Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS Separação sólido-líquido Prof. Eliseu R. Campêlo Correia ESPESSAMENTO SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ESPESSAMENTO DIVISÃO DO BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS -Cominuição: Britagem e Moagem -Peneiramento e classificação -Concentração mineral -Espessamento e filtragem - (separação sólido-líquido) Desaguamento -Disposição de rejeito Fluxograma de beneficiamento de minério SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO 1- ESPESSAMENTO – Separação sólido-líquido por sedimentação das partículas. SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ESPESSAMENTO SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ESPESSAMENTO SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ESPESSAMENTO SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ESPESSAMENTO SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ESPESSAMENTO A eficiência de um espessador é dada pela razão de seu espessamento expressa pela unidade de sólidos espessados por área por tempo e pela quantidade de sólidos no overflow e no underflow. Vários fatores podem influenciar no projeto de um espessador como: Tamanho e Forma de Partícula; Porcentagem de sólido na polpa; Característica da superfície; Viscosidade do líquido. SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ESPESSAMENTO FATORES QUE AFETAM O ESPESSAMENTO Tamanho e Forma de Partícula • A faixa granulométrica influencia nos custos e desempenho nas operações. • A forma da partícula influencia na velocidade de sedimentação. SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ESPESSAMENTO FATORES QUE AFETAM O ESPESSAMENTO • A lei de Stokes ilustra a influencia da distribuição granulométrica. Forças da gravidade = Resistência do fluido Vconst. SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ESPESSAMENTO FATORES QUE AFETAM O ESPESSAMENTO Frf Fg Vconst. Vt=velocidade terminal da partícula, m/s ; ρs= densidade do sólido, kg/m3; ρ= densidade do liquido, kg/m3; g= aceleração da gravidade, m/s2; D = diâmetro da partícula, m. μ= viscosidade do fluido, kg/m x s. Limitações: assume um regime laminar e partículas esféricas de raio menor que 50 μm. • Partículas grosseiras, maiores que 5 mm, o regime passa a ser turbulento e para altas velocidades de queda a principal resistência é atribuída à perturbação do fluido. SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ESPESSAMENTO FATORES QUE AFETAM O ESPESSAMENTO Frf Fg Vconst. Vt=velocidade terminal da partícula, m/s ; ρs= densidade do sólido, kg/m3; ρ= densidade do liquido, kg/m3; g= aceleração da gravidade, m/s2; D = diâmetro da partícula, m. SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ESPESSAMENTO FATORES QUE AFETAM O ESPESSAMENTO Frf Fg Vconst. Vt=velocidade terminal da partícula, m/s ; ρs= densidade do sólido, kg/m3; ρ= densidade do liquido, kg/m3; K= constante; D = diâmetro da partícula, m. Para queda impedida a velocidade terminal é dada por: Espessadores são tanques cilíndrico-cônicos de proporções variadas e preços elevados cuja função principal é a sedimentação e concentração (adensamento) do material alimentado. Sua alimentação (polpa) ocorrerá pelo centro através de uma tubulação: as partículas sólidas sedimentam e são retiradas pelo fundo, enquanto que o líquido irá transbordar e será recolhido por uma calha que circunda o tanque. SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ESPESSAMENTO ESPESSADOR O espessador consiste em um tanque, um meio de introduzir a alimentação com um mínimo de turbulência, e um mecanismo de raspagem para mover os sólidos sedimentados para um ponto de descarga. SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ESPESSADOR SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ESPESSADOR O tanque pode ser construído de vários materiais, sendo os mais comuns aço e concreto armado. Os seguintes desenhos de tanques são possíveis: Suportado por pernas, dando acesso à bomba e válvulas de underflow. Enterrados oferecendo acesso ao underflow via túnel. Soldado ou aparafusado. Fig. – Tanque suportado por pernas. Fig. – Tanque enterrado. SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ESPESSADOR Principais Componentes Feedwell: “poço de alimentação” que divide o fluxo da polpa em vários fluxos de direções opostas, quebrando a velocidade e a turbulência. Fig. - Alimentador do tipo “FeedWell”. SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ESPESSADOR Principais Componentes Mecanismos de acionamento do Rake (rastelo): A força acionadora é aplicada ao centro do braço por um motor de acionamento de raspagem e uma caixa de engrenagens. O rake (ou rastelo) arrasta o material espessado para o centro, onde é retirado pela ação das bombas de underflow. SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ESPESSADOR Principais Componentes Mecanismos de acionamento do Rake (rastelo): A força acionadora é aplicada ao centro do braço por um motor de acionamento de raspagem e uma caixa de engrenagens. O rake (ou rastelo) arrasta o material espessado para o centro, onde é retirado pela ação das bombas de underflow. Dispositivos de elevação: É um sistema de proteção que é utilizado para elevar os braços do rake. Fig.