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Prática 6 – Lei de Hooke. Eduardo H. B. de Paula Trimolet¹, Luiz G. F. de Andrade¹, Paulo F. Dalcin¹, Pedro C. Fajardo¹, Rafael O. Mendonça¹, Ricardo M. da Fonseca¹ ¹Turma 30C do curso de ABI – Engenharia. 19 de fevereiro de 2017 Resumo O experimento de Lei de Hooke analisa todo processo relacionado á deformação de molas. O principal objetivo foi determinar a constante elástica das molas, e para isto utilizou-se o deslocamento provocado por um corpo preso a extremidade da mesma e a força aplicada por este corpo para calcular o valor da constante. 1. Introdução Todo material sobre o qual é exercida uma força, sofre uma deformação que pode ou não ser observada. A lei de Hooke descreve a força restauradora que existe nos materiais quando comprimidos ou distendidos. Apertar ou torcer uma borracha, esticar ou comprimir uma mola, são situações onde é fácil notar a deformação ocorrendo. Mesmo ao pressionar uma parede com a mão, tanto a mão como o concreto, sofrem deformações, apesar de não serem facilmente visualizados. Quando forças externas atuam em um corpo sólido, a deformação resultante do corpo depende tanto da extensão no material, da direção e o tipo de força aplicada. O material é chamado de elástico quando recupera a sua forma original, após a remoção da força externa aplicada sobre ele. Pela lei de Hooke, cada esforço F realizado numa mola helicoidal cilíndrica fixa por uma das extremidades corresponde a uma deformação proporcional y. À constante de proporcionalidade k dá-se a denominação de constante elástica das molas (F = k.x). Todo material é deformado ao sofrer ação de alguma força, podendo ser comprimido ou distendido dependendo do tipo, da direção e do sentido da força. Se o material volta à sua forma original quando essa força é removida, ele é considerado um material elástico, e pode-se estudar sua deformação e sua constante de elasticidade usando-se a Lei de Hooke. Essa lei diz que a força restauradora que faz com que o objeto retorne à sua forma inicial, também chamada de força elástica(Fel), é igual ao produto entre a deformação sofrida (X) e a sua constante elástica (k): Fel= K.x (I) No caso de uma mola helicoidal, pode-se descobrir seu coeficiente elástico pendurando-a verticalmente e, na sua extremidade mais baixa, pendurando objetos de massas conhecidas. Dessa forma, quando a mola sofrer sua distensão, a força elástica da mesma será igual à força peso(P) do(s) corpo(s) pendurados nela: Figura 1: Representação das forças atuantes no corpo. Assim, tem-se que (II) (III) (IV) Onde "m" é a soma das massas dos corpos pendurados na mola e "g" é a aceleração da gravidade no local do experimento. É importante ressaltar que o experimento está amparado pela teoria dos erros, sendo que possa haver erros de medição, calibragem, leitura de equipamentos, manuseio. Há também as incertezas relacionadas aos equipamentos como para a balança 0,001g e a régua 0,05mm. 2. Procedimentos experimentais 2.1 Materiais utilizados Tripé estrela com haste, régua e suporte para mola Massas diversas Molas e sistemas de molas Régua Balança Figura 2: Tripé com haste, régua e suporte para mola. 2.2 Procedimentos experimentais Parte 1 Primeiramente pesou-se a massa dos seis corpos que seriam utilizados no experimento, em seguida fez-se a montagem do tripé com haste, régua e suporte para mola. Colocou-se a mola de maior diâmetro presa ao suporte no topo do tripé, mediu seu comprimento e em seguida adicionou seis corpos a extremidade inferior da mola em seis etapas, cada vez adicionando uma massa a mais ao sistema, e com auxílio da régua mediu-se a variação no comprimento da mola em todas as etapas. Parte 2 Utilizou-se os mesmo equipamentos já montados para a realização da parte 2 do experimento. Na primeira parte, no topo do tripé foi acoplado uma mola com diâmetro menor, repetindo o mesmo processo da Parte 1 do experimento. Em seguida, utilizou-se três molas em série, que ligadas umas nas outras formaram um sistema único. Realizou-se as mesmas etapas dos processos anteriores. Em outra etapa foi utilizado um sistema com três molas, as mesmas utilizadas anteriormente no experimento, em uma associação em paralelo, e novamente adicionou-se os seis pesos ao sistema, um de cada vez, coletando sempre a variação de comprimento da mola cada vez que um peso era adicionado. 