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Aula 06 – As Ideias Pedagógicas do Período Republicano A segunda metade do século XIX representou para a história brasileira um período de grandes mudanças. Ocorrência de significativos surtos industriais. Abolição da escravatura. Crescimento da burguesia urbana. Chegada de imigrantes oriundos de diferentes países. Enfraquecimento e a queda da monarquia e a proclamação da república. Para uma determinada parcela das classes dirigentes (e mais rica) o conjunto dos acontecimentos anteriormente citados promoveu uma série de modificações no campo das ideias, anteriormente sob forte domínio do pensamento cristão-católico. Naquele momento, duas propostas se destacaram no campo das ideias: Positivismo Comteano ( Penetrou, primeiramente, nas escolas militares e depois se propagou entre alguns membros das elites políticas. Liberalismo ( Atingiu, principalmente, os partidários do abolicionismo e os do movimento republicano brasileiro. Na área da educação institucionalizada, ainda durante o período do segundo império, houve algumas tentativas de reformas que buscavam melhorias sem, contudo, lograrem êxito. A primeira reforma educacional republicana coube ao então ministro da instrução, Benjamin Constant, realizada em 1890 e cujo foco principal foi o cientificismo positivista (principalmente para a escola secundária e para o ensino superior). No entanto, vale relembrar que a maior parte dos “ideais republicanos”(Ex.: Federação, Democracia, Convivência Social, Progresso, Independência Cultural, etc.) foi frustrada. Como herança educacional do período imperial brasileiro, a Constituição Republicana de 1891 manteve a dualidade do sistema escolar, ou seja, boas e poucas escolas para as elites e escolas de qualidade duvidosa para os demais indivíduos da sociedade. Sendo os sistemas de Ensino: Federal ( Destinado às elites, era responsável pelo ensino superior e pelo ensino secundário; Estadual ( Destinado às camadas pobres, era responsável pelo ensino profissional e primário. Nas primeiras décadas republicanas, a ausência de estruturas sociais, econômicas, políticas e culturais somadas à falta de interesse das novas elites dirigentes condenaram, de modo geral, as reformas educacionais ao fracasso, pois a maior parte dos projetos educacionais não foi sequer implantada. No decorrer dos anos 20, começaram a surgir no cenário nacional vários acontecimentos, principalmente, político-culturais e movimentos intelectuais (Ex.: Escolanovismo, Semana de Arte Moderna, Criação do Partido Comunista, Anarquismo, etc.) que, direta ou indiretamente, atingiram a educação escolar brasileira. Veja quais eram as principais correntes pedagógicas que circulavam nesse contexto de mudanças e permanências históricas no início do século XX. Pedagogia cristã-católica (já tradicional em nossas terras desde os jesuítas). Pedagogia positivista (implantada com as ideias republicanas). Pedagogia cristã-protestante (principalmente após a ruptura entre o Estado e a Igreja Católica Romana). Pedagogia escolanovista (alimentada pelo “otimismo pedagógico”, desde os anos vinte).
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