@outlook.com
RODRIGUES, Gustavo Queiroz
Professor do curso de Direito
Email: gustavoqueiroz01@gmail.com
O processo/ Franz Kafka; tradução e posfácio Modesto Carone. -São Paulo: Companhia de Letras, 2005. P. 7-228
Capítulo primeiro: detenção. conversa com a senhora grubach. depois com a senhora bürstner
Josef K. foi caluniado, assim sendo preso injustamente. A cozinheira da senhora Grubach levava o seu café da manhã todos os dias por volta das oito horas, mas dessa vez ela não veio. Isso nunca tinha ocorrido, Josef aguardou um pouco mais, observava o ambiente ao seu redor, mas depois sentia estranheza e fome ao mesmo tempo, bateram à porta, Josef acreditava que era Anna com o seu café da manhã, mas entrou um homem que jamais tinha visto naquela casa.
Josef questionou quem era o homem, ficou observando-o e o homem recuou para a porta do quarto. Era possível ouvir uma pequena gargalhada no fundo vinda do cômodo contíguo, não era possível definir se tratava ou não de várias pessoas, assim deixando Josef perturbado.
K. entrou de maneira devagar na sala de estar da senhora Grubach, à primeira vista, a sala parecia estar exatamente como na noite anterior. A janela estava aberta, onde podia se ver uma senhora curiosa passando.
Na sala de estar estava o mesmo homem que Josef deparou-se na porta do quarto, o homem deteve K. Dois homens examinaram o camisolão de K, pediu para ele trocar de roupa, a roupa retirada foi deixada com os agentes policiais. Josef ficou confuso com tudo que estava passando, pois ainda vivia em um Estado de Direito, acreditava que a situação era apenas uma brincadeira organizada pelos seus colegas do banco por motivos desconhecidos ou por ser seu aniversário de trinta anos de idade. Mas a face do guarda Franz desde o princípio permaneceu séria.
Josef foi ao quarto procurar seus documentos de identificação, mas somente encontrou sua carteira de ciclista, os guardas desprezaram esse documento, dessa maneira, K. retornou ao quarto e encontrou sua certidão de nascimento. Quando retornou à sala de estar, abriu-se a porta bem em frente e a senhora Grubach fez questão de entrar. Eles se viram por um instante, ela não conseguiu reconhecer o K., pediu desculpas, sumiu e fechou a porta com extremo cuidado. K. chamou-a para entrar na sala. Ela não entrou e ele ficou no meio da sala com seus papéis, Josef avistou os guardas consumindo o seu café da manhã.
K. questionou os guardas o motivo da senhora Grubach não poder entrar no quarto, assim, deixando um dos guardas irritados. Entregou os seus documentos de identidade, os guardas ficaram mais irritados, explicaram que não conhecem o que é um documento de identidade e que estavam sendo pagos para vigia-lo. Os guardas questionaram se K. conhece as leis e afirma que é inocente, assim, sendo motivo de deboche dos guardas.
K. ficou quieto e pensou em uma maneira de deixar os guardas mais confusos. Ficou andando de cá para lá no espaço livre do aposento. Dessa forma, decidiu acabar com o espetáculo em que era exposto, pedindo para ser levado ao superior dos soldados. Os soldados se recusaram à leva-lo ao andar superior e aconselhou a ficar em seu quarto e somente sairia para comprar lanche do café da manhã, caso K. pagasse com seu próprio dinheiro.
Deitou-se sobre sua cama e pegou uma maçã que tinha deixado na noite anterior, sentiu-se bem e confiante, apesar de estar perdendo o rumo da manhã no banco, mas o seu cargo alto facilitava o uso de uma desculpa. Ficou pensando em que desculpa iria utilizar para justificar a sua ausência. Tomou duas doses de aguardente quando foi avisado por um dos soldados que o inspetor estava esperando-o.
Os soldados pediram para o K. colocar um paletó preto para poder conversar com o inspetor, assim, sendo levado para o quarto da senhorita Bürstner, que era uma datilógrafa que ocupava o quarto a pouco tempo. Os soldados mudaram a decoração do quarto para o inspetor interroga-lo.
K. pensou sobre a necessidade da mobilização de tantas pessoas e do isolamento de dois cômodos da casa para o seu interrogatório e sua prisão. O inspetor interrogou K. que respondia com uma certa revolta por estar preso e o inspetor não ter revelado o motivo. K. pede a permissão ao inspetor para telefonar para o promotor público Hasterer, quando o inspetor deu a permissão, ele desistiu e ficou observando o outro lado da rua pela janela.
Ao perceber que tinha dois senhores do outro lado da rua observando o que estava acontecendo no quarto, K. ficou mais irritado e espantou os sujeitos. Possivelmente, o inspetor concordou com ele, mas havia possibilidade de o inspetor não ter escutado nada, pois apertava com força uma das mãos sobre a mesa e parecia comparar o comprimento dos dedos.
K. argumentou ao inspetor que se julgasse-o pela aparência, o caso estaria encerrado, afirmou que se os guardas e inspetores tiverem a mesma opinião, o caso deveria ser finalizado com um aperto de mãos, assim estendendo uma das mãos. O inspetor não o cumprimentou e revelou que iria embora temporariamente, ainda perguntou se K. quer ir ao banco.
Josef ficou incrédulo com a pergunta feita pelo inspetor, pois acreditava que estava detido. O inspetor disse que ele estava detido, mas poderia ir trabalhar normalmente e que é o seu dever dele libera-lo ir ao serviço, sob a condição que fosse acompanhado por três colegas de serviço.
K. cumprimentou os três colegas sendo correspondido por cumprimentos com a cabeça e sorrisos. K. esqueceu o seu chapéu no quarto e os seus colegas seguiram ele até o quarto. Kaminer pegou o chapéu para Josef. Na antessala, a senhora Grubach não se sentia culpada. No andar abaixo, K. decidiu ir ao trabalho de carro, pois estava muito atrasado. Kaminer correu até a esquina para pegar o carro, os outros dois ficaram visivelmente tentando distrair K., quando de repente Kullich apontou para a entrada do prédio em frente, na qual surgiu um homem, que, no primeiro momento, um pouco embaraçado com a situação, pois foi exposto o seu corpo todo. K. se irritou com Kullich por ter chamado a atenção sobre o homem que já tinha visto pessoalmente antes e que até mesmo havia esperado.
Os homens se sentaram e o carro partiu, K. se recordou que não tinha visto o inspetor e os guardas partindo, assim, se propondo a observar as coisas com mais acuidade nesse aspecto.
Naquela primavera K., possuía o habito de ficar até as 9 horas no escritório, depois do trabalho, tinha o costume de fazer um pequeno passeio a pé sozinho ou com a companhia de funcionários, logo seguir, indo a uma cervejaria, onde geralmente ficava até as 11 horas da noite, em uma mesa reservada, junto com pessoas mais velhas. Além disso, K. ia uma vez por semana na casa da jovem Elsa, que durante à noite trabalhava como garçonete e durante o dia recebia visitas na cama.
Nessa noite, K. decidiu ir diretamente para a sua casa. Durante o decorrer do dia, tinha pensado na desordem que ocorreu na casa da senhora Grubach causado pelos incidentes que ocorreram pela manhã. Durante o expediente, K. analisou o comportamento dos três colegas que o acompanhou até o serviço, seja chamando eles à sós ou grupalmente. Após o fim do expediente, K. encontrou com um rapaz fumando um cachimbo na entrada do prédio onde moravam. Curioso, K. o questionou e o rapaz revelou-se ser filho do zelador do prédio. Adentrou ao prédio e decidiu ir falar com a senhora Grubach que estava costurando uma meia numa mesa sobre a qual havia ainda uma pilha de meias velhas. A senhora Grubach foi muito amável e afirmou que estava sempre a sua disposição. K. reparou que a sala estava exatamente como antes.
A senhora Grubach afirmou que tinha muito trabalhos para serem feitos, assim, K. comentou sobre o pequeno tumultuo que tinha ocorrido pelamanhã que deve ter dado muito trabalho para ela, mas ela disse que não teve nenhum trabalho especial. O silêncio foi instaurado no ambiente e K. ficou admirando-a enquanto costurava as meias. K. prometeu a senhora Grubach que situações semelhantes aquelas não se repetiriam, ela afirmou a mesma frase e pediu para ele não levar muito à sério. Ainda afirmou que K. não foi detido igual à um ladrão e que isso era um dos lados positivo da situação.