3. Resultados Corpo Massa (g) 1 51,01 2 50,49 3 50,65 4 50,6 5 50,7 6 49,84 Tabela 1: Tabela referente à pesagem das massas. Qtde. de massas Força(N) Elongação da mola (m) 1 0,5 0,07 2 1 0,15 3 1,5 0,22 4 2 0,29 5 2,5 0,37 6 3 0,44 Tabela 2: Tabela referente à parte 1 do experimento. Qtde. de massas Força(N) Elongação da mola (m) 1 0,5 0.06 2 1 0,13 3 1,5 0,19 4 2 0,26 5 2,5 0,32 6 3 0,38 Tabela 3: Tabela referente à primeira etapa da parte 2. Qtde. de massas Força(N) Elongação da mola (m) 1 0,5 0.19 2 1 0,38 3 1,5 0,58 4 2 0,76 5 2,5 0,98 6 3 1,13 Tabela 4: Tabela referente à segunda etapa da parte 2 (molas em série). Qtde. de massas Força(N) Elongação da mola (m) 1 0,5 0.02 2 1 0,04 3 1,5 0,06 4 2 0,09 5 2,5 0,11 6 3 0,13 Tabela 5: Tabela referente à terceira etapa da parte 2 (molas em paralelo). 4. Discussão (V) (VI) (VII) P= m.g (VIII) Os coeficientes elásticos encontrados foram de 6,74 , 7,70 , 2,57 , 23,01 para a parte 1, parte 2.1 , parte 2.2 e parte 2.3 respectivamente, os cálculos estão anexados. Os gráficos em anexo mostram a linearidade da deformação da mola em relação à Força aplicada, sendo possível calcular o coeficiente pela fórmula (VI) pois o coeficiente angular corresponde à constante elástica da mola. Comparando as molas de diferentes diâmetros observou-se que a de menor tem uma constante elástica maior portanto de deforma menos do que a de maior (valores de deformação estão expressos nas tabelas 2 e 3). Nas molas em série, a associação causou um efeito de diminuição no valor da constate sendo este aproximadamente 1/3 de uma mola , se deformando muito mais e atingindo 1,13m com seis corpos presos à extremidade. No sistema em paralelo a elongação foi muito menor sendo que com a força de 3N aplicada à mola a variação de tamanho foi de 0,13m. Comparando com o comportamento de uma mola sozinha, realizado na parte 2.1, temos que esta se deforma aos mesmo 0,13m com a força de 1N, ou seja, a proporção encontrada é 1/3 como esperado na teoria. Comparando os sistemas em série e em paralelo, conclui-se que em paralelo a constante elástica é 9 vezes maior que outro. 5. Conclusão Ao analisar o resultado dos experimentos, é possível estabelecer uma relação entre a equação da reta e a lei de Hooke. Através desta relação, percebe-se que o coeficiente angular da equação da reta(a), a equação, descrita pela lei, corresponde à constante elástica da mola(k). Já o coeficiente linear da reta(b) não está presente na lei de Hooke, adquirindo valor igual a zero, explicando assim o fato dos gráficos partirem da origem. Os sistemas em série e em paralelo podem ser entendidos como resistores elétricos, adotando o mesmo pensamento e teoria de cálculos logo comparando os resultados para uma mola e as molas em paralelo, percebe-se que a constante da mola, quando em paralelo, assume valor três vezes maior que a constante para apenas uma mola. Já em série, esse valor corresponde aproximadamente à três vezes menor que a constante para uma mola. 6. Referências bibliográficas http://www.infoescola.com/fisica/lei-de-hooke/ (acessado em fevereiro de 2017) YOUNG, H.D; FREEDMAN R. A. Física I Mecânica. Pearson Education do Brasil. 12° edição (2008). FEYNMAN, Richard. The Feynman Lectures on Physics. Volume 1 (2009). HALLIDAY, R. Resnick. Fundamentals of Physics, 4th edition, - John Wiley & Sons (1989).
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