– Vista de um rake no interior do espessador. SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ESPESSADOR Sustentação Para a sustentação do feedwell, do mecanismo de acionamento do rake e do dispositivo de elevação são utilizadas 3 configurações básicas: Em ponte: utilizada para espessadores com diâmetro inferior a 30 metros. Em coluna: utilizada para espessadores com diâmetros superiores a 25 metros. Em caisson – utilizada quando há inconvenientes para a aplicação da coluna. Fig.6 - configurações básicas de sustentação. SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ESPESSADOR Tipos de espessadores Podemos classificar os espessadores em: Contínuo convencional Espessador de alta capacidade ou super espessador; Espessador de lamelas; Espessador de alta densidade; SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ESPESSAMENTO Espessadores de Alta Capacidade Fig. - Espessadores VLC – Alta Capacidade SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ESPESSAMENTO Os espessadores de alta capacidade ocupam menor área unitária e tem maior produtividade comparada aos espessadores convencionais. Aplicação • Mineração de ferro da VALE. • Espessamento da etapa de deslamagem (hidrociclone classificador): Espessador de 35 m de diâmetro. • Espessamento de Concentrado: Espessador de 38 m de diâmetro. • Espessamento de Rejeito: Espessador de 27 m de diâmetro. SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO Espessador de Lamelas SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ESPESSAMENTO Os espessadores de lamelas, que é também um espessador de alta capacidade, tem uma área unitária reduzida, mas existe uma necessidade de uso de floculantes para seu desempenho. Espessador de Lamelas SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ESPESSAMENTO Este equipamento consiste numa série de placas inclinadas (lâminas), dispostas lado a lado, formando canais. SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ESPESSAMENTO SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ESPESSAMENTO SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ESPESSAMENTO SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ESPESSAMENTO SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ESPESSAMENTOAplicação • Industria Carbonífera Rio Deserto – Criciúma/SC • Planta Piloto: • Vazão da alimentação: 10m³/h com 6,2% de sólidos; • Vazão do Underflow: 1,8m³/h com 29,3% de sólidos; • Overflow: 0,4% de sólidos; SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ESPESSAMENTO Espessador com alimentação submersa SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ESPESSAMENTO Os espessadores com alimentação submersa, que também é um espessador de alta capacidade, a alimentação é feita em um ponto no interior da camada de compactação dos sólidos. Modelos de Espessador de alta capacidade SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO Espessador Ultrasep Este tipo de espessador, não possui partes móveis e a necessidade de manutenção é baixa. Dimensões: 7m de diâmetro x 10 m de altura. Utilização: minerais pesados. Localização: Namakwa Sands, África do Sul. Modelos de Espessador de alta capacidade SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO Espessador Pasta O Espessador de Pasta DELKOR, como é visto na figura, é utilizado quando ao atendimento extremo das demandas de processo e mecânicas exigidas no tratamento de underflow. Modelos de Espessador de alta capacidade SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO Espessador de alta escala O Espessador de Alta Escala da DELKOR, representado pela figura poderá ser utilizados em várias aplicações incluindo produtos minerais, industriais, químicos, tratamento de água e águas residuais de indústrias. Espessador de Alta Densidade • Muito utilizado na Austrália para disposição do rejeito gerado no processamento da alumina. SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO O Espessador de Alta Densidade DELKOR, como pode ser visto na figura, considera densidades maiores de overflow e melhores recuperações da água sem custo extra no sistema de bombeamento para transporte. Parte móvel • Paredes altas e piso mais inclinado maximiza o efeito da densidade. Evolução do Desempenho dos Espassadores Fig – Evolução dos Espessadores SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO Esquema geral de um espessador Fig. – Espessador contínuo convencional. SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO TESTE DE PROVETA Região de clarificação Região de “sedimentação livre” Região de transição Região de compressão Fig.– Fases de sedimentação em um espessamento contínuo Mecanismos do Espessamento SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ESPESSAMENTO TESTE DE PROVETA Mecanismos do Espessamento Na prática a sedimentação no espessamento ocorre em 3 regimes distintos: Fig. – regiões formadas durante um ensaio de sedimentação SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO TESTE DE PROVETA SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ESPESSAMENTO TESTE DE PROVETA SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ESPESSAMENTO TESTE DE PROVETA SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ESPESSAMENTO TESTE DE PROVETA SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ESPESSAMENTO TESTE DE PROVETA SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ESPESSAMENTO TESTE DE PROVETA SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ESPESSAMENTO TESTE DE PROVETA SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO ESPESSAMENTO TESTE DE PROVETA Bibliografia CHAVES, Arthur Pinto; Teoria e prática do tratamento de minérios; 2a ed. São Paulo,Signus editora. 2004. SOUZA, Patrícia Andrade; Espessamento de Polpas, 2012. Monografia – UFMG. LEITE, Wanderson Pereira; Recuperação e Recirculação de Água no Processamento Mineral, 2011. Monografia – CEERMIN. CARVALHO, Wanderson Nazareno; Considerações sobre a Usina II da Samarco Mineração S/A, 2010. Monografia – UFOP. GUIMARÃES, Augusto Vasconcelos; Revisão nos Métodos de Dimensionamento de Espessadores e Comparação dos Modelos Industriais, 2010. Dissertação de Mestrado – UFMG. Sites visitados. http://www.vlc.ind.br/espessador-de-lama/?gclid=CLHcsLzIn7UCFQ45nAodY3QARg http://www.delkorglobal.com/en/products/sedimentation/paste-thickeners.aspx http://www.youtube.com/watch?v=FLmzCkFa9VA http://www.cdc.ind.br/equipamentos_processos_014.php http://www.nordic-water.de/docs/content.php?nav_id=2,21,27 http://www.ufrgs.br/ltm/attachments/416_Silva%20e%20Rubio%20-%20DAM-LTM-Final.pdf SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO
Compartilhar