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Aula 8 
Operações Financeiras Desconto de duplicatas 
-Operações com recebíveis
Você sabe o que são as Operações com Recebíveis?
As operações com recebíveis constituem-se em operações financeiras em que as empresas 
captam recursos para financiar o capital de giro,dando em garantia da operação títulos de sua 
propriedade, emitidos contra os clientes por ocasião das vendas de mercadorias a prazo.
Geralmente, sobre essas transações, as instituições financeiras cobram tarifas bancárias e encargos financeiros. A taxa de juros sobre essas operações de crédito é prefixada, ou seja, no momento do desconto, a empresa já conhece o valor da despesa com juros em que ela incorrerá na operação.
Essas operações são realizadas com títulos de créditos negociáveis, como cheques, notas promissórias, duplicatas etc.
Duplicata: título à ordem vinculado a contrato de compra e venda mercantil ou de serviços.
	Desconto de duplicatas  
As empresas comerciais emitem títulos contra seus clientes nos casos de vendas a prazo. Entre os títulos mais comuns, há as notas promissórias e duplicatas a receber.
Com esses títulos em mãos, as empresas realizam operações de desconto junto às instituições financeiras, para financiar suas atividades operacionais. A operação de desconto de duplicatas consiste na transferência dos títulos ao banco, mediante endosso. 
O valor do desconto é determinado em função do número de dias que faltam para que os títulos sejam liquidados.
Nesse tipo de transação, a empresa endossante é responsável, coobrigada pela liquidação de tais títulos descontados, significa dizer que se o cliente (devedor) não liquidar as duplicatas no vencimento, a instituição financeira fará a cobrança diretamente à empresa que descontou os títulos.
	Desconto de duplicatas  
As novas normas contábeis, especificamente o CPC 38, recomendam um tratamento diferente do praticado até então.
Geralmente, no desconto de duplicatas, ao enviar os títulos ao banco, as empresas registravam no ativo, retificando as contas a receber, na rubrica “duplicatas descontadas”, o valor das duplicatas endossadas ao banco.
Por sua vez, a instituição financeira creditava na conta bancária da empresa o valor das duplicatas menos as taxas bancárias e juros da operação.
Acontece que essa operação, na essência, é um empréstimo bancário lastreado pelos títulos de crédito que suportam as vendas a prazo.
Assim, o tratamento contábil recomendado pelo CPC é o de evidenciar as duplicatas descontadas diretamente no passivo e não mais como conta retificadora do ativo.
 	Desconto de duplicatas e o direito de regresso
Como mencionamos anteriormente, na operação de desconto de duplicatas, o detentor destes títulos transfere à instituição financeira os seus direitos creditórios mediante uma remuneração (taxa de juros), no entanto, se não houver a liquidação do título pelo seu devedor, o banco cobra o valor da duplicata diretamente da empresa comercial. Isto é conhecido como direito de regresso.
Existe uma operação muito semelhante a esta, conhecida por “vendor”. A única diferença, nesse caso, é que não há o direito de regresso, ou seja, se o devedor da duplicata não  pagar, a instituição financeira assume a perda. Obviamente que a taxa de juros desta operação é maior do que a praticada no desconto.
O CPC 38 estabelece um conjunto de regras para orientar a decisão quanto à baixa ou manutenção deste recebível. Assim, a empresa deverá baixar (desreconhecer) o ativo quando: 
Os direitos contratuais aos fluxos de caixa de ativo financeiro expiram;
			OU
ela transfere o ativo financeiro e a transferência se qualifica para desreconhecimento.
Para efeito da norma, considera-se que a empresa transfere um ativo financeiro se, apenas se:
a) transferir os direitos contratuais de receber os fluxos de caixa do ativo financeiro; ou
b) retiver os direitos contratuais de receber fluxos de caixa do ativo financeiro, mas assumir a obrigação contratual de pagar os fluxos de caixa a um ou mais destinatários em acordo.