K. contou que foi preparado para enfrentar situações semelhantes no banco e fez questão de apertar as mãos da senhora Grubach. Ele pensou enquanto ela se levantava que poderia ter a mesma atitude que o inspetor teve, mas ela pediu para ele não se afligir e ele negou que estava afligido.
Perguntou se a senhorita Bürstner estava em seu quarto para poder ir pedir desculpas pela bagunça que tinha causado, a senhora Grubach informou que ela estava no teatro e que não aparecia em seu quarto desde cedo, dessa forma, ela não estava sabendo de nada. K. decidiu dar uma olhada no quarto e viu que estava tudo em ordem. A senhora Grubach insinuou que a senhorita Bürstner seria garota de programa, causando uma certa revolta no K. Ela afirmou que o seu dever na pensão é de manter limpa e organizada. K. esbravejou que se quer manter a pensão limpa deveria despeja-lo.
Com a perca de sono, K. decidiu observar o horário que a senhorita Bürstner chegaria e trocar algumas palavras com ela. Chegou a pensar em uma maneira de castigar a senhora Grubach. Deixou um pouco aberta a porta para a antessala para observar o movimento de entrada e saída da casa. Ficou deitado tranquilamente até cerca de onze horas, fumando um charuto. Mas a partir desse momento, começou a desejar a chegada da senhorita Bürstner. Começou a culpa-la pela mudança do seu hábito diário.
Às onze e meia, K. ouviu um barulho vindo da escadaria, era alguém chegando, ele se escondeu atrás da porta da antessala. Era a senhorita Bürstner chegando, ao ver que era ela, K, ficou nervoso e decidiu ir a sua direção, mas para o seu azar, esqueceu-se de acender a lâmpada do quarto, de modo que, se surgisse da escuridão, iria aparecer um ataque surpresa ou causaria um susto grande nela. Sem ter tempo para perder, K. decidiu cumprimenta-la pelo sussurro pela fresta da porta. Eles começaram a conversar e ela convidou-o para ir ao seu quarto para poder conversar tranquilamente.
K. comentou sobre o ocorrido pela manhã, mas a bagunça era pouco perceptível, até que a senhorita Bürstner reparou que suas fotografias estavam bagunçadas. Ela o questionou e afirmou que K. é inocente. Ela se manifestou muito interessada no assunto e disse que aprimoraria o seu conhecimento na área, pois iria trabalhar como secretária em um escritório de advocacia.
Josef contou como foi a experiência de ser interrogado por um inspetor, a senhorita Bürstner disse que sentia muito cansada e pediu para Josef sair do quarto, para ela poder descansar. Mas Josef não quis sair e fez questão de simular de como foi o seu interrogatório, enquanto ela ria. Os moradores dos quartos vizinhos ficaram incomodados e decidiram bater na parede, assim, ela expulsou-o do quarto.
K. resistiu a expulsão, ela afirmou que contaria ao sobrinho da senhora Grubach que ele a atacou. Ele ficou no quarto um pouco mais e perguntou se ela estava brava, ela negou. Ela levou-o até antessala, onde ele a beijou ferozmente, mas um ruído vindo do aposento do capitão cortou o clima. Ele decidiu voltar ao seu quarto, ela acenou com a cabeça, cedeu à mão para que ele a beijasse e caminhou para o seu quarto.
K. adormeceu com rapidez, antes de cair no sono profundo, pensou sobre o seu comportamento e ficou parcialmente satisfeito, mas ficou preocupado seriamente com a senhorita Bürstner.
capítulo segundo: primeiro inquérito
K. foi informado pelo telefone de que no domingo seguinte haverá um pequeno inquérito sobre o seu caso. Foi avisado que o inquérito poderia durar a semana toda. Por um lado, há um interesse geral de levar o processo de maneira rápida, mas por outro, o inquérito é um processo que é minucioso em todos os sentidos, podendo nunca ter uma duração longa em virtude do esforço envolvido. Por esse motivo, haviam escolhido o inquérito por possuir uma breve duração e ser rápido em sucessão. O domingo foi escolhido para não atrapalhar a atividade profissional de K. Sua presença era evidentemente importante, iriam indica-lo o número da casa onde deveria apresentar-se, a casa ficava localizada em um subúrbio, onde K. jamais esteve.
K. estava desde logo determinado a comparecer no domingo, pois o processo estava em marcha e era necessário à sua detenção e que o primeiro inquérito fosse o último. O diretor adjunto convidou o senhor K. para participar de uma festa em seu veleiro, ele encarou o convite como uma reconciliação, pois não tinha uma boa relação com o diretor adjunto. K. decidiu recusar o convite.
Josef pensou no melhor horário para comparecer ao inquérito. No domingo, K. acordou cansado, pois ficou até tarde na cervejaria, dirigiu-se ao subúrbio sem tomar o café da manhã. K. foi acompanhado pelos seus três colegas de trabalho.
Pensou que reconheceria com facilidade a casa onde seria o seu inquérito, mas havia dois prédios semelhantes na rua em que seria o inquérito. A casa em que ocorreria o inquérito era completamente diferente das demais da rua, subiu as escadarias e ficou procurando pelos andares a sala de audiência, usava a desculpa que estava procurando o carpinteiro Lanz, pois esse era o nome do sobrinho da senhora Grubach.
Os moradores do prédio auxiliaram na busca do Lanz, procurava até pelo nome remotamente semelhante, chegando no quinto andar, ficou irritado e renunciou a busca. Mas, logo voltou e bateu na primeira porta do quinto andar, lá era a casa do Lanz, onde tinha um relógio grande marcando dez horas.
Havia um aglomerado de diversas pessoas que não se importavam com a presença de K., ele questionou novamente e confirmaram que ali morava o carpinteiro Lanz, K. foi auxiliado por um jovem baixo a caminhar no meio da multidão. As pessoas estavam usando roupas pretas, com velhos casacos de festa, pendentes ao longo do corpo, compridos e folgados. K. acreditou que estava em uma assembleia política do distrito.
Do outro lado da sala estava um homem que iria inquirir K. O homem enfatizou o atraso dele. Ele decidiu observar mais e falar menos, assim, desistindo de defender-se do atraso. Foi aplaudido pela ala direita da sala, na ala esquerda, houve palmas isoladas. Ele pensou em como conquistar a todos da sala de uma vez ou ganhar pelo menos temporariamente os outros.
O homem disse que não era mais obrigado a inquiri-lo, assim, gerando um murmúrio na sala. O homem quis inquiri-lo e pediu para que os atrasos como o que ocorreu fossem evitados. K. se aproximou a mesa do juiz de instrução. O juiz pegou uma caderneta escolar, velha, disforme de tanto ser folheada. O juiz perguntou se K. era pintor de paredes, ele respondeu à pergunta dizendo que é procurador de um grande banco. A sala começou a rir dele, o juiz fez um sinal para que toda a sala ficasse quieta.
K. começou a discursar na sala, o discurso dele atingiu ao juiz. Ele afirmou que no caderno do juiz constava isso, atreveu-se em tirar o caderno da mão do juiz, pendeu as folhas cheias de manchas amareladas dos lados e com letras apertadas. Pediu para o juiz ler os autos anotados no caderno, colocou o caderno na mesa do juiz de instrução. O rosto das pessoas da primeira fileira estava dirigido para K. de modo tão tenso que, durante um momento, ele baixou os olhos para elas.
K. relatou aos presentes na sala o que aconteceu na manhã em que foi detido, enquanto relatava, as pessoas ficavam conversando em voz abafada e opinando sobre quem estava correto, o juiz de instrução se mexia de lá para cá com a sua cadeira e os homens que estavam atrás deles ficaram inclinados parecendo que iria dar um conselho a ele. 
Em um momento, Josef pediu para que as pessoas presentes guardassem os comentários, a assembleia ficouem silêncio, assim, continuando a discursar. Ele foi interrompido por um chiado que vinha do fundo da sala. O chiado era acompanhado por um vapor que com a visão clara do sol deixava a visão de Josef turva, era uma lavadeira entrando na sala. O chiado vinha da boca escancarada de um homem que olhava para o teto.
K. encerrou o seu discurso ofendendo as pessoas presentes, quando ia se retirando da sala, o juiz de instrução chamou sua atenção por ter perdido uma das vantagens do inquérito. Josef riu e pediu para que eles ficassem com o seu inquérito. Saiu correndo pelas escadas acompanhado por comentários sobre os incidentes.
CAPÍTULO TERCEIRO: NA SALA DE AUDIÊNCIA VAZIA. O ESTUDANTE. OS CARTÓRIOS.
Durante a semana seguinte, K. aguardava ansiosamente uma nova comunicação, não podia acreditar que tivessem levado ao pé da letra sua renúncia aos inquéritos. No sábado à noite, sem ser comunicado, chegou à conclusão que o lugar e o horário seriam o mesmo. No domingo, percorreu o mesmo caminho que fez no domingo anterior. Mas para a sua infelicidade, a mulher informou que não haveria audiência. Ela abriu as portas dos cômodos e provou que não tinha ninguém.
Josef viu uns livros em cima da mesa, queria muito ver o que estava escrito neles, mas a mulher impediu. A mulher informou que o seu marido é oficial de justiça e que moravam de graça no apartamento, em troca que um dos quartos fosse transformado em uma assembleia. Ela também disse que é perseguida por um homem que a abraço, o marido suporta a situação para manter o emprego e afirmou que o homem é estudante, confessou que admirou o discurso de K. 
K. se aproveitou da admiração da mulher e pediu para que ela deixasse-o ver os livros que estavam em cima da mesa, a mulher permitiu. Josef tirou a poeira superficialmente que estava na capa dos livros. O livro de cima da pilha tinha uma gravura de um homem e uma mulher sentados nus em cima num canapé. O segundo livro era um romance intitulado de “Os tormentos que Grete teve de sofrer com seu marido Hans”.
Josef questionou a mulher se aqueles eram os livros que eram estudados por lá, a mulher se ofereceu para ajudá-lo. Eles sentaram-se em um degrau de um estrado. A mulher elogiou os olhos de Josef, assim, ele pensou que a mulher está farta dos funcionários do tribunal. Josef pede para a mulher conseguir algo com os subalternos que o favoreça no resultado definitivo do processo. 
A mulher pediu para Josef não ir embora com uma péssima impressão sobre ao seu respeito. Josef pediu para a mulher não tomar nenhuma iniciativa por ele no processo e que duvida muito que o processo chegue em algum resultado e garantiu que não subornará ninguém. Josef perguntou se a mulher conhece o juiz de instrução, ela afirmou que o conhece. A mulher também comentou que o juiz de instrução deve sofrer a influência de outra pessoa e que ele trabalha muito, que pode influenciar ele no andamento do processo, pois, ele estava enviando presentes para ela.
K. percebeu que Berthold que é um estudante de Direito estavam observando-os. Ele acenou com um dedo para K. e foi para a janela. A mulher falou que K. poderia fazer o que bem entendesse com ela. Josef não poderia negar que está sentindo-se atraído pela mulher. K. pensou sobre várias coisas acerca da conversa que teve com a mulher.
Ele estava achando a conversa da mulher com o estudante longa demais. O estudante observou K. por cima do ombro da mulher, abraçou-a, a mulher inclinou o corpo e deu um beijo sonoro no pescoço dela. K. confirmou a influência que o estudante exercia sobre a mulher, levantou-se e começou a andar de um lado para o outro da sala. O estudante continuou a observar e ficou muito irritado com o caminhar de K. e pediu para ele ir embora.
K. respondeu o estudante confirmando que está impaciente e queria que o estudante saísse logo e que ele sairia somente com a mulher. O estudante disse que às vezes o juiz de instrução é incompreensível e que deveriam somente retê-lo no seu quarto. K. tentou sair com a mulher e o estudante não permitiu. A mulher afirmou que o juiz de instrução pediu para o estudante busca-la e ela poderia sair com K. Josef deu um golpe nas costas do estudante que quase caiu e falou que não quer mais ver a mulher.
Josef caminhou lentamente enquanto ia reconhecendo a sua primeira derrota perante as pessoas envolvida no processo. Pensou que se ficasse em casa e levasse sua vida ao normal, poderia ser superior aquelas pessoas e analisou a possibilidade de surgir uma oportunidade de ele levar o estudante para a casa de Elsa.
Curioso, K. correu até a porta para observar até onde o estudante e a mulher iriam, sem dúvida, o caminho era curto. A mulher acenou com a mão para Josef e, erguendo e baixando os ombros, tentou mostrar que não tinha culpa pelo sequestro e tentou não demonstrar que estava decepcionado.
A dupla tinha sumido, mas K. continuou na porta. Ele teve que admitir que a mulher tinha conseguido engana-lo. Josef notou que tinha um pedaço de papel ao lado do primeiro degrau da escada, foi lá e leu, estava escrito que havia cartórios dos tribunais no prédio. K. pensou que o tribunal possui poucos recursos financeiros para chegar no ponto de ter um cartório em um prédio em um bairro de subúrbio. Tornava compreensível para ele o motivo do primeiro inquérito ter sido no sótão.
K. ainda estava diante o papel quando um homem subiu a escada, a porta da sala de estar estava aberta e dava para ver a sala de audiência. O homem se apresentou como um oficial de justiça e perguntou se tinha visto uma mulher. O oficial disse que não havia nenhuma audiência agendada, K. disse que sabia e ficava observando o seu traje. K. contou que viu a mulher fazia pouco tempo e que foi carregado por um estudante para o juiz de instrução.
 O homem desabafou que afastam no dia de sua folga para tirarem a sua mulher de casa. K. atiçou os ciúmes do oficial e o oficial acabou contando que o estudante foi expulso do prédio por cinco vezes por envolvimento com as mulheres. O oficial afirmou que K. poderia bater no estudante, pois respondia um processo, mas K. afirmou que não faria isso para não prejudicar o andamento do seu processo.
K. se propôs vigiar o estudante, o oficial agradeceu. O oficial chamou K. para ir ao cartório com ele, depois de relutar, K. aceitou o convite. O cartório ficava no sótão, era pouco iluminado e a estrutura era improvisada. Os funcionários os cumprimentaram e o oficial mencionou que eles são acusados. K. foi arrogante com um homem de cabelo grisalho, outros homens começaram a cerca-os e o oficial pediu para eles saírem. Os homens recuaram um pouco.
O homem grisalho relatou que espera há um mês o resultado das provas que ele apresentou. K. afirmou que estava sendo acusado e não iria apresentar prova alguma. O homem não acreditou em K. que segurou um dos seus braços, o homem gritou, K. soltou-o e empurrou-o de volta para o banco e continuou andando. O oficial de justiça presenciou a cena toda e ficou desconsertado em ver que K. não é sensível.
Depois do incidente, um guarda foi atrás de K. para perguntar o que tinha acontecido, o oficial tentou tranquiliza-lo, mas o guarda disse que precisava averiguar a situação e se retirou. K. nem se importou com o tempo e as pessoas que estavam no corredor, ele enxergou a possibilidade de se retirar daquele ambiente, o oficial de justiça seguiu ele por uma boa parte do caminho.
O oficial se ofereceu para apresentar o resto do prédio para K., ele se recusou e o oficial levou-o até a saída do cartório, Josef gritou com o oficial de justiça, assim uma jovem foi atraída pela voz alta de K. perguntando se poderia ajuda-lo. Atrás da jovem, vieram vários funcionários querendo uma explicação sobre a sua presença.
A jovem ofereceu um lugar para Josef sentar e acalmou-o, explicou como funciona o cartório. Ela pediu para Josef sentar em outro lugar, pois estaria atrapalhando a passagem do lugar. Ofereceu-se para levá-lo à enfermaria, ele recusou e pediu para que o levasse para fora do cartório. A moça apresentouJosef ao encarregado de informações e explicou a função exercida por ele.
O homem zombou da moça por ter contado a intimidade dos funcionários. Josef ficou observando a forma de tratamento entre os dois. O encarregado de informações carregou K. até o corredor, onde eles encontraram o acusado que Josef tinha interpelado que ajudou o encarregado de informações a levar K. até a saída do cartório. Ele agradeceu aos homens. Enquanto ele descia as escadas, ficou pensando no que tinha acontecido e tomou a decisão de se consultar no médico.
Capítulo quatro: a amiga da senhorita bürstner
Nos dias que decorreram K tentou se aproximar de qualquer maneira da senhorita Bürstner, ela evitara-o das diversas maneiras possíveis. Josef decidiu escrever duas cartas, uma endereçada ao trabalho dela e outra ao seu quarto, explicando o seu comportamento, que jamais ultrapassaria o limite que ela impusesse, pediu uma chance para poder conversar com ela e avisou-a que domingo seguinte iria espera-la no seu quarto, na esperança dela atendê-lo ou pelo menos ela explicar o motivo de não querer falar com ele. 
Não houve qualquer resposta das cartas escritas por K. No domingo, surgiu um sinal que era muito claro. Josef percebeu que havia uma movimentação na antessala, era a professora de francês Montag, ela era uma nova moradora que estava ocupando o quarto da senhorita Bürstner.
A senhora Grubach foi levar o café da manhã no quarto do Josef, ele perguntou sobre o barulho na antessala e ela respondeu que a senhorita Montag estava levando as coisas para o seu novo quarto. Ela ficou esperou um pouco para ver a reação dele depois de saber da notícia. 
Ele perguntou se confirmou a hipótese sobre a senhorita Bürstner, ela afirmou que ele levou muito a sério sua hipótese. A senhora Grubach começou a chorar, Josef consolou-a, enquanto ele pensava no motivo da senhorita Bürstner em acolher uma jovem estranha em seu quarto, ele afirmou que até velhos amigos poderiam cometer esse erro. Nesse momento, a senhora Grubach parou de chorar. 
Josef afirmou que não tornaria inimigo da senhorita Bürstner por causa de uma moça desconhecida. 	A senhora Grubach perguntou por que o Josef se preocupava tanto ao ponto de brigar com a ela. Após essa pergunta, várias ideias passaram na cabeça do senhor K, o silêncio voltou ao ambiente, até que voltou a ouvir o barulho da senhorita Montag arrastando os móveis.
A senhora Grubach relatou que a senhorita Montag rejeitou qualquer tipo de ajuda e fez questão de fazer a sua mudança para o quarto da senhorita Bürstner. Josef afirmou que não era motivo de preocupação. A senhora Grubach ficou aliviada por ter um quarto vago para poder abrigar seu sobrinho que é o capitão, pois ele estava dormindo na sala de estar.
Josef revelou que não se sente incomodado com a andança da senhorita Montag. A senhora Grubach se ofereceu para pedir para a senhorita Montag terminar as mudanças a noite, mas K disse que não precisa.
A criada bateu na porta do quarto do senhor K para avisar que a senhorita Montag deseja trocar umas palavras com ele na sala de refeições e estava esperando-o. K pediu para a criada avisar que iria falar com ela. Ele trocou o paletó e pediu para a senhora Grubach retirar a louça do café da manhã.
Ele dirigiu-se para a sala de refeições que era comprida, estreita e possuía uma mesa de refeições grande que estava posta para o almoço. A senhorita Montag foi ao encontro de Josef, que se cumprimentaram sem trocar uma palavra. Eles trocaram uma palavra e se sentaram um distante do outro, a senhorita Montag pegou uma bolsinha que tinha deixado no peitoril da janela.
A senhorita Montag afirmou que veio falar com o Josef em nome de sua amiga, ela não pode comparecer para conversar com ele pessoalmente, pois não estava se sentido bem e ela prometeu ser breve. Josef afirmou que a senhorita Bürstner não queria dar a entrevista pessoal que ele solicitou.
A moça afirmou que a amiga dela considera a entrevista desnecessária, que sabe o assunto que seria tratado e que não tem sentido nenhum essa entrevista. A moça se ofereceu a conversar com o Josef pela senhorita Bürstner, ela considera o assunto insignificante. Ele agradeceu e se retirou da mesa, foi seguido até a porta pela senhorita Montag, eles tiveram que recuarem da porta, pois o capitão Lanz entrou.
Lanz foi cortês com a senhorita Montag, ela não ficou zangada com Josef pelo tratamento que tinha sido oferecido. Josef não fez questão de ser agradável com o Lanz e nem com a senhorita Montag, fez uma pequena reflexão sobre a entrevista enquanto saia da sala. 
Mas ao ouvir uma risada curta da senhorita Montag que vinha da sala de refeições, Josef, pensou em fazer uma surpresa para ela e o Lanz. Analisou se vinha algum ruído, mas só havia o ruído da sala de refeições e do corredor da cozinha, onde a senhora Grubach estava.
Josef entrou no quarto da senhorita Bürstner para averiguar se ela estava se sentindo mal. Não havia ninguém e ele pensou que ela fugiu e a senhorita Montag foi distrai-lo na sala de refeições para ela fugir. Foi difícil para ele ver a senhorita Montag e o Lanz conversando e ele notou que eles estavam observando-o desde a entrada no quarto da senhorita Bürstner e ele apressou-se para ir ao quarto.
Capítulo quinto: o espancador
Em uma das noites seguintes, K andava pelo corredor onde ficava o seu escritório e a escada principal, ele era a última pessoa a sair do prédio. Ele começou a ouvir gemidos vindos por trás da porta, que se segundo ele, era o quarto de despejo, ele ficou paralisado e o ambiente ficou em silêncio por pouco tempo quando o barulho de gemido voltou.
Por curiosidade, ele abriu a porta e era um quarto de despejo como suspeitava e havia três homens nesse quarto. Ele questionou o que os homens faziam por ali, um dos homens apareceu e não respondeu. Os guardas Franz e Willem exclamaram que Josef reclamou deles para o juiz de instrução e que estavam sendo espancados e o terceiro homem era o espancador.
Josef reclamou do comportamento deles e os guardas reclamaram do salário que recebem e que Josef não teve empatia. Josef afirmou que desconhecia sobre os fatos e que não pediu para punirem eles. Franz disse ao outro guarda que tinha certeza que o Josef não tinha pedido a punição deles.
O espancador disse que a punição era justa e inevitável. Willem levou um golpe de vara e disse que estavam sendo punidos devido à reclamação feita por Josef e que durante muito tempo tinham provado que eram bons guardas, que iriam virar espancadores e que por sua culpa, a carreira deles estava terminada.
Josef perguntou se tinha possibilidade de poupa-los dos espancamentos e o espancador negou. O espancador ordenou aos guardas tirarem as roupas para continuar a sessão de espancamento. O espancador debochou da possível carreira dos guardas e da forma física deles. O Willem falou que existiam guardas com a mesma forma física deles e o espancador voltou a negar.
Josef tirou a carteira e ofereceu uma boa quantidade de dinheiro para o espancador libera-los, mas o espancador negou o dinheiro com medo de ser denunciado. K argumentou que se realmente pedisse para espancar os guardas, não iria resgata-los e considera culpados os altos funcionários. E se um juiz estivesse apanhando, ele pagaria para o espancador continuar espancando.
Mas o espancador continuou firme na postura na recusa da propina. Franz pediu para que libertassem o Willem, pois ele é mais velho e a saúde é mais frágil. Ele enxugou com o paletó do Josef as lágrimas que estava em seu rosto. O espancador começou a bater em Franz e começou a gritar muito, enquanto Willem observava a cena. K pediu para ele não gritar. O espancador de uma surra em que o Franz caiu no chão.
Josef se retirou do ambiente e foi até as janelas que davam para o pátio. Não dava mais para ouvir os gritos. Para os contínuos não se aproximarem do lugar, ele se identificou, os contínuos perguntaram que barulho era aquele e K falou que era apenas um cão ganindo no pátio e pediu para continuarem o trabalhodeles.
Josef esperou os contínuos saírem para pensar sobre o que estava acontecendo no quarto de despejo e as formas que poderia evitar os espancamentos e sobre as funções dos subalternos. Ele ouviu os passos dos contínuos e disfarçadamente foi em direção à escada principal. Ficou parado junto à porta do quarto de despejo, escutando. O silêncio reinava e ele chegou a pensar que os guardas tinham morrido. Ele chegou a estender a mão para a maçaneta, mas tirou-a.
Chegou à conclusão que não poderia fazer nada, pois os contínuos poderiam passar por lá, prometeu a si mesmo que iria castigar os altos funcionários que em sua opinião são os verdadeiros culpados.
No dia seguinte, a cena dos guardas sendo torturados não saia da mente do Josef, tanto que ele precisou ficar até mais tarde no trabalho. Ao ir para casa, ele dirigiu-se ao quarto de despejo que estava da mesma forma que ele viu na noite passada. Os guardas gritaram por ele, que imediatamente fechou a porta com força, quase chorando foi até o os contínuos que estavam trabalhando nas copiadoras e determinou que eles fossem limpar o quarto de despejo.
Eles estavam dispostos a fazerem o serviço na manhã seguinte, ele sentou um pouco para ficar perto dos contínuos, bagunçou as copias para ter certeza que eles não iriam embora à mesma hora que ele e foi para a casa, cansado e sem pensar em nada.
CAPÍTULO SEXTO: O TIO. LENI
Em uma tarde, os contínuos foram levar os documentos e o tio de Josef chamado Karl que é um pequeno proprietário rural. Josef foi surpreendido, pois ele não imaginava que de repente seu tio apareceria. Ele estava apressado, pois queria resolver todos os assuntos na sua estadia na capital que duraria apenas um dia e não poderia perder a oportunidade de uma conversa sobre diversão ou negócio.
Josef se via na obrigação de ajudar o seu antigo tutor na resolução dos assuntos e se fosse necessário, deixar pernoitar em seu quarto. Eles se cumprimentaram e o tio queria chegar ao ponto da conversa a sós, assim, Josef pediu para os contínuos saírem e recomentou a não deixar ninguém entrar na sala.
O tio questionou sobre o que tinha ouvido sobre Josef, ele ficou quieto e foi observar a janela, o tio reparou nisso e pediu para que ele o respondesse logo. Josef se fez de desentendido e percebeu que o tio queria falar sobre o processo que ele estava enfrentando. Ele disse que ficou sabendo pela Erna e depois que soube do processo, decidiu imediatamente viajar para a capital e averiguar a situação.
Karl leu a carta que Erna escreveu e elogiou a atitude da moça, Josef concordou com a cabeça. Ele confirmou a história contada pela menina, revelou que o processo é criminal. O tio ficou nervoso, alertou-o sobre a gravidade do processo e que iria tornar uma vergonha para a família. Queria saber em como poderia auxilia-lo. O Josef ficou irritado, pois o seu tio estava falando em tom alto, assim sendo possível que os contínuos estivessem ouvindo tudo por trás da porta, sugeriu para irem para outro lugar.
O tio apressou o Josef, assim, ele chamou seu assistente para dar algumas instruções. Enquanto explicava o que deveria ser resolvido em sua ausência, o tio ficava andando de um lado para o outro da sala. O assistente saiu da sala, logo em seguida o Karl e seu sobrinho saiu, ele ficava falando sobre o processo no vestíbulo, próximo dos contínuos, o diretor adjunto passava por lá naquele momento. 
Josef contou que o processo era perante um tribunal comum, o tio considera isso mau. Eles estavam na escadaria que dava acesso a rua, percebendo que o porteiro estava ouvindo, Josef arrastou o seu tio para baixo. Andaram por um tempo em silêncio, ele perguntou como que aconteceu o processo, porque não tinha contado o que estava acontecendo e ofereceu ajuda.
Sugeriu que o sobrinho tirasse umas breves férias e fosse para o campo com ele, mas Josef falou da possível proibição de viajar. O tio acredita que a perca é pequena, mas Josef ficou irritado pelo fato do seu tio levar o processo tão a sério. O tio começou a estranhar as atitudes do sobrinho. O sobrinho explicou os motivos de estar pouco se importando com o processo.
Eles chegaram a um ponto de concordância semelhante tanto sobre o processo, quanto nas possíveis férias. O tio relatou que perdeu um pouco dos vínculos com as autoridades. O Josef chamou um táxi, eles foram para o advogado Huld que foi colega do Karl. O sobrinho ficou surpreso em saber que na causa como a dele poderia recorrer a um advogado. Josef contou detalhadamente ao seu tio o que aconteceu.
O carro foi para o subúrbio e parou em frente a um prédio escuro. O tio tocou a campainha do térreo, próxima à primeira porta. Surgiram dois olhos grandes negros no postigo da porta, mas não abriu a porta. O tio insistiu e informou que é amigo do advogado, uma voz informou que ele está doente. Um homem de roupão que estava na outra extremidade do corredor estava dando aquela informação em voz baixa. O Karl seguiu em direção ameaçadora ao homem, achando que ele era a doença.
Abriram a porta e eles entraram. O tio avisou para a próxima vez abrirem a porta de maneira rápida e chamou Josef para acompanha-lo. A moça informou que o advogado está doente, mas não adiantou para deter o Karl que andava apressado até a uma porta.
Josef ficou admirando a beleza da jovem, seu tio chamou a sua atenção. Ele perguntou se o advogado estava com dores cardíacas e a jovem confirmou. A vela ofuscava a visão do advogado, que perguntou à Leni quem era que estava se aproximando. O tio se identificou com o nome de Albert, ele se aproximou da cama e começaram a falar sobre o problema de saúde. 
A jovem continuava com a vela perto da porta, ela observava mais o Josef do que o tio. Ele apoiou-se em uma cadeira e empurrou para perto da jovem. O advogado ressaltou que a Leni é uma boa moça. Porém, esse argumentou não convenceu o tio, ele estava prevenido contra aquela enfermeira, ficou observando-a de maneira severa. Ele levantou-se e andou de lá para cá atrás da enfermeira, enquanto ela arrumava o travesseiro do advogado. Não seria surpreendente para K se seu tio puxasse a mulher pela saia para longe da cama. Josef observava tudo na maior tranquilidade.
O advogado pediu para a enfermeira se retirar, pois o assunto que tinha que tratar com o Karl era algo pessoal. Ela ficou irritada e argumentou que ele poderia conversar sobre nenhum assunto e Karl amaldiçoou-a. Josef esperava isso do seu tio, foi apressadamente colocar as duas mãos na boca do seu tio. O advogado levantou o corpo atrás da Leni, o tio fez uma cara sombria, como se estivesse engolindo alguma coisa repugnante.
Ele pediu para a enfermeira se retirar, mas o advogado afirmou que ela é uma pessoa de confiança e poderia conversar sobre o assunto na frente dela. Karl falou que o assunto é sobre outra pessoa, o advogado perguntou quem era essa pessoa e o Karl apresentou o Josef a ele. O advogado pediu para Leni se retirar do ambiente.
O tio deixou claro que a visita era de negócios e que a feição do advogado tinha melhorado desde que a enfermeira saiu do quarto. Ele olhou para trás da porta para certificar-se se ela não estava escutando a conversa. O advogado acredita que o tio esteja equivocado acerca a enfermeira. O tio fez um discurso que deixou Josef confuso, ele assentia com a cabeça tudo que o advogado dizia e de vez em quando, olhava para Josef exigindo a mesma aprovação.
O advogado ficou confuso e perguntou se Josef queria tratar sobre o seu processo e o tio confirmou. O advogado comentou que circula nos meios judiciais e estava sabendo do processo do Josef. O tio queria saber o que o advogado queria, o advogado explicou o trabalho dele e aonde ele ia antes de adoecer. O chefe do cartório chegou ao quarto e o advogado apresentou o Albert e Josef a ele.
O chefe do cartório avisou que a visita iria ser rápida e que não queria perder a chance de conhecer o amigo do amigo dele. Josef e o advogado observavam a conversa do tio com o chefe do cartório. K. se sentia esquecido pelo chefe do cartório e váriaspossibilidades passaram em sua cabeça sobre se já viu o chefe do cartório e o assunto que ele estava conversando.
Um ruído de louças quebrando vindo da antessala fez com que todo mundo ficasse quieto para escutar. Josef foi à antessala ver o que estava acontecendo, lá estava à enfermeira que alegou que fez isso de propósito para expulsar o chefe do cartório. A enfermeira levou-o até o gabinete do advogado, onde ela pediu para Josef chama-la apenas de Leni. 
Josef explicou que não a procurou antes, porque foi obrigado a escutar as conversas fiadas dos senhores e declarou que não é ousado. Ela acredita que o Josef não gostou dela e ele disse que gostar não seria muito. Ela fez uma exclamação que adquiriu ar de superioridade e o silêncio reinou no ambiente.
K ficou observando o quadro do juiz, acredita que o conhece, Leni afirma que o conhece e o quadro era da época que ele era jovem. Ele abraçou a Leni e puxou-a para si. Ela disse que é um juiz de instrução, deixando K decepcionado e falou que os altos funcionários se escondem. Na opinião da Leni, Josef pensa demais em seu processo, ele negou dizendo que pensa muito pouco.
Leni comentou que ouviu dizer que Josef é muito inflexível. Curioso, perguntou quem disse isso sobre ele e ela disse que não revelaria e que ele teria que mudar suas atitudes. Josef percebeu que ela entende sobre as trapaças e dos tribunais. Nesse momento, ela estava em seu colo. Leni queria que o Josef confessasse algo para poder ajuda-lo. Ela perguntou se ele tem uma amante e ele negou, mas depois dela insistir, ele confessou que tem uma amante e que carrega fotos dela consigo.
Josef mostrou as fotos de Elsa. Leni comentou suas primeiras impressões sobre a Elsa, também comentou que ele não sentirá falta dela caso trocasse de amante. Para ele, a grande vantagem de Elsa é que ela não sabe do seu processo, mesmo se soubesse, não pensaria nisso toda hora e que não tentaria torna-lo flexível.
Para a Leni, isso não era vantagem e perguntou se ela tem algum defeito físico. Ela mostrou o seu defeito físico, ele elogiou a mão dela e eles trocaram um beijo leve. A enfermeira começou a morder e beijar o pescoço dele. Ela afirmou que ele tinha trocado a Elsa por ela, afirmou que ele a pertence e deu a chave da casa para ele visita-la quando quisesse.
Quando saiu do prédio, caia uma fina chuva, ele queria caminhar até o meio da rua, se possível, viria Leni na janela. Em sua distração, o tio puxou o Josef pelo braço e atirou-o de encontro à porta do prédio. O tio ficou preocupado, pois o sobrinho prejudicou o seu processo, pois Leni é amante do advogado. Afirmou que estava tentando conquistar o chefe do cartório, pois nessa fase ele domina o caso dele. Criticou o seu sumiço e reclamou de ter tomado um banho de chuva.
CAPÍTULO SÉTIMO: O ADVOGADO. O INDUSTRIAL. O PINTOR
Em uma manhã de inverno, K estava extremamente fatigado e despeito da hora. Ordenou aos contínuos não entrarem, pois estava cheio de trabalhos importantes. Invés de trabalhar ficou girando a cadeira e mexendo na decoração de sua mesa.
Não parava de pensar no processo, pensou em diversas maneiras de se defender. Pensou também que o advogado irá conseguir algo significante para evolução ao seu favor do processo, estranhou o fato de fazer um mês que o advogado não o chamasse para entrevistar. Nas entrevistas feitas pelo advogado, ele explicava como funcionavam os trâmites do processo.
Na manhã seguinte, após vinte e quatro horas de trabalho seguido, ficou observando escondido, a chegada dos advogados na porta de entrada, atirou abaixo todos os advogados que queriam entrar. Os advogados se reuniram para decidirem qual providencia deveria ser tomada. Eles decidiram vencer o velho senhor pelo cansaço e conseguiram assim, o senhor voltou ao cartório. K. prejudicou o andamento do seu processo pela forma que tratou o chefe do cartório. 
A fase em que o processo estava não poderia receber nenhuma ajuda, as cortes judiciais inacessíveis e o acusado não é acessível ao advogado. O advogado trabalhava muito na primeira petição que nunca ficava pronta. A única coisa que agradava K nessas visitas era a interrupção da Leni que levava o chá para o advogado em sua presença. Ela ficava atrás do advogado e às escondidas, ela deixava Josef segurar a sua mão. Tinha vezes que a enfermeira ousava a acariciar o cabelo de K.
Josef estava seguro que sua defesa estava em mãos nada segura, pois o advogado dava a impressão que jamais sairia da primeira parte. Ele mantinha relações com pessoas de cargos subalternos. Também, havia processos que ofereciam mais préstimos e ajudava a manter a reputação do advogado ainda intacta. 
Como o processo mantinha na sua primeira fase e o processo é recente, era mais apropriado manter o acusado indefeso, caso o inquérito fosse encerrado com um resultado nada favorável ao acusado, ele seria encaminhado às autoridades superiores. Era essencial que o próprio Josef interviesse, naquela manhã de inverno isso era uma convicção irrecusável, tanto que não sentia mais desprezo em relação ao processo. 
Não havia motivo para uma preocupação exagerada. Conseguiu subir de cargo no banco em um curto espaço de tempo, agora precisava prosseguir o processo com as poucas faculdades que lhe haviam possibilitado isso, e não restava dúvida do que o resultado seria bom. Para ele, o processo era um negócio perigoso fechado com vantagem para o banco, perigoso, pois, havia chances de ser conjurados.
A próxima jogada seria retirar o direito de representação do advogado o mais rápido possível, devido à demora da primeira petição ficar pronta para ser apresentada. Mesmo se sentindo confiante em fazer tudo isso, sua maior dificuldade era redigir uma petição. Uma semana antes, ele sentia-se envergonhado na possibilidade de um dia dele ser obrigado pessoalmente a elaborar uma petição.
Hoje, Josef pensou em uma maneira de elaborar uma petição e em que horário a redigiria, passou diversas possibilidades em sua mente. Às onze horas, Josef pediu para os contínuos levarem todas as suas correspondências para a sala. Os clientes importantes começaram a chegar a sua sala, assim atrapalhando a elaboração da petição.
Um dos primeiros clientes era um industrial, ele lamentou em ter importunado Josef em um trabalho importante e Josef pediu desculpas por ter feito esperado tanto tempo. Eles começaram a tratar assuntos financeiros. No começo, Josef começou a prestar a atenção sobre o assunto, mas logo, ele apenas acenava com a cabeça. 
O industrial notou que Josef não estava prestando a atenção no que ele estava falando, decidiu ficar mais próximo do Josef e começou novamente a fazer uma exposição geral do negócio. O diretor adjunto do banco entrou na sala e o industrial foi em sua direção. O industrial reclamou de ter encontrado no procurador tão pouca simpatia pelo negócio e apontou para K. Ele começou a prestar a atenção no que o industrial falava e tirou os papéis da mão de K.
O diretor adjunto percebeu que Josef estava irritado e começou a rir, deixando o industrial visivelmente embaraçado. O industrial falou que o procurador estava sobrecarregado, que entendia o desinteresse dele e que manteria informado acerca dos negócios.
K tomou a decisão de não deixar nenhum outro cliente entrar em sua sala e que isso passaria uma boa impressão para os outros clientes, pois pensariam que ele estava negociando com o industriário. Ele pensou muito sobre o andamento do processo e que rumos tomariam para poder redigir sua petição.
Depois de pensar sobre tudo, ele saiu da sala e deparou-se com o industrial. Ele criticou o outono. O industrial iria tirar os papéis para comentar o resultado das negociações com o diretor adjunto. Ele achou que o industrial não queria levar os papéis para ele ver. O industrial perguntou se o tempo estava fazendo mal a ele, ele afirmou e disse que era um problema de saúde.
O industrial comentou com o Josef que sabe da existência do processo, confessou que sabe de algumas coisas do tribunal e ofereceu uma ajuda para o processo.Ele contou que soube do processo através do pintor Titorelli, que trabalha para o tribunal e que ele contava as novidades do tribunal. Para o industrial, o pintor poderia ser útil a Josef, pois ele conhece diversos juízes e que poderia auxiliar ele a fazer um caminho para se aproximar a diversas pessoas influentes.
O industrial também disse que o pintor poderia fazer tudo o que lhe for possível, que poderia procurar ele em um dia oportuno. Caso tivesse um plano arquitetado, o Titorelli poderia atrapalha-lo e que não seria melhor ir. Ainda deu um papel com o endereço dele, caso tivesse interesse em procura-lo. Josef guardou a carta em seu bolso e que essa ajuda poderia reduzir o prejuízo causado pelo conhecimento do industrial sobre o seu processo.
Ele afirmou ao industrial que irá e o industrial supôs que ele iria. Ele ficou pensando durante um bom tempo sobre o assunto, quando os contínuos chamaram a sua atenção sobre a presença de três senhores que estava esperando ainda para conversar com ele. Ele se desculpou com os senhores e que teria que sair por um tempo do banco para resolver alguns problemas e pediu para voltarem no dia seguinte. 