Quando a empresa transfere um ativo financeiro, deve avaliar até que ponto ela retém os riscos e os benefícios da propriedade do ativo financeiro. Nesse caso:
 Se a empresa transferir substancialmente todos os riscos e benefícios da propriedade do ativo deverá então desreconhecer o ativo financeiro;
 Se a empresa retiver substancialmente todos os riscos e benefícios da propriedade do ativo deverá continuar a reconhecer este ativo.
Resumindo:  
A empresa transferiu essencialmente todos os riscos e benefícios do ativo?
Sim, Desreconheça o ativo.
Não,pergunte : A empresa manteve essencialmente todos os riscos e benefícios do ativo?se sim , Continue reconhecendo o ativo.
Registro contábil  
Vamos considerar as informações que seguem para demonstrarmos a contabilização da operação de desconto de duplicatas:
A Comercial Irmãos Ramos Ltda. possui duplicatas a receber provenientes de vendas de mercadorias a prazo. Para antecipar esses recursos financeiros, a empresa descontou os títulos no Banco ABC, conforme borderô:
Informações adicionais:
*Tarifa bancária de $750;
*Caso a duplicata A-110 não seja liquidada pelo devedor, o banco assumirá a perda, enquanto que no caso de inadimplemento das duplicatas B-172 e B-174 as perdas serão suportadas pela empresa. A duplicata A-110 não foi paga pelo cliente na data do vencimento;
*A duplicata B-172 foi liquidada na data do vencimento;
*A duplicata B-174 não foi paga pelo cliente na data do vencimento.
Quanto aos outros títulos, a empresa comercial manteve os riscos e benefícios dos ativos, realizando na essência uma operação de empréstimo oferecendo como garantia as duplicatas.
Nesse caso, devemos manter o ativo e registrar o empréstimo retificando seu valor pelos encargos financeiros da operação.
Como os juros ainda não foram incorridos (na data da operação), esses valores devem ser destacados em conta retificadora sendo apropriados ao resultado do exercício no transcorrer do tempo.
Após o registro desta operação, a seguinte situação patrimonial deverá ser evidenciada:
ATIVO
Circulante				$35.250
Banco conta movimento		$35.000
PASSIVO
Circulante				
Empréstimos (duplicatas descontadas )		$35.000
Encargos financeiros a apropriar		$27.500
O cálculo para reconhecimento dos encargos financeiros requer o conhecimento da taxa de desconto utilizada pelo banco. Vamos calcular essa taxa da seguinte forma:
Duplicata B-172
FV= VPx(1+i)n
15.000 = 12.000(1+i)²
(1+i)² = (15.000/12.000)
(1+i)² = 1,25
1+i =  √1,25
1+i = 1,1180
i=0,1180-1
i=0,1180
i=11,8% a.m.
Duplicata B-172
FV= VPx(1+i)n
20.000 = 15.500(1+i)³
(1+i)³ = (20.000/15.500)
(1+i)³ = 1,2903
1+i =  √1,2903
1+i = 1,0887
i=1,0887-1
i=0,0887
i=8,9% a.m.
Então, como sabemos que o banco utilizou uma taxa de 11,8% a.m. para o título B-172 e 8,9% a.m. para o título B-174, podemos agora calcular os juros que devem ser reconhecidos em cada um dos meses:
No caso da duplicata A-110, a despesa financeira da operação foi reconhecida imediatamente no resultado, pois a empresa transferiu os riscos e benefícios do título. Já para as outras duplicatas, o reconhecimento da despesa financeira se dá de forma exponencial, conforme demonstrado anteriormente.
Veja que no caso da duplicata B-172, como o devedor do título efetuou o pagamento na data do vencimento, a empresa deve efetuar a baixa deste título contra empréstimo (duplicata descontada), não havendo movimentação financeira na empresa.
De outra forma, a duplicata B-174 não foi liquidada pelo devedor, assim, o banco cobra o valor deste título, debitando na conta corrente da empresa. O registro contábil, nessa situação, requer a baixa do empréstimo contra a conta banco.

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