Ao ver que o Josef estava negociando com os senhores, o diretor adjunto perguntou se o procurador iria embora, ele disse que sim e chamou os senhores para irem negociar com ele. O seu processo estava prejudicando a sua reputação no trabalho. O Josef deu a desculpa que iria fazer uma visita de negócios e se retirou do prédio.
Ele dirigiu-se ao subúrbio onde o pintor mora. Entrou no prédio que ele mora, foi até uma oficina que a porta estava aberta, onde três trabalhadores estavam fazendo suas funções. Ele andou por diversos andares para encontrar Titorelli. Encontrou uma adolescente que deu um golpe de cotovelo, perguntou se ela conhecia o pintor e deu a desculpa que estava procurando para pintar um retrato. A menina saiu correndo atrás de outras meninas. Josef deparou com essas meninas diversas vezes.
Uma das meninas mostrou uma escada alternativa que levava ao pintor, Chegando a proximidade do aposento do pintor, ele pediu para as meninas entrarem e convidou o Josef a entrar. Depois de uma cena envolvendo as meninas e uma mulher corcunda, o pintor se apresentou e explicou que a relação dele com as meninas.
Ele tirou a carta de recomendação do industrial e estendeu a ele. O pintor leu superficialmente a carta e atirou-a sobre a cama. Perguntou se K queria comprar uma de suas obras ou encomendar um retrato. O pintor estava pintando um retrato e isso gerou uma oportunidade do Josef falar sobre o tribunal, pois Titorelli estava pintando um retrato de um juiz. 
Josef fez algumas criticas e foi rebatido pelo pintor com o argumento que estava fazendo apenas aquilo que o seu cliente pediu. O pintor explicou como foi o processo da confecção da obra. O trabalho do pintor estava tornando o assunto da conversa e Josef notou e decidiu ir para o ponto que o interessava. O pintor negou em revelar o nome do juiz e ele notou que o Josef queria saber algo relacionado ao tribunal, afirmou que é um homem de confiança do tribunal.
Houve uma pausa para K conformar-se com esse fato. Ele perguntou sobre o posto que o pintor ocupe é reconhecido publicamente, fato que ele negou. O pintor não ficou surpreso no interesse de Josef em seu caso e Josef interessou em ficar no ateliê do pintor. Josef afirmou que é inocente, causando grande alegria no pintor que afirmou que o caso é simples.
Josef explicou a complexidade do seu caso para o pintor e expôs sua opinião. Para a surpresa de K. as meninas fazem parte do tribunal. Para Josef, o tribunal é inacessível no quesito provas. Os argumentos utilizados pelo pintor são semelhantes aos que Josef escutou de outros funcionários do tribunal e Josef concluiu que o pintor fazia parte do circulo de protetor que ele estava reunindo aos poucos.
Josef perguntou como o pintor começou a ter contato com os juízes e ele explicou. K perguntou se o cargo que o pintor ocupa é inabalável e o pintor respondeu confirmando. O pintor falou os tipos de absolvição que são: absolvição real, a absolvição aparente e o processo arrastado. No caso de Josef a absolvição real seria a ideal, mas na opinião do pintor, ninguém teria influência sobre a absolvição.
Isso desconcertou Josef, mas acredita que o pintor está se contradizendo. Ele expôs todos os argumentos que o pintor utilizou e o pintor explicou as contradições. O pintor ainda contou que as decisões judiciais não são divulgadas e que nem os juízes conseguem acessa-las. Josef queria saber mais sobre os tipos de absolvições, reclamou do calor que fazia no ambiente e o pintor explicou como funciona a sua rotina no ateliê.
Pacientemente, o pintor explicou os tipos de absolvições e que duas delas são alcançáveis a ele, mas tem chances de não darem certo e os obstáculos que precisam ser derrubados. Ele também afirmou que Josef está temporariamente livre. O pintor explicou como funciona o júri e a possibilidade do processo recomeçar.
Depois da explicação dos processos, Josef ficou com dor de cabeça e queria ir embora. O pintor aprovou a atitude do pintor não ter decidido qual proposta escolheria. Josef disse que voltaria logo e o pintor ameaçou de ir ao banco, caso ele não mantivesse a palavra. 
Josef comprou três quadros do pintor e ficou de acertar o pagamento em outro dia. O pintor arrumou um carregador para auxilia-lo. Abaixo da cama havia uma passagem, ele ficou receoso em utilizar essa passagem. Para a surpresa dele, nesse prédio havia cartórios e que o ateliê era um deles.
No cartório, ele encontrou vários oficiais de justiça e o pintor auxiliou com os quadros. As meninas encontraram com eles perto da saída e Josef não foi poupado das piadinhas. Josef pegou o primeiro carro que viu na rua e foi em direção do banco, pegou os quadros e guardou na última gaveta de sua mesa de trabalho, para poder identificar o pintor.
CAPITULO OITO: O COMERCIANTE BLOCK. A DISPENSA DO ADVOGADO.
Depois de pensar muito, Josef decidiu retirar o advogado de sua representação em juízo. Às dez horas da noite, ele estava diante a porta do advogado. Ele pensou em qual maneira seria a melhor para dispensar o advogado, nunca ficaria sabendo como ele acolherá a rescisão e quais seriam as consequências.
Ele tocou a campainha duas vezes e no postigo não apareceram os olhos de Leni, a pessoa que abriu a porta ficou plantada diante dela e bradou é ele! A porta foi completamente aberta, Leni corria para o seu aposento de camisola. O homem era um cliente do advogado e se apresentou. Ele era o comerciante Block.
Na porta do gabinete do advogado, Josef pediu para Block iluminar o caminho dele, pois creia que a Leni estivesse escondida por lá. Ao ver o retrato do juiz e o comerciante responder uma pergunta que o procurador fez-lhe, Josef percebeu que ele não tinha tantos conhecimentos como ele. Foram até a cozinha atrás de Leni.
Leni preparava uma sopa para o advogado e disse para Josef que Block é um comerciante pobre. Ela notou que Josef estava com ciúmes dela com o comerciante, consequentemente o comerciante notou também. Leni foi levar a sopa para o advogado que estava muito doente. Josef foi muito grosso com o comerciante. O pedido de Josef, Leni iria anuncia-lo depois de ele tomar a sopa.
K ficou observando o lugar e pensou em aconselhar-se com a Leni, mas descartou a hipótese. Ele começou a conversar com o comerciante Block sobre os assuntos que ele tratava com o advogado e como funcionavam os cartórios e tribunais. Ele ficou surpreso em saber que Block já tinha visto em um dos cartórios e que ele sabe do seu processo.
Depois de uma longa conversa, Leni chegou com a bandeja e ficou surpresa em ver a proximidade deles. O comerciante falou que estavam falando sobre o processo dele e ele contou a Leni. Josef perguntou se Leni anunciou-o para o advogado e contou que o comerciante dorme com frequência por lá. Leni deu uma leve alfinetada em Josef sobre a questão do horário em que ele estava procurando o advogado. Essa leve alfinetadavirou uma série de indiretas que foram trocadas entre a Leni e o Josef, a enfermeira estava defendendo o comerciante.
Leni ofereceu-se para mostrar o quarto em que o comerciante dormia, eles foram lá e ficou perplexo em saber que ele dormia no quarto da empregada. Ele pediu para Leni leva-lo a cama. O comerciante afirmou que Josef estava lá para dispensar o advogado. Leni queria bater no Josef, mas o comerciante entrou na frente dele e levou um soco.
Ele entrou no quarto do advogado e trancou com uma chave. O advogado afirmou que estava esperando-o há muito tempo e Josef falou que iria embora. O advogado também afirmou que não admitiria que fosse procurado àquela hora. Ele notou que o procurador tinha trancado a porta e afirmou que a Leni é importuna. Ele pediu desculpas e explicou como chegou a essa conclusão.
Josef disse que veio avisa-lo que irá retira-lo da representação em juízo. O advogado considera essa decisão precipitada e queria debate-la. Josef falou que queria por um advogado mais jovem para cuidar do processo e agradeceu as boas intenções do advogado. Ele notou que o procurador está impaciente e Josef expôs o real motivo de ter pedido a retirada da representação.
O advogado revelou não estar surpreso com o Josef, que já passou por situações semelhantes diversas vezes e que o Josef dificulta a situação. Ele explanou o seu ponto de vista para o Josef. K perguntou o que ele faria caso continuasse sendo seu representante, ele disse que continuaria trabalhando nela. 
Josef demonstrou-se descontente e o advogado voltou a explicar o processo dele, pediu a permissão para chamar o Block, ele pediu para a Leni buscar o Block. A enfermeira ficou importunando o K. Block entrou no quarto, como percebeu que ninguém o expulsou, deixou a porta do quarto aberto caso o expulsassem. Ele não olhava nem para o Josef e tampouco para o advogado.
O advogado perguntou se ele estava lá e ele respondeu que sim. Ele tratou o Block de maneira ríspida Ele perguntou se poderia retirar-se e o advogado disse que não. Block foi surpreendido com a resposta do advogado. Josef disse que não importava com o que o comerciante fazia. O comerciante ficou furioso e falou algumas coisas que estavam presas em sua garganta, deixando o procurador surpreso. 
O procurador queixou-se do comerciante para o advogado. Leni livrou-se das mãos de Josef e falou que ficaria com Block. A vinda de Leni causou uma grande satisfação em Block e beijou a sua mão. Josef tinha a impressão que tudo era armado e que a situação não era novidade para o comerciante.
O advogado perguntou para a Leni como foi o comportamento do comerciante e ela respondeu favoravelmente ao comerciante. Josef pensou em como o advogado conseguiu elaborar toda essa encenação que desagradava até o telespectador. Ele percebeu que com o tempo o cliente acabava virando um cachorro do advogado. Leni relatou como foi o dia do comerciante.
O advogado afirmou que a Leni louvava o comerciante e que o juiz deu um parecer nada favorável para o processo do comerciante e do Josef, contou o diálogo que teve sobre Block com o juiz e explicou sobre a fase que o processo do comerciante estava. 
	
Capitulo nono: na catedral
Josef recebeu a missão de mostrar alguns monumentos da cidade para um amigo italiano do banco que visitava a cidade pela primeira vez. Atualmente, ele pega essa tarefa para manter a sua reputação intacta no banco. Não aproveitava tanto como antes o tempo que passava no escritório, pois suas preocupações ficavam maiores e se sentia ameaçado pelo diretor adjunto. 
Sentia que os afastamentos no serviço seriam oportunidades para o diretor adjunto vasculhar os seus papéis e examinar o seu trabalho. Ele queria recusar em acompanhar o italiano pela cidade, pois o trabalho tinha nada haver com negócios, mas era importante para si mesmo, pois poderia conquistar o italiano e manter seus êxitos no trabalho, assim, sendo difícil em arrumar um pretexto para recusar o convite. Josef encontrou um obstáculo, não tinha muito conhecimentos em italiano, mas tinha alguns conhecimentos sobre a história da arte. E isso foi decisivo para o italiano escolher K. 
O dia era muito chuvoso, Josef amanheceu com um péssimo humor e ele chegou às sete horas, para finalizar algum trabalho antes que o visitante tomasse o seu tempo. Ultimamente, andou estudando o italiano para ter uma noção básica. Quando se sentou para trabalhar, o contínuo entrou no escritório e anunciou a chegada do italiano na recepção.
Josef foi à recepção, viu dois cavalheiros e os cumprimentou. O diretor apresentou-os e o italiano chamou alguém de madrugador, deixando K confuso, ele adivinhou o significado da palavra com o tempo. Ele respondia o italiano com frases com estereotipadas que era motivo de riso para o italiano. Em uma conversa introdutória, o Josef notou que entendia o italiano de maneira fragmentada, só entendia o que o italiano estava falando quando ele falava de maneira calma, rara vezes, ele não entendia nada que ele falava.
Josef pressupôs que o italiano vinha da região sul, onde o diretor esteve alguns anos atrás, dessa forma ele entendia tudo que o italiano falava. Em um momento, Josef desistiu de querer entender o italiano e ficou observando a conversa dele com o diretor. O italiano se despediu do diretor e aproximou-se de K. e sua aflição sobre o dialeto do italiano era tão grande que o diretor percebeu. 
Na conversa com o diretor, o italiano soube que Josef andava muito ocupado com o serviço, poderia somente acompanha-lo em uma visita a uma catedral e soube que ele não sabia falar bem o italiano. O diretor aparentava estar mal de saúde e Josef ficou um tempo com ele.
O tempo livre que lhe restava, ele passou transcrevendo algumas palavras de um vocábulo raro para usar para guiar o italiano na visita a catedral. Os funcionários e o diretor o importunaram diversas vezes enquanto traduzia dicionário. Às nove e meia da manhã, Leni ligou para perguntar como ele estava e desejar um bom dia, ele informou que não poderia conversar no momento, pois iria a catedral, despediu de Leni com duas palavras e desligou o telefone.
Ele foi apressadamente para a catedral, levou o álbum de monumentos que não tinha tido a oportunidade de entrega-lo para o italiano. Chegando lá, viu que a praça estava vazia. A catedral aparentemente parecia estava vazia, percorreu a catedral e não encontrou o italiano. Ficou um bom tempo sentado na entrada da catedral esperando o italiano, para distrair-se ficou foleando o álbum de fotos e observou a beleza da catedral.
O italiano não apareceu, assim, Josef pode aproveitar e andar pela catedral. Fora da catedral caia uma chuva muito forte. O procurador encontrou um velho na catedral e caminhou com ele até a nave lateral da catedral. Ele voltou a nave principal e pegou o seu álbum, voltando a andar por lá. Um sacerdote o reconheceu e para a surpresa do procurador, o sacerdote sabia da existência de seu processo e afirmou que é capelão do presídio. 
O sacerdote disse que tinha chamado ele e que era para não se importar com a ausência do italiano, ainda afirmou que tinha nada contra o Josef. Eles ficaram um bom tempo quieto, o sacerdote não conseguia identificar K direito, devido à escuridão do ambiente. Ultimamente, Josef andou pensando muito pouco nas possibilidades de encerrar o processo, se o sacerdote soubesse de uma possibilidade de encerrar o processo, teria debatido com ele sobre elas.
Josef chamou o sacerdote para descer e ele falou que primeiramente precisava falar com ele a distancia para depois falar com ele face a face. Ele tinha a intenção de falar com o sacerdote por um tempo, ele concedeu um tempo para falar com ele. Josef elogiou o sacerdote e criticou o tribunal, o sacerdote garantiu que ele estava muito enganado a respeito ao tribunal e explicou o motivo contando uma parábola e Josef participou fazendo umas perguntas.
O sacerdote aconselhou o Josef para examinar as opiniões das pessoas antes de acatar e não dar importância a elas. Ninguém tem o direito de julgarninguém. Josef discordou do sacerdote afirmando se a pessoa adere à opinião, porque pode ser considerado como verdade. O sacerdote corrigiu-o falando que devemos considerar somente o necessário como verdade.
Josef quis encerrar a conversa, pois não era o seu julgamento final. Estava bem cansado para ter uma visão e conjunto que abrange a sequência da história. Eles caminharam por um bom tempo em silêncio e o sacerdote avisou que estavam longe da entrada principal da catedral.
O procurador falou que precisava ir, pois estão esperando ele e o motivo da visita seria para mostrar a catedral para um estrangeiro que está visitando a cidade. O sacerdote deu as coordenadas para ele encontrar a saída, ele pediu para o sacerdote esperar mais um pouco, perguntou se queria algo mais e ele disse que não. O sacerdote pediu para ele compreender quem ele é e disse que o tribunal não quer mais nada dele.
CAPÍTULO DÉCIMO: FIM
Um dia antes do seu aniversário de trinta e um anos, dois homens surgiram na casa de Josef, alegando que vieram busca-lo para outra visita. A rua estava escura, ele não conseguiu ver o rosto dos rapazes. Ele viu a senhorita Bürstner na rua, mas não tinha certeza que era ela, mas possuía grande semelhança. Eles levaram o Josef em uma pedreira, estava sentindo muito medo, os homens pegaram uma faca e esfaqueou-o no seu coração duas vezes, assim, Josef observava seus últimos minutos de vida, o cumprimento da sentença que foi dada por aqueles homens, morreu como um cão.